Muitos já foram os ritos de passagem; mais um se
apresenta, com a aposentadoria voluntária concedida via publicação no DOU, de
4.4.2017, da Portaria nº 99, de abril de 2017, de responsabilidade da diretora
de capital humano da Suframa. Com ela, intento iniciar novas atividades
sustentadas pela prática de Yoga, desenvolvendo projetos coletivos voluntários
e em grupos e solos remunerados, e participando do corpo docente de uma
Faculdade nos cursos de administração e/ou engenharias.
A carreira de técnico do governo Federal realizada pode
ser considerada satisfatória, seguramente acima da média, com boas e relevantes
contribuições, tanto para a instituição Suframa, quanto frente ao Projeto ZFM,
em especial com a participação na implantação de um Sistema de Planejamento no
chão institucional e com a elaboração de uma ideologia vertida para o
autodesenvolvimento do chão amazônico.
No nível estratégico, lançamos sementes para a criação,
para a emergência de firmas locais com conteúdo tecnológico vertido as
amazonidades, cujos frutos tardam a prosperar, especialmente frente a perda de
poder político da Suframa, incluso o vazio no poder financeiro de execução de
ações convergentes. A ideia era - e é - rivalizar com a lógica inerente da
atração de investimentos, no sentido de complementar a função do
desenvolvimento sustentável.
No nível do autodesenvolvimento, criamos conceitos, à
revelia da aristocracia de especialistas globais, qual growing
up para fazer frente
ao determinismo econômico que a fronteira tecnológica e o sistema global de
inovação estabelecem numa dimensão planetária. A ideia era - e é - contribuir
para a construção de um capitalismo amazônico, selando e montando o cavalo
alado do desenvolvimento sustentável, numa trajetória tecnológica associada às
amazonidades. Nesse sentido, do de caminhar com as próprias pernas, precisamos,
ainda, criar as condições objetivas favoráveis para enfrentar as exigências
globais desde uma perspectiva das necessidades locais no contexto do sistema
capitalista. De uma forma geral, os apontamentos da economia política foram
lançados para debaixo do tapete da histórica com a indução dos estados
nacionais tardios, quando a hegemonia dos países ditos desenvolvidos transitou
da posse do território para o domínio tecnológico e cultural.
Ao fim e ao cabo da atuação profissional na Suframa, a
Portaria nº 559, de 22.12.2016, da lavra da Superintendente, que homologou a
classificação e a pontuação individual dos servidores para o recebimento da
Gratificação de Qualificação no período de janeiro a junho de 2017, posicionou
o servidor Antônio José Lopes Botelho em quarto lugar na referida concorrência,
entre 160 participantes. Destaque-se que os três primeiros colocados têm o
título de doutor. Essa gratificação foi incorporada aos proventos da
aposentadoria.
Ao longo de 33 anos de atividade na Suframa - mais 5
antes dela - foram publicados sete títulos apontando para um desenvolvimento
minimamente autônomo e interdependente, destacando-se o Redesenhando
o Projeto ZFM, o Sínteses & reflexões em
prol das amazonidades como ideário de desenvolvimento e o Pequeno Ensaio em prol da
Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus.
Portanto, representando uma contribuição ativa e contributiva, sobretudo, livre
e independente.
Ao longo desse período, procurei, por conta própria, avançar
e ir além das graduações em engenharia civil e administração, finalizando um
mestrado profissional e três especializações. As áreas pós-graduações foram a
engenharia de produção, a ciência política, projetos industrias e a avaliação
de impactos ambientais, além de uma série de cursos sobre políticas e
estratégias de governo. Foram, seguramente, mais de 6 mil horas de estudo
formais. Informais; incontáveis foram as horas de leitura, estudo e
aprendizado.
Já o aprendizado do Yoga, lastreado pelo Vedanta e
agora buscando o apoio do Ayurveda, começou no final de 2005, isto é, quase 12
anos atrás. No meio desse caminho, finalizou Curso de Formação em Yoga, sob a
responsabilidade de Pedro Kupfer. E segue realizando estudos de Vedanta, lendo
os livros de Carlos Alberto Tinoco, ouvindo os CD’s de Glória Arieira e participando
de encontros com Pedro Kupfer. No contexto do auto-estudo, mesmo fora da
tradição, portanto, com caráter neófito, publicou pelo www.clubedeautores.com.br dois títulos: Sínteses ilustradas de nove das principais Upanishads: uma abordagem do
que elas ensinam sobre os fundamentos vedânticos, e Sínteses de oito Upanishads: uma visão do que elas ensinam sobre o Yoga.
Recentemente, realizou panchakarma
sob a orientação do Dr. Ruguê, Swami Narayana, quando espera aprofundar o
estilo de vida que o Yoga proporciona, sob a orientação de uma dieta adequada e
apropriada.
Após iniciar prática de Yoga sob a instrução da
professora Iza (2005/2006) e do professor Aristides (2006-2008), segue
praticando diariamente, sozinho, porém, nunca solitário. Como instrutor
desenvolveu: i) experiência de 16 meses com internos masculinos e femininos da
Fazenda Esperança/Manaus em 2010/2011; ii) experiência de 20 meses com
servidores da Suframa em 2011/2012 e 2015/2016; iii) experiência de 12 meses
com condôminos do Residencial Mundi em 2015/2016; iv) experiência de 4 meses
com amigos e convidados no Parque Municipal do Mindu em 2015; e, v) experiência
de 4 meses com profissionais do Escritório Jurídico Andrade GC em 2015/2016.
Novos projetos voluntários estão em curso: i) novas experiências no Residencial
Mundi (8 meses); ii) na Suframa (3 meses); e, iii) no Manaus Country Club (2 meses).
Projetos remunerados também já estão em curso, no momento com um aluno
particular (fev/2017), com práticas realizadas na casa do praticante. Quem sabe
não seja possível abrir um espaço dedicado à prática do Yoga num futuro
próximo?
Além da atuação como técnico, serviu à Suframa como
diretor e assessor, em diversas oportunidades, cujas experiências
contabilizaram positivamente para a titulação de qualificação. Agora, como
instrutor de Yoga, como dito e sugerido acima, pretende retribuir à sociedade
tudo o que recebeu em nível de benefícios desse Conhecimento e estilo de vida
milenar. Em paralelo, pretende, ainda, voltar ao chão da sala de aula como
professor universitário, para continuar aprendendo com a atividade de ensinar,
campo de atuação onde já conta com uma experiência acumulada de 9 anos, sendo
dois na Ufam (1991/1992) e sete no Cesf (2001/2007), quando teve a oportunidade
de contribuir para a consolidação da disciplina Política Industrial e Inovação
Tecnológica. Assim, negociações e tratativas para o estabelecimento de uma nova
rotina, uma nova disciplina e novos projetos estão em curso e deverão confirmar
uma nova inflexão existencial. Que isso seja possível, sobretudo, que possa
trazer benefícios para os seres que tomarem contato com ela! A intenção
continua sendo a busca do autoconhecimento!