domingo, 16 de abril de 2017

NOVA ROTINA, NOVA DISCIPLINA, NOVOS PROJETOS: uma nova inflexão existencial

Muitos já foram os ritos de passagem; mais um se apresenta, com a aposentadoria voluntária concedida via publicação no DOU, de 4.4.2017, da Portaria nº 99, de abril de 2017, de responsabilidade da diretora de capital humano da Suframa. Com ela, intento iniciar novas atividades sustentadas pela prática de Yoga, desenvolvendo projetos coletivos voluntários e em grupos e solos remunerados, e participando do corpo docente de uma Faculdade nos cursos de administração e/ou engenharias.
A carreira de técnico do governo Federal realizada pode ser considerada satisfatória, seguramente acima da média, com boas e relevantes contribuições, tanto para a instituição Suframa, quanto frente ao Projeto ZFM, em especial com a participação na implantação de um Sistema de Planejamento no chão institucional e com a elaboração de uma ideologia vertida para o autodesenvolvimento do chão amazônico.
No nível estratégico, lançamos sementes para a criação, para a emergência de firmas locais com conteúdo tecnológico vertido as amazonidades, cujos frutos tardam a prosperar, especialmente frente a perda de poder político da Suframa, incluso o vazio no poder financeiro de execução de ações convergentes. A ideia era - e é - rivalizar com a lógica inerente da atração de investimentos, no sentido de complementar a função do desenvolvimento sustentável.
No nível do autodesenvolvimento, criamos conceitos, à revelia da aristocracia de especialistas globais, qual growing up para fazer frente ao determinismo econômico que a fronteira tecnológica e o sistema global de inovação estabelecem numa dimensão planetária. A ideia era - e é - contribuir para a construção de um capitalismo amazônico, selando e montando o cavalo alado do desenvolvimento sustentável, numa trajetória tecnológica associada às amazonidades. Nesse sentido, do de caminhar com as próprias pernas, precisamos, ainda, criar as condições objetivas favoráveis para enfrentar as exigências globais desde uma perspectiva das necessidades locais no contexto do sistema capitalista. De uma forma geral, os apontamentos da economia política foram lançados para debaixo do tapete da histórica com a indução dos estados nacionais tardios, quando a hegemonia dos países ditos desenvolvidos transitou da posse do território para o domínio tecnológico e cultural.
Ao fim e ao cabo da atuação profissional na Suframa, a Portaria nº 559, de 22.12.2016, da lavra da Superintendente, que homologou a classificação e a pontuação individual dos servidores para o recebimento da Gratificação de Qualificação no período de janeiro a junho de 2017, posicionou o servidor Antônio José Lopes Botelho em quarto lugar na referida concorrência, entre 160 participantes. Destaque-se que os três primeiros colocados têm o título de doutor. Essa gratificação foi incorporada aos proventos da aposentadoria.
Ao longo de 33 anos de atividade na Suframa - mais 5 antes dela - foram publicados sete títulos apontando para um desenvolvimento minimamente autônomo e interdependente, destacando-se o Redesenhando o Projeto ZFM, o Sínteses & reflexões em prol das amazonidades como ideário de desenvolvimento e o Pequeno Ensaio em prol da Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus. Portanto, representando uma contribuição ativa e contributiva, sobretudo, livre e independente.
Ao longo desse período, procurei, por conta própria, avançar e ir além das graduações em engenharia civil e administração, finalizando um mestrado profissional e três especializações. As áreas pós-graduações foram a engenharia de produção, a ciência política, projetos industrias e a avaliação de impactos ambientais, além de uma série de cursos sobre políticas e estratégias de governo. Foram, seguramente, mais de 6 mil horas de estudo formais. Informais; incontáveis foram as horas de leitura, estudo e aprendizado.
Já o aprendizado do Yoga, lastreado pelo Vedanta e agora buscando o apoio do Ayurveda, começou no final de 2005, isto é, quase 12 anos atrás. No meio desse caminho, finalizou Curso de Formação em Yoga, sob a responsabilidade de Pedro Kupfer. E segue realizando estudos de Vedanta, lendo os livros de Carlos Alberto Tinoco, ouvindo os CD’s de Glória Arieira e participando de encontros com Pedro Kupfer. No contexto do auto-estudo, mesmo fora da tradição, portanto, com caráter neófito, publicou pelo www.clubedeautores.com.br dois títulos: Sínteses ilustradas de nove das principais Upanishads: uma abordagem do que elas ensinam sobre os fundamentos vedânticos, e Sínteses de oito Upanishads: uma visão do que elas ensinam sobre o Yoga. Recentemente, realizou panchakarma sob a orientação do Dr. Ruguê, Swami Narayana, quando espera aprofundar o estilo de vida que o Yoga proporciona, sob a orientação de uma dieta adequada e apropriada.
Após iniciar prática de Yoga sob a instrução da professora Iza (2005/2006) e do professor Aristides (2006-2008), segue praticando diariamente, sozinho, porém, nunca solitário. Como instrutor desenvolveu: i) experiência de 16 meses com internos masculinos e femininos da Fazenda Esperança/Manaus em 2010/2011; ii) experiência de 20 meses com servidores da Suframa em 2011/2012 e 2015/2016; iii) experiência de 12 meses com condôminos do Residencial Mundi em 2015/2016; iv) experiência de 4 meses com amigos e convidados no Parque Municipal do Mindu em 2015; e, v) experiência de 4 meses com profissionais do Escritório Jurídico Andrade GC em 2015/2016. Novos projetos voluntários estão em curso: i) novas experiências no Residencial Mundi (8 meses); ii) na Suframa (3 meses); e, iii) no Manaus Country Club (2 meses). Projetos remunerados também já estão em curso, no momento com um aluno particular (fev/2017), com práticas realizadas na casa do praticante. Quem sabe não seja possível abrir um espaço dedicado à prática do Yoga num futuro próximo?

Além da atuação como técnico, serviu à Suframa como diretor e assessor, em diversas oportunidades, cujas experiências contabilizaram positivamente para a titulação de qualificação. Agora, como instrutor de Yoga, como dito e sugerido acima, pretende retribuir à sociedade tudo o que recebeu em nível de benefícios desse Conhecimento e estilo de vida milenar. Em paralelo, pretende, ainda, voltar ao chão da sala de aula como professor universitário, para continuar aprendendo com a atividade de ensinar, campo de atuação onde já conta com uma experiência acumulada de 9 anos, sendo dois na Ufam (1991/1992) e sete no Cesf (2001/2007), quando teve a oportunidade de contribuir para a consolidação da disciplina Política Industrial e Inovação Tecnológica. Assim, negociações e tratativas para o estabelecimento de uma nova rotina, uma nova disciplina e novos projetos estão em curso e deverão confirmar uma nova inflexão existencial. Que isso seja possível, sobretudo, que possa trazer benefícios para os seres que tomarem contato com ela! A intenção continua sendo a busca do autoconhecimento!