Em prol do sul global, por
Antônio José Botelho,
em 17.12.2025
Nesse
contexto, com mudanças, por exemplo, do padrão-ouro para o padrão-dólar, nas
transações internacionais de comércio exterior, só avantajava a hegemonia e o
domínio unipolar da nação mais poderosa do planeta. Todavia, esse status quo
está no começo do fim. E é para esta nova trajetória de organização da
geopolítica que a imagem em destaque aponta. Ou seja, mais países poderosos e
influentes estarão cada vez mais atuando em benefício de uma ordem multipolar.
Infelizmente, com o concurso de corrida armamentista, pois essa é a linguagem que
a humanidade entende&teme. Por óbvio, lançando mão de mecanismos e
ferramentas de gestão das nacionalidades independentes dos condicionamentos de
domínio criados no pós-guerra e, sobretudo, ratificados e ampliados após a
guerra fria. No entanto, naturalmente com a intercorrência do desenvolvimento
sustentável pautada na sua ética intrínseca.
Com
os mercados acionando novas formas de pagamento das importações&exportações,
considerando os negócios internos, estruturadas no desenvolvimento&ética
sustentável, a inversão do poder global poderá favorecer&viabilizar o sul global.
A expectativa&esperança é que, nesse jogo de poder, as mesmas
artimanhas&carapuças políticas de caráter unipolar não sejam (re)aplicadas&mantidas.
Oxalá, quiçá o estado democrático de direito seja aprimorado em todos os cantos
e nas quatro&oito direções do planeta, viabilizando&promovendo saúde,
segurança, educação e prosperidade para todas&todos os seres humanos. As
sociedades&natureza agradecerão!
Fomos
acostumados a olhar para o hemisfério norte como sinônimo de desenvolvimento; e
para o sul como espaço de subdesenvolvimento. Agora, esse cenário pode mudar
com a inversão de valores, isto é, podemos entender o hemisfério sul como
representando a verdadeira civilidade humana, pois poderá passar a dar
exemplos, com a prática, de uma existência no planeta sustentado&autossustentável
por uma rede ética de cooperação&confiança multipolar. É difícil, mas não
impossível. E o verbo vem na frente como ideia&ideal&ideário fundamental! Neste
diapasão, o planeta todo será coroado com o desenvolvimento sustentável, com
inclusão social até a exaustão, com plena distribuição de renda, com a
superação das desigualdades sociais, via igualdades de oportunidades, e com
renovadas&recorrentes mitigações ambientais, estabelecidos a produção&distribuição&consumo
limpos&inteligentes.
Porém,
essa simbiose sinérgica entre norte&sul não poderá ser às custas das
soberanias nacionais. Exemplo lapidar é a reedição da doutrina Monroe pelo
atual chefe norte americano, que trata as repúblicas americanas como
subordinadas aos tio Sam; vale dizer, as trata como se fossem quintais
estadunidenses. A peia militar à Venezuela é surreal, ainda que possamos ter
restrições às opções ditatoriais de chefe bolivariano. Neste sentido, a
resistência histórica cubana é heroica, apesar dos desatinos democráticos, isto
é, a família Castro já deveria ter “dado no pé”. Tampouco, outros chefes
nacionais de alhures devem resolver questões de fronteira pelo conflito armado.
Lembremos sempre que a democracia, ainda que imperfeita, é a melhor solução
política, por hora. Que haja paz!
Isto
posto, com o ajustamento&alinhamento do capitalismo à multilateralidade e à
ética sustentável, haverá um assentamento da paz&bem na terra!
Especialmente, se cada um nós conseguirmos a necessária transformação
espiritual, onde a competição&acumulação cedam lugar para a
fraternidade&solidariedade. É uma utopia, dentre outras; contudo, são elas que nos movem!
Idealmente, que as intenções&atitudes sejam corretas&justas! Não há
tempo a perder! A luta não pode ser individual, mas deve ser coletiva em prol da
dignidade&elevação de todas&todos!
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