tag:blogger.com,1999:blog-8978324286729305602024-03-21T21:40:02.425-04:00Antônio José BotelhoSocializando ideias & ideais!antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-9463525472164296452017-04-16T15:34:00.003-04:002017-04-16T15:34:48.735-04:00NOVA ROTINA, NOVA DISCIPLINA, NOVOS PROJETOS: uma nova inflexão existencial<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Muitos já foram os ritos de passagem; mais um se
apresenta, com a aposentadoria voluntária concedida via publicação no DOU, de
4.4.2017, da Portaria nº 99, de abril de 2017, de responsabilidade da diretora
de capital humano da Suframa. Com ela, intento iniciar novas atividades
sustentadas pela prática de Yoga, desenvolvendo projetos coletivos voluntários
e em grupos e solos remunerados, e participando do corpo docente de uma
Faculdade nos cursos de administração e/ou engenharias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">A carreira de técnico do governo Federal realizada pode
ser considerada satisfatória, seguramente acima da média, com boas e relevantes
contribuições, tanto para a instituição Suframa, quanto frente ao Projeto ZFM,
em especial com a participação na implantação de um Sistema de Planejamento no
chão institucional e com a elaboração de uma ideologia vertida para o
autodesenvolvimento do chão amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">No nível estratégico, lançamos sementes para a criação,
para a emergência de firmas locais com conteúdo tecnológico vertido as
amazonidades, cujos frutos tardam a prosperar, especialmente frente a perda de
poder político da Suframa, incluso o vazio no poder financeiro de execução de
ações convergentes. A ideia era - e é - rivalizar com a lógica inerente da
atração de investimentos, no sentido de complementar a função do
desenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">No nível do autodesenvolvimento, criamos conceitos, à
revelia da aristocracia de especialistas globais, qual<span class="apple-converted-space"> </span><em><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">growing
up</span></em><span class="apple-converted-space"> </span>para fazer frente
ao determinismo econômico que a fronteira tecnológica e o sistema global de
inovação estabelecem numa dimensão planetária. A ideia era - e é - contribuir
para a construção de um capitalismo amazônico, selando e montando o cavalo
alado do desenvolvimento sustentável, numa trajetória tecnológica associada às
amazonidades. Nesse sentido, do de caminhar com as próprias pernas, precisamos,
ainda, criar as condições objetivas favoráveis para enfrentar as exigências
globais desde uma perspectiva das necessidades locais no contexto do sistema
capitalista. De uma forma geral, os apontamentos da economia política foram
lançados para debaixo do tapete da histórica com a indução dos estados
nacionais tardios, quando a hegemonia dos países ditos desenvolvidos transitou
da posse do território para o domínio tecnológico e cultural.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Ao fim e ao cabo da atuação profissional na Suframa, a
Portaria nº 559, de 22.12.2016, da lavra da Superintendente, que homologou a
classificação e a pontuação individual dos servidores para o recebimento da
Gratificação de Qualificação no período de janeiro a junho de 2017, posicionou
o servidor Antônio José Lopes Botelho em quarto lugar na referida concorrência,
entre 160 participantes. Destaque-se que os três primeiros colocados têm o
título de doutor. Essa gratificação foi incorporada aos proventos da
aposentadoria.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Ao longo de 33 anos de atividade na Suframa - mais 5
antes dela - foram publicados sete títulos apontando para um desenvolvimento
minimamente autônomo e interdependente, destacando-se o<span class="apple-converted-space"> </span><strong><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Redesenhando
o Projeto ZFM</span></strong>, o<span class="apple-converted-space"> </span><strong><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Sínteses & reflexões em
prol das amazonidades como ideário de desenvolvimento</span></strong><span class="apple-converted-space"> </span>e o<span class="apple-converted-space"> </span><strong><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Pequeno Ensaio em prol da
Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus</span></strong>.
Portanto, representando uma contribuição ativa e contributiva, sobretudo, livre
e independente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Ao longo desse período, procurei, por conta própria, avançar
e ir além das graduações em engenharia civil e administração, finalizando um
mestrado profissional e três especializações. As áreas pós-graduações foram a
engenharia de produção, a ciência política, projetos industrias e a avaliação
de impactos ambientais, além de uma série de cursos sobre políticas e
estratégias de governo. Foram, seguramente, mais de 6 mil horas de estudo
formais. Informais; incontáveis foram as horas de leitura, estudo e
aprendizado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Já o aprendizado do Yoga, lastreado pelo Vedanta e
agora buscando o apoio do Ayurveda, começou no final de 2005, isto é, quase 12
anos atrás. No meio desse caminho, finalizou Curso de Formação em Yoga, sob a
responsabilidade de Pedro Kupfer. E segue realizando estudos de Vedanta, lendo
os livros de Carlos Alberto Tinoco, ouvindo os CD’s de Glória Arieira e participando
de encontros com Pedro Kupfer. No contexto do auto-estudo, mesmo fora da
tradição, portanto, com caráter neófito, publicou pelo </span><a href="http://www.clubedeautores.com.br/"><span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">www.clubedeautores.com.br</span></a><span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;"> dois títulos: <b>Sínteses ilustradas de nove das principais Upanishads: uma abordagem do
que elas ensinam sobre os fundamentos vedânticos</b>, e <b>Sínteses de oito Upanishads: uma visão do que elas ensinam sobre o Yoga</b>.
Recentemente, realizou <i>panchakarma</i>
sob a orientação do Dr. Ruguê, Swami Narayana, quando espera aprofundar o
estilo de vida que o Yoga proporciona, sob a orientação de uma dieta adequada e
apropriada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Após iniciar prática de Yoga sob a instrução da
professora Iza (2005/2006) e do professor Aristides (2006-2008), segue
praticando diariamente, sozinho, porém, nunca solitário. Como instrutor
desenvolveu: i) experiência de 16 meses com internos masculinos e femininos da
Fazenda Esperança/Manaus em 2010/2011; ii) experiência de 20 meses com
servidores da Suframa em 2011/2012 e 2015/2016; iii) experiência de 12 meses
com condôminos do Residencial Mundi em 2015/2016; iv) experiência de 4 meses
com amigos e convidados no Parque Municipal do Mindu em 2015; e, v) experiência
de 4 meses com profissionais do Escritório Jurídico Andrade GC em 2015/2016.
Novos projetos voluntários estão em curso: i) novas experiências no Residencial
Mundi (8 meses); ii) na Suframa (3 meses); e, iii) no Manaus Country Club (2 meses).
Projetos remunerados também já estão em curso, no momento com um aluno
particular (fev/2017), com práticas realizadas na casa do praticante. Quem sabe
não seja possível abrir um espaço dedicado à prática do Yoga num futuro
próximo?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="line-height: 24.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Helvetica",sans-serif;">Além da atuação como técnico, serviu à Suframa como
diretor e assessor, em diversas oportunidades, cujas experiências
contabilizaram positivamente para a titulação de qualificação. Agora, como
instrutor de Yoga, como dito e sugerido acima, pretende retribuir à sociedade
tudo o que recebeu em nível de benefícios desse Conhecimento e estilo de vida
milenar. Em paralelo, pretende, ainda, voltar ao chão da sala de aula como
professor universitário, para continuar aprendendo com a atividade de ensinar,
campo de atuação onde já conta com uma experiência acumulada de 9 anos, sendo
dois na Ufam (1991/1992) e sete no Cesf (2001/2007), quando teve a oportunidade
de contribuir para a consolidação da disciplina Política Industrial e Inovação
Tecnológica. Assim, negociações e tratativas para o estabelecimento de uma nova
rotina, uma nova disciplina e novos projetos estão em curso e deverão confirmar
uma nova inflexão existencial. Que isso seja possível, sobretudo, que possa
trazer benefícios para os seres que tomarem contato com ela! A intenção
continua sendo a busca do autoconhecimento!<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-20339562784362176742016-11-19T17:13:00.002-04:002016-11-20T17:47:42.811-04:00DE UM DESAFIO HISTÓRICO<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Da
criação de firmas</span></i><a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Da%20cria%C3%A7%C3%A3o%20de%20firmas%20-%20vers%C3%A3o%2019.11.2016.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Contexto introdutório<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A ideia é
contraditar de forma complementar a perspectiva da atração de investimentos.
Nessa dimensão, entende-se que o desenvolvimento se dá de forma equilibrada com
essas duas funções, a consubstanciar a indústria de transformação: atração +
criação; criação + atração, consolidando as estruturas industriais. O foco,
portanto, é o processo de industrialização de Manaus, extensivo a todo local do chão amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O PIM tem
cerca de 600 (seiscentas) empresas incentivadas, cujo produto é maior do que
muitos PIB de pequenos países. Em geral, é reconhecido pelas marcas
internacionais que se estabelecem por forças das vantagens comparativas, aqui
entendidas vantagens competitivas estáticas, oferecidas pelo Projeto ZFM.
Trata-se de um mecanismo já bem fortalecido que opera a quase 50 (cinquenta)
anos e com sobrevida até 2074, quando chegará ao final do seu atual prazo de
vigência constitucional.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apesar
dessa potência industrial, Manaus não foi capaz de criar firmas que pudessem
competir e concorrer em nível de faturamento e geração de trabalho e de renda,
para reduzir a dependência do seu processo de industrialização ao capital e
tecnologia atraída. Muitos podem ter sido os motivos, que podem estar
explícitos ou implícitos na forma política com que seu capital social teve ou
não teve competência estratégica de reconfigurar a natureza do produto gerado
pelo PIM, em particular frente à pujança e independência de suas marcas
tecnológicas e liderança empresarial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Não
importa a desculpa ou a justificativa. Importa mais observar e testemunhar que
Manaus deixa de adotar a ZFM, na vertente industrial, como plataforma de
criação de uma estrutura empresarial local, com estratégia própria, atuando de
forma global.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Então, o
objetivo desta reflexão − Da criação de firmas − é rivalizar em termos de
políticas públicas com o marco regulatório da ZFM, visando construir um segundo
pilar, um segundo vetor que complemente o processo de industrialização
manauara. E, para tanto, é necessário destacar a dimensão patrimonial em duas
grandes ambiências: a endógena e a exógena, pois diferentes são os mecanismos e
ferramentas de política industrial e tecnológica que se deve implantar para
consolidar firmas, tanto atraídas, quanto especialmente criadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Do tratamento endógeno<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A despeito
da ausência de cultura capitalista tupiniquim, ainda que haja muitos investimentos com tecnologia universal acontecendo, e mesmo de ponta como os que decorrem do laboratório de TI da Ufam, que adote a busca do progresso
técnico como evolução de sua plataforma industrial, mecanismos e ferramentas de
política industrial e tecnológica podem e devem ser desenhados, implantadas,
avaliadas, reformuladas e mantidas de tal sorte que Manaus consolide e
potencialize o processo de industrialização que a ZFM oferece. A tática e o
segredo para o desenho da estratégia é perceber e entender que o progresso
técnico, via indústria de transformação, parte do equilíbrio entre oferta e
demanda tecnológica. No equilíbrio, estão postas as condições favoráveis para a
configuração de uma ambiência onde impere o empreendedorismo, a inovação e o
crédito. Esses três vetores, claro, promovidos e incentivados perenemente,
enquanto perdurar a lógica capitalista da acumulação de lucros e apropriação de
conhecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O primeiro
pincel para o desenho de uma política industrial e tecnológica de longo prazo é
levantar e manter um amplo diagnóstico das firmas com capital e tecnologia
local em todos os setores possíveis da economia, especialmente ativos os
setores que convirjam para a bioeconomia, notadamente a biotecnologia. Esse
diagnóstico seria tanto quantitativo quanto qualitativo. Ou seja, além do
número, o levantamento registraria competências e habilidades, carências e
necessidades de cada seguimento em termos industriais e tecnológicos. Esse levantamento
não seria trivial, mas certamente fundamental para ao todo o resto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O segundo
pincel é caracterizar cada setor frente à oferta tecnológica disponível e à
demanda diagnosticada. Em geral, acredita-se que, pela inexistência de tradição
industrial, combinada com a sina histórica da atração de investimentos, e considerando
os laboratórios e centros de P+D existentes, deverá prevalecer na maioria dos
setores maior oferta do que demanda tecnológica. Mas não será difícil
identificar algum setor que, embora estabelecido, esteja travado em termos de
melhorias e inovações, incrementais e transformadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A oferta
tecnológica maior do que a demanda correlata pode estar moldada pelas dezenas, dezenas
de centenas, talvez milhares de dissertações e teses, de investigações lavadas
a termo por grupos de pesquisa dos laboratórios e centros de P+D locais cujo
destino final não é o mercado, mas as prateleiras das bibliotecas das
faculdades e institutos de tecnologia. Já o inverso pode ser sinal da própria
falta de empreendedorismo inovador, que impulsione e potencialize produtos e
mercados dinâmicos. Admite-se que muitas idealizações tenham até mesmo sido
testadas em laboratórios, desde seus protótipos. É essa deficiência, de
transformar conhecimento em negócios, que deve ser superada como base
fundamental do processo de criação de firmas. Esse processo não é de curto ou
médio prazo. Nem mesmo de longo prazo. Mas sim de longuíssimo prazo, que se
estabelecerá secularmente enquanto cultura em decorrência de uma política de
Estado, instituto que alberga o capital, em sinergia com a adaptação do DNA social
do chão amazônico ao risco associado ao progresso técnico aplicável à indústria
de transformação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O terceiro
pincel seria o dimensionamento de um conjunto de planos de negócios que
oportunizassem a retirada das dissertações, teses e investigações das
prateleiras, visando a lançar produtos com base em insumos e saberes da
floresta – aqui entendidos como <b>amazonidades</b>
– no mercado. Esse processo seria continuadamente mantido e alavancado e avaliado
até que se tornasse culturalmente forte e predominante, como dito acima.
Crédito disponível permeando todos os locais do chão amazônico seria a fonte
permanente para seus lançamentos no mercado, nutridos de forma também
permanente pela busca de melhorias e inovações incrementais. Poder-se-ia
idealizar um programa robusto de geração de start up’s!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Já o
quarto pincel constituiria na aplicação de mecanismos e ferramentas práticas,
no sentido temporal, isto é, temporários e renováveis, como a adoção do poder
de compra combinado com a proteção de mercado com barreiras fiscais
estabelecidas pelo Estado. Outros mecanismos e outras ferramentas deverão ser
aplicadas conforme necessidade e carência especificas de cada setor da economia,
onde se incluem os incentivos fiscais. Mas deverá haver uma dinâmica industrial
e tecnológica permanente que sobreviva às cores partidárias dos vários governos
que se sucedem, vertida e convergente com o desafio histórico de se construir
uma cultura empresarial com cunho e estratégia própria. Verdadeiramente um
capitalismo amazônico!<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Da%20cria%C3%A7%C3%A3o%20de%20firmas%20-%20vers%C3%A3o%2019.11.2016.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Do tratamento exógeno<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Aqui as
condições objetivas, industrial e tecnologicamente falando, se invertem
completamente. É importante, nesse sentido, o capital social de Manaus ter
consciência de que a simetria e conformidade entre o chão de fábrica, associado
aos pacotes tecnológicos atraídos com os investimentos produtivos, tem muito
pouco ou mesmo nenhuma conexão e integração com os laboratórios e centros de
pesquisa locais. Essa limitação constitui um grande obstáculo à agregação de
valor via melhorias e inovações de processo e, especialmente, de produto.
Constitui, portanto, uma demanda tecnológica elevada frente à frágil oferta
tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Também
aqui pouco importa as justificativas atribuídas à essa limitação, todavia,
fundamentalmente computada à natureza intrínseca e contradições internas do
Projeto ZFM, notadamente quanto à exigência essencial para o gozo dos incentivos
fiscais vantagens competitivas estáticas , que é o cumprimento do PPB. Ou
seja, o simples ajustamento do projeto industrial e tecnológico às condições
mínimas de fabricação permite a operação de plantas industriais ao longo do
tempo que conferem saltos e inovações incrementais e transformadoras sem que
haja qualquer esforço local de P+D. Exemplos: passagem tecnológica da TV em
preto & branco para colorida; substituição do tubo catódico para a
tecnologia de plasma e correlatas; incorporação das transformações tecnológicas
em aparelhos de telefonia móvel; etc. etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Entende-se
que essa condicionalidade dependente pode ser alterada com uma postura arrojada
do empresariado local junto com a elite governamental via políticas públicas convergentes
à busca do desenvolvimento industrial e tecnológico autossustentado. A ideia é
passar a sugerir, oferecer, ou mesmo exigir minimamente numa proporção de 1:3,
que na aprovação de projetos industriais, parcerias estratégicas sejam formadas
em termos de joint-ventures. Em paralelo, que haja um plano ousado de compra e
aquisição, fusões e/ou incorporações de plantas industriais por parte do
empresariado local com financiamento oficial em formatação adaptada ao processo
de melhorias e inovação. Sem descuidar das possibilidades da criação de um
programa de promoção de spin off’s que seja desafiador e multiplicador!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Nesse amplo
programa de consolidação da estrutura estratégica da dimensão patrimonial local-nacional,
e mesmo estrangeira, junto à tendência tecnológica high tech, deve-se explorar
as técnicas utilizadas por economias que se aproximaram da fronteira
tecnológica via processos de atração de investimentos combinada com a
transferência de tecnologia que são: a engenharia reversa e a engenharia
reversa ampliada. Em paralelo, claro, um robusto programa de formação de
capital humano técnico e especializado nas engenharias e disciplinas afins, que
consubstanciariam o capital intelectual das firmas privadas, organizações
públicas e laboratórios e centros de pesquisa em prol da condição
autossustentada junto ao desafio de construção de um capitalismo amazônico
lastreado por<b> amazonidades</b>, bem como
da consolidação, de forma enraizada, das firmas atraídas e incentivadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De linhas de ações<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A Suframa,
responsável pela administração do Projeto ZFM, tem idealizado estratégias e
táticas que visam a não só a atração e consolidação de investimentos, mas
inclusive a criação de negócios locais e mesmo regionais. Sob a batuta da
égide sustentável, adicionou à sua missão o apoio necessário à educação, à
ciência, à tecnologia e à inovação, de tal sorte a tornar a economia de Manaus
e do chão amazônico competitiva. Não obstante, ao não distinguir claramente,
ainda que esteja colocado subliminarmente, mecanismos e ferramentas de
políticas industrial e tecnológica que visam alvos distintos sob a ótica da
dimensão patrimonial, peca, ao nosso ver, por não destacar e sublinhar
necessidades e carências diferenciadas desde a perspectiva da oferta e da
demanda tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
postura, contudo, implicaria em enfrentar com clareza e visibilidade o desafio
histórico de consolidar o processo de industrialização de Manaus e arredores,
forjando uma estrutura empresarial com estratégia própria. Admite-se que esse
entendimento seja politicamente incorreto e inadequado, até porque o discurso
e, sobretudo, a prática são construídos sob a estreita vigilância de interesses
explícitos pela manutenção do status quo. Vale dizer, pela irredutibilidade da
permanência perene das vantagens comparativas ou competitivas estáticas a
beneficiar e a priorizar a lógica da atração de investimentos. Por pressuposto, a conquista de uma ambiência que libere e nutra vantagens competitivas dinâmicas aponta para a adoção de incentivos fiscais de forma temporária e localizada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Ainda
assim, poderíamos realçar algumas linhas de ações que convergem para a
construção de um capitalismo amazônico contidas nas linhas estratégicas
tecnologia e inovação, capital intelectual e empreendedorismo e desenvolvimento
produtivo, admitindo o diagnóstico de competências e habilidades, carências e
necessidades de cada setor nas mãos do capital social de Manaus:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apoio
à realização sistemática de plataformas tecnológicas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
tática é considerada de extrema importância para a busca do equilíbrio entre
oferta e demanda tecnológica. E teria aplicabilidade tanto para a comunidade
endógena quanto para a exógena. Trata-se de um mecanismo que visa o desenho de
projetos de P+D assinados, chancelados e financiados pela tríade governo-academia-indústria;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Incentivo
ao empreendedorismo científico-tecnológico;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Não
se tem como construir um capitalismo amazônico sem a promoção contínua e
especializada do empreendedorismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Articulação
para a integração entre a academia e empresa, visando a inovação via criação ou
aprimoramento de produtos e processos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Tática aplicável tanto para a alavancagem de start up’s quanto de spin off’s,
sem falar nas possibilidades para implementar melhorias e inovações no chão de
fábrica incentivado, empresas incubadas e firmais locais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apoio
à manutenção e ampliação dos sistemas local e regional de incubadoras;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Seria fundamental agregar à essa tática, novos conceitos como aceleração de
negócios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Incentivo
e estímulo às empresas de base tecnológica;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Há
uma conexão lógica entre o empreendedorismo inovador, aceleração de negócios e
incubação de empresas com essa tática no sentido de suas emancipações no
mercado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Estímulo
ou apoio à oferta de cursos de empreendedorismo a partir de instituições de
ensino ou em parceria com outras entidades públicas ou privadas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
ideia é oportunizar a todo graduando a elaboração de um plano de negócios para
viabilizar economicamente um produto desenvolvido nos laboratórios e centros de
pesquisa locais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apoio
à oferta de suporte técnico para a geração de planos de negócios e disseminação
de práticas de gestão e de capacitação de recursos humanos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
tática se associa com todas as linhas de ações vertidas ao empreendedorismo. Idealmente,
toda graduação deveria exigir um Plano de Negócios, além de uma Monografia,
para colocação de grau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 8.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apoio
a disseminação de redes de conhecimento e aprendizado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Um
dos pressupostos básicos de consolidação de um sistema local de inovação é a
sinergia positiva entre confiança, cooperação e aprendizado dos agentes
econômicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 9.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Apoio
a iniciativas que visem o desenvolvimento sustentável para o aproveitamento de
potencialidades regionais e oportunidades de negócios na forma de
amazonidades , inclusive ALC’s, Distrito Agropecuário da Suframa e Arranjos
Produtivos Locais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
tática visa incrementar, no sentido de tornar real, o marco regulatório de
incentivo à industrialização no chão amazônico da década de setenta do século
passado, que foi recentemente reformado complementarmente num outro regramento
aplicável tão somente às ALC’s. Converge positivamente para a ação emergencial denominada
“Potencializar o processo de industrialização das ALC’s com base em insumos
regionais na lógica do desenvolvimento sustentável”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> 10.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Articulação
com os setores público e privado para a captação de recursos financeiros para o
setor produtivo da área de jurisdição da Suframa;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
tática tem convergência com o vetor crédito da trilogia virtuosa do
capitalismo, junto com o empreendedorismo e a inovação. Estabelece forte
vínculo, ainda, com a ação emergencial intitulada “Estudar a viabilidade de
constituição de um Fundo de Investimentos, a partir da TSA, visando a
consolidar a competência institucional de agência de desenvolvimento”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A fonte
dessas linhas de ações, dessas táticas é o Plano Estratégico da Suframa
aprovado pelo CAS em 2010. As três áreas estratégicas aqui selecionadas para
priorizar a construção de um capitalismo amazônico oferecem 37 linhas de ações,
portanto, fizemos uma seleção representando 27%. Ao todo, o Plano Estratégica
alinha 84 táticas, distribuídas nas oito áreas estratégicas (desenvolvimento
organizacional, 10; gestão de incentivos fiscais, 7; logística, 10; tecnologia
e inovação, 14; atração de investimentos, 9; inserção internacional, 11;
capital intelectual e empreendedorismo, 9; e, desenvolvimento produtivo, 14). É
muita ousadia! O seu conjunto representa um verdadeiro desafio histórico!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Considerações Finais<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Nem se a
Suframa fosse política e financeiramente forte, como nos velhos tempos, conseguiria
executar sozinha as 10 linhas de ações selecionadas, muito menos a sua
totalidade alinhada junto às áreas estratégicas. Parcerias institucionais e
acordos financeiros seriam necessários para implementar minimamente as táticas,
em termos de metas, prazos e cronogramas, que vertem, na nossa opinião, para a
trilogia virtuosa do capitalismo: empreendedorismo, crédito e inovação.
Aplicável às amazonidades, por certo e claro. E, sobretudo, vontade política e
empreendedorismo institucional. Sem falar que outras visões estratégicas devem
ser acionadas e complementadas, coordenadas e sistematizadas pela interação
governo-academia-indústria. Tudo amalgamado por um "Sistema de inteligência competitiva
sistêmica", entendido no Plano Estratégico da Suframa como um fator crítico de
sucesso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A década
2003-2012 proporcionou a emergência do Sistema Manaus de Inovação. Desde então, iniciativas
e feitos para alavancar o empreendedorismo tem sido itens constante da agenda
política. O crédito precisa entrar definitivamente na lógica do risco associado
ao sistema capitalista e vertido ao progresso técnico. A superação da dependência aos investimentos produtivos
e pacotes tecnológicos exógenos não poderá ser conquistada em uma década, mas
talvez seja possível em um século, caso esforços sejam encetados e empreendidos
desde aqui e agora. Superar não significa negar, mas ir além.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Insta
registrar que apesar de se transitar por mecanismos e ferramentas de política
industrial e tecnológica visando a consolidação de firmas existentes e
instaladas, tanto de capital local quanto estrangeiro, a prioridade é pela
criação de novas firmas, privilegiando o título da reflexão. Tudo na vida é
opção e decisão. Que haja um capitalismo amazônico num futuro desejado, que
proporcione melhor liberdade política e maior independência econômica no chão
amazônico! Entende-se, nesse contexto, que a atração de investimentos
representa uma política pública consolidada.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Da%20cria%C3%A7%C3%A3o%20de%20firmas%20-%20vers%C3%A3o%2019.11.2016.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span style="font-size: x-small;">Da lavra de Antônio José Botelho,
enquanto “Carta aberta” aos Engenheiros da Turma de 1978 da Ufam.</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoNormal">
<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Da%20cria%C3%A7%C3%A3o%20de%20firmas%20-%20vers%C3%A3o%2019.11.2016.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> Termo
hiperbólico, entendido como uma categoria de análise, criado pelo autor para
acomodar outros conceitos, quais: <i>growing</i>
<i>up</i> e economia de enclave industrial,
que participam de outras reflexões e que objetivam motivar e desafiar o capital
social de Manaus a superar a dependência do Projeto ZFM. A ideia da
construção de um capitalismo amazônico é o cerne do <b>Pequeno Ensaio em prol de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus</b>,
publicado em 2011 pela Editora Caminha em Manaus e em 2012 pelo sistema iTunes
na rede mundial de computadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-24206829862959328012016-06-25T22:12:00.002-04:002016-07-06T21:14:35.170-04:00NEM À ESQUERDA, MUITO MENOS À DIREITA, MAS À FRENTE II!<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Tudo às claras: nova homenagem a 2016!<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">O lulapetismo com o seu descomedimento em
acumular recursos para financiar a manutenção do poder conquistado determinou a
oportunidade histórica para uma verdadeira lavagem na ética da política
nacional, em especial na sua forma de viabilizar campanhas e de sustentar uma
base aliada, com desdobramentos para a formação de riquezas pessoais escusas.
Já sabíamos que a prática era fraudulenta, sentíamos o cheiro de podridão, mas
a proporcionalidade que a corrupção ganhou corpo na era petista tornou
insustentável o castelo de poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Esse tiro no pé foi aprofundado com a
renovação do capital humano das instituições e organizações de Estado, quais
Ministério Público, Polícia Federal, Controladoria, etc. Na realidade, novas
instituições e novas funções de controle foram criadas e paulatinamente
implantadas desde 1988. Aqui, no chão institucional tupiniquim, determinado
decano se mostrou preocupado com o nível e a velocidade das mudanças, pelo que argumentei
que a nova turma era mais bem preparada do que nós quando aqui entramos no jogo
três décadas atrás. Uma nova institucionalidade e organicidade estão em curso
no chão amazônico. Oxalá não dê “com os burros n’água” quanto à perspectiva do
autodesenvolvimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Já intuíamos que o processo de
financiamento de políticos e de partidos envolvia a contratação facilitada e onerosa
nas gestões públicas que se sucediam para atendimento das necessidades da
sociedade e do Estado. Em três décadas de falcatruas, a produtividade da
economia nacional tendeu para zero, especialmente nos últimos 13 anos,
considerando a percolação que o lulapetismo permitiu com a sua estratégia de
manutenção de poder. Literalmente, colocou todo mundo no bolo, comprometendo
todos, que em geral eram convidados para assumir pastas ministeriais e postos
no segundo escalão de governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Nesse processo, políticos e seus
descendentes tornaram-se, da noite para o dia, empresários e empreendedores de
sucesso, acumulando fortunas e formando impérios, nunca antes visto neste país.
Carros de luxo; mansões e sítios hollywoodianos; vinhos e champanhes de marcas
e safras especialíssimas; jantares espetaculares; viagens inebriantes; barcos e aviões
particulares ultramodernos; relógios, sapatos, bolsas, canetas e gravatas de
grifes; enfim, um estilo de vida nababesca. Em alguns casos, tornaram-se
verdadeiros latifundiários, simbolicamente donos de territórios que se
confundiam com seus estados de origem, acumulando poder nas várias esferas de
governo, entrando ano e saindo ano. Na realidade, os mais poderosos permanecem
por décadas. Os decanos ainda hoje promovem indicações para conferir apoio
político, quer sejam filhos ou apadrinhados políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Todos sabem de tudo! Essa é a impressão
que se tem com as notícias que saem decorrentes das investigações e delações
premiadas, pois todos usam o mesmo sistema de financiamento. São hábeis em
gerar prestações de contas decadentes e mentirosas, com notas fiscais e recibos
falsos emitidos por firmas fantasmas registrando serviços não prestados. Tanto
é verdade, que juízes, policiais e investigadores da nova safra afirmam que a
nação e o solo pátrio estão impregnados da doença cancerosa em todo o tecido
social. E na forma de metástase, eu diria. Aqui, na praça tupiniquim, práticas institucionais
e políticas se sustentavam à base do comprometimento de matrizes de supostas
irresponsabilidades, à semelhante do que se diz que na Petrobrás a corrupção é,
ou era sistêmica. Pelo menos duas delas construídas com imponência já estão
sendo objeto de vasculha de suas contas e propinas, que poderá resvalar em
políticos locais. Em nível mais inferior, mas necessário à competitividade,
ruas e avenidas do palco industrial continua sofrível, mesmo após recursos
disponibilizados em duas oportunidades, os quais talvez tenham sido desviados para
financiar campanhas políticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Tempos atrás, cerca de 28 anos, quando
cursava disciplinas do mestrado na UFPb, ouvíamos falar que toda obra pública
realizada no Brasil poderia ser multiplicada por duas vezes e meia. Hoje os
profissionais públicos que caçam corruptos afirmam que o volume de recursos da
sociedade que são drenados para os políticos e partidos é da ordem de RS 200 bilhões
ou mais de reais por ano. Mais do que o atual déficit orçamentário da União. Quantas escolas,
hospitais, estradas, hidrovias, portos e aeroportos não poderiam ser
construídos e mantidos com essa grana? Nessa volúpia nem mesmo funções que
deveriam ser caras para a esquerda ficaram imunes, como sistemas de
financiamento de casas populares, de empréstimos consignados a servidores
públicos federais, de cooperativas de pensões para a terceira idade, dentre
outras que certamente emergirão como metástase. As investigações, apurações e
condenações tomam curso estratégico para não fazer ruir a autoridade política
da República. Os impactos da lavagem ética, portanto, limpam o passado e o
presente, e limparão o futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Todo esse cenário só foi possível
emergir com o tiro no pé do lulapetismo. Tudo na dualidade tem aspectos
negativos e positivos. O lulapetismo trouxe a possibilidade da lavagem ética na
política nacional. Partidos de todos os naipes e políticos de todas as cores
estão de uma forma ou de outra, ou mais ou menos envolvidos com falcatruas e
contabilidades em paralelo à legalidade e à legitimidade. Até os mortos e os
mais tímidos e recatados têm suas responsabilidades no processo, por ação ou
omissão. Mas todos, corruptores e corrompidos, negam tudo, veementemente, como
não se cansam de dizer os repórteres e jornalistas que cobrem as diárias
aberrações estarrecedoras que chegam aos nossos ouvidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">E o processo pelo que se percebe se
sofisticou. Não basta superfaturar projetos e serviços, cobrando uma taxa
percentual na liberação de toda fatura. Não basta aditar contratos. Vendem-se
influências para a edição de decretos e para a contratação de projetos especiais
e grandiosos, no Brasil e no exterior. Criam-se sistemas que vazam e drenam
dinheiramas para o esgoto da corrupção. Até departamento com expertise na
camuflagem em firma privada associada à corrupção foi estruturado, indo até a
compra de bancos em paraísos fiscais para facilitar as transferências, quando
não são entregues em dinheiro vivo. Cômico era o fato de que no início, com a
inexperiência lulapetista, a grana era transportada até mesmo em cuecas e
calcinhas. Vejam aí que coisa feia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Sediamos recentemente a Copa do Mundo e
ainda temos obras por conta do evento inacabadas. Sediaremos a seguir as
Olimpíadas e nem todo o aparelhamento público estará executado. O Estado da
Federação sede está em situação de calamidade econômica, sem recursos para
folha de pagamento e contratos essenciais como saúde, segurança e educação.
Violência e epidemias correm soltas às vésperas de receber turistas que
assistirão aos jogos e eventos olímpicos. Esse é retrato do nosso país para o
exterior; um país que parece não toma jeito. Produtividade quase zero!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Renomado articulista e comentarista
tupiniquim afirma que todos temos culpa no cartório, na medida em que todos os
políticos e partidos estão envolvidos até o pescoço com práticas que envolvem
caixa dois e demais ilegalidades. Diz ele que ninguém é bobo nesse processo. Eu
já fiz a <i>mea-culpa</i> me declarando
ex-voto ideológico do PT em 2005, desejando hoje vê-lo na lona, nocauteado.
Mas, a direita conservadora não deve sair ilesa, pois as práticas
potencializadas pelo lulapetismo já eram adotadas desde sempre. As mobilizações
sociais devem manter a chama em prol da correção, antes da ideologia, doa
realmente a quem doer. A lavagem ética na política nacional deve ser finalizada
em benefício das gerações futuras. E os mais fanáticos e fundamentalistas de
esquerda devem aceitar a derrota e aguardar uma nova oportunidade histórica,
para fazerem mais e melhor, mas com correção. Até porque o infinito oceano de
mudanças permanentes fará a roda rodar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Uma nova política deve ser inaugurada. Um
novo sistema de financiamento e de estrutura partidária deve ser aprovado pelo
Congresso Nacional. As campanhas devem ser o mais simples possível, como me
disse um bem-sucedido empresário engajado no retorno da direita e da feição
conservadora ao poder. Nada de cenas e espetáculos mediáticos e mirabolantes para
impressionar o eleitor. Basta uma câmera, uma mesa, um pano de fundo azul e um
conteúdo programático compatível com o momento histórico. O candidato deve ser
e estar limpo. Ter comprovada experiência competente e demonstrar boas
intenções. Sua declaração de imposto de renda e suas práticas sociais devem ser
acompanhadas de perto pelos cidadãos. Idem, para sua descendência, parentes,
aderentes, amigos e correligionários. A mordomia no Estado deve acabar; esse
custo é elevadíssimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Qual a origem disso tudo? Talvez o
Grito do Ipiranga, que inverteu a lógica natural de formação do Estado desde a
formação social de uma nação. Mas certamente passa pela falta de educação e
instrução do povo, que não sabe eleger seus representantes e que não acompanha
de perto suas realizações e desatinos. De igual forma, a formação estatal por
primeiro sustenta a indistinção entre coisa pública e coisa privada, entre
orçamentos públicos e negócios privados. Aqui neste chão institucional até uma
imagem de Nossa Senhora está aposta, como se fosse um santuário familiar,
negando a natureza laica do Estado. Que Ela, que o Universo conspire favoravelmente
para a superação dos entraves e obstáculos para o autodesenvolvimento pátrio,
agora que temos o Custo Brasil estendido para além da deficiência de
infraestrutura econômica, configurado pelo cancro da corrupção. Que ele seja
extirpado! Que possamos manter o alerta e oferecer nossas contribuições
genuínas isenta do cunho ideológico. E neste particular, confesso outra <i>mea-culpa</i>: que apesar de socialista por
convicção, defendo racionalmente um capitalismo amazônico, lastreado por
amazonidades, para conferir a todo amazônida que nasce, vive e morre no chão
amazônico maior independência econômica e melhor liberdade política.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">De novo: tudo isso só foi possível por
conta do lulapetismo. Então, ao anverso e às avessas: viva o lulapetismo! O
Congresso Nacional e a sociedade brasileira devem agora buscar novos rumos, com
uma nova sistemática de se fazer política, e, sobretudo, peneirando com bitolas
reduzidíssimas os melhores políticos para nos representar com legalidade e
legitimidade.<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-68013947273341536792016-06-16T22:14:00.002-04:002016-06-16T22:14:36.749-04:00SOBRE MARCOS REGULATÓRIOS APLICÁVEIS À REALIZAÇÃO DE AMAZONIDADES 2<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">À
guisa da industrialização no chão amazônico: rodando exigibilidades para as AMAZONIDADES<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
processo de industrialização em seu estado bruto exige ferramentas, instrumentos
e mecanismos de política industrial <i>ex</i>
<i>ante</i> a consolidação de determinada
tendência tecnológica e <i>ex</i> <i>post</i> quando esta se efetiva em termos de
uma cultura tecnológica. Em seu estado refinado, a industrialização aponta para
o processo de inovação, exigindo, permanentemente, melhorias, incrementos e, por
fim, rupturas, quando novas tendências se interpõem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Já
argumentei em outras oportunidades que AMAZONIDADES é algo transcendental, que
verte para possibilidades ainda inauditas. Afinal, realizar produtos e serviços
desde insumos e saberes da floresta, sob a perspectiva da ética sustentável e
sob a égide autossustentada, representa um heroico desafio histórico e mesmo
civilizatório. Não à toa propus uma categoria de análise ainda inexplorada
plenamente: <i>growin</i> <i>up</i>. Na realidade, ela é inexistente
frente às especialidades técnicas e científicas da industrialização lastreada
pelos combustíveis fósseis. Poderíamos dizer que insumos grosseiros, tais como
plásticos e isopores, cederão lugar a insumos sutis, raízes, cascas, folhas e
frutos de árvores, dentre outras fontes renováveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Apesar
de já serem visíveis, AMAZONIDADES ainda não predominam no mercado; ainda não
representam uma tendência tecnológica consolidada. Então, como incentivar sua
industrialização para que ganhe musculatura no mercado, via consumo permanente,
a fim de potencializar conhecimentos, negócios e acumulações?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
expertise pátria, enquanto Estado tardio no processo de industrialização, é a
concessão de incentivos fiscais e financeiros aos investimentos e à produção,
para alavancar a substituição de importações. Isso vale desde o Plano de Metas,
reverberando na ZFM. Aplicam-se as ferramentas, instrumentos e mecanismos de
política industrial para uma tendência tecnológica já estabelecida pelos países
que construíram e que mantém a fronteira tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Há uma estrutura
de arrecadação e cobrança que alimenta e nutre os sistemas tributários
nacionais tardios, enquanto recursos do tesouro público a financiar programas e
ações de governo para a sociedade, além das próprias estruturas, burocracias e
tecnicismo de Estado. Isso implica necessariamente em alíquotas com percentuais
médios a elevados. Vale dizer: qualquer política de promoção industrial com
base no financiamento de recursos e na concessão de incentivos fiscais somente
terá peso relativo forte se houver impacto na cadeia de custos da respectiva
produção. Não haverá atratividade para isentar o que representa pouco ou nada
nessa estrutura. Não à toa a ZFM atrai investimentos, cujas vantagens
comparativas são mantidas favoráveis relativamente a outros lugares por força
das alíquotas médias e altas de seus produtos. Não à toa, por outro lado,
observa-se as limitações do Decreto-Lei 1.435/1975.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Então,
como incentivar produtos fora do circuito tecnológico estabelecido, que financia
o Estado tardio e seus governos, com alíquotas baixas associadas ao seu sistema
tributário nacional? Isso sem considerar que os produtos, como sugerido acima,
são em sua maioria esmagadora inexistente: inauditos e transcendentes à atual
roda industrial e tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Só será
possível, primeiramente, se um futuro desejado associado fizer parte da
cognição do capital social, no caso manauara e amazônico. Em segundo lugar, se
transmutarmos nosso DNA societário no sentido de percebermos a necessidade de
construirmos um processo de autodesenvolvimento, adotando o risco industrial e
tecnológico como plataforma de voo histórico e civilizatório, considerando o
atual sistema de produzir, distribuir e consumir mercadorias e serviços. E em
terceiro lugar, se estabelecermos um programa amplo de desenvolvimento
industrial e tecnológico, que integre as vertentes que consubstanciam a sua
promoção que é o crédito, o empreendedorismo e a inovação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
idealização e implementação de uma Política Industrial e Tecnológica para
AMAZONIDADES, que contenha a visão adequada de uma perspectiva histórica e
civilizatória sustentável e autossustentada, deveria ser o foco dos governos,
indústria e academia. Iniciativas isoladas, sem a percepção de que uma
trajetória tecnológica alternativa exige ferramentas, mecanismos e instrumentos
próprias, tenderão a “dar com os burros n’água”. É o que poderá acontecer com
os Decretos 6.614/2008 e 8.597/2015.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O que
queremos dizer com esses argumentos? Inicialmente, que devemos entender e
aceitar que a atração de investimentos é apenas uma perna do crescimento
industrial; que sem a perna da criação o autodesenvolvimento nunca se dará,
delimitando a dependência industrial e tecnológica. Em seguida, que devemos visualizar
e modificar nossa postura histórica, sempre dependente de capital e tecnológica
exógena, o que é fato desde quando Pombal concedia incentivos para atrair
investimentos e negócios para o chão amazônico. Finalmente, que devemos
mobilizar e integrar todas as ferramentas, instrumentos e mecanismos de
política industrial e tecnológica, visando a construção de um futuro desejado
em torno de AMAZONIDADES.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Já havia
colocado em outros escritos que o desenvolvimento sustentável deve ser adotado
como um ACASO para a formulação de uma perspectiva histórica e civilizatória
que oportunize maior independência econômica e melhor liberdade política para
todo aquele que nasce, vive e morre no chão amazônico. O século XXI impingirá
em definitivo essa nova utopia para a humanidade; que ele seja o cavalo alado
que passa pela Amazônia. Todos nós devemos selar, montar e cavalgar nessa
oportunidade de ouro para a construção de um processo de industrialização e de
inovações tecnológicas associadas as AMAZONIDADES que seja longo e duradouro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Vale
dizer: todo marco regulatório que concede incentivos fiscais para AMAZIDADES deve
estar combinados e reforçados por iniciativas inseridas no contexto conceitual
da hélice tríplice e no ambiente favorável da lógica dos sistemas locais de
inovação. Idealmente, a legislação promotora e totalizadora deve ser
complementar e suplementar. Enfim, todas as políticas públicas de governos
amazônicos devem estar recheadas com variadas fontes de financiamentos de
negócios e com diversas formas de indução de empreendedorismo, tanto
científico-tecnológico quanto profissional e especializado. Os planejamentos e
parcerias estratégicas de todas as instituições e laboratórios deverão estar
alinhados com os de empreendedores, empresários e profissionais do capital,
individual ou coletivamente no que concerne às firmas potenciais e/ou
instaladas no chão amazônico e suas representações de classe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Além de
incentivos fiscais à jusante dos investimentos, no caso de AMAZONIDADES, que
não têm presença forte no sistema tributário nacional, exige-se a utilização de
subsídios, do poder de compra das administrações, proteção e reserva de
mercado, prêmios pecuniários à criação e exportação, subvenções econômicas, dentre
outros elementos de política industrial. À montante e à jusante devem estar
albergados com o provimento de infraestrutura econômica, oferecendo logística
integrada, qualificação profissional, objetivando bons trabalhadores, bons
gestores e bons pesquisadores, pesquisas e investigações, visando melhorias e
inovações incrementais, quiçá transformadoras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma
visão de futuro que propugne o desenvolvimento de AMAZONIDADES deverá estar
ancorada na valorização da nossa identidade cultural, que privilegia nossos
hábitos e costumes, nossa gastronomia e vestuário, nossa geografia e história antes
da adoção fácil e gratuita de padrões de consumo que sustentam tendências
tecnológicas criadas alhures por alheios. A ideia não é viver isoladamente no
mundo globalizado, mas caminhar com as próprias pernas, pensando globalmente,
agindo localmente. Nesse sentido, registre-se o sucesso do laboratório de
informática da Ufam e de seus pesquisadores e empreendedores associados, que já
jogam o jogo global em suas áreas de atuação desde o chão amazônico. Mas, registrem-se
também as centenas talvez milhares de teses que se avolumam nas estantes de institutos
e laboratórios de pesquisas, sem a devida transformação de conhecimento em
negócios.<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-61902099771841172442016-05-22T12:05:00.002-04:002016-05-26T21:33:58.388-04:00NEM À ESQUERDA; MUITO MENOS À DIREITA: MAS À FRENTE!<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Correção
antes da ideologia: uma homenagem a 2016!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Inicio a reflexão afirmando ou informando que fui um
ex-quase anarquista covarde. Ao sair da Universidade, formado em engenharia
civil e administração e recém-casado, tive contato teórico com os textos de Bakunin,
Proudhon, Malatesta, Kropotkin, dentre outros, como Tolstói. Estávamos em
1983/1984. Apesar de não ter avançado numa prática mais contundente, passei a
adotar algumas amarras e limites para questionar a autoridade e a evitar
acumulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na realidade, creio que conflitos com a autoridade
fazem parte da personalidade desta forma ordinária, que sempre estabelece o
contraditório com firmeza e determinação. Sempre questionador, em algumas
oportunidades históricas arranhou a relação hierárquica inerente às
instituições. Nessas experiências, imbuído de boa intenção ideológica vertida
ao autodesenvolvimento, sempre observou e constatou a limitação que a
autoridade política determina na criação humana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No plano pessoal, como já disse em outros escritos, optei
em me tornar um pequeno burguês servindo à sociedade via Estado, em detrimento
de ir atuar diretamente no mercado. Até mesmo por incompetência em comprar/produzir
para vender ou simplesmente vender conhecimento. Até mesmo pela oportunidade do
momento histórico pós-formatura. Ou ainda pela tradição familiar. Mas entendi e
aceitei a oportunidade profissional ao ajustamento ideológico. Creio que o
público alvo do pequeno burguês é mais coletivo do que o do empreendedor e do
empresário ou mesmo do profissional do capital.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nessa seara, consegui, junto com minha companheira,
encaminhar nossas filhas para a vida e para o mercado, não sem contar com a
ajuda de muitas pessoas, como pais e irmãos, dentre outros amigos. Hoje, conseguimos
manter o núcleo familiar com apenas uma casa, duas contas bancárias e dois
carros, meus e de minha companheira, simbolizando a opção mínima no acumular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas essa pequena introdução biográfica é apenas para
consubstanciar as opções políticas. Mais uma vez, contrariando o anarquismo, na
sua vertente anarco-sindicalista, sempre fiz opção política pelo voto. E, face
ao histórico da formação socioeconômica nacional, sempre marcando posições à
esquerda. Assim, me enamorei pelo discurso ético-moralista do Lula e do PT.
Quase me filiei à legenda, retrocedendo quando percebi o assembleísmo com que
suas decisões são tomadas, apenas aparentemente negando o coronelismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Votei no Lula até quando em 2005 senti cheiro de
podre ao ele afirmar à sociedade brasileira que nada sabia sobre o que viria a
ficar conhecido como escândalo do mensalão. Como pode o capataz da engrenagem
estar preso e o coronel não? Ou vice-versa? A oposição errou ou medrou ao
argumentar a governabilidade, e proteger a economia que ia bem, frente à
possibilidade de aprofundar as investigações antes das eleições de 2006. Engraçado
que foi nessa época em que deixei de ser aproveitado profissionalmente em nível
de cargos de confiança, exatamente após as experiências na administração FHC.
Talvez meus pares, já intuindo minha construção ideológica, como já dito e
redito, vertida ao autodesenvolvimento, associado ao fato de que andava no chão
institucional e nos salões sociais com estrelinha do PT no peito, afastaram-me,
por precaução ou por outro motivo qualquer, dos círculos da corte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse corte foi sacramentado na administração da
Dilma, quando um ferrenho correligionário petista assumiu um cargo sob o qual
estava subordinado. A essa altura, já havia me manifestado como ex-voto
ideológico do PT. Por uma ou por outra razão, carta fora do baralho, consolidado
o estigma de polemista ou por força de manifesta inconformidade psicossocial,
como rascunhou uma colega da Suframa. Outro colega já havia afirmado que o jogo
é complexo, talvez insinuado que incautos e neófitos não devem jogá-lo. Mas, a
ideologia do autodesenvolvimento continuou agregando valores, com novos dados,
informações e conhecimento. Sem a habilidade do agir politicamente correto,
avancei questionando a natureza intrínseca da ZFM, que gera dependência aos
investimentos e pacotes tecnológicos que financiam a industrialização de
Manaus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quase escorrego na temática à qual me apego em
demasia e que me é cara. Mas a ideia é associar a oportunidade que o anarquismo
me deu, de estar à frente, especialmente hoje após a frustrada experiência
histórica do lulapetismo. A administração Lula navegou em voo de cruzeiro,
quando as demandas chinesas pelas commodities brasileiras estavam em alta. Essa
condição favorável, junto com a estabilidade da moeda conquistada as duras
penas na administração FHC, financiou a adoção de políticas de inclusão e de
assistência social, inauguradas sob a égide da socialdemocracia tucana, com o
idealismo da primeira dama Ruth Cardoso. O “sucesso” dessa política sustentou
13 anos de exercício de poder. É fácil administrar na fartura; difícil é
superar os momentos de dificuldade com criatividade e responsabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O lulapetismo teria estado à altura do momento
histórico que teve se tivesse tido a responsabilidade de reduzir os programas
sociais, revendo seus critérios e níveis e reformatando seus projetos e ações,
aos primeiros sinais de desgaste e de esgotamento de suas fontes de
financiamento. Mas preferiu jogar o rombo para debaixo do tapete para não
perder as eleições. Jamais poderia ter sido colocado em risco a economia como
um todo, drenando o tesouro nacional, para sustentar uma igualdade de
oportunidades insustentável. Seu número, 13, apontava para a magia; hoje
representa o trágico!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Infelizmente, ou felizmente, o sistema que organiza
a sociedade humanoide é o capitalista, que gera acumulações e exclusões. Não à
toa, tocado pelo anarquismo, creio que a ala política mais aderente à
perspectiva distributiva está à esquerda. Mas a insistência de políticas
populares, em nível de opção governamental não pode, não deve provocar contrações,
depressões e recessões, solapando as próprias conquistas sociais, como se fez.
O sistema capitalista por si só já é temerário frente aos seus ciclos
econômicos. No sentido da consciência econômica, talvez o melhor exemplo latino
seja o chileno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A decepção e ceticismo, todavia, foi maior e
irrevogável com a corrupção, supostamente para financiar um projeto político
totalitário. Aqui ratifico o título da reflexão: correção antes da ideologia.
Realmente foi estarrecedor o estrago causado pelo lulapetismo desde o mensalão
até o petrolão. E aqui não está a salvo nenhuma figura política, nem à
esquerda, nem à direita. Nestas plagas tupiniquins, pequenas fortunas foram
formadas desde a implantação da Nova República, sob o slogan “rouba, mas faz”.
Projeto político que, em verdade, ainda se reproduz, ora à direita mascarado de
esquerda; ora à esquerda utilizando-se da direita. Portanto, sempre a direita
dando as ordens e tentando promover o progresso, como é do DNA positivista da
República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo especialistas, caso a Petrobrás adote as
melhores práticas e estratégias a partir de 2016, retornará aos níveis de
valorização de mercado, com investimentos de liderança, somente daqui a uma
década. Será que temos consciência do que isso significa? O lupatismo
exponenciou ao quase-infinito o mesmo expediente, a mesma prática histórica da
direita, porém, se lambuzando como todo novo rico emergente, sem tradição nas
coisas boas da vida, que infelizmente o sistema capitalista nega à maioria. Mas
essa condição não justifica: antes a correção, ante a ideologia. Cheguei até a
publicar no meu sítio uma carta aberta à presidente, parabenizando-a pelas
medidas moralizadoras adotadas no início do primeiro mandato. Ledo engano;
quanta ingenuidade. O pior já estava em curso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nesse cenário de tristeza e decepção com a atual formação
socioeconômica nacional, penso que as investigações devem avançar, retirando do
poder todo aquele que faz da Constituição Federal e do Estado de Direito,
respectivamente, peça e ordem de ficção científica. O Tio Sam afirmou que a
democracia brasileira está forte. Discordo frontalmente, pois nossas
instituições devem ser fortalecidas na base com educação e instrução do povo. Nossos
políticos corruptos não devem encontrar facilidades de toda ordem para se manterem no
poder; antes devem encontrar obstáculos intransponíveis para se candidatarem em prol do progresso. E os
eleitores devem ter a consciência do que seja realmente importante para a
sociedade como um todo. Tanto no curto, quanto no médio prazo, e especialmente
no longo prazo, enquanto projeto de sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para este pensador, hoje com 57 anos, portanto, não
valem nem os discursos de esquerda, muito menos os de direita. Mas os que se
posicionam à frente. À frente com uma postura verdadeiramente ética, de
respeito ao coletivo, ao poder e recursos do povo. À frente com a ética da
autossustentabilidade. À frente com a possibilidade da meritocracia. À frente
com uma maior taxação de grandes fortunas. À frente com a extinção do direito
de herança de família. À frente, sim, com programas de inclusão social, quando estes
forem possíveis, sem prejuízo à solvência da economia capitalista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Comunismo, ou melhor, socialismo real, é quando o
Estado é proprietário dos meios de produção, quando o mercado é substituído
pelo planejamento central e quando o contrato social não cultua a propriedade
privado como esteio da sociedade. Esse tipo de organização social representa
uma experiência histórica falida. Da mesma forma, a estória de que comunista
come criançinha também já era. A direita conservadora deveria ser mais séria
com conceitos historicamente estabelecidos e consagrados na academia. A
superação do capitalismo não depende de canetadas, nem mesmo de armas, mas da
extirpação dos venenos da ambição, da inveja, do orgulho sediados coração. Até lá,
muito aprendizado amoroso e compassivo vai rolar debaixo da dualidade!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Essa visão política ideológica, à frente, foi
possível incorporar com a leitura da doutrina anarquista e com a sensibilidade
às mudanças climáticas, que oportunizou a percepção das causas e efeitos das
rachaduras do tecido social e das demandas planetárias vertidas à
sustentabilidade. Hoje amenizada e organizada com a busca do autoconhecimento,
que adota como pressuposto a impermanência de tudo e de todos.<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-34340298281691355352016-05-08T22:07:00.000-04:002016-05-26T21:29:59.661-04:00SOBRE MARCOS REGULATÓRIOS APLICÁVEIS À REALIZAÇÃO DE AMAZONIDADES<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Autoconhecimento
versus Autodesenvolvimento: uma crítica em prol das amazonidades<o:p></o:p></b></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">É sabido
que apenas uma diminuta parte dos seres sencientes busca permanentemente saber o
que de fato são, de onde vieram e para aonde vão. E isso envolve saber o que se
deve realizar em vida e de que forma essa existência deve ser cumprida. Todo
esse processo poderia ser entendido de busca do autoconhecimento.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa não
percepção, em geral, decorre do fato de que nós trocamos o que é Real, no
sentido de que está além do tempo, pelo que é irreal, o qual é submetido à impermanência
de tudo e de todos. Aceitamos nossa identidade com o CPF e com o status que
conquistamos durante a existência, sem nos darmos conta de suas
transitoriedades. Metrificamos essa perspectiva na propriedade de bens móveis e
imóveis, na conquista de títulos e honrarias e no desfrute de status e poder.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A viagem
do autoconhecimento se opera numa espécie de involução, quando devemos procurar
zerar o produto das ações que realizamos no passado, presente e futuro.
Superada a ignorância quanto a uma Realidade Última, os frutos das ações passam
a ser vivenciadas sem apego e sem aversão. Nesse sentido, importa a essência da
existência, deslumbrando o que está por detrás das manifestações, sem descuidar
dos próprios fenômenos. Vale tanto a imanência quanto a transcendência. Vale a
totalidade subjetiva e objetivo do Universo.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Mas, atenção:
como apenas o Sujeito não pode ser destruído, é Nele que está contida a
Verdade. E o que isso tem a ver com o autodesenvolvimento? Tudo, se
estabelecermos links associados à criação e consolidação de condições objetivas
para o progresso técnico e industrial autossustentado.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Autodesenvolvimento
é uma categoria de análise que tento permanentemente elaborar para qualificar a
ZFM como Projeto, e, por conseguinte, como meio para o desenvolvimento
sustentável. Nesse cenário, o Projeto ZFM proporciona o crescimento econômico
associado à indústria de transformação que se processa em Manaus a quase meio século.
Nesse processo, a tônica é a da atração de investimentos, pelo que a maioria da
energia, senão toda, gasta na sistemática do marco regulatório geral está
envolvida como num fim em si mesmo.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Portanto,
qual quando estabelecemos a identidade com nosso ego, a inteligência e a consciência
tupiniquim estão focadas nas evidências positivas da ZFM, sem desafiar a
dependência de capital e de tecnologia que reproduz o crescimento industrial. É
muito fácil à indústria de transformação da ZFM permitir novos entrantes, sem
que haja o desgastante e custoso processo de inovação, que desbravam as
tendências tecnológicas. Basta cumprir o PPB!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Esse
modelo mental é tão fortemente limitado, que, mesmo após mais de quatro décadas
de operação, não conseguimos gerar uma só marca global como resultado de
conhecimento aplicado à indústria <i>high</i>
<i>tech</i>. Na realidade, esse modelo mental,
fácil para a atração de investimentos e frágil para a emergência de negócios, resta
ratificado com dois dos marcos regulatórios idealizados para a explotação do
chão amazônico.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Vejamos. O
primeiro vige desde a segunda metade da década dos anos 1970. Prevê a isenção
de IPI sobre produtos elaborados com insumos da floresta para firmas com
projetos industriais aprovados pela Suframa e estabelecidas na Amazônia
Ocidental.(1) Esta isenção tributária fica adicionada da geração de crédito
equivalente ao pagamento desse imposto calculado como se devido fosse, quando utilizados
na industrialização de outros produtos em qualquer ponto do território
nacional. Ou seja, além da isenção ainda gera crédito tributário!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Qual foi a
grande marca a nível global que o chão amazônico promoveu com essa baita ferramenta
de política industrial? Nenhuma! Ainda que possa ter beneficiado um conjunto de pequenas empresas, em especial as que exploram madeira, com tecnologia universal. Grandes perguntas, vertidas ao por que a
perspectiva da industrialização não se estabeleceu de forma próspera e
progressista, poderiam ter sido feitas, problematizando o cenário inerte quanto
à realização de amazonidades:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">ü<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Por
força da falta de empreendedorismo, de tecnologia/inovação e/ou de crédito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">ü<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Por
força da falta de logística e de mercado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">ü<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Por
falta de políticas e de regulamentações complementares?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Ao invés
de se questionar e investigar, procurando sanar e superar as dificuldades e os
obstáculos, adotou-se um novo marco regulatório que aponta para a atração de
investimentos.(2) Isso é verdade porque nem mesmo o novo marco regulatório saiu do
forno, neste final de 2015 e início de 2016, e já se flerta com a tradicional
indústria de perfumaria francesa que utiliza, desde quase sempre, insumos da
floresta para fins de se oferecer as novas isenções na Amazônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O novo
marco, idealizado especificamente para as ALC’s, está estruturado na isenção de
IPI para produtos finais fabricados com insumos da floresta. Seu maior mérito é organizar e unificar essa temática contida nas legislações de criação das ALC's. Apesar
das diferenças entre ambos, podemos afirmar que são equivalentes quanto ao
mérito da isenção tributária que se cristaliza mediante produção industrial.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O
primeiro marco regulatório aponta para matérias-primas, produtos intermediários
ou matérias de embalagem a serem aplicados numa nova industrialização. O segundo
aponta para produtos finais a serem consumidos no mercado. Registre-se que uma
aplicação não exclui a outra. Observe-se que os locais da nova legislação estão
contidos no espaço maior da primeira, à exceção da ALCMS. A nova legislação perde quanto à agregação
de crédito tributário, além de estabelecer condições de predominância de matérias-primas de origem regional. Em ambos, o mercado externo está restringido, o que não
dá para entender. Talvez para ratificar o mercado interno vertido à sina da
substituição de importações, via atração de investimentos. Mas, talvez, aí
resida um erro crasso; não só quanto a perda da oportunidade, expressa por uma
necessidade, de gerar produtos dinâmicos, quanto pelo fato de amazonidades
apontar para produtos inovadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O que
queremos destacar é a possibilidade do segundo marco regulatório, cujo
nome-fantasia reforça a memória das contradições internas do marco regulatório
mor, dar com os burros n’água frente à perspectiva do autodesenvolvimento, na
medida em que os entraves relativos ao insucesso do primeiro não terem sido
superados, nem mesmo problematizados. Da mesma forma que só conseguimos avançar
na busca do autoconhecimento quando passamos a observar e ajustar à Ordem
Cósmica, expressa pelo Dharma, os nossos pensamentos, palavras e ações, o
autodesenvolvimento resta comprometido se não promovemos internamente a
emergência e a expansão de firmas locais para acumular lucros e para apropriar
conhecimentos associados à indústria da transformação, considerando a lógica do
sistema capitalista. Assim como as casas, conta corrente e carros não nos pertencem em definitivo, as marcas globais instaladas na ZFM e no chão amazônico são apenas nossas parceiras no processo de industrialização, no qual devemos nos posicionar como agentes de transformação e não somente como atores que reproduzem scripts e papéis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Entre esses
marcos, ainda temos o marco regulatório direcionado à bioeconomia, sob a perspectiva
do cumprimento do PPB, aplicável na ZFM, que deverá dar maiores frutos junto à
lógica da atração de investimentos, conforme notícias relativas à aprovação de
projetos industriais de marcas não locais, ainda que nacionais.(3) Isso ratifica
que continuamos carentes quanto ao estabelecimento de um motor próprio para
alavancar e potencializar uma indústria de transformação que realize
amazonidades, tanto no chão amazônico, quanto na ZFM, que devem ser entendidas como a realização no mercado de produtos fabricados
com insumos e saberes da floresta.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Continuaremos, nesse passo e pisada, não
tendo marcas globais, não registrando patentes e não acumulando royalties,
distantes que estamos da fronteira tecnológica e mesmo de uma acumulação
primitiva de capital industrial, cujas posses provisórias são indispensáveis para o uso e ocupação soberana da Amazônia por amazônidas via amazonidades. Sem xenofobismo, mas com autonomia, visando a própria realização industrial e tecnológica. À propósito, a aplicação de incentivos fiscais, para a realização de amazonidades, deveria ser desobrigada de cumprimento de PPB em todo chão amazônico. Especialmente toda aquela realizada com capital e tecnologia amazônidas! Idealmente toda aquela derivada da transformação de conhecimento em negócios!</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A busca da
liberdade e da imortalidade, possível de ser conquistada com o autoconhecimento,
é longa e dura. A trajetória industrial que poderá conferir liberdade política
e independência econômica para a Amazônia também é longa e dura. Mas nunca
poderá ser trilhado e atravessado o desafio se não nos dermos conta da
necessidade de termos capital e tecnologia endógenas. Nossa inteligência usa o
nosso ego para focar na quantidade e mesmo a qualidade do produto ZFM ao invés de utilizar nossa
consciência para questionar a natureza intrínseca do produto ZFM. Devemos ser o sujeito, e
o objeto, de nossa indústria de transformação!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">(1) Decreto-Lei 1.435/1975.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">(2) Decreto 6.614/2008; Decreto 8.597/2015; Resolução 01/2016/CAS.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">(3) Portaria Interministerial 842/2007.</span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-7397300160890659642016-02-10T20:18:00.001-04:002016-02-21T11:57:16.977-04:00ESCALADA AO MONTE RORAIMA<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Crônica
de uma aventura ao monte Roraima, por Antônio José Botelho, 56, agora 57.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Durante o
segundo semestre de 2015, programamos, eu e o caríssimo Antônio Mesquita, parceiro
e companheiro da caminhada até Santigo de Compostela, a escalada ao monte
Roraima sob a liderança da Adventures Roraima, firma experiente. Negociamos
preços, organizamos a tralha, treinamos, procuramos entender o trajeto,
conversamos com o mochileiro França, que já realizou a escalada 3 vezes e que
ofereceu um depoimento valiosíssimo, compramos as passagens e apetrechos de
tralha complementares, enfim, dia 21.1.2016 estávamos prontos para a aventura.
Uma aventura, especialmente para mim, como você, que me lê, constatará até o
final desta crônica!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
ansiedade era tanta, que esqueci o casaco corta vento em casa. Meu problema
existencial não é de depressão, mas a ansiedade, decorrente por estar com o pé
direito no futuro. Aquariano! O Yoga me ajuda a colocar os dois pés no
presente. Mas o aprendizado é de longo prazo, e deve ser cumprido sem apego e
sem aversão. O problema foi resolvido com a ajuda do mochileiro Wagner, que conhecemos
no aeroporto de Boa Vista. Ele, a esposa e a filha de 8 anos retornavam da trilha
a Machu Pichu, desde Cuzco. Manauara que adotou Boa Vista, Wagner foi muito
generoso, levando-me para comprar um casaco alternativo. Em seguida, tomamos
sorvete, papeando com vista para o rio Branco. Depois ainda nos levou para um
rápido passeio pela cidade, nos deixando no shopping Roraima, onde lanchamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
generosidade já havia sido concedida pelo guia Francisco da Adventure Roraima,
que ao fazer nosso traslado, levou-me para sacar dinheiro no autoatendimento do
Banco do Brasil, para o pagamento final da aventura <i>in cash</i>. Francisco viria a ser muito presente e importante no
momento em que lesionei o joelho esquerdo, conforme ratificarei adiante. De
plano, registro a competência da Adventure quanto à organização e logística. O
sistema de coleta e de destinação adequadas de resíduos sólidos é bastante
responsável, compatível com a ética sustentável, que deveria ser observada e
seguida por todos os programas de acesso ao monte Roraima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Ficamos
hospedados no Hotel Aipana, dentro do Programa 3 Nações, onde no dia 22.1.2016
haveria o briefing com o Magno, proprietário da Adventure Roraima. À noite,
antes de dormir, o caríssimo Mesquita sugeriu, por recomendação de sua esposa
Selma, que pedíssemos permissão, licença, autorização do Universo para
realizarmos a escalada sob a proteção dos guias espirituais, especialmente
quanto ao ataque de animais (aranhas; cobras; escorpiões), quanto a acidentes e
chuvas. Assim o fiz! Cristina, minha esposa, quando disse que havia esquecido o
casaco corta vento, que serve também para chuva, assegurou: “Não vai chover! ”.
Dito e feito: só garoou no primeiro dia, já no topo. Todos torciam pelo sucesso
da aventura; a ricafilha Carolina me disse, quando retornei, que rezou muito.
Iza, professora de Yoga, antes de partirmos invocou ao Grande Espírito, para que
nos acompanhasse. A ricaneta Maria Clara, na noite anterior, me presentou um
canivete da melhor qualidade, que representa uma ferramenta de proteção profana.
A proteção espiritual é importante, ainda que Ele esteja sempre presente, em todos
os tempos e em todos os lugares, permeando tudo e todos desde além do
tempo-espaço. E foi importante para irmos e voltarmos em paz, conforme expressa
esta crônica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Segundo Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Acordei
cedo para tomar café, fazendo algumas séries de Saudação ao Sol. Tomei banho,
fui tomar café. Em seguida, fui passear no hotel, ficando alguns minutos na
piscina, observando os passarinhos. Gayatri mantra continuava em minha mente,
assim como foi na maior parte do tempo das caminhadas e subida/descida que
envolveu a aventura de escalar o monte Roraima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após fazer
companhia ao Mesquita durante o seu café, fomos para o briefing, que levou
cerca de 2 horas com as explanações, explicações e exigências do líder Magno,
para que a escalada fosse realizada com prudência e em segurança. Suas
orientações, após todos do grupo terem se apresentado, inclusive, relatando
suas experiências em trilhas e expondo suas expectativas quanto ao escalar o
monte Roraima, foram bastante reforçadas quanto aos pés, atenção quanto aos
animais <i>vis</i> <i>a</i> <i>vis</i> mochilas, botas e
barracas, com a insolação, e para que evitássemos excessos frente aos riscos
envolvidos na escalada, relatando casos de resgate de helicóptero decorrentes
de acidentes. Ao final, ofereceram um bolo e um presente, o romance <b>Inia: uma aventura amazônica</b>, de <b>Marcela Marques Monteiro</b>, para os aniversariantes,
com direito a ‘parabéns para você’, dentre os quais estava eu, que faria 57
anos dia 31.1.2016. Na manhã do dia 27.1.2016, essa homenagem foi repetida para a Ju, que recebeu de presente um microssapinho preto, característico do monte Roraima. Por oportuno, registre-se que o coaxar dessa população sugeria uma sinfonia, audível com o silêncio. Aliás, no sentido da manutenção de condições auspiciosas, a ordem no monte Roraima é o silêncio. Fiquei satisfeito com a exposição do Magno, que visava,
sobretudo, a segurança individual de cada um e coletiva do grupo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após o
almoço, duas Vans nos levaram para a cidade de Santa Elena, na Venezuela. A
viagem foi tranquila e aduana um pouco demorada, mas sem problemas. Após o <i>check in</i> no hotel, saímos para jantar
num restaurante chinês, onde chegamos após uma boa caminhada. Observei uma
espécie de toque de recolher, na medida em que restaurante fechou conosco
dentro às 21 h. Notei, ainda, uma urbanidade decadente, qual a percepção que
tive na visita à Havana, em Cuba. Mesmo que Santa Elena não seja capital, anos
de recessão e não crescimento econômico implica, necessariamente, em
decadência, sob a perspectiva do progresso sociotécnico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Terceiro Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após o
café da manhã, saímos em caravana de 3 jipes em direção à comunidade nativa
habitantes autóctones da região; povo indígena <i>pemon </i>, para daí seguir caminhando por 13 km até o primeiro
acampamento. Nessa comunidade, assinamos na direção local do Parque Nacional de
Canaima, a entrada para a grande aventura de escalar – subir e descer – o monte
Roraima. Essa comunidade, intitulada <i>paraitepui</i>,
fica a 1.473 metros acima do nível do mar. Portanto, o desnível até o topo do
monte Roraima é de algo em torno de 1.400 metros, conquistados em 3 estágios,
conforme veremos a seguir. Os <i>pemones</i> acreditam que no monte Roraima repousa o espírito do filho de um encontro entre o sol e a lua, ocorrido numa noite rara. Essa sacralidade está ligada ao mito de <i>Makunaima</i>, cuja tradição é passada oralmente através das gerações. Vide a citação sobre </span><i style="font-family: 'times new roman', serif;">Makunaima</i><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> em Monte Roraima: uma ilha no céu, disponível em http://www.brasilnatural.net/destinos/pdfs/monte_roraima.pdf .</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Esse
primeiro trecho, diferentemente dos dois seguintes, é praticamente plano. No
dia, o realizamos, contudo, sob um sol causticante. Ao chegarmos no
acampamento, fomos direto para um banho nas águas super geladas no rio Pedra.
Esse banho, junto com o repelente, amenizou as boas vindas dadas pelos
mosquitos, bastante naturais nessa região. Esses banhos ficariam ainda mais e
mais gelados nas próximas paradas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Em Boa
Vista, durante o briefing, fomos informados do número de nossas barracas. A
nossa, minha e do Mesquita, recebeu o número 15. Seria nossa primeira dormida
em barraca de toda vida, o que viria a servir de espaço-tempo para um bom
aprendizado com a utilização consciente da não-aversão, sustentada com a
tolerância pacífica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">As
refeições (café; lanche durante as caminhadas; almoço e janta) foram todas da
melhor qualidade, saborosas mesmo, considerando as condições de temperatura e
pressão. Havia sempre uma combinação de carbo-hidrato com proteína para
revigorar as energias. Os lanches eram sempre regados com frutas frescas:
melancia, melão, abacaxi e maçã. Eu tinha adicionalmente uma barrinha de
proteínas e um sache de mistura de frutas, cereais e legumes. De novo, a logística
implementada pela Adventure Roraima amalgamada pela sua equipe sempre atenta
tornou a aventura, para um neófito como eu, segura e, até mesmo, minimamente
confortável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Dividimos
esse primeiro acampamento com outros grupos que seguiam ou que retornavam para
e do monte Roraima. Após o jantar, já com a lanterna de testa, tomada
emprestada do genro Armando, nos recolhemos cedo, como seria por toda a
aventura, após a preleção do guia líder Francisco, que chamava a atenção para o
horário do café e da partida, orientando quanto o que iríamos enfrentar no dia
seguinte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quarto Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Como
sempre, saímos cedo entre 7 h e 7 h 30 min. O segundo trecho de aproximação ao
monte Roraima foi de cerca de 9 km. Todavia, ao contrário do primeiro, tivemos
um estágio do que viria a ser a subida final, de extremo esforço para quem não
tem coxas e costas de aço, como os nativos, que parecem deslizar sobre as
pedras, tanto subindo quanto descendo, carregando todo o material de apoio,
barracas, comidas, e as mochilas contratadas para serem carregadas. Aqui
destaco em especial, o nativo Francisco, que carregou a minha mochila
principal. Essa capacidade de ir e vir com facilidade ao monte Roraima também
já está absorvida pelos guias da Adventure Roraima, que no caso do nosso grupo foram:
a Ana, de São Paulo, Francisco, de Boa Vista, e Jésika, da Venezuela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Fazíamos duas
ou três paradas técnicas para descansar. Numa delas comíamos as frutas frescas.
Elas eram literalmente servidas, numa mordomia toda especial. Elas caiam
realmente como uma luva para revigorar as energias. Assim como no primeiro
trecho, parávamos também para tirar fotos. Tirei mais de 300 fotos, na máquina
tomada emprestada do genro Germano; na realidade de sua filha, Isadora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Durante
essas paradas e até mesmo durante as caminhadas, subida e descida, íamos
aprofundando os contatos, as novas amizades com os integrantes do grupo. O
grupo naturalmente se dividia em 3: tinha a turma da frente, dos mais bem
preparados; o pessoal intermediário, no qual me encaixei a maioria das vezes; e
a turma mais lenta, porém, não menos corajosa e determinada. Eu sempre começava
com a turma da frente, mas antes da primeira hora já ficava para trás. Muitas e
muitas vezes caminhava sozinho, longe de todos, e até mesmo dos guias. No
entanto, nunca solitário, pois estava sempre a mantar o <i>Gayatri</i>, que me acompanhou por toda a aventura ao monte Roraima, e
que me acompanhado no caminho ióguico. Trata-se de um mantra espacialíssimo,
sagrado e poderoso, que tem tudo a ver com tudo o que estava antes da criação,
permanece durante toda a manifestação e continuará presente após a dissolução; sob
a proteção d’Ele e meditando n’Ele podemos migrar do irreal para o real. Com
Ele tive alguns insights que registrarei adiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Dividi o
grupo que compôs a escalada ao monte Roraima por profissões: havia o subgrupo
de 5 médicos: Dani, cirurgião pediatra; João, neurologista; João psiquiatra,
Ju, nutróloga; e Sasha, cirurgião vascular; outro subgrupo era o maior e todos
trabalhavam com a terra, fornecendo insumos e gerando produtos; estudaram
juntos e estavam se revendo depois de longo tempo: Ana, Bira, Dani, Dudu, Mário
e Raquel. Havia dois casais: a Anita e o Alex, franceses; e o Danilo e a Carol,
mineiros, especialistas em TI, que fizeram faculdade juntos. Havia, ainda, a
Rose, professora de botânica, que fez boa parte da caminha de acesso comigo no
pelotão intermediário. Além desses, havia eu e o Mesquita, biólogo. O Mesquita,
assim como no caminho até Santiago de Compostela, bem preparado fisicamente,
fazia parte do pelotão de frente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Com o Dudu
e o Mário travei prosas sobre coisas sobrenaturais e expectativas espirituais.
Esses temas não me cansam, ao contrário, me aninam. Senti muito carinho por
parte do João (neurologista), que sempre me incentivava, reconhecendo meu
esforço e perseverança. As orientações de Sasha, experiente mochileiro, foram
fundamentais para que não viesse a ter bolhas. Fiquei sabendo, nas conversas
com a Ju, que ela já praticou Yoga, pelo que, de plano, a incentivei a retornar. Sasha e Ju são casados. Os papos com a guia Ana, mostraram uma pessoa autoconfiante e convicta de seus
valores. Foi uma surpresa agradabilíssima dialogar com o guia líder Francisco
sobre o professor Milton Santos, acadêmico já falecido de alto quilate, cujos
conceitos e ideias consubstanciam parte do meio entendimento sobre o Projeto
Zona Franca de Manaus (ZFM). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quinto Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Ao final
do segundo trecho da caminhada chegamos ao acampamento base, a partir de onde
faríamos a subida final até o topo do monte Roraima, pela entrada topo <i>tepui</i>, passando pela rampa, com trechos
de inclinação de até 75º, pelo <i>el carro</i>
(maverick) e pelo <i>paso de las lagrimas</i>,
vazio tanto na subida quanto na descida em função de que não havia chuva. Essa
subida sim seria o teste cardiovascular principal da escalada ao monte Roraima.
Seria cerca de 4,5 km de extensão de subida bastante íngreme. Boa parte dela
feita com ajuda das mãos, de galhos de árvores e de pedras e rochas.
Extenuante, mas a chegada ao topo oportuniza um êxtase todo especial,
notadamente para um coronariopata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Tepui</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> significa, segundo Emilio Pérez
& Adrian Warren, em seu Mapa Monte Roraima, primeira edição, 2002:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Tepui</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> é
uma palavra de origem <i>pemon</i> que
significa Monte ou Montanha. A palavra <i>tepui</i>
sozinha é utilizada pelos indígenas da família linguística <i>pemon</i>. Em outras etnias da Amazônia venezuelana se utiliza em seu
lugar a ‘<i>Jidi’</i>. Um <i>tepui</i> (plural: <i>tepuis</i>) é um tipo de formação montanhosa, morro ou maciço do Escudo
Guianês, com forma de meseta ou não, constituído de rochas sedimentares
(arenito, quartzo) e/ou ígneas, que alcançam uma altitude mínima de 1.000 msnm
e uma máxima de 3.015 m msnm. Além disso, um <i>tepui</i> apresenta em suas encostas e cumes um clima úmido chuvoso,
ecossistemas de média e alta montanha, o que diferencia claramente esse tipo de
montanha tropicais, por apresentar uma variedade de comunidades vegetais e
animais únicas (endêmicas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O monte
Roraima se localiza nos <i>tepuis</i>
orientais, e, juntamente com o <i>Kukenan</i>,
são os únicos que possuem rotas de ascensão a pé, os quais já foram também
ascendidos com técnicas de escalada em rocha. Portanto, subimos e descemos, a
pé, o <i>tepui</i> Roraima, de cerca de
2.800 metros acima do nível do mar, e sua superfície é de aproximadamente de
34,38 km<sup>2</sup>, segundo Pérez&Warren.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O
acampamento base oferecia menores condições de apoio do que o acampamento
anterior, onde a comida era preparada num abrigo fixo com cobertura e uma
pequena varanda. Já no acampamento base a comida era preparada num abrigo de
lona, numa espécie de tenda armada com esse propósito, que passava a ser a base
da equipe da Adventure Roraima. Mas nem por isso a comida ficava menos
saborosa, apesar das condições não-urbanas, considerando, ainda, a fome e a
necessidade de repor as energias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">No
acampamento base também tivemos um super banho para lavar as partes num riacho
mega gelado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A subida,
como dito, foi uma experiência única, onde lançamos mão de toda nossa energia e
atenção. Havia também as paradas técnicas para repor o fôlego e repor a água
nos cantis, quando o uso de cloro para purificação algumas vezes é indispensável.
Os trechos eram conquistados paulatinamente, os quais recebem seus apelidos, em
função do grau de dificuldade: da titia; da vovó. Eu diria que, o último lance,
seria o da bisavó, pois íamos praticamente nos arrastando no final da ascensão
até o topo, especialmente os menos preparados fisicamente e/ou mais pesados
corporalmente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sexto Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Antes de
finalizarmos o 5º dia, após a chegada ao topo do <i>tepui</i> Roraima, fomos tomar banho em banheiras naturais com super
mega geladas, alcunhadas de ‘jacuzzis’, que além de anestesiar as dores do
corpo, revigora as energias. Nessa caminhada, pegamos o único dia de chuva. Na
realidade, uma pequena garoa, conforme já dito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após uma
caminhada extra de 1,5 km, chegamos ao hotel de infinitas estrelas, onde nos
hospedamos por 3 belas noites, dormidas de forma meia sola. De forma
incompleta, pois virando para a esquerda e para direita, intermediando em
decúbito dorsal, sonecando, acordando, rocando e peitando dentro do saco de
dormir. Mas feliz, muito feliz por estar vencendo o desafio auto imposto como
coronariopata para conhecer um local auspicioso e de muita energia. Os hotéis
ficam em cavernas com parapeitos, que oferecem abrigo do sol, do vento e das chuvas para as
barracas. Seu teto, contudo, é o Universo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O primeiro
dia no topo foi tirado para ir até o marco geográfico que registra a fronteira
tríplice Brasil-Guiana-Venezuela. Lá deixei com alegria uma bandeira da Pátria,
que nos servia durante os jogos da Copa do Mundo. É verdade, usamos muito pouco
os símbolos nacionais, e é com eles que construímos a nação, a brasilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Antes do
ponto geográfico fronteiriço, tomamos banho em águas puríssimas num poço cuja
fonte vem do Vale dos Cristais, que também visitamos. De novo, águas super mega
geladas. E mais um belíssimo lugar. Sempre tirando fotos; sempre apreciando as
paisagens. Via imagens à toda hora, a representar nomes e formas ancestrais, nas
rochas&paredões e nas formações das nuvens. Os cristais simplesmente
afloram, apontando para a riqueza mineral que o <i>tepui</i> Roraima ainda deve albergar. No início dessa caminhada,
Francisco, o guia líder, considerando as condições climáticas favoráveis, nos
levou para um mirante, uma espécie de enseada definida pelos paredões do <i>tepui</i> Roraima, onde as nuvens ficam
aprisionadas. Um deslumbre!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Nesse
trecho, lesionei o joelho esquerdo. Ao pular um pequeno desnível, ao invés de
descer como vinha fazendo, o hiperfleti como que quase fraturando. O <i>core</i> fatigado e o peso da mochila de
ataque contribuíram para ampliar o risco da desatenção. Estava confiante, pois
tinha superado as caminhadas e a subida. Mas nesse quesito fica o aprendizado: a
atenção deve ser permanente! Após o almoço no <i>El Foso</i>, outro lugar especialíssimo, com o corpo frio, o joelho começou realmente a doer. Francisco, o guia líder, foi fundamental na reta
final de retorno ao hotel de estrelas infinitas, pois me dava a mão para subir
e descer todo desnível que viesse exigir mais do joelho. Apesar do atraso,
chegamos primeiro que o grupo, que se perdeu na névoa e na neblina que o <i>tepui</i> Roraima produz permanentemente. O
primeiro momento do retorno foi em companhia das guias Ana e Jésika, que
igualmente me dedicaram atenção. À Jésika, preocupada com o meu coração, disse
que minha mente estava atenta e alerta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Como
resultado perdi o passeio do dia seguinte ao mirante ‘A Janela’, pois precisei
ficar de molho, descansando e recuperando para a grande descida. Em troca,
ganhei o primeiro rascunho desta crônica, finalizada agora, durante o carnaval.
Descansei o corpomente com pequenos momentos de reflexão sobre os
acontecimentos e aprendizado decorrente da aventura de escalar o <i>tepui</i> Roraima. Adicionalmente, meditei
utilizando o <i>ajapa</i> <i>So</i> <i>Ham</i>,
como sempre faço. Este mantra, igualmente sagrado e poderoso, revela Tudo!
Aproveitei a oportunidade para organizar minimamente a tralha, já meio que
bagunçada. Nessa noite, o jantar me foi servido na barraca, o que demonstra a
atenção que a equipe da Adventure Roraima dedica para com seus clientes.
Aproveitei, ainda, para iniciar a leitura do romance que ganhei de presente, e
que continuo aqui em Manaus. Registro que estava atento ao músculo nobre e com
foco nos pés para evitar bolhas, mas foi o joelho esquerdo lesionado que se fez
presente. As noites, em geral das 19 às 20 horas, eram desfrutadas contemplando
as estrelas, ou papeando sobre as experiências e as vidas de cada qual e de
todos numa roda. O frio não era polar e glacial com as águas em que nos banhávamos, mas exigia ceroula, segunda pele e <i>fleece</i> básicos. Um um gorro pegava bem. Entre 5º e 10º à noite; entre de 10º e 15º durante do dia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sétimo Dia<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Conforme
dito acima, este dia foi todo dedicado a “parar” e ficar sem fazer “nada’. Isso
traz um bom significado para o nosso cotidiano, na medida em que é bom parar,
não fazer nada e observar os papéis que desempenhamos em nossa existência.
Verificar o <i>karma</i>, enquanto lei
universal de causação; aquilatar o <i>Dharma</i>,
enquanto perspectiva de aproximação com a Ordem cósmica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Descanso e
recuperação, afinal a grande descida iria exigir muito da estrutura
esquelético-muscular, notadamente do joelho lesionado. A mente precisaria se
manter firme. O coração, tranquilo, especialmente por hospedar o Ser numa forma
ordinária perecível-impermanente, mas fundamental e essencial para a realização
do autoconhecimento. Neste momento da crônica aproveito para socializar e
comentar os insights:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0070c0; font-family: "times new roman" , serif;">O
MUNDO ESPIRITUAL É AINDA MATERIAL MESMO QUE MENOS GROSSEIRO E MAIS SUTIL.
PORTANTO, PERMANECE SUBMETIDO AO TEMPO!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Comentário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essa
é uma afirmação que li em algum texto do Budismo Tibetano. Naquele momento, a ‘ficha
não caiu’. Mas, ‘passei o cartão’ contemplando o <i>tepui</i> Roraima, durante os vários momentos em que durante as
caminhadas estava só, porém, nunca solitário. Como disse acima, sempre
acompanhado do <i>Gayatri</i> mantra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O insight,
para mim, faz todo o sentido, pois a liberdade e a imortalidade, que se realiza
com o autoconhecimento, só é possível para além do tempo. O mundo espiritual
engendra, ainda, algum espaço. Assim, do ponto de vista do Ser, de <i>Sat</i>-<i>Cit</i>-<i>Ananda</i>, não faz sentido adjetivar por
exemplo Luz, de divina, pois Tudo é Um Só! A adjetivação não-profana da Luz, como
divina, está associada aos nomes e formas perecíveis e impermanentes. Essa percepção torna mais e mais incompreensível e inaceitável a equação vedantina <i>Atman</i> é idêntico à <i>Brahman</i>. Isso,
contudo, não afasta a proteção que recebemos de seres espirituais, que
absorveram grande conhecimento e dedicam sua existência não-secular para a iluminação,
libertação e salvação de todos os seres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0070c0; font-family: "times new roman" , serif;">DO
CONFLITO: ESSENCIAL <i>VERSUS</i> NECESSÁRIO
<i>VERSUS</i> SUPÉRFLUO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Comentário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Essas
correlações foram pensadas durante a caminhada até Santiago de Compostela, mas
foram ratificadas durante a escalada ao <i>tepui</i>
Roraima. A busca do supérfluo nos aprisiona na luxúria. Os sistemas de propriedade
e de acumulação de bens criados pela humanidade oportuniza a diferença social
pela posse, que pode ser expressa pelo conforto e segurança. Nesse mundo de <i>status</i> e títulos, que todos nós
buscamos, os sentidos externos estão comandados pelo ego. Nessa dimensão,
visamos o futuro para como conformar a manutenção das coisas e bens acumulados,
ampliando-os.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A ponte
entre os extremos da luxúria e do essencial é o caminho do meio, como
plataforma existencial modesta. Uma existência pautada no necessário
possibilita espaço-tempo para trabalhar o equilíbrio para a boa qualidade de
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O
essencial traz consigo, todavia, um grande aprendizado, pois aponta para a
sobrevivência. Ele nos afirma no momento presente, no aqui e agora, quando
podem aflorar a solidariedade, ao invés da competição do outro extremo. As
experiências isoladas, qual escalar o <i>tepui</i>
Roraima, realizadas necessariamente fora do mundinho urbano, nos leva a
observar de longe os cotidianos intrínsecos associados às posses e aos títulos,
portanto, ao <i>status </i>social e
econômico, para visualizar o caminho do meio. Idealmente, podemos lançar mão de
coisas e bens em excesso, abrindo espaço-tempo para novas energias reparadoras
e, sobretudo, transformadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Esta forma
ordinária continua no passo da unidade desde quando tomou consciência das
rachaduras do tecido social com a leitura da doutrina política anarquista, que
aponta para a solidariedade em detrimento da competição econômica: uma casa; um
carro; uma conta bancária. Uma experiência civilizatória lastreada pela
autogestão, contudo, só poderá ser efetivamente realizada quando os venenos que
escondem o Ser no músculo nobre forem extirpados por transmutação: regozijo ao
invés de inveja; a compaixão ao invés da ganância, e, sobretudo, o Conhecimento
ao invés da ignorância. Até lá, o diálogo <i>karma</i>
versus <i>Dharma</i> continua compatível com
o atual estágio de evolução espiritual da humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0070c0; font-family: "times new roman" , serif;">ENFRENTAR
OS DESAFIOS POR APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS É UMA BOA ESTRATÉGIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Comentário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Muitas e
muitas vezes temos que enfrentar, durante nossas vidas, metas, objetivos,
projetos complexos e duros. Nunca devemos; nunca deveríamos desistir, a menos
que por motivo de força maior. Devemos observa-los, estuda-los e investiga-los,
pois aos poucos vamos dominando a questão e sua ambiência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Ao me
deparar, ao me aproximar do <i>tepui</i>
Roraima, me perguntava como iria destrinchar a encrenca, o abacaxi da escalada
até o topo. Não obstante, à medida da subida em que se dava a ascensão, percebi
que de degrau a degrau, passo a passo, o desafio ia se desconstruindo, o
paredão ia ficando menor, se encurtando, se estreitando. A grande decisão é dar o primeiro passo, encarando o desafio de frente. E, como num passo único
de mágica, lá estava eu: no topo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Minha
consciência sobre a ZFM é resultado de uma observação, de um estudo e de uma
investigação que já dura duas décadas. Nesse tempo, consegui transcender sua dimensão
de um modelo, de um fim em si, para a de um projeto, de um meio para si,
desvendando sua natureza intrínseca, segundo valores do autodesenvolvimento.
Suas evidências positivas apontam para um crescimento econômico dependente de
vantagens competitivas estáticas, para a atração de capital e tecnologia
exógenas. Na lógica capitalista, o que faz sentido é a acumulação de lucros e a
apropriação de conhecimento, caso contrário, os cidadãos do local dependente se
tornam de segunda categoria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A Descida<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O sétimo
dia foi programado pela Adventure Roraima para a grande descida. A descida
representa fazer o segundo e o terceiro trecho de ascensão numa só lapada. Foi
bom ter descansado em função da lesão no joelho, do ponto de vista da grande
descida. Descer significa exigir muito dos joelhos, os quais seriam protegidos
com coxas de aço, o que não é meu caso. Então, me preparei psicologicamente
para descer, afirmando positivamente para a mente essa possibilidade e
necessidade. Passei a tomar Torsilax de 12 em 12 horas, com o aval do Sasha, e
lancei mão de duas joelheiras.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Cheguei ao acampamento base sozinho, após descer
a maior parte em companhia da Raquel, que avançou na reta final. Lancei mão da
bunda, para escorregar quando o espaço não oferecia galhos e pedras para o
suporte. Na oportunidade, muitos mochileiros, de diferentes grupos, subiam,
quando percebia o quanto já havia desfrutado do <i>tepui</i> Roraima. Quando cheguei ao acampamento base, lá já estava o pelotão de frente. Em seguida, chegaram todos. Todos buscavam descansar à sombra.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Depois de almoçar, saí no primeiro pelotão, que
acompanhei apenas por poucos minutos, ficando para trás, sozinho. Quando estava
sozinho, como disse, nunca estava solitário, pois continuava a mantrar o <i>Gayatri</i>. Sempre. Adiante o guia
Francisco me fez companhia, avaliando meu estado e orientando o sentido correto
do caminho. O sentido da direção era uma só; a margem de erro é muito pequena.
Não há desvios. Ainda assim, ao invés de contornar a base de um morrinho, subi,
o que exigiu nova descida, ainda que muitíssimo menos extenuante. Mas, poderia
ter sido evitado.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Cheguei ao acampamento do rio <i>Kukenan</i> muito lentamente. Passo após passo; sozinho. Todo dolorido;
cansado. Imediatamente, fui tomar banho em suas águas hiper geladas. Lá já
estavam os mochileiros do pelotão de frente, que comemoraram a minha chegada,
parabenizando minha determinação. Foram 16 km desde o hotel estrelas infinitas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após o
contato com a mochila e com a barraca, tomamos cerveja quente para festejar o
avanço. Afinal só faltava o último trecho de 13 km até a comunidade nativa.
Cada cerveja valia $ mil pesos bolivarianos, o que representa algo em torno de
R$ 5,00, demonstrando a perda do poder aquisitivo da moeda venezuelana. A
propósito, o câmbio de R$ 500,00 para pagar o carregamento da mochila principal
e para despesas pessoais, exigiu um monte de dinheiro; uma dinheirama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Como
sempre acontecia durante o programa, o guia líder Francisco fazia sua preleção
e fomos dormir cedo, após um macarrão com atum. Desta vez, saímos um pouco mais
cedo, antes do sol nascer, para evitar insolação. A previsão era chegar antes
das 10 h, com 4 horas de caminhada. Minha caminhada nesse último trecho foi
propositalmente lenta e sempre atenta. O realizei sem grandes dores e
sofrimento, como aconteceu no momento da lesão no joelho esquerdo, na visita ao
marco fronteiriço, e na grande descida, no dia anterior. A maior parte do
trecho foi realizado com a Deni (cirurgiã pediatra), com quem ratifiquei o
insight do essencial abortar no aqui e agora. Deni foi uma guerreira, pois me
confessou que foi a primeira grande trilha finalizada. Ou seja, as duas outras
experiências negativas não foram suficientes para faze-la desistir. Nunca. Sempre
que possível avançar. Essa é a Ordem. Estamos condenados à liberdade e à
imortalidade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Registro
especial para a outra Dani (agrônoma), que fez esse último trecho de chinelo,
em função das múltiplas bolhas que seus pés fizeram. Outra heroína! Observei
também que o João (neurologista) também fez bolhas, o que provocou algumas vezes
deixar o pelotão de frente. Sempre resistindo; nunca reclamando, venceu a
escalada ao <i>tepui</i> Roraima. Todos,
cada qual ao seu modo, vencemos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Enfim,
chegamos na comunidade nativa, assinamos o ponto de saída do Parque Nacional
Canaíma, assim como fizemos no início, pela entrada. Tomamos cerveja, agora
gelada para comemorar o sucesso da aventura de escalar o <i>tepui</i> Roraima. No total, foram cerca de 80 km. Tiramos uma bela foto com todos os guias e nativos
de apoio, inclusive o Francisco, que carregou minha mochila principal e que foi
presenteado com a minha mochila de ataque, uma calça de poliamida e uma papete
e outros coisas e apetrechos menores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Após
almoçarmos na localidade São Francisco, onde comprei uma pedra para a Cristina,
para mim e para o Dudu, uma corujinha de arenito para a coleção da ricaneta
Maria Clara e uma lembrança, um pequeno artesanato também em arenito da <i>Gran</i> <i>Savana</i>,
para um amigo, deu-se a viagem para Boa Vista. A aduana se processou sem
maiores problemas, salvo as influências de uma cultura que nega o coletivo,
conforme observou e protestou o Sasha. Jantei no hotel mesmo, limpei a mochila
e as botas. Dormi. Ao acordar fui tomar café e nadar. Em seguida a um papo
cabeça com o Mesquita, fui ao shopping Páteo comprar presentes para as ricanetas. No
aeroporto, comprei camisetas para os genros; da senhora idosa, super gentil, que me atendeu, ganhei bombons de chocolates, que ofereci para as
ricafilhas, e um pequeno artesanato de Boa Vista, que dediquei para a Tainara, colega da Suframa, que me forneceu o contato com o Magno. No voo, vieram, ainda, o Danilo e Carol, que receberam carona do
Mesquita. No aeroporto, a Cristina e a ricaneta Maria Clara me aguardavam. A
vida, agora, volta seu curso normal, com um cotidiano a ser reconstruído a
partir do aprendizado e do conhecimento acumulados e oferecidos pelo <i>tepui</i> Roraima. Que assim seja!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Nota: A tralha foi basicamente a mesma da de Santiago
de Compostela, adicionada de 3 camisas de manga comprida com proteção solar,
que se mostraram bastante úteis, dois jogos de calções e camisetas de ginástica
de poliamida e uma ceroula de algodão, aproveitando o jogo do carregamento
contratado associado ao uso de uma mochila de ataque. Usei tudo que levei, à
exceção de uma segunda pele, para o frio, que se mostrou em excesso. Muito útil
se mostrou a agulha e os <i>compeed</i> para
drenar e sarar as bolhas dos mochileiros. Nessa escalada, se extraviou dois
cuecões de poliamida, o que é de somenos, qual a lesão no joelho, frente aos
benefícios existenciais conquistados. Mas, fica o registro, como alerta, para
os aventureiros. Custo da aventura? Se você, que me lê, não mora em Boa Vista,
como eu; se já tem tralha, como eu tinha; e, se pretende utilizar carregador
para levar sua mochila principal, como eu fiz, reserve cerca de R$ 3,5 mil. Se
for econômico, capaz de voltar com alguma sobra!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Apêndice:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Meu comentário ao post do Mesquita
em seu mural no facebook, compartilhado em meu mural, que bombou na grande rede:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span style="background: #f6f7f8; color: #141823; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Grande
escalada de superação cardiovascular e aproximação espiritual. Joelhos
estourados de somenos. Obrigado caro Mesquita pela parceria e companhia. Lugar
especialíssimo do planeta Terra. Luz!</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">Meu
comentário em meu post no meu mural do facebook:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Caríssimos
amigos facebookianos. Passada a emoção, superada a lesão no joelho esquerdo, já
no convívio familiar e de retorno ao trabalho, socializo algumas imagens da
aventura de escalar o monte Roraima. Experiência espetacular e indescritível!
Para além de descobrir que esta forma ordinária está com boa saúde física e
mental (não deu um espirro, mesmo lavando as partes em águas super mega hiper
geladas; não sentiu uma dor de barriga, mesmo comendo comidas preparadas fora
das<span class="apple-converted-space"> </span><span class="textexposedshow">condições
urbanas; não teve nenhuma alergia, mesmo em contato explícito com a natureza;
não teve nenhum pânico em relação ao desafio e às condições socioambientais e
ainda superou o medo da doença - lesões nas coronárias - e até mesmo o medo da
morte, consciente da impermanência dos nomes e das formas), ainda teve
oportunidade de fazer aproximações espirituais, aprendendo e expandindo o
autoconhecimento. <i>Shakti</i> foi
extremamente generosa oferecendo dias ensolarados e mantendo afastadas do grupo
as aranhas, os escorpiões e as cobras, sem falar da proteção contra as fraturas
expostas e acidentes mais sérios, possíveis nesse ambiente de risco de acesso a
um local dos mais antigos deste planeta Terra. Todos podem realizar essa
aventura; basta se preparar física e mentalmente e estar com boa saúde. Vale a
pena! Luz!</span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Cronograma da aventura:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 576px;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">21.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Viagem
para Manaus/Boa Vista<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">22.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Viagem
Boa Vista/Santa Elena, na Venezuela<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">23.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Viagem
para a comunidade nativa. Caminhada até o primeiro acampamento no rio Pedra<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">24.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Caminhada
até o acampamento base.<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">25.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Subida
ao topo do monte Roraima. Caminhada até as “jacuzzis”, para tomar banho.
Caminhada até o hotel de estrelas infinitas<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">26.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Caminhada
até o ponto geográfico da fronteira tríplice, passando pelo Vale dos Cristais,
onde tomamos banho, e almoçando no Poço<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">27.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Descanso
e recuperação em função da lesão do joelho esquerdo. Parte do grupo foi a um
mirante chamado “A Janela”<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">28.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Descida
até o primeiro acampamento no rio <i>Kukenan</i><o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">29.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Caminhada
final até a comunidade nativa. Viagem para Boa Vista<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 56.45pt;" valign="top" width="75"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">30.1.2016<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 375.65pt;" valign="top" width="501"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Viagem
Boa Vista/Manaus<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Nota Final: Dia 31.1.2016, como dito acima, esta forma
ordinária fez 57 anos!<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-82616099392955028332015-08-25T22:54:00.000-04:002015-08-26T14:56:56.034-04:00ESQUIZOFRENIA ZONAFRANQUINA<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dos
delírios e aberrações esquizofrênicas zonafranquinas<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Antes de
demonstrar os obstáculos para o autodesenvolvimento, no sentido do embotamento
da mente coletiva associado ao capital social de Manaus e do capital
intelectual dos agentes do sistema de inovação, devemos ter nas mãos o que
significa a palavra esquizofrenia. Do dicionário eletrônico Miniaurélio,
extraímos o que segue:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Substantivo feminino. <br />
Grupo de distúrbios mentais que, basicamente, demonstram dissociação e
discordância das funções psíquicas, perda de unidade da personalidade, ruptura
de contato com a realidade.<br />
§ es.qui.zo.frê.ni.co <i>adj.</i> <i>sm.<o:p></o:p></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Portanto, o termo aponta para uma ruptura frente à realidade, além de
transformar o substantivo feminino num adjetivo masculino. Fico agora à vontade
para sugerir que a ZFM, tratada como modelo, como um fim em si mesmo, e não
como projeto, como um meio para o autodesenvolvimento, nos desconecta com a
natureza fundamental do capitalismo, estruturada na acumulação de capital e na
apropriação de conhecimento, via competição, e não por meio da solidariedade.
Ou seja, ou os locais caminham com as próprias pernas, criando suas próprias
firmas, ou seus cidadãos permanecerão ou se tornarão sujeitos de segunda
categoria. O conjunto de distúrbios da mente coletiva manauara está dissociado
e em discordância com a lógica capitalista, permanecendo na esfera cadente,
porque dependente, da atração de investimentos vis a vis da substituição de importações.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Adotar o mito do desenvolvimento unicamente à perna da atração de
investimentos, reduz o crescimento econômico à uma questão contábil, na medida
em que evitamos a importação de produtos para consumo no mercado doméstico, mas
em contra partida ficamos dependentes de investimentos, metrificados pelos
plantas industrias transferidos de alhures por alheios, e de tecnologia,
metrificada pelos pacotes tecnológicos concernentes associados às licenças de
produção, às assistências técnicas e à importação de insumos que constituem
segredos estratégicos. Portanto, não é suficiente que as firmas e marcas
globais atraídas para a ZFM sejam constituídas pelas leis brasileiras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Na realidade, é bom que se diga que Manaus representa uma imagem em
miniatura do Brasil, onde continuamos dependentes de tecnologia que geram
produtos dinâmicos derivados da fronteira tecnológica. Ou seja, nacionalmente
ainda não conseguimos nos libertar da dependência gerada com o Plano de Metas
que construiu a diversificada plataforma industrial pátria, ainda que sejamos a
uma das maiores economias do planeta. É fácil verificar essa dependência,
quando se percebe que seguimos crescendo na onda das commodities e que não
temos firmas e marcas globais na esteira das grandes tendências tecnológica da
microeletrônica, por exemplo. Essa condicionalidade dependente caracteriza a
nova hegemonia de poder global, não mais lastreada na posse do território, como
da realização dos grandes impérios, mas na posse da tecnologia frente aos
estados nacionais tardios e seus pertinentes processos de industrialização
tardios.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Isto posto, podemos agora retornar ao objetivo fulcral desta reflexão
que é apontar as aberrações e os delírios zonafranquinos, desde a perspectiva
esquizofrênica. Para tanto, basta recorrer à qualquer listagem das 100 maiores
indústrias do PIM. Adotei, fruto de uma busca rápida na grande rede, um
levantamento da Revista Circuito de 2007, com base no ano 2006. Apesar estar
desatualizada, serve para nossos propósitos, pois a essência do ano base 2014
não deve ter alterado o que desejamos demonstrar, mas apenas mostraria novos
entrantes, reproduzindo seus capitais de origem e realizando a mais-valia
global. Então vamos lá.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Nessa lista, entre as maiores marcas que faturaram ente US$ 500 milhões
e US$ 2,8 bilhões em 2006, constavam apenas uma empresa considerada brasileira,
pelo capital, que é a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Recofarma</b>, e
apenas uma joint-venture onde uma das bandeiras era a brasileira, que é SEMP
TOSHIBA. Todas as outras eram ou japonesa, ou finlandesa, ou norte americana,
ou holandesa, ou sul-coreana. Provavelmente nessa lista hoje, devemos ter alguma
grande firma e marca chinesa. Todos esses países desenvolveram em suas plagas
pátrias políticas industriais e tecnológicas que privilegiaram as dimensões
patrimoniais de suas firmas, tanto em nível de criação, quanto de consolidação
de suas solvências nos mercados locais e internacionais. Consultando a
Wikipédia, a enciclopédia livre da grande rede, consolidamos os seguintes dados
e informações básicas sobre esses gigantes que se instalaram na ZFM.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">A líder
de faturamento é a Honda, que manteve sua razão social do tempo do seu
estabelecimento na ZFM, Moto Honda, em associação com firma importadora local.
Seu slogan é ‘o poder dos sonhos’. Realmente, esse é uma grande lição na forma
de sutra: para ir longe, para ir além, temos que sonhar, idealizar, projetar e
executar. E não apenas copiar, na realidade, nesse caso nem mesmo copiamos. Foi
criada em 1948, portanto, num ambiente pós-guerra, de reconstrução do Japão,
por Soichiro Honda. Sua sede é em Tóquio. Possui 167.231 empregados. Seus
produtos são: automóveis, caminhões, motocicletas, motonetas, quadriciclos,
geradores, robótica, equipamentos marinhos, jatos, equipamentos para jardins. É
um gigante!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">A Nokia
foi criada em 1865 por Fredrik Idestam. Seus produtos são: torre de dados
4G-3G, sistemas, bancos e switches wireless. Em 2013, disponha de 97.000
empregados. Seu lucro em 2014 foi de € 6,5 bilhões. Em 2007, a Nokia era líder
mundial na fabricação de aparelhos de telecomunicações móveis, com cerca de 40%
do mercado mundial. Não à toa, foi líder de investimentos em P+D em decorrência
da Lei de Informática. Em 2013, a divisão de sua linha de produção foi
adquirida pela Microsoft. A </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif;">Microsoft é uma empresa transnacional
estadunidense com sede em Redmond, Washington, que desenvolve, fabrica,
licencia, apóia e vende softwares de computador, produtos eletrônicos,
computadores e serviços pessoais</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">. É uma firma contemporânea criada em 1975, cujos
proprietários estão arrolados como dois dos sujeitos mais ricos do planeta. São
ambas gigantes.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Times New Roman",serif;">Recofarma</span></b><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Times New Roman",serif;"> </span></span><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Times New Roman",serif;">é uma empresa
brasileira,<span class="apple-converted-space"> ainda que totalmente de
propriedade da </span>COCA-COLA<span class="apple-converted-space"> DO BRASIL
sediada no Rio de janeiro e pertencente </span></span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif;">à multinacional The Coca-Cola Company</span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Times New Roman",serif;">. Atua </span></span><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Times New Roman",serif;">na área de produção de
bebidas, sendo a fabricante de todas suas marcas pertencentes a esse poderoso
grupo econômico, entre elas o refrigerante mais vendido do mundo, a Coca-Cola.
Em 2011, a Recofarma se tornou a maior exportadora do Amazonas, com uma geração
de US$ 120 milhões de divisas na venda de concentrados.<span class="apple-converted-space"> </span>A Recofarma é a 3ª maior fabricante em
volume de produção da Coca-Cola no mundo. De fato, embora tenha em sua formação
algum capital nacional<span class="apple-converted-space">, </span>a tecnologia
que utiliza está amarrada talvez ao maior segredo industrial da história da
humanidade. A situação, certamente, é a mesma <span class="apple-converted-space">junto ao Grupo Simões, firma de capital local que
atua com franquia da multinacional, produzindo refrigerantes. </span>Portanto,
não seria o que é não seriam o que são se não fossem as licenças para
produzir um produto que representa uma das maiores marcas contemporâneas, que
por ironia disputa com a marca Amazônia. Mas esta não gera riquezas no chão
amazônico para os amazônidas na forma de amazonidades.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">A
Philips aparece em quarto lugar na ordem de faturamento no PIM em 2006. Tem
origem holandesa, tendo sido criada em 1891. Seu lucro em 2010 no mercado de
eletrônica de consumo, lâmpadas e sistemas médicos foi de US$ 1,9 bilhão. Em
2011 contava com 119.000 empregados. Já em 2007 operava na ZFM numa parceria
estratégica com a LG, que desponta na sexta posição na ordem de faturamento no
PIM, em 2006.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">5.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Na
quinta posição está uma gigante sul-coreano, a Samsung. A Samsung foi fundada
em 1936 por Lee Byunq-chul. Em 2013 tinha 489.000 empregados, quando acumulou
US$ 22,1 bilhões em lucros, produzindo e vendendo smartphones, TVs, câmeras
fotográficas, CDs, DVDs, discos rígidos, drives óticos, home theaters,
impressoras, dentre outros, desde um faturamento de US$ </span><span style="background: rgb(249, 249, 249); color: black; font-family: "Times New Roman",serif;">529.5
Bilhões</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">. É um bom exemplo para nós que devemos trilhar a vereda do
autodesenvolvimento, pois sua evolução se deu após a idealização de uma
política industrial e tecnológica por parte da Coréia do Sul no final dos anos
1950 e início dos anos 1960, portanto, praticamente coincidindo com o período
histórico da ZFM. Isso deveria nos dizer alguma coisa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">6.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A LG, como já dito, vem em seguida. Trata-se
de uma co-irmã da Samsung em termos de fruto da mesma política de
desenvolvimento nacional. Portanto, é outra gigante multinacional sul-coreana,
possuindo fábricas instaladas nos 4 continentes. Foi fundada em 1958 por Koo
In-Hwoi. O montante do seu faturamento anual está acima de US$ 500 bilhões de
dólares.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">7.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">A sétima
posição é da SEMP TOSHIBA. Consta no sítio da empresa que a </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif;">Semp
Toshiba é uma marca brasileira de equipamentos eletrônicos fundada em 1942 na
cidade de São Paulo por Affonso Brandão Hennel. A empresa contava com 3.220
empregados no final de 2011. Informa, ainda, a Wikipédia que em 2010 lucrou R$
2,2 bilhões e que em 2011 faturou R$ 1,6 bilhão, o que representa um aparente
paradoxo, que mereceria ser aprofundado. Talvez apenas talvez seja resultado da
concorrência com os gigantes sul-coreanos. Ao vir para a ZFM na década de 70 do
século passado firmou a parceria estratégica com a Toshiba, unindo o domínio
tecnológico japonês com a capacidade de produção da firma e marca nacional.
Portanto, é um ilustre representante do capital nacional no grupo dos oito
maiores faturamentos do PIM em 2006.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">8.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Finalmente,
o oitavo maior faturamento do PIM em 2006 é mais uma firma e marca de capital e
tecnologia japonesa, que é a Yamaha. A Yamaha foi fundada por Torakusu Yamaha
em 1955. Em 2005 contava com 39.300 empregados, tendo faturado US$ 12 bilhões e
lucrado US$ 900 milhões nesse mesmo ano, produzindo motocicletas, motonetas,
scooters e quadriciclos.</span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif;"> Sem dúvida, outro gigante nipônico.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">O capital e da tecnologia estrangeira presente na lista das maiores
empresas instadas no PIM não para por aí. Seguem-se: Sony; Benq, Gillete,
Panasonic, Jabil, Bic, Kodak, Pepsi-Cola, Showa, Thomson, Nissin, ... Enfim, se
todo o faturamento dessas gigantes mundiais fosse totalizado, certamente seria
maior do que o PIB brasileiro. Só os faturamentos dos dois gigantes
sul-coreanos, Samsung e LG, ultrapassam a monta de US$ 1 trilhão. E reproduzem
seus capitais realizando a mais valia global em qualquer local deste planeta
que lhes seja favorável e amigável como aqui na ZFM. Pois só a Samsung, de cuja
firma e marca sou fã pelo que representa ao se tornar líder mundial desbancando
firmas tradicionais estadunidenses, afirma em seu site que se fosse um país
seria o trigésimo quinto mais rico do mundo. É brincadeira, quando afirma que ¼
do seu capital intelectual tem grau acadêmico do doutor? Considerando que seu
contingente operário é de 489.000 funcionários, temos que 122 mil são profissionais
pesquisadores doutores! Esse número é quase igual ao total de doutores no
Brasil, que segundo o censo do CNPq de 2014, é de 140.272. Como a região Norte
ainda não superou a marca histórica de dispor de menos de 5% do total nacional,
podemos afirmar que o Amazonas dispõe de 1,5% desse total, que é de 2.078
doutores. E ainda teríamos de verificar quantos desses estão efetivamente
trabalhando nos chãos de fábrica de firmas locais e mesmo nos laboratórios do
chão acadêmico, na medida em que talvez a maioria se lance nas relações de
poder em busca de posição e status, deixando de atuar em pesquisas, para as
quais foram treinados e formados. Isso é insignificante frente ao poder e à
potência da Samsung para fins de desenvolvimento tecnológico e de realização de
melhorias e inovações. Mas é o que temos; temos que otimizar e potencializar, fazendo
mágicas e encantos. Não à toa a Apple briga nos fóruns internacionais quanto a
posse de patentes da tecnologia <i>touchscreen</i>, após a Samsung ter tido limitado
seu acesso às licenças e patentes que visavam o desenvolvimento de tecnologia
por meio de engenharia reversa avançada. A evolução da Samsung alcançou
inicialmente a cópia de produtos e processos transferidos de empresas
estrangeiras, depois focou a busca melhorias e inovações incrementais
conquistando mercados internacionais, e agora seu desafio são as inovações
transformadoras e revolucionárias para consolidar e ratificar sua posição de líder
mundial. Claro do ponto de vista da liderança econômica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Portanto, trata-se de um absurdo dizer que essas firmas e marcas são
nossas porque estão instaladas no PIM, reproduzindo seus capitais sob o manto
de vantagens competitivas estáticas, só porque estão constituídas por leis
brasileiras. Igualmente trata-se de outro absurdo dizer que temos tecnologia
quando o PIM substitui importações pátrias de produtos dinâmicos, quando em
verdade essa tecnologia está embutida nos pacotes tecnológicos associados aos
projetos industriais, que exigem apenas o cumprimento de operações mínimas no
chão de fábrica para o gozo das vantagens competitivas estáticas. Numa
oportunidade passada ouvi um decano federado à classe patronal amazonense
dizer, talvez com endereço certo para este pensador, que a ZFM não tem
problemas com investimentos. Claríssimo que não, mas mantém dependência
industrial e tecnológica em níveis cada vez mais assombrosos, ao passo em que tarda
em acumular e expandir capital industrial em prol do autodesenvolvimento. Então, o que elas são desde o ponto de vista do autodesenvolvimento? São nossas parceiras de crescimento econômico; aportando capital e aplicando tecnologia, geram trabalho, pagam salários, recolhem tributos e difundem técnicas de gestão. Não é pouca coisa, mas não é tudo o que precisamos para o autodesenvolvimento. Precisamos fazer a tarefa de casa!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Então: dizer que as firmas e marcas líderes em faturamento do PIM são nossas é
o que digo constituem aberrações; dizer que a tecnologia associada a esse
faturamento é nossa é o que digo constituem delírios. E o que significam as
palavras aberração e delírio, segundo o </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">dicionário
eletrônico Miniaurélio, respectivamente? <span style="mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Substantivo feminino. <br />
1.Ato ou efeito de aberrar.<br />
2.Defeito, distorção.<br />
3.Anomalia, anormalidade. [Pl.: –<i>ções</i>.]<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Substantivo masculino. <br />
1.Psiq. Distúrbio mental caracterizado por ideias que contradizem a evidência e
são inacessíveis à crítica.<br />
2.Exaltação do espírito; desvairamento.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">É importante fazer uma associação com os significados aqui reproduzidos
de esquizofrenia, aberração e delírio, pois a postura esquizofrênica encerra
distorções e desvarios, limitando e emperrando a crítica e, sobretudo, a
idealização de alternativas econômicas, desde a realidade real das coisas e
fatos econômicos. Há uma correlação, na medida em que aceitamos a ZFM como um
processo com fim em si mesmo, não encarando o desafio histórico de frente, não
só quanto à sua condição de projeto, mas, sobretudo, quanto à sua oportunidade
de ser entendido e adotado como meio para o autodesenvolvimento. Para tanto,
como já dito e redito, o capital social de Manaus precisaria idealizar,
dimensionar e implantar uma política industrial e tecnológica com base na
dimensão patrimonial das firmas locais. É muito mais factível e lógico
tentarmos trilhar o mito do desenvolvimento buscando realizar amazonidades do
que pensando em apenas consolidar as firmas e marcas estrangeiras sob o manto
da ZFM, que encerra contradições e limitações insolúveis do ponto de vista do
autodesenvolvimento. Isto é verdade mesmo que o nível do ambiente de inovação manauara, segundo determinada taxonomia elaborada por pesquisador qualificado da FGV, albergue iniciativas de melhorias e de inovações incrementais enquadradas num estágio pré-intermediário numa escala que vai até 7, onde se processam as criações e as invenções, isto é, a própria proximidade com a fronteira tecnológica. Basta observar as assimetrias e anacronismos históricos existente
entre o chão de fábrica do PIM e os bancos escolares e as bancadas
laboratoriais disponíveis no chão acadêmico, depois de observada a origem do
capital que lidera o seu faturamento:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Qual o
PPB que foi efetivamente reduzido sociologicamente de esforços de pesquisa e de
investigação locais sob o lema de produzir mais com menos?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Quais
foram as contribuições da academia local para as rupturas de engenharia de
processo de mecanismos semi-montados (SKD) para partes e peças totalmente
desagregados (CKD)?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Qual a
participação do Sistema Manaus de Inovação na revolução tecnológica que
transformou o tubo catódico em peça de museu e trouxe as novas tecnologias
associadas ao LCD, PLASMA e associações correlatas, quais OLED?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-style: italic;">Qual,
enfim, a participação de academia local no desenvolvimento das tecnologias e
correlatas evoluções sequenciais de telefonia móvel ...; G3; G4; G5; ...?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Na
tradição védica há um texto sagrado clássico que se chama BHAGAVADGITA, que
reproduz um diálogo de Krishna para Arjuna. Arjuna se vê com medo de guerrear a
boa luta. Então, Krishna lhe fala palavras fortes e duras, gerando efeito positivo
não só para a resolução do problema existencial de Arjuna, mas o impulsionando
para o autoconhecimento. Malbaratando essa verdade védica inserida no contexto
da liberdade e da imortalidade, podemos dizer que essas palavras −
esquizofrenia; aberração e delírios – visam despertar o capital social de
Manaus para o autodesenvolvimento em busca da liberdade política e
independência econômica da Amazônia por meio das amazonidades, vale dizer, da
construção de capitalismo amazônico, que transforme insumos e saberes da
floresta em produtos e serviços realizados no mercado. Isso enquanto o
capitalismo for o sistema que organiza a humanidade no seu atual estágio de
evolução espiritual. É absolutamente indispensável que tomemos refúgio na
lógica genuína do sistema capitalista, que acumula lucros e apropria conhecimento
entre firmas, expressos em capital e tecnologia, e na lógica dos estados
nacionais, que os contabilizam em suas contas de comércio exterior. Devemos ter
coragem heroica para travar a boa guerra vertida ao mito do desenvolvimento,
indo para além da reprodução de capital e tecnologia de alheios e de alhures. Anexo,
um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dx</i> de esperança!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Anexo: Da Esperança<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O professor Frank
Cruz defendeu sua tese de doutoramento, aprovada por unanimidade, com a
realização da pesquisa intitulada <u>O Efeito da Substituição do Milho pela
Farinha de Apara da Mandioca em Rações de Poedeiras Comerciais em Manaus</u>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O trabalho,
defendido em audiência pública realizada em 29.10.04, foi a primeira tese de
doutorado em biotecnologia da Ufam e do Programa Multi-institucional de
Pós-graduação em Biotecnologia financiado pela Suframa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A reportagem
denominada “Biotecnologia: resto de mandioca substitui o milho”, publicada no
jornal <u>A Crítica</u> de 02.11.04, página C8, sintetiza o trabalho conforme
trecho abaixo:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 59.5pt 10pt 2cm; text-align: justify;">
<em><span style="font-size: 10pt; font-style: normal; line-height: 115%; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">...Em sua
pesquisa, o doutor Frank Cruz conseguiu trocar o milho, um produto importado
pelo Estado, das rações para aves por um material produzido e encontrado em
abundância na Amazônia – a farinha retirada dos restos de mandioca cortadas nas
feiras de Manaus – sem alterar a qualidade do ovo produzido na região.<o:p></o:p></span></span></em></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 59.5pt 10pt 2cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><em><span style="font-size: 10pt; font-style: normal; line-height: 115%; mso-bidi-font-style: italic;">Os resultados da
pesquisa mostram vantagens econômicas aos produtores do ramo de postura
avícola...</span></em><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Trata-se, portanto, de um exemplo
recentíssimo de criação de uma amazonidade, à qual toda a atenção deveria ser
dispensada. Temos dezenas, talvez centenas, quiçá milhares no futuro, de outras
criações que mereciam igualmente o mesmo tratamento. Poder-se-ia fazer uma
simulação da aplicação de uma política industrial e tecnológica à luz da do
modelo estadunidense, que fez do Estados Unidos a maior potência econômica do
planeta:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Conceder
prêmio pecuniário ao autor;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Incentivá-lo
a empreender a sua criação no mercado, financiando o investimento com taxa
zero;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Proteger
a empresa nascente da competição predatória, inclusive estabelecendo barreira
tarifária para a entrada de produto concorrente no Estado;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Conceder
subsídios até a consolidação do investimento;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">5.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Estabelecer
incentivos fiscais para todos os insumos e matérias-primas utilizadas na
produção;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">6.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Estabelecer
novos prêmios e incentivos financeiros para o desenvolvimento de inovações
tecnológicas de produto e de processo;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">7.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Estabelecer
outros prêmios e incentivos financeiros para a conquista de novos mercados;
enfim,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 59.5pt 0pt 2cm; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">8.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Oferecer
capacitação de todo ordem (gerencial; tecnológica; mercadológica; etc.) para o
sucesso do empreendimento.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Nota: Trata-se de um fragmento da
segunda edição do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Redesenhando o Projeto
ZFM: um estado de alerta! uma década depois</b>, publicada em 2006. Representa
mais uma demonstração inequívoca que com amor próprio e galhardia poderíamos
trilhar o mito de desenvolvimento pela vereda do autodesenvolvimento. Mais um
exemplo de combinação virtuosa de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">catching
up</i>, na medida em que o pesquisador idealizou máquinas e equipamentos –
trituradores e secadoras, por exemplo – de tecnologia universal, com a
perspectiva do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">growing up</i>, que se
utiliza de um insumo amazônico enquanto trajetória tecnológica alternativa,
trazendo benefícios para a ética da autossustentabilidade; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex ante</i>, mitigando impacto ambiental utilizando a casca da mandioca
como insumo, e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex post</i>, reduzindo déficit
na balança com a importação de milho. Mas, infelizmente, decorridos quase 11
anos desde a defesa da tese, não se tem notícias de que esse conhecimento tenha
sido transformado na forma de negócio, e, como tal, acolhido e protegido por
determinada política industrial e tecnológica amazonense que privilegie o
capital e a tecnologia local. Não sabemos nem mesmo se essa transformação foi
tentada.<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-82014020207819336852015-08-14T11:51:00.001-04:002015-08-18T17:10:01.120-04:00SOBRE A NATUREZA REAL DA ZFM<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">ZFM:
projeto ou modelo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">É
instigante a persistência do pensamento único, especialmente do chão institucional,
em adotar no seu discurso o conceito de modelo para categorizar a ZFM, padrão
cognitivo que se estende, sobretudo, para as elites de governo e de políticos.
Em minha opinião, representa, subliminarmente, o medo de perder o combustível
do processo de industrialização de Manaus, lastreado por vantagens competitivas
estáticas. Talvez venha à memória coletiva a perda do fausto vivido na época em
que fornecíamos borracha natural para a nascente indústria global, que evoluiu
para a borracha sintética. Tudo evolui se enfrentarmos os desafios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Se
percorrermos o marco regulatório, não encontraremos nenhuma alusão ao conceito
que representa a palavra modelo, nem mesmo a identificamos explicitamente. E o
que ela significa? Do dicionário eletrônico Miniaurélio, extraímos os seguintes
significados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Substantivo masculino. <br />
1. Representação de algo a ser reproduzido.<br />
2. Representação, em pequena escala, de algo que se pretende reproduzir em
grande.<br />
3. Protótipo de um objeto.<br />
4. Pessoa que posa para artista plástico ou fotógrafo.<br />
5. Pessoa ou coisa que serve de exemplo ou norma.<br />
6. Protótipo de peça de vestuário, ou de outros produtos de consumo (como
carro, televisão, etc.), a ser(em) fabricado(s) em série.<br />
Substantivo de dois gêneros. <br />
7. Manequim (3).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De
plano, podemos excluir, considerando o que observamos ao longo dos 48 anos de
existência da ZFM, e muito especialmente, a observação direta ao longo dos 31
anos de serviço na Suframa, a instituição que a administra, as explicações
associadas aos itens 3, 4, 5, e 7. Os dois primeiros itens vertidos à
verbalização “representar” ficam de fora, primeiro porque nunca se pretendeu e
não se pretende reproduzir a ZFM em qualquer outro lugar; segundo porque,
embora o faturamento do PIM seja sempre crescente ao longo da história, as
firmas já nascem grandes e fortes, tanto industrial quanto tecnologicamente
falando, portanto, não há o que reproduzir. Ao contrário, a briga é por manter
sua excepcionalidade em Manaus, evitando concorrência com qualquer outro local
pátrio a todo custo. Já o item 6 aponta marginalmente para a possibilidade
industrial da atração de investimentos, ou seja, aprova-se projetos para a
produção em escala de TVs, por exemplo. Mas são delírios e aberrações esquizofrênicas,
pois todas as possibilidades sugerem dependência e limitações do ponto de vista
do auto-desenvolvimento. Eu sei, eu sei. Atrair para substituir importações,
reproduzindo processos e produtos. Mas só isso escraviza, enquanto que a
perspectiva desafiadora do Projeto liberta. Temos que seguir em frente! Vejamos
por quê e como.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por
outro lado, frente à perspectiva de modelo, o marco regulatório, mesmo não
citando a palavra “projeto” para categorizar a ZFM, de forma inequívoca, o
representa. De forma clara, inicialmente com a expressão do artigo primeiro do
seu Decreto fundador, abaixo transcrito:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Art 1º A Zona Franca de Manaus é uma
área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais
especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um
centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que
permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância,
a que se encontram os centros consumidores de seus produtos.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ou seja,
há um objetivo a ser alcançado, o que pressupõe o conceito de projeto. Vejam o
que diz o mesmo dicionário sobre a palavra projeto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Substantivo masculino. <br />
1. Plano, intento.<br />
2. Empreendimento.<br />
3. Redação preliminar de lei, de relatório, etc.<br />
4. Plano geral de edificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não há dúvidas,
que a ZFM aponta para um empreendimento, cuja intenção é a criação de uma dinâmica
econômica no interior da Amazônia. Explicitamente há um plano de Estado com início,
meio e fim. O prazo inicial de 30 anos, estabelecido com o artigo 42 do Decreto
fundador, após sucessivas prorrogações, foi estendido até 2073 com a Emenda
Constitucional 83/2014:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="art42"></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Art 42. As isenções
previstas neste decreto-lei vigorarão pelo prazo de trinta anos, podendo ser
prorrogadas por decreto do Poder Executivo, mediante aprovação prévia do
Conselho de Segurança Nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Art. 1º O Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte
art. 92-A:</span></div>
<div style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">"Art. 92-A. São
acrescidos 50 (cinqüenta) anos ao prazo fixado pelo art. 92 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
recursos financeiros vertidos ao empreendimento ZFM que, por sua vez, se
associa ao desafio vinculado ao autodesenvolvimento, pode ser, essencialmente,
representado pela autonomia administrativa e financeira da Suframa e seus
respectivos Planos Estratégicos, expressos por políticas e diretrizes,
programas e ações. O artigo 10 do Decreto fundador assegura a perspectiva
autárquica. As antigas Portarias institucionais que regulamentavam o preço
público cobrado pela prestação de serviços e agora a Lei n.º 9.660/2000,<a href="file:///C:/Users/ajbotelho/Documents/pessoal/ZFM%20projeto%20ou%20modelo.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
que institui a TSA, em especial os seus artigos quinto e sexto, que pontam para
a perspectiva da gestão independente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Art 10. A administração das instalações
e serviços da Zona Franca será exercida pela Superintendência da Zona Franca de
Manaus (SUFRAMA) entidade autárquica, com personalidade jurídica e patrimônio
próprio, autonomia administrativa e financeira, com sede e foro na cidade de
Manaus, capital do Estado do Amazonas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Art. 5º. Os recursos provenientes da
arrecadação da TSA serão creditados diretamente à Suframa, na forma definida
pelo Poder Executivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Art.
6º. Os recursos provenientes da TSA serão destinados exclusivamente ao custeio
e às atividades fins da SUFRAMA, obedecidas as prioridades por ela
estabelecidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ora, e o
que significa autarquia? De novo recorremos ao Miniaurélio para buscar esclarecimentos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Substantivo feminino. <br />
1. Poder absoluto.<br />
2. Governo dum Estado por seus concidadãos.<br />
3. Entidade autônoma, auxiliar da administração pública.<br />
§ <b>au.tár.qui.co</b> <i>adj.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-style: italic;">Portanto, a Suframa enquanto órgão federal possui
condição jurídica absoluta e autônoma, enquanto entidade auxiliar do poder
central, para a realização do empreendimento vinculado à ZFM. A liga, que une
os recursos financeiros ao ideário de autodesenvolvimento, é, como já dito, os
Planos Estratégicos elaborados ao longo da existência da Suframa, hoje expresso
pelo aprovado junto ao CAS em 2010, que consolida toda a experiência visionária
para além da ZFM. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Considera-se
para fins da atuação da SUFRAMA, as seguintes áreas estratégicas: <a href="file:///C:/Users/ajbotelho/Documents/pessoal/ZFM%20projeto%20ou%20modelo.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">I. Desenvolvimento
Organizacional; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">II. Gestão de Incentivos Fiscais <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">III. Logística; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">IV. Tecnologia e Inovação; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">V. Atração de Investimentos; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VI. Inserção Internacional; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 0.0001pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VII. Capital Intelectual e
Empreendedorismo; e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VIII. Desenvolvimento Produtivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ou seja,
como meio tem-se o desenvolvimento organizacional, como sarrafo e meta
operacional, a gestão de incentivos fiscais, como instrumentos complementares a
logística, a atração de investimentos e a inserção internacional, que impulsionam
o ideário do autodesenvolvimento nas dimensões da tecnologia e inovação, do
capital intelectual e empreendedorismo e do desenvolvimento produtivo. Essas
áreas estratégicas se desdobram num conjunto de pencas de ações, que se
executadas, expressariam a contribuição da Suframa/ZFM para a consecução do
ideário do autodesenvolvimento. No entanto, escudados na tese do modelo, do
medo frente ao desafio civilizatório, continuamos justificando os sucessivos
prazos de prorrogação da ZFM com a carência de infra-estrutura e a dependência industrial
e, sobretudo, tecnológica associada ao PIM, na esteira da atração de
investimentos. Registre-se que as metas associadas ao centro comercial e
agropecuário, por motivos diferentes, não acompanham as evidências do centro
industrial, consignados como meta do Decreto fundador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">É
evidente que esse esforço não está restrito ao chão institucional, mas deveria
se espraiar por todas as missões dos agentes do governo, da academia e do
próprio setor produtivo, consolidando uma visão de futuro desejado por parte da
sociedade, por parte do capital social de Manaus, do Amazonas e da própria área
de atuação da Suframa. No Anexo, apontamos uma iniciativa individual, mas o
desafio é coletivo. O ideário deve ser coletivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Festejamos
o produto do PIM/ZFM, mas não nos damos conta de sua natureza dependente. Se
olharmos para todas as histórias centrais de desenvolvimento industrial e
tecnológico identificar-se-á nos pertinentes planos e estratégias nacionais a
preocupação com a dimensão patrimonial das firmas. Claro, a atração de
indústrias e a transferência de tecnologias são ferramentas e instrumentos
importantes de política industrial e tecnológica. Mas devem ter prioridades nessas
políticas a emergência e a consolidação de uma estrutura empresarial e de
inovações própria, local, endógena. Não basta que a firmas estrangeiras sejam
abertas sob as leis nacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ao longo
da nossa reflexão sobre o Projeto ZFM, ao passo em que ganhávamos experiência
profissional e acumulávamos conhecimento intelectual no chão institucional,
fomos progredindo do entendimento da necessidade de consolidar o PIM, via
provimento de competitividade sistêmica, para a convicção do desafio do
autodesenvolvimento, igualmente via provimento de competitividade sistêmica,
mas com foco genuíno, único, ímpar. Nesse processo, idealizamos conceitos e
propomos estratégias associadas. Destaco o principal intitulado de <i>growing up</i> em contraponto ao que os
especialistas chamam de <i>catching up</i>,
isto é, ao invés de apenas nos associarmos à trajetória tecnológica forjada
pela fronteira tecnológica associada ao sistema global de inovação, deveríamos buscar
utilizá-la, complementando-a com uma trajetória alternativa lastreada por
amazonidades, entendida como a realização de insumos e saberes da floresta na
forma de produtos e serviços no mercado local, regional, nacional e global. Essa
visão, essa trilha, essa vereda, esse ideário amalgamado pela ética da
autossustentabilidade. Como conseqüência desse conceito principal,
identificamos o empreendedorismo científico-tecnológico, ou inovador como
preferem os especialistas, como a principal estratégia para alavancar a
correlata experiência civilizatória, adotando o chão amazônico como
laboratório. O empreendedorismo científico-tecnológico, consolidado o Sistema Manaus
de Inovação, a serem potencializados nos próximos 100 anos, enquanto ferramenta
de superação do Projeto ZFM, a partir da cultura do capital de risco, entendido
o capitalismo como processo organizador da sociedade mundial, é a chave-mestra
do autodesenvolvimento. A partir daí acumular-se-ia mais e mais lucros e
apropriar-se-ia de mais e mais conhecimento, a serem transformados em mais e
mais negócios. A idéia não é negar a ZFM, mas superá-la, mediante construção de
um capitalismo amazônico estruturado com vantagens competitivas dinâmicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Entendemos,
portanto, que a adoção da ZFM pela categoria de um Projeto de Estado representa
uma atitude guerreira, que desafia a condição intrínseca de impermanência das
coisas no processo histórico evolutivo. Sobretudo, representa a perspectiva do
caminhar com as próprias pernas, sem descuidar da interdependência
local-global. Fazendo um paralelo com o autoconhecimento, poderíamos dizer que
a adoção da ZFM pela categoria de um modelo representa viver somente sob a
perspectiva do complexo mente-ego, com os objetos dos sentidos alimentando e
nutrindo nossa existência, sem associá-lo com a busca da autorrealização desde
a consciência. Malbaratando esse paralelismo, persistir no tratamento da ZFM
sob a lógica de modelo significa viver sob o espectro do irreal; assumir sua
perspectiva de Projeto seria viver na dimensão do real. O desafio do autodesenvolvimento
representa a ponte que nos conduziria do irreal para o real.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Anexo:<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma <b>amazonidade</b>, dentre centenas ou até mesmo milhares de oportunidades
de negócios<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FCFCFC; color: #363635; font-family: "Times New Roman","serif";">O professor Antônio Mesquita, da
Universidade Estadual do Amazonas, investigou como tese de doutorado em
Engenharia de Recursos Naturais, a transformação do açaí em painéis
sustentáveis, que denominou de ecopainel. O ecopainel é produzido a partir da
fibra de açaí, com a utilização de uma resina de óleo de mamão. O processo
de fabricação do ecopainel consiste na retirada das fibras dos caroços
para secagem em uma estufa. Elas são moídas e depois misturadas com
resina. Após a mistura, é realizada uma pré-moldagem e prensagem. Um
colchão de fibras do açaí resinada é obtido, para ser processado numa prensa
hidráulica, permitindo a fabricação do painel. Portanto, há aplicações
tecnológicas de química e de engenharia de materiais para a inovação
tecnológica. Portanto, há associação e combinação virtuosas entre a ciência estabelecida,
na forma de tecnologia disponível para a produção de madeira compensada e correlatas melhorais e inovações incrementais, com a
busca do progresso sociotécnico pela inovação contínua, na forma de utilização de
recursos naturais alternativos e sustentáveis. No caso, <i>catching up</i> associado com <i>growing
up</i>. A ideia fundamental é o aproveitamento de recursos naturais
como materiais para a produção de uma <b>amazonidade</b>,
isto é, a transformação de insumos e saberes da floresta em produtos e serviços
a serem realizados no mercado. Trata-se, portanto, de uma alternativa real
vertida ao autodesenvolvimento, inserida num processo sustentável à montante e
à jusante, pois poderá beneficiar comunidade do chão amazônico na forma de
associações e cooperativas, poderá mitigar impactos ambientais com o resgate do
caroço de açaí que iria para o lixo, bem como representa uma boa perspectiva
para fabricação de móveis sustentáveis. O ecopainel já tem carta-patente.
E está em estudo a elaboração de um Plano de Negócios, com o objetivo de sua
realização econômica. É nessa hora que o governo deveria se aproximar e
facilitar essa realização econômica, financiando, incentivando e protegendo uma
firma nascente. No curto e médio prazo, promovendo a emancipação econômica de
negócios sustentáveis. No longo prazo, promovendo a construção de um
capitalismo amazônico, vale dizer uma estrutura empresarial local inserida num
ambiente de inovações permanentes, como fruto e resultado de uma política
industrial e tecnológica heterodoxa, que privilegiaria a dimensão patrimonial
da firma local. A tese foi defendida em dezembro de 2013. Iniciativas como essa,
devida e efetivamente realizadas no mercado, deveriam ser exponenciadas!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/ajbotelho/Documents/pessoal/ZFM%20projeto%20ou%20modelo.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Necessariamente reformulada junto
a sua natureza tributária e excepcionada junto à lógica da Conta Única da União.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/ajbotelho/Documents/pessoal/ZFM%20projeto%20ou%20modelo.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-style: italic;">Veja o
documento integral no link: </span><a href="http://www.suframa.gov.br/download/documentos/plano_estrategico_suframa_res43CAS_07042010.pdf"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-style: italic;">http://www.suframa.gov.br/download/documentos/plano_estrategico_suframa_res43CAS_07042010.pdf</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-style: italic;"> .</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-46808979310362541042015-07-14T21:38:00.000-04:002015-07-15T08:45:32.107-04:00SOBRE A CONDIÇÃO ATUAL DA SUFRAMA<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Impressões
de uma institucionalidade perdida: expectativas de futuro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Falo da Suframa, a organização que alberga minha
profissionalidade por 31 anos. Gostaria que as condições institucionais fossem
diferentes. Mas a tendência é da sua extinção, salvo haja um governo estrategicamente
forte. E ainda assim faltaria muito, senão vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De plano, revejo meu idealismo ao ajudar a organização
na implantação do programa de interiorização. O que houve? Havia, por um lado,
boa vontade com uma sistemática criteriosa para potencializar as condições infra
estruturais e econômicas do chão amazônico. Por outro, todavia, prevalecia a
perspectiva da política minúscula, aquela que retarda e até mesmo impede a
realização de projetos. Resultado? Não avançamos e estamos obstaculizados com
os passivos do macularam a estratégia do programa. O programa representa uma
moeda onde sua dupla face deve estar em sintonia com o autodesenvolvimento. Só
com essa ética poderá ter sucesso!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em seguida, relembro o ideário de transformar os
investimentos em P+D decorrentes da Lei de Informática num grande impulsionador
de uma ambiência inovadora para Manaus. Aqui, estancamos numa grande encrenca,
pois não conseguimos perceber que as firmas que trazem seus pacotes
tecnológicos prontos, reproduzindo seus capitais por meio do cumprimento de
PPB, não têm intenção real de aplicar os recursos financeiros compulsórios no
desenvolvimento de melhorias e inovações. Em caráter específico, até criam seus
institutos. Não obstante, pode-se perceber que, no geral, a caixa sistêmica do
processo de inovação decorrente apenas aponta para inputs, deixando muito a
desejar nos outputs.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O CBA, enfim, todos já sabemos. Continua à mercê do
egocentrismo do tecnicismo estatal, que impede sua emancipação. Perdemos 14
anos com a não–implantação imediata da FAPEAM, pós Constituição Estadual de
1988, estamos perdendo outros iguais com a indecisão concernente a esse
importante mecanismo de autodesenvolvimento. Uma grande indecisão histórica?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A TSA é o novo mercado de trabalho para advogados, que
oferecem às firmas incentivadas pendengas judiciais para suspensão de
pagamentos futuros e resgates pretéritos. Ao que parece, argumentando a inconsistência,
no sistema tributário, da sua base de cálculo em confronto com a de tributo. A
isso, soma-se a definitiva perda da autonomia financeira em decorrência da
conta única da União.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Administrativamente, vimos perdendo status com as
administrações que geram problemas frente ao bom e regular ordenamento da coisa
pública. Essa tendência é antiga, pois vem desde o escândalo do colarinho
verde, adoçado com o do açúcar, desbravado até os atuais processos
administrativos e policias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Portanto, a Suframa está em cheque em quase todas as
dimensões. Só funciona a expertise básica da aprovação e acompanhamento de
projetos, que roda praticamente de forma quase mecânica, sob as rédeas do MDIC<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Impress%C3%B5es%20de%20uma%20institucionalidade%20perdida.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>. E tudo poderia ser
diferente. Como? Bem, poderíamos imaginar que: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
chão amazônico poderia estar recebendo benefícios efetivos com a aplicação dos
recursos financeiros gerados pelo Projeto ZFM para a expansão e a melhoria de infraestrutura
econômica, para a formação de capital humano técnico e especializado, para a
promoção de P+D+I vertido às amazonidades, e para o estabelecimento de produção
de pequena monta e com tecnologia universal. Mas não: os recursos financeiros
se foram; e há uma montanha de processos em tomada de contas especiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
sistema local de inovação poderia ter sido potencializado com avanços no mercado
em nível de redução de custos, aumento do faturamento, melhorias&inovações
de processos e produtos transmutando os PPBs. Royalties & patentes?! Um
sonho perdido!? Mas não: há uma montanha de relatórios acumulados para análise.
Além disso, parte dos recursos é retida em nível nacional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
bioindústria poderia estar sendo um acaso amazônico engatinhando para um futuro
brilhante. Mas não: qual foi o produto que o CBA conseguiu contribuir com
pesquisas para fazer entrar uma amazonidade no mercado? Sabe-se da redução
drástica de seus quadros. Quais são suas parcerias estratégicas consolidadas
com institutos e laboratórios de pesquisas? Qual o estado de seu ativo
patrimonial, especialmente suas equipamentos e ferramentas de investigações
tecnológicas? Não se tem notícias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
TSA poderia constituir uma fonte de arrecadação segura e estável. Superado o
questionamento do caráter do preço público, gerado pela representação da classe
patronal, poderia ter sido dimensionada em bases jurídicas duradouras. A base
política local poderia ter argumentado a manutenção da autonomia financeira da
Suframa frente ao estatuto da conta única. Houve uma grande inabilidade e uma
terrível falta de perspicácia. Mas não: além de ter caído a ficha de que os
recursos financeiros gerados com o Projeto ZFM não mais fazem parte de
contingenciamentos, as taxas arrecadadas estão ficando sob o crivo da espada da
justiça. O Estado do Amazonas talvez seja o maior interessado em cair de vez a
obrigatoriedade da TSA, isto é, dela ser extinta, na esteira da extinção da
Suframa, pois ampliariam suas margens de manobras em termos de políticas
públicas com o uso do ICMS. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
Suframa poderia estar institucionalmente forte, revisando permanentemente seu
conteúdo estratégico, avaliando ameaças e oportunidades, revisando,
redimensionado, melhorando e inovando seus procedimentos. Mas não: seu plano de
diretrizes e políticas restou num quadro amorfo pendurado em suas salas,
denunciando a perda da dinâmica histórica com os passivos, as encrencas e as
indecisões, afora a inabilidade política. Agência Executiva? Não sei. De nada
adiantará uma nova natureza jurídica, sem condições para operar a ópera para
além da ZFM. Talvez sirva apenas para repassar atribuições e competências para
outrem, como é o caso do cenário pessimista. Dizem que a nomeação de uma jovem
e bonita política local ainda está em jogo. Que ela tenha boa sorte!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Penso que a bola da vez será a RFB. E seria um ganho
estupendo para o Amazonas. A RFB poderia constituir um Departamento da ZFM,
levando para as suas bases as unidades administrativas e os sistemas
operacionais essenciais para o funcionamento do Projeto ZFM. A sede da Suframa viraria um museu industrial,
para expor criações e invenções de alheios de alhures. Os servidores seriam
distribuídos para órgãos públicos federal. O Decreto-Lei n.º 288/1967 seria
redimensionado. E todos viveriam felizes para sempre!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A incorporação das vantagens comparativas junto ao
sistema tributário nacional geraria um <i>gap</i>
tributário perene. Nos anos 2080, pediríamos nova prorrogação do prazo de vigência
do Projeto ZFM, com base no argumento, vergonhoso porque já recorrente, de que
ainda não terá sido possível construir uma infraestrutura que viabilize
economicamente a produção industrial manauara por conta das longas viagens que
os insumos e produtos realizam. Estaria confirmada a perspectiva de continuarmos
como uma ponta de lança para a expansão do capital articulador da civilização
ocidental, fazendo jus às palavras do navegante, da época dos descobrimentos, à
serviços das Coroas espanholas e portuguesas, Américo Vespúcio à Lorenzo
D’Medici, em carta de 1503: “essas novas regiões que descobrimos e <b>exploramos</b> ... podemos efetivamente
chamá-las de Novo Mundo” (negritei). E todos viveriam felizes por mais 500
anos! Agora não mais dominado pela posse do território, mas pela posse da
tecnologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas, afinal, quais são as oportunidades, num cenário
otimista? O que poderia ser feito então para resgatar uma presença mínima da
Suframa junto à nossa responsabilidade histórica com o mito do desenvolvimento?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">a)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quanto
ao programa de interiorização: elaboração de planos de trabalho para aplicação
com recursos financeiros não-reembolsáveis internamente, pelos especialistas da
área de estudos econômicos e empresariais, para apresentação aos políticos, que
correriam em busca de emendas parlamentares, aproveitando a expertise da
Suframa com a ferramenta convênios. Ponto! Nessa inflexão, que sai da inércia
para a pró-atividade, resgato reflexão contida na dissertação mestrado
profissional deste servidor, de 2001, intitulada “Projeto ZFM: vetor de
interiorização ampliado! ”, qual seja, de transferir a posse dos projetos de
produção financiados, realizados em parceria com o Pronaf, para as associações
e cooperativas, via autorização do parlamento municipal, numa espécie de </span><span style="line-height: 18.3999996185303px;">mini programa</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> de privatização. Mas para essa estratégia dar certo, precisaríamos entrar no
terreno profícuo da política maiúscula. Essa perspectiva não é trivial muito
menos fácil, mas possível desde que tenhamos boa vontade e vontade política.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">b)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quanto
aos investimentos de P+D decorrente da Lei de Informática: negociar com o
capital incentivado a possibilidade da redução da alíquota de 5% do faturamento
para algo como 3% ou mesmo 1,5%. Mas dedicado a um Fundo Local, longe da
ingerência do Planalto Central e das instituições do Sistema Nacional de
Inovação, para investimentos no desenvolvimento de pesquisas com considerações
de uso, indutor de negócios lastreados por amazonidades. Aqui, precisaríamos de
boa vontade e vontade política dos atores da Hélice Tríplice, isto é, tanto do
governo, indústria e academia, para gerir com eficácia e eficiência esse Fundo.
Ponto! Para esse desiderato resgato a ideia da criação de um Conselho Político
de Gestão Estratégica para o Desenvolvimento Industrial e Tecnológico vertido
às amazonidades, visando o equilíbrio da oferta versus demanda tecnológica da
bioindústria local que deve emergir e prosperar, enquanto plataforma para o
autodesenvolvimento. Essa ideia está contida no “Pequeno Ensaio em prol da
Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus”, de autoria deste
servidor, publicado em 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">c)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quanto
ao CBA, este deve passar para a esfera do Sistema Estadual de Inovação, sob a
gerência do Estado do Amazonas e vinculado à Universidade do Estado do
Amazonas. Ponto! Haveria uma concorrência saudável e sadia entre o Sistema
Nacional e o Estadual de Inovação, com dois trinômios de agentes atuando em
prol do autodesenvolvimento: [(Ufam+Inpa+Embrapa)+(UEA+CBA+IDAM)]. Nada de Inmetro
ou quaisquer outras instituições não locais para geri-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">d)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quanto
a TSA, esta deve se ajustar a base de cálculo à condição de sua natureza
tributária, apostando na legalidade da Lei n.º 9.960/2000, isto é, a incidência
da taxa deve ser estrita ao serviço prestado, ainda que com a possibilidade de
ser metrificado pelo volume da carga, por exemplo. Em outras palavras, não deve
ser a mesma de tributos, que incide sobre valores das transações comerciais de
importação e de internamento de mercadorias. Certamente a arrecadação cairá,
mas não será mais questionada em juízo. Ponto! Aqui exigiria um novo ponto de
inflexão institucional, quando a Suframa deixaria de ofertar, passando a
demandar recursos para financiar seus objetivos estratégicos. Novamente seria
fundamental uma boa vontade e vontade política heroica e hercúlea. Um governo
estrategicamente forte poderia, quem sabe, abrir mais uma exceção à lógica da
conta única, até para fazer valer a legitimidade da Lei n.º 9.960/2000,
devidamente legalizada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">e)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quanto
à Suframa em si mesma, além de um plano de carreira competitivo, precisaria de uma equipe
dirigente competente, profissional e séria. Ponto! Virou moda na Suframa a
gestão com não titulares, isto é, com substitutos e substituições. Isso gera
insegurança e displicência. Precisaríamos transcender as eras das festas e das
falácias. Pontuar avanços e retrocessos, aprofundando as janelas de
oportunidades e transformando ameaças em oportunidades. Caberia uma redução
temporária da estrutura organizacional, </span><span style="line-height: 18.3999996185303px;">super ambiciosa</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">, até que novas condições
objetivas se interponham para que uma atuação institucional estratégica pudesse
ser possível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje faz 31 dias que sai da greve. E os meninos e as meninas,
apesar das baixas no <i>front</i>, continuam
firmes e fortes. Admiro a posição dessa juventude, que desejo tenha uma atitude
pura, reservada à perspectiva da boa e justa remuneração. Mas continuo não
acreditando na greve enquanto solução estrutural. Além da necessidade de o
plano de carreira ser aprovado, que beneficiaria os profissionais e suas
famílias, precisamos resgatar ou reconstituir as condições objetivas
institucionais vertidas ao autodesenvolvimento minimamente autônomo e
interdependente, para que a sociedade amazonense/amazônica possa superar a
carência de uma solução definitiva, que traga liberdade política e
independência econômica para o chão amazônico, desde a contribuição histórica
da Suframa para além do Projeto ZFM.<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Impress%C3%B5es%20de%20uma%20institucionalidade%20perdida.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Caso isso não aconteça, o
vazio institucional se aprofundará, mesmo com a conquista de um plano de
carreira competitivo. Sem falar na possibilidade do sindicalismo continuar se arvorando
no chão institucional, sombreando rusgas entre o passado e o presente, portanto, construindo
um futuro com base em mágoas e prepotências. A ocupação dos espaços no chão
institucional deve ser com base na experiência e na competência, sob o manto da
meritocracia; e não como resultado de caça às bruxas, para queimá-las na fogueira das ofensas e das intrigas. Por outro
lado, sem dúvida, as greves contribuíram para a percepção de que a ZFM,
doravante, poderá ter vida própria. Se é que já não possui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nesse período, entre 9.6.2105 e 10.7.2015, a
organização finalmente decidiu minha nova lotação: no setor de arrecadação.
Portanto, mantendo a opção de me afastar das discussões estratégicas e de
atividades intelectuais prospectivas, progressistas e propositivas. No âmbito
das reflexões, é como gostaria de finalizar minha carreira, sem necessariamente
postular por cargos, porém, não me eximindo de responsabilidades diretivas ou,
sobretudo, de assessoramento. Apesar de ter aprendido bastante na Corregedoria,
onde cumpri minhas tarefas e fiz bons amigos, julgo que minha experiência e
conhecimento deveriam ser aproveitados em assuntos estratégicos. Afinal,
sinto-me corresponsável pela e confortável com a bolha estratégica em que se
transformaram os planos institucionais, especialmente a idealização das
políticas vertidas à inovação e ao empreendedorismo. Foi com esse intuito que
formulei demanda junto à Ouvidoria do MDIC, após ter visto cerceado meu direito
de acesso ao processo administrativo e ao Relatório da Comissão que definiu
minha nova posição na organização, cuja missiva anexo à presente reflexão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Anexo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Caríssimos da Ouvidoria,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sou Antônio José Lopes Botelho, 56 anos, há 30 anos servindo
ao Projeto ZFM, na qualidade de servidor ativo do Estado brasileiro, lotado na
Suframa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Faço contato para pedir ajuda institucional desse MDIC no
sentido de obter vistas do processo administrativo que alberga os trabalhos da
Comissão estabelecida com a Portaria 496/2014. Para tanto, preliminarmente, protocolei
requerimento junto à administração dia 25.6.2015, sem obter uma manifestação
favorável ou mesmo uma justificativa para dilatação de prazo, contados 5 dias
úteis desde o protocolo. Assim, faço opção por essa Ouvidoria, ao invés de
renovar o pedido protocolado, considerando que o atual Superintendente se
recusou atender-me, quando o procurei imediatamente antes da publicação da
Portaria 287/2015, que definiu minha nova lotação na Suframa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Já sabedor que iria ser deslocado da Corregedoria para o
setor de arrecadação, fui tentar argumentar, esgotada as tratativas com a
Comissão, a possibilidade de ser aproveitado numa função de leitura,
interpretação, reflexão e produção de textos vertidos para abordagens
prospectivas, progressistas e propositivas. Argumentaria que, apesar da
formação básica em engenharia civil, a própria Suframa oportunizou, a partir de
1995/1996, a acumulação de experiência e conhecimento nas áreas de planejamento
e desenvolvimento. Creio que o objetivo fundamental da Comissão deveria ser o
aperfeiçoamento da gestão do conhecimento, alocando capitais humanos em
sintonia com os desafios estratégicos institucionais, governamentais e de
Estado. Passadas as dificuldades políticas com a gestão anterior, julguei que a
organização fosse aproveitar minha experiência e conhecimento em questões
estratégicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Já assumi o posto de trabalho na COARR, Coordenação de
Arrecadação, onde estarei à disposição para contribuir no que for possível e
necessário em suas atividades operacionais, mas reforço a possibilidade de que
o argumento exposto possa ser considerado pela atual administração ou pela que
vier tomar posse como titular da Suframa, agora por meio dessa Ouvidoria. No
mínimo, desejo saber se há algo que desabone minha profissionalidade,
construída com estudo do Projeto ZFM e dedicação à instituição Suframa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Anexo à presente manifestação o requerimento protocolado
junto à administração e endereçado ao Superintendente em exercício, o
formulário encaminhado à Comissão e minha última publicação, para demonstrar o
resultado da experiência e conhecimento acumulados à serviço do Projeto ZFM e
da Instituição Suframa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Atenciosamente,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Antônio José Lopes Botelho<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
SIAPE 401045<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Impress%C3%B5es%20de%20uma%20institucionalidade%20perdida.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"> Um eloquente e proficiente
formador de opinião local, comentando esta reflexão, informou que há “14 PPBs
travados, vetados”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Ant%C3%B4nioJos%C3%A9/Documents/Impress%C3%B5es%20de%20uma%20institucionalidade%20perdida.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"> Outro experiente e realizado
formador de opinião, fazendo considerações acerca desta reflexão, ponderou que
a “a prioridade da Suframa continua sendo a restauração de sua condição
autárquica. Depois disso, tudo o mais seria facilitado”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-30837717993847803512015-05-24T10:28:00.003-04:002015-06-03T17:59:34.978-04:00CRÔNICA - SANTIAGO DE COMPOSTELA<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Impressões de uma peregrinação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Fiz
recentemente com o peregrino Antonio Mesquita o caminho português até Santiago
de Compostela desde Viana do Castelo. Foram nove etapas: Caminha; Vila Nova de
Cerveira; Valença; O Porriño; Redondela; Pontevedra; Caldas de Reis; Padrón. Portanto,
apenas um pequeno trecho – Viana do Castela/Caminha – pelo litoral; outro, no
sentido nordeste, entrando para o interior – Caminha/Vila Nova de Cerveira/Valença;
finalmente, já no interior do território, no sentido norte, em direção à
Santiago de Compostela, a partir de Valença. Pernoitamos uma noite em cada
cidade, à exceção de Vila Nova de Cerveira e Santiago de <em>Compostela</em>,
duas noites. Corria o tempo entre os dias 21 de março e 5 de abril deste ano de
2015. Escrevo esta pequena crônica 45 dias após o retorno, por memória,
consultando o passaporte do peregrino, dando conta de um registro histórico e
da saudade dos momentos de alegria e de tristeza, de prazer e dor que vivenciei
com o amigo Mesquita. Sem apego; sem aversão. O passaporte ou credencial do
peregrino nos foi concedido pelo Marcos Lucio, da Associação Paranaense dos
Amigos do Caminho de Santiago de Compostela – Curitigrinos, por correios, a
partir de uma articulação por e-mail. Consultei também o mapa fornecido pela
Curitigrinos, para confirmar as distâncias entre as cidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Partimos
pela TAP, de Manaus rumo a Lisboa, donde seguimos por trem até Viana do
Castelo. Em Viana do Castelo recebemos nosso primeiro carimbo no passaporte de
peregrino. Recebemos também de presente do gerente do Vianamar Residencial
broches comemorativos do Caminho de Compostela. O meu perdi durante a
peregrinação. Nela, no trecho entre Caldas de Reis e Padrón, perdi também o
chapéu de pescador, presente da ricafilha Catharina e do genro Armando. Mas,
ganhei muito, muito mais, como retrata esta crônica. Era 23.3.2015, quando
partimos para Caminha. Neste trecho nossa principal cabeçada de marinheiro de
primeira viagem, pois fizemos todo o trecho pela estrada. Mas foi igualmente
bom, apesar de duro e árido, não permitindo desfrutar das trilhas entre
bosques. Em alguns pontos da estrada, tínhamos uma bela visão do mar, do oceano
Atlântico. Nesse trecho, ouvimos, no silêncio da caminhada, os primeiros sons
das folhagens das árvores, que se batiam em decorrência dos ventos, o que veio
a se repetir várias vezes em outros trechos, inseridos na natureza. Foram cerca
de 29 km. Chegamos exaustos. Em Caminha, recebemos nosso segundo carimbo no
passaporte de peregrino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Partimos
de Caminha no dia 24.3.2015 com a intenção de chegarmos a Valença, mas tivemos
que pernoitar em Vila Nova de Cerveira. Ao chegarmos a Vila Nova de Cerveira, o
companheiro Mesquita sentiu que seu joelho esquerdo lesionou. No dia seguinte,
25.3.2015, fomos a dois médicos. A médica da manhã, clínica geral, recomendou
que ele não continuasse a caminhada. O da tarde, médico ortopedista e especialista
em desportos, autorizou continuar mediante anti-inflamatório e antibiótico,
considerando sua excelente condição física. Tiro e queda, o peregrino
manteve-se à frente. De quebra, diferentemente das outras cidades, quando
chegávamos exaustos no final da tarde e saíamos no início da manhã do dia
seguinte, desfrutamos de Vila Nova de Cerveira visitando um castelo medieval no
centro, que ofereceu uma belíssima vista do rio que corta a cidade.
Contemplamos a paisagem, relaxando um pouco frente a situação que estávamos
enfrentando. Do hospital, onde fomos à tarde, também tivemos uma belíssima
visão da cidade, pois que ficava numa parte elevada da cidade. Inclusive, num
dos momentos de indefinição quanto à condição do peregrino Mesquita, fui até a
Igreja da cidade, para acalmar a mente frente à possibilidade de seguir caminho
sozinho, aproveitando para conhece-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O caminho
entre Caminha e Vila Nova de Cerveira é um caminho de muitas subidas e descidas,
tanto na urbanidade quanto entre os lugarejos. Os pontos mais altos ofereciam
belas paisagens, que parávamos para contemplar e fotografar. Foram cerca de 14
km. A trilha peregrina, que agora nos associávamos até Santiago de Compostela, é
quase sempre margeando ou a estrada de asfalto ou a estrada de ferro que
ligavam as cidades. Nesse trecho, se consolidou a tônica das fotos: enquanto eu
tirava fotos de marcos e símbolos católicos-cristianos, o peregrino Mesquita se
deslumbrava com as flores que florescem na primavera. Todas as minhas fotos
relativas à iconografia da igreja católica foram postadas no facebook
antoniojose.lopesbotelho. Outras fotos da peregrinação você também visualizar
nesse mural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Ao sairmos
de Vila Nova de Cerveira para Valença, dia 26.3.2015, demos demonstração inequívoca
de nossa intenção para finalizarmos o caminho, vindo a chegar, conforme
planejado, em Santiago de Compostela no dia 1.4.2015. Estava chovendo. E
estávamos estressados com a indefinição do dia anterior. Ele, o amigo Mesquita,
buscando uma posição médica definitiva, que veio com a consulta ao seu médico
particular em Manaus; eu buscando redimensionar a mente para seguir caminho
sozinho. Queríamos finalizar a peregrinação, e contamos com a ajuda e a
motivação vinda de amigos de Manaus, via canal wahtsapp, que muito nos ajudaram
com suas mensagens de força e determinação: Lincoln; Ivana; e Paulo José. O
peregrino Augusto ofereceu uma grande colaboração depondo sobre sua experiência
e nos presenteando com curativos e preventivos Compeed para bolhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Diálogo
especial, dentre outros, foi travado com o amigo José Lúcio, que me desafiou a
trazer de lembrança uma pedra do Caminho. Após chegar às suas mãos, fui
brindado com um belíssimo poema intitulado ““Licença ao Poeta” (Pedra no
caminho ... de Compostela”, que registra o seguinte no roda pé: “(Em homenagem
ao Amigo Antônio Botelho, que de sua peregrinação no Caminho de Santiago de
Compostela/Espanha, trouxe-me uma pedrinha que encontrou em seu caminho,
presenteando-me com sua experiência única, mágica, divina. Manaus/AM, de
06.04.15)”. O poema você pode desfrutar integralmente no Anexo 1 desta crônica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Apesar de
termos começado o dia estressados, conseguimos vencer mais cerca 18 km até
Valença, último rincão português do caminho que fizemos. Valença foi uma bela
surpresa, pois seu centro é no interior de um forte medieval. Já estávamos na
porta do solo espanhol. No dia seguinte, 27.3.2015, seguiríamos caminho para O
Porriño, atravessando cedo da manhã uma belíssima ponte que liga Valença a Tuí.
Lá, em O Porriño, tanto no almoço quanto no jantar, o peregrino Mesquita comeu
bacalhau. Esse prato era o seu prato preferido. Eu ainda alternava com um
salmão. Comíamos bem para recuperar a energia. Havia sempre um doce de
sobremesa. De entrada, sempre um pão com azeite. Mas o vinho estava sempre
presente. E sempre brindávamos, bebericando-o! Nesses momentos, levávamos
muitos “papos cabeça”: o principal foi sobre o ponto a partir d’onde acontecia
a grande transformação espiritual. O peregrino Mesquita defendendo o <i>locus</i> do coração; eu, o da mente. Por
práticas e valores diferentes, não convergimos, ainda que admitindo que o Ser
reside no coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A
peregrinação começou efetivamente a entrar nas veias, pois pegamos a pegada.
Acordar cedo, tomar café e seguir caminho. Foi o que fizemos em Valença para
chegar a O Porriño. No início desse trecho, fomos orientados por um peregrino
da Associação dos Amigos Peregrinos a desviar o rumo do trecho original,
percorrido por dentro do distrito industrial, para um alternativo, em meio à
natureza. Apesar de apreensivo, foi um dos mais belos trechos, pois todo ele
dentro de um grande bosque. Valeu a pena ter caminhado a mais cerca de 2 ou 3
km, apesar do cansaço e das dores nos ombros, quadris e calcanhares, remediadas
com anti-inflamatórios. Vencemos mais cerca de 22 km. Em O Porriño recebemos o
carimbo na credencial (ou passaporte) do peregrino na Residencial Louro. Na
saída de O Porriño comprei uma ceroula de compressão de poliamida, para conta
dar conta do frio que fazia à noite, em torno de 10 graus, às vezes até menos. O
clima durante toda a epopeia peregrina foi agradabilíssimo. Ganhei um cinto do
vendedor, pelo que substitui o barbante que segurava as calças de tectel. Na
oportunidade, compramos nossas conchas, nossas vieiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">De o O
Porriño seguimos o caminho até Redondela, vencendo mais cerca de 15 km. Era
28.3.2015. Em Redondela, dormimos pela primeira vez num albergue, no Albergue
de Redondela. Nestas oportunidades, que foram três, a rearrumação da tralha de
manhã cedo, mesmo já engatilha na noite passada, exigia destreza para ajustar o
saco de dormir, roupas e demais apetrechos, e também atenção para não esquecer
nada, ao mesmo tempo, procurando não incomodar os peregrinos que ainda
descansavam. A decisão de desfrutar de quartos e banheiros individuais em casas
e residenciais de hóspedes nos posicionou entre o que se chama de turigrinos e
os peregrinos puros, que ficam sempre em albergues municipais. Mas isso não
maculou, de forma alguma, nossa intenção espiritual. A despeito da tralha, vide
Anexo 2. Foi uma excelente experiência dormir num salão lotado de peregrinos,
dividindo banheiro e cozinha. Nesse albergue, o peregrino Mesquita teve um belo
encontro com o senhor de 68 anos que estava fazendo sua oitava peregrinação.
Ele lhe disse: “podemos perder tudo, menos a fé em Deus!”. Nesse albergue,
avistamos aqueles com quem faríamos amizade: Nuno e Helena. Experientes em
caminhadas, eles desfrutavam de mais uma peregrinação. Num trecho, percebi que
pararam numa oficina mecânica, que tinha uns banquinhos em torno de um pequeno
jardim, quando me convidaram para sentar. Iriam tomar um vinho branco com o
proprietário. Mas, agradecendo, declinei, pois precisava avançar. Helena foi
para mim uma bela surpresa, conforme registrei adiante. Nesse albergue, lavamos
nossa roupa no atacado, pois eu vinha lavando no varejo, sempre com a ajuda de
terceiros. Lavei cueca e camisa apenas duas vezes: logo na chegada à Viana do
Castelo e em Valença. Em Caminha e Vila Nova de Cerveira contei,
respectivamente, com a ajuda da Ana e da Fernanda, gerentes/proprietárias da
Residencial Portas do Sol e da Residencial Fernanda Guerreiro, respectivamente,
onde recebemos os carimbos concernentes no passaporte do peregrino. Mulheres
gentis e generosas; Fernanda, inclusive, não me cobrou a lavagem de duas peças
de roupas. Em Redondela, praticamente fechamos a quilometragem inicialmente
programada na decisão tomada em 2014, de fazer o Caminho Português desde Tuí,
de pouco mais de 100 km. Com a decisão em cima da hora de começar de Viana do
Castelo, o trecho originalmente planejado foi alterado para cerca de 180 km,
numa média diária de 20 km.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Chegamos a
Pontevedra após caminhar mais 18 km desde Redondela. Era 29.3.2015. Em
Pontevedra nos hospedamos na Pensão Maruja, onde recebemos mais um carimbo no
passaporte do peregrino. Nesse trecho, percebemos uma mãe peregrinando com sua
filha numa diferença de idades entre 30 a 40 anos. Foi uma bela visão de duas
gerações num mesmo esforço fé e determinação. Voltamos a encontrá-las duas ou
três vezes, mas em seguida não as vimos mais. Nesses trechos finais,
encontramos com várias pessoas e grupos, variando entre estudantes
universitários até empresários. Num desses trechos, compramos duas conchas, duas
vieiras de um casal de idosos, para amigos que estão na ponta da agulha para
irem peregrinar até Santiago de Compostela, e que só não foram desta vez por
questões circunstanciais: Ivana e Paulo José. Também nesses trechos percebemos
várias vezes a ocorrência de estarmos utilizando a Via Romana XIX, uma longa
vereda romana milenar, onde passamos por belíssimas pontes construídas a dois
mil anos atrás. Conhecemos a histórica Ponte Sampaio, palco da resistência
galega frente ao avanço napoleônico no século XIX.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Chegamos a
Caldas de Reis após caminhar mais cerca de 23 km. Era 30.3.2015. Em Caldas de
Reis, enquanto o peregrino Mesquita desfrutava das águas termais que a cidade
oferece relaxando os pés, eu cuidava das minhas primeiras bolhas. Aqui, aparece
a meu anjo da guarda que furou, drenou e desinfetou minhas bolhas, localizadas
do lado externo dos calcanhares direito e esquerdo e na sola do pé esquerdo,
debaixo do calcanhar. Foi minha prima Helena, também Botelho. Ficamos sabendo
dessa convergência em Santiago, depois que cruzamos as Compostelas. Aliás,
outra coincidência, pois depois de Caldas de Reis seguimos espaços e tempos
diferentes, mas nos encontramos exatamente na fila da Oficina do Peregrino para
colher a Compostela. Num trecho, simplesmente, encontramos um bilhete do Nuno e
da Helena, deixados no solo da trilha presos com pedras três horas antes,
perguntando como estavam as bolhas. Fantástica a solidariedade que une os
peregrinos no caminho. Em Caldas de Reis também pernoitamos num albergue. No
Albergue Caldas de Reis, onde recebemos o carimbo em nossa credencial do
peregrino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Até
Santiago de Compostela foram cumpridos mais dois trechos finais, que
completaram os cerca de 180 km desde Viana do Castelo: de Caldas de Reis a
Padrón, distantes uma da outra cerca de 19 km, que foi realizado em 31.3.2105; e
de Padrón a Santiago de Compostela, distantes uma da outra cerca de 25 km, que
foi realizado em 1.4.2015. Em Padrón, pernoitamos pela terceira vez num
albergue. No Albergue de Padrón, onde mais uma vez recebemos o carimbo na
credencial do peregrino. Um belíssimo albergue. Na minha opinião, o melhor dos
três em que nos hospedamos. O de Redondela é muito bom e prático, pois o único
que dispunha de lavadora de roupas. O de Caldas de Reis é simpático, com uma
pequena pracinha na frente. A chegada em Padrón foi uma demonstração da amizade
que o peregrino Mesquita nutre por mim, combinada com sua visão compassiva que
adota na vida. Fiz esses dois últimos trechos com bastante sofreguidão, pois as
bolhas incomodavam, sendo que uma dela inflamou e precisou ser novamente
drenada em Santiago. E, mais uma vez, com a ajuda da prima Helena. Assim, ele
estando mais à frente, chegou por primeiro no albergue. Não satisfeito, voltou
para me resgatar pelo caminho. Nesse momento, estava andando bem devagar, já
meu limite, no meu tempo, realizando o espaço possível. Quando saímos de Padrón
tomamos café num recinto, cujo proprietário tem a tradição de tiras fotos dos
peregrinos. Então, a nossa talvez esteja atachada numa das paredes daquele
estabelecimento. Na chegada a Santiago, sempre à frente, parou num bar, pediu
uma cerveja e ficou a me esperar para brindarmos a conquista. O percurso entre
a cerveja, na entrada da cidade, e a Compostela, já na Oficina do Peregrino, me
pareceu durar uma eternidade de tanta dor que sentia nos calcanhares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Em
Santiago, jantamos com os amigos Nuno e Helena. Compramos lembrancinhas para
familiares e amigos. Voltamos para Lisboa de ônibus na sexta-feira santa dia
3.4.2015. Pegamos voos TAP/TAM de volta para Manaus, via São Paulo, no sábado
dia 4/5.4.20015. Em Lisboa, onde pernoitamos, no IBIS Centro Saldanha, de 3
para 4.4.2015, ainda deu tempo para passear novamente de teleférico e revisitar
o aquário gigante, representando a vida dos oceanos deste planeta, no Parque
Vasco da Gama. Já havia desfrutado desse programa com a ricafilha Carolina,
numa oportunidade passada, em 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Em
Santiago de Compostela, conseguimos a emissão da Compostela, na Oficina do
Peregrino, somente possível quando a credencial está repleta de carimbos
atestando o caminho peregrinado. A pé, de pelo menos 100 km. Também nesse
posto, o carimbo na credencial foi mais uma vez efetuado. Lá, em Santiago de
Compostela, fiz a doação, para uma senhora pedinte sentada numa das portas
Catedral, da bota, do tapete térmico e dos dois cajados. A doação foi um
pequeno símbolo de gratidão ao Universo pela oportunidade concedida de realizar
a peregrinação. Na Catedral, não foi possível assistir à missa tradicional
dedicada aos peregrinos com a cerimônia de incensação por meio de um sistema de
cordas fixas no teto com turíbulo gigante como sempre celebrada ao meio dia,
pois era quinta-feira santa. Mas assistimos, eu e o Mesquita, uma missa
alternativa à data representativa do momento de crucificação/morte de Jesus
Cristo, na qual o sermão foi centrado nos dez mandamentos, ditados no Antigo Testamento
e sintetizados por JC nos Evangelhos de Mateus e de João, portanto,
apresentando e discutindo a perspectiva de uma vida lastreada pelo aprendizado
espiritual de “amar ao próximo como a si mesmo e a Deus acima de todas as
coisas” frente à missão terrena de cada qual. Ainda na Catedral, abracei, como
recomenda o protocolo de fé do peregrino, Santiago pelas costas, ao mesmo
tampo, fazendo três pedidos, para que um seja concedido. À Catedral voltei mais
uma vez na manhã de sexta-feira, dia 3.5.15, antes de pegar o ônibus para
Lisboa, para, de novo, agradecer, agora em forma de oração, à conspiração
favorável do Universo, que oportunizou a peregrinação e o seu sucesso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Santiago
de Compostela tem uma urbanidade tipicamente medieval. Suas edificações no
entorno da Catedral possuem fachadas e calçadas de pedra lascada em tonalidades
verde-cinzentas escuras, gastas pelo tempo. Suas ruas são estreitas e
labirínticas; nelas me perdi quando retornei da compra de um par de sandálias
alpercatas, para viabilizar a doação das botas e ainda facilitar a cura das
bolhas que ainda incomodavam. Esse centro acomoda serviços de hotelaria,
gastronomia, bares, de comércio, etc. Nos hospedamos no mesmo hotel onde
estavam Nuno e Helena. Pernoitamos do dia 1 para 2.4.2015 e de 2 para 3.4.2015.
No Hostal St. Cruz recebemos mais um carimbo na credencial do peregrino.
Jantamos com Nuno e Helena, para celebrar o momento, no Restaurante Ribadavia,
próximo ao hotel, onde também recebemos mais um carimbo no passaporte de
peregrino. Aliás, somente a partir de Tuí passamos a pedir carimbos em
lanchonetes e restaurantes, por recomendação de dois peregrinos que faziam o
caminho desde O Porto de bicicleta. De tal sorte, que as nossas credenciais
ficaram quase todas preenchidas, demonstrando literalmente nossa epopeia
peregrina. Uma dessas foi especial: na Pastelaria Acunã, em Arcade, Soutomaior,
entre Redondela e Pontevedra, de propriedade de casal de brasileiros baianos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">As
caminhadas eram para mim subdivididas em três grandes momentos. Duravam, em
média, entre 6 e 7 horas, de porta a porta, considerando as paradas para
descanso, incluso fotografar e comer alguma coisinha. Ou seja, saíamos em torno
das 9 h e chegávamos às 16 h. As duas primeiras horas eram de alegria. Alegria
por estar peregrinando. Por estar na trilha. No caminho. O segundo momento era
de reflexão e de contemplação. Mantrava, mantrava e mantrava: nesse momento
mergulhava para o interior em busca do autoconhecimento. Finalmente, a última
etapa era de cansaço, até mesmo de exaustão. Do desejo de chegar, tomar um
banho, fazer as necessárias aplicações de gelo nos calcanhares – Mesquita
cuidava do joelho esquerdo -, comer, descansar e dormir. Neste sentido, sempre
procurávamos nos recolher cedo; nos albergues as luzes desligavam às 22:00h, à
exceção do de Redondela, onde os jovens foram até às 23:00h conversando e rindo
como que em estado de graça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Mesmo que
o peregrino Mesquita fosse sempre à frente, por sua condição física de melhor
qualidade, estávamos sempre juntos. Conversávamos. Discutíamos. Mas estávamos
sempre convergindo para e em comunhão com o momento precioso e auspicioso que
vivíamos. Aprendemos muito um com o outro e aprofundamos nossa amizade, selada
na Ponte Rio Negro, durante os treinos preparativos, de que não haveria
frescura entre nós, de que procuraríamos ser honestos e verdadeiros um com o
outro. Esse selo foi importante para vencer com alegria e prazer os momentos de
dificuldades que advieram durante a caminhada em comum. O fato de ir à frente
registre-se, era um motivador para que eu vencesse a distância e o cansaço,
pois sempre vinha com o chamado: “Vamos peregrino! Vamos peregrino! Vamos
peregrino!”. A minha preparação foi de dois meses, da segunda quinzena de
janeiro de 2015 a primeira quinzena de março de 2015, e ficou a cargo do
professor de educação física Saulo. Foi dimensionada em duas partes, aeróbica e
muscular, três vezes por semana. Programação cumprida integralmente. Não faltou
fôlego, mas sobrou dores nas articulações, especialmente nas dos calcanhares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">As setas,
na maioria das vezes na cor amarela, que passamos a seguir desde o segundo
trecho estabelecem uma forte associação com os sinais que a vida nos oferece.
Às vezes fortes e claras, às vezes tênues e sutis, e até mesmo ausentes, mas
subliminarmente sempre presentes. Estávamos sempre à procura delas para evitar
o descaminho e o erro, o que faria perder tempo e aumentar a distância e o
cansaço até o próximo albergue. Hora com a razão; ora com a intuição. Como
acontece na vida. Exatamente igual. De forma equivalente, podemos fazer
analogia com as pedras encontradas nas trilhas da peregrinação em comparação
com os obstáculos que enfrentamos na vida, isto é, devemos desviar delas, para
evitar tropeços. Sem apego nas vitórias. Sem aversão nas derrotas. O somatório
delas aponta para a nossa experiência, pois são elas que nos fazem avançar na
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Na vida
devemos cumprir uma dada missão, expressos por compromissos seculares. Profanidade.
Contudo, sem perder de vista a perspectiva divina. Espiritualidade. Isso para
quem adota essas duas vertentes existenciais, pois às vezes os humanos não se
dão nem conta da existência secular quanto mais de uma existência espiritual.
Há um forte simbolismo no chegar à Santiago de Compostela. A ideia, segundo meu
entendimento, é cumprir a missão, o caminho em si mesmo, em vista da evolução
e, sobretudo, da liberação do espírito. Ou seja, chegar à Compostela representa
a realização espiritual. Simbolicamente falando, claríssimo, pois o caminho é
longo e árduo. Idealmente, podemos nos dar conta de que já somos ilimitados e
plenos; livres e imortais. Mas essa é outra conversa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">De
qualquer sorte, essa simbologia estabelece uma sinergia positiva com os
conceitos hindu-budista do <i>karma</i> e do
<i>Dharma</i>. Ou seja, precisamos realizar
ações no contexto da existência enquanto terráqueos, mas precisamos ao mesmo
tempo realiza-las mirando a ordem cósmica. É o que podemos aceitar como
significados dos conceitos institucionalizados no contexto cultural e espiritual
do Caminho até Santiago de Compostela: <i>ultreya</i>
e <i>sustreya</i>: vá em frente; vise o
alto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Finalmente,
gostaria de registrar minha motivação pessoal, subdividida em duas, para fazer
a peregrinação até Santiago de Compostela. Foi numa homenagem à minha origem
cristã. Meus pais seguiram à sua maneira o cristianismo. Meu pai, Sebastião,
foi espírita praticante, seguindo o Evangelho Segundo o Espiritismo por mais de
50 anos. Minha mãe, Maria Eliza, devota de Nossa Senhora a vida inteira,
rezava, diariamente, o terço católico. Então, nasci e me criei num lar
espiritualizado sob a ordem cristiana. Ainda que tenha me dado conta desta
perspectiva existencial somente aos 46 anos, adoto a espiritualidade do Yoga
lastreado pelo Vedanta como prática e caminho espiritual já por 10 anos.
Entendo, portanto, que, assim como na peregrinação até Santiago de Compostela,
como dizem os peregrinos, todos os caminhos levam à Catedral, todas as
espiritualidades conduzem ao Brahman dos hindus, ao Deus dos cristãos, ao Javé
dos judeus, ao Vazio Luminoso dos budistas e ao Alá dos mulçumanos, que
ontologicamente são os mesmos e um só. Assim, para além dos dogmas religiosos,
buscando as convergências entre as doutrinas e espiritualidades conexas, poderemos
visualizar o portal para o amor e a compaixão entre os homens. Essa primeira
motivação foi de ordem sagrada, digamos assim. A segunda foi de ordem profana,
na medida em que estabeleci o desafio para enfrentar a condição de
coronariopata desta forma ordinária, assim como foi quando decidi subir a Pedra
Bonita e o morro Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, em novembro da 2014, como
parte da preparação para a peregrinação, junto com o Mesquita e o Paulo José,
sob a liderança do guia Felipe, de Niterói. A ideia não é desafiar a morte, mas
viver intensamente a vida, dentro do possível, com programação e prudência. O
próximo sarrafo será subir o Monte Roraima, na tríplice fronteira
Brasil/Venezuela/Guiana. Junto à estatística da Oficina do Peregrino consignei
igualmente duas motivações: uma de ordem desportiva/cultural; outra espiritual,
descartando a religiosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Um barato
total! Parece paradoxal um programa que gera algum sofrimento e sobretudo
muitas dores oportunizar alegria, contentamento e mesmo sabedoria. Mas é
verdade! Acredite! Custo da brincadeira? Quase irrisório frente aos benefícios.
Tudo em 3, 4, 5 e até mesmo 6 vezes, como as passagens, à exceção do dinheiro
levado em mãos. Vale a pena! Recomendo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Anexo 1:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Calibri;">“Licença ao Poeta”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Calibri;">(Pedra no caminho… de Compostela)<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Calibri;"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Calibri;"> (J.
Lúcio S. Pereira)<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">“No meio do caminho<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Tinha uma pedra”<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Assim anuncia<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">O poeta!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">E eu,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Que não sou versador<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Já licença peço <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">E<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Digo <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Que havia<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">No meio do caminho<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Uma pedra…<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">De Compostela!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">E o que mais <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Poderia eu querer<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Se no meio <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">De tantas pedras<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Em meu caminho<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Lá estava ela<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Límpida, pura, enigmática!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Assim era<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Pois,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">A pedra<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Que estava <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">No meio de meu caminho…<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 11.0pt;">Pedra de Compostela!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="Padro" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Anexo 2:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A tralha
foi composta de:<o:p></o:p></span></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; margin-left: 36.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Mochila 50 + 10 litros;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Saco de dormir;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Toalha grande superabsorvente;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Toalha pequena superabsorvente;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Tapete antitérmico;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">6.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Sistema de hidratação de 3
litros;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">7.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 cajados;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">8.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Relógio de pulso;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">9.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">10 sacos plásticos pequenos;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">10.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 par de botas;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">11.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 par de sandálias;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">12.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 pares de meias grossas;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">13.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 pares de meia finas;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">14.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 par de meia de compressão;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">15.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">3 cuecas de compressão de poliamida;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">16.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 calças-bermudas tectel;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">17.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 ceroula de compressão de
poliamida (comprada em O Porriño);<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">18.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 chapéu comum (comprado em
Padrón);<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">19.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 cinto de tecido (ganhado de
presente no caminho);<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">20.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 camisas segunda pele de manga
longa;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">21.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">2 camisas tectel de manga longa;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">22.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 casaco fleece;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">23.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 casaco para chuva e vento;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">24.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Chapéu com abas de proteção
contra o sol (perdido no caminho);<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">25.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Telefone celular;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">26.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Carregador de energia;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">27.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Lanterna pequena;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">28.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Fone de ouvido;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">29.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Apito;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">30.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">5 metros de fio de nylon;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">31.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Cachecol;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">32.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 par de luvas (não usada);<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">33.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Óculos escuros;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">34.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Apetrechos de higiene pessoal
(escova de dente; pasta de dentes; sabonete/sapão; manteiga de cacau);<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">35.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Documentos de identidade; cartão
de crédito e dinheiro;<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">36.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1 bolsa self money;<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">37.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Remédios e curativos e
preventivos para bolhas (parte comum);<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 207.1pt;" valign="top" width="276">
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">38.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">10 cachês de carbo-hidratos.<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A mochila
ficou pelo menos 1 kg mais pesada do que deveria, considerando o meu peso. Sai
de Manaus com 9kg e 200 gramas. Idealmente, deveria ter ido com no máximo 8 kg,
frente aos meus 75 kg. Mas não larguei apetrechos pelo caminho, assumindo
integralmente a decisão do que levar. Ela certamente voltou mais leve, pois só
os 10 cachês pesavam cerca de 800 gramas. Esse carbo-hidrato era o meu primeiro
“almoço”, idealizado pela Cristina, minha esposa. O peso inicial certamente
contribuiu para as dores e o cansaço, além do próprio desafio de caminhar cerca
de 20 km por dia, para cumprir o total de 180 km em 9 dias. Mas valeu a
experiência. Talvez tirasse 2 ou 3 itens não essenciais para trilhas
equivalentes. Mas também poderia repetir a dosagem sem problema. Finalmente,
faço alguns registros importantes: o sistema de hidratação, apesar de ter me
dado problema molhando roupas, pois estava danificado, vazando, é
superinteressante, pois permite beber água facilmente; as botas de aventura
foram enquadradas como inadequadas, sendo recomendadas mesmo as especializadas
de trilhas; o tapete térmico, mesmo não tendo sido utilizado para suprir falta
de colchões para dormir, serviu para a prática de Yoga e meditação; e, os dois
cajados foram de extrema valia, especialmente nas subidas, alavancando o
deslocamento, e nas descidas, protegendo os joelhos. Mesmo no plano serviam de
apoio, especialmente quando os calcanhares começavam a doer no último terço da
caminhada diária.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A tralha,
em sua maior parte, foi comprada com pela </span><a href="http://www.amazon.com/"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">www.amazon.com</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"> com a ajuda do genro Germano e da
ricafilha Carolina. Outra parte foi comprada por mim em Orlando e em Manaus.
Dois itens o amigo Mesquita trouxe de São Paulo. Apenas um item comprei por
site nacional. A bota, seminova, de aventura, já era minha companheira de
outras viagens de férias. O protetor solar, parte comum, foi na mochila do
peregrino Mesquita.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-27897005162135933902014-06-15T11:08:00.001-04:002014-06-15T11:08:46.900-04:00APOSENTADORIA VERSUS RESERVA
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">A
caminho da aposentadoria: já na reserva<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esta crônica tem como
objetivo registrar historicamente a grande tendência da minha profissionalidade
no chão institucional. Ela cobrirá o período de março de 2013 até agora, maio
de 2014.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Após atuar por quase
uma década na assessoria de planejamento, opinando ativamente na idealização de
nossos planos estratégicos, fui exilado por 45 dias na biblioteca, entre março
e abril de 2013, aguardando uma posição administrativa, aguardando a definição
de um novo posto de trabalho. Hoje, imagino que essa inércia administrativa
tenha sido motivada pelo desejo do gestor, um dos representantes do PT na atual
administração, de me manter naquela assessoria, porém sem a remuneração
usufruída entre 2004/2013. É a única justificativa que encontro para tal
constrangimento, pois que resisti a essa possibilidade com todas as minhas
forças. Somente um sábio, dotado de humildade, se submeteria a essa situação,
de continuar na mesma mesa, realizando a mesma tarefa sem a regular
gratificação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nesse primeiro momento,
foi negada a possibilidade de atuar como engenheiro civil, tanto no setor de
engenharia, propriamente dito, quanto na Auditoria, fiscalizando obras e serviços.
Na medida em que o constrangimento foi ficando desfavorável para a minha saúde
psicossocial, passei a registrar os fatos por meio de memorandos, o que deve
ter contribuído para minha ida para a assessoria de administração, sem
remuneração apropriada, conforme praxe do sistema de cargos de confiança. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nesse espaço do chão
institucional, substitui 3 assessores que mantinham o apoio ao gabinete da
função administração, devolvidos à Contratada após o encerramento do contrato
de assessoramento superior. Apesar de ter pedido para sair, pois entendia
inaceitável assumir responsabilidades específicas sem a devida remuneração de
assessor, fui ficando para não demonstrar intransigência. Na realidade, percebi
o quanto a substituta de plantão precisava de ajuda. Até porque, ao que tudo
parece, fora essa colega do chão institucional que me aceitara. Penso que dei
conta do recado, ainda que tenha incomodado a sistemática estabelecida na
gestão de contratos, na medida em que recebi, quando da troca de comando em
março passado, um gelo antártico, que me levou a buscar um novo espaço no chão
institucional. Esse gelo, de quase 30 dias, na realidade, foi sistemático ao
longo do período desta crônica, em toda substituição provisória de comando.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Além de ter dado
vazão em tempo hábil de todos os processos administrativos nos quais era
demandado um encaminhamento, passei a fazer, de plano e de pronto, apontamentos
sobre alguns procedimentos diretivos, os quais não foram bem aceitos. Registro
abaixo 3 deles que julgo dos mais importantes:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">a)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Adoção
do poder de compra da Suframa como ferramenta de política industrial em prol do
autodesenvolvimento via amazonidades;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">b)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Potencialização
da adoção do conceito de sustentabilidade junto aos Termos de Referência;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 8pt 36pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">c)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Adoção
das orientações estratégicas do governo federal estruturadas com base nos
estudos do TCU para uma solução definitiva dos serviços de TI.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os apontamentos eram
passados em rede com as autoridades constituídas da SAD, da Audit, da Comissão de
Licitação e da própria autoridade discricionária do chão institucional.
Raríssimas vezes foram sequer respondidos, quanto mais discutidos. Pelos menos
não em minha presença. Por isso mesmo entendo que não houve rejeição muito
menos adoção. Mas até pode estar fazendo parte, um ou outro tópico, de plano de
trabalho da Audit, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esses apontamentos
também abordaram procedimentos operacionais, quais:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">a)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Redução
do volume de cópias na abertura de processos com grande número de volumes via a
vis adoção de dossiê dos fatos legais que importam na gestão do contrato;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">b)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Demanda
por empenhos em valores compatíveis com o total contratado frente ao uso
otimizado do crédito orçamentário evitando cancelamentos anuais de monta;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">c)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Revisão
dos procedimentos de consultas de preços e de recebimento parcial do objeto para
a renovação contratual;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 8pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">d)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Atenção
rigorosa com os prazos de vencimentos dos contratos e elaboração em tempo hábil
dos Termos de Referência. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esses apontamentos
envolveram, seguramente, considerando réplicas e tréplicas, a emissão de cerca
de 50 e-mails. Alguns deles, inclusive, apontavam questões de ordem pedagógica,
pois que sintetizei todas as palestras que ouvi de uma única oportunidade de
treinamento que tive nesse período, ao participar do Fórum Nacional de
Licitações & Contratos: reflexões sobre os 20 anos da Lei nº 8.666/93, realizado
nos dias 20 e 21 de junho de 2013, no Blue Tree Premium Manaus. Nesse quesito,
fui além, comprando, logo que sentei na mesa de trabalho da assessoria da SAD,
e lendo, por conta própria, o livro Licitação no Brasil, de André Rosilho, pois
meu conhecimento na temática se resumia a experiência como professor substituto
da UFAM, entre 1990/1991, quando ministrei a disciplina Orçamento Público um
único semestre, além de um seminário como estudante de administração sobre
Contratos Administrativos, contando crédito optativo, realizado entre 6 e
10.06.1983. Ressalte-se, ademais, que ambas as oportunidades se deram sob marco
regulatório anterior ao atual. Como gosto de estudar, sugeri aos pares os
seguintes textos, resultados de trabalhos científicos e de palestras
governamentais, mapeados na grande rede, além do de Rosilho:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">a)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O
combate ao desperdício no gasto público de Alexandre Ribeiro Motta;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">b)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Política
de Compras e Contratações de Ciro Campos Christo Fernandes;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 8pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Narrow"; mso-fareast-font-family: "Arial Narrow";"><span style="mso-list: Ignore;">c)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Licitações
Públicas Sustentáveis e Novo Paradigma das Compras Governamentais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Mas toda essa postura
crítica e questionadora, mas igualmente desafiadora e propositiva, gerou represália
administrativa, na medida em que recebi um gelo antártico, conforme já disse, o
qual me levou a pedir da administração, em março/abril passados, um outro
espaço para trabalhar no chão institucional. E aí reside, nesse segundo momento,
a primeira parte de outro constrangimento, que se soma ao dos 45 dias passados
na biblioteca, exilado. Continuarei explicando.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Antes porém devo
registrar que o próprio Superintendente me encaminhou para a Adjunta de
Projetos, oferta que declinei, apesar de ter sido bem recebido pelo seu gestor,
em função de que lá trabalha minha esposa. Em seguida, me foi negado, por uma
colega do chão institucional, trabalhar no setor de estudos empresarias e
econômicos, sob o argumento da preferência por economistas, os quais estão
entrando por força do concurso realizado. Mente nova, sem vícios, ou defesa
contra questionamentos e críticas? Sabe-se lá! Finalmente, abriu-se a oportunidade
de atuar como recepcionador e autenticador de documentação relativa ao ingresso
e internamento de mercadorias nacionais na ZFM. É aqui que está a segunda etapa
do segundo constrangimento. E por dois motivos. O primeiro porque observa-se
fragrante inobservância da gestão do conhecimento, quando a organização deixa
de observar um melhor arranjo do capital humano disponível para a formatação do
seu capital intelectual frente aos seus desafios estratégicos, que por sinal
viraram, definitivamente, letra morta. O segundo porque a atividade é mecânica
e repetitiva, sem nenhum cunho crítico ou reflexivo. Não há dúvida que todo
trabalho deve ser honrado, mas somente os sábios aceitam, de bom grado, um
declínio tão intenso. Isso sem falar que o colega responsável pelo setor me
pediu para dar uma força no protocolo, numa experiência sem igual.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Essa situação passou
a ser, além de constrangedora, nociva para a condição de coronariopata desta
forma ordinária. Após consulta médica, obtive laudo atestando para uma necessária
segurança de saúde, que implica em evitar atividades com stress elevado e/ou
ambiente sociolaboral nocivo. Esse encaminhamento oportunizou minha liberação
para o RH, com a mesma boa vontade com que fui recepcionado no setor de
controle de mercadorias. Claro.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Todavia, registro que
em apenas poucos dias de trabalho pude observar e comentar com os gestores
desse setor que a sistemática de controle é, na minha opinião, draconiana e
jurássica. Draconiana porque adota conceitos adicionais ao sistema nacional,
quais Manifesto Suframa e PIN. Jurássica porque gera um volume diário enorme de
papel. Penso que o controle poderia ser feito apenas pela eNF e pelo Manifesto
de Carga via extranet. Tudo arquivado nas nuvens, com um contador simples verde
e vermelho. Dependendo da força de trabalho disponível, a fiscalização
presencial seria direcionada para cada registro vermelho.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Essa visão, claro,
mereceu rebatimento dos pares, que eivados de orgulho, argumentaram que esta
forma ordinária não conhecia a sistemática. É verdade. Mas é verdade também que
num processo de criação mais vale uma visão desacostumada do que pré-conceitos
consolidados em anos de um processo evolutivo. Não há dúvidas que o Manifesto
Suframa e o PIN foram uma inovação organizacional no passado. Mas o cenário
hoje está diferente. Além de maiores facilidades tecnológicas, a Suframa está
condenada à condição de descartável, pois que com o movimento grevista, por
pouco, sua institucionalidade não restou definitivamente maculada. Assim seria
importante rever essa sistemática, estabelecendo parceria complementar em nível
de competência legal junto à ZFM, além dos convênios já existentes, tanto com o
tesouro nacional, quanto com os tesouros estaduais, socializando a
responsabilidade institucional da Suframa. Imaginem a Suframa fazendo esse
controle, o atual, por 50 anos, reproduzindo a cultura cartorial e burocrática
histórica do Estado brasileiro!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Na esteira da integração
da ZFM ao sistema tributário nacional, pode-se admitir até mesmo a aprovação de
projetos industrias mediante carta proposta da firma interessada em se
implantar no PIM endereçada à RFB, afiançando o compromisso de cumprimento do
PPB e informando valores de investimentos, custos e faturamento associados à
estrutura de produção dimensionada. O SISCOMEX, salvo engano, já passa pelo crivo
do tesouro nacional. Algo muito semelhante deve estar normatizado junto à Lei
de Informática em nível nacional, isto é, sem a institucionalidade da Suframa.
O Distrito Agropecuário da Suframa, recentemente, quase passou para o domínio e
competência do Estado do Amazonas. Faltou pouco, não fora o argumento federal
quanto ao estabelecido no Decreto-Lei 288/67, que pode, em última instância,
ser reformado ou revogado. Afinal, tudo em manifestação é transitório. Vejam o
setor comercial, ao estilo década de 70 e 80 do século passado, natimorto mesmo
com a ZFM em vigor. Nos próximos 50 anos a Suframa será extinta, seus
servidores distribuídos para outros órgãos do governo federal e a ZFM
perenizada. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Antes de terminar a
crônica, já que me aproximo da data atual, devo dizer algumas palavras que
motivaram o título. Objetivamente, perdi o jogo no chão institucional. Ao
construir uma ideologia própria, fiquei impregnado de orgulho, veneno que
destrói qualquer aspiração espiritual. Fui incapaz de manter um relacionamento
entre pares, tentando construir uma unidade de pensamento na diversidade de
ideias. Claro, os pares têm meia culpa, pois me isolaram. Houve, em verdade, um
conflito lá atrás, quando estava em franca ascensão profissional, que envolveu
minha resistência cognitiva com a ferramenta de política industrial centrada em
incentivos fiscais, quando adotada de forma perene, como sugere estar condenada
Manaus em seu processo de industrialização. Foi um conflito, que teve seu
desfecho em 2004, no início da administração passada, que não está aqui em
tela, quando perdi a oportunidade de estar próximo às decisões estratégicas. Na
realidade foram dois. O outro, da mesma época, dizer respeito ao enfrentamento
de uma posição de um decano formador de opinião no chão institucional, frente
aos roubos de cobre das linhas de transmissão do Distrito Industrial. Um dos
mais competentes guardiões da lógica do modelo ZFM, diga-se de passagem. Então,
a turma diretora do chão institucional deve ter vaticinado: “esse cara está
colocando as unhas de fora; vamos cortar a curica dele”. Pode ter sido
coincidência, mas, após esse incidente, fui preterido de assumir a diretoria de
Gestão Tecnológica, unidade administrativa cuja criação defendi e cujas
competências trouxe à baila para discussão na reforma organizacional de 2003. Ambos,
não estão em relatoria, mas têm, por motivos óbvios, conexões com esta crônica.
É que esses dois conflitos, especialmente o vinculado ao Decreto-Lei 288/67 e
suas derivações junto às ALCs, combinado com o fato de que fui voto ideológico
do PT, determinou, acredito, meu isolamento no chão institucional
historicamente à direita e receoso com o que poderia acontecer com a ZFM na administração
Lula. Tão vitorioso foi o esforço, que a elite local até agora conseguiu
resistir o assédio petista ao cargo máximo. Mas isso está cada vez mais
próximo, à espreita. Basta não haver alternância de poder na República, nas
próximas eleições. Por oportuno, registro que meu atual ceticismo frente ao
lulapetismo não decorre da situação individual, mas do descalabro na
coisa-pública associado ao aprofundamento da corrupção neste país e ao projeto
de poder estruturado na partidarização do instituto do Estado de Direito
democrático.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Retornando à crônica
em si. Apesar de remunerado com cargo de confiança, fui isolado das discussões
cotidianas na função planejamento, por ciúme ou por prudência, na medida em que
meus pares se sentiam superiores para jogar o “complexo” jogo da Suframa e da
ZFM. Dizem que no serviço público a estratégia é manter os inimigos por perto.
E assim foi. Covardemente aceitei essa posição, pois mantinha a oportunidade de
opinar em momentos de inflexão, quais de definição dos Planos Estratégicos. Além
disso, mantinha uma gratificação extra. Por que não? Afinal, é o que quase
todos fazem, aderindo ao pensamento único via postura do politicamente correto.
Outros tantos, acreditam, pia e absolutamente, que o Modelo ZFM alberga o
desenvolvimento, industrialmente falando. Em última análise, tudo depende de
consciência e conhecimento. Não obstante, quanto a minha concepção, não há
recuo, não tem retorno. Não que determinado entendimento seja melhor do que
outro. Mas que, certamente, cotejam e ensejam diretrizes e estratégias
alternativas e libertadoras. Foi assim quando defendi a incorporação da função
empreendedorismo científico-tecnológico (2010), após adoção do conceito de
Sistema Local de Inovação (2003), vetores indispensáveis para o
autodesenvolvimento, lógica da ideologia que adota a ZFM como um Projeto, e não
como um Modelo. Ideário que visa focar a emergência de firmas locais. Em 2008,
quando elaborei e socializei a síntese-reflexão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Raciocinando por fora do pensamento único: evidências subjetivas de uma
esquizofrenia histórica</b>, um amigo comentou, peremptoriamente: “Botelho,
Manaus continuará esquizofrênica”. É o que realmente me parece a necessidade
continuada de prorrogar o Projeto ZFM, sem a construção efetiva de uma solução
vertida ao autodesenvolvimento. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Aproveitei a
oportunidade, para publicar, em 2006, a segunda edição do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Redesenhando o Projeto ZFM: um estado de alerta (uma década depois)</b>.
Sem falar que tive, ainda, a oportunidade de ler e escrever alguma coisa
convergente à ideologia que construí. Então, aproveitei para ler toda a coleção
Clássicos da Inovação, da Editora Unicamp. Nesse compasso, em 2010 e 2011,
publiquei, respectivamente, com minha aproximação aos conceitos de especialistas
do Sistema Global de Inovação, centrados nos do próprio profeta da inovação, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sínteses & Reflexões em prol das
amazonidades como ideário de desenvolvimento</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pequeno Ensaio em Prol da Construção de um Capitalismo Amazônico a
partir de Manaus</b>. Foi a fórmula encontrada para contribuir indiretamente
para a discussão, que acredito Manaus deverá aprofundar, se desejar um
autodesenvolvimento minimamente autônomo e interdependente. Sem dúvida,
retribui à sociedade, a remuneração extra auferida no período 2004/2013.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Espero que tenha
ficado claro que as dificuldades atuais decorrem da rejeição do chão
institucional à ideologia e, sobretudo, ao orgulho desta forma ordinária, a
qual teve início em 2004. Hoje, aquela situação se alia os fatos correntes de
que a autoridade discricionária deve ter responsabilidade técnica de promover a
melhor gestão do conhecimento, além do que, evidentemente, deve ter
responsabilidade social, intervindo diretamente para evitar constrangimentos sociolaborais
impostos aos servidores. Na realidade, a autoridade discricionária parece estar
acuada, refém das relações de poder no chão institucional, transferindo
posições e responsabilidades à institucionalidade. Em tese, essa lógica é
interessante, pois nega a tradição presidencialista do chão institucional. Por
isso, é importante estar interagindo e se articulando, em avanços e recuos na
construção e manutenção de espaços. Mas, como disse acima, minha concepção da
ZFM como meio para o autodesenvolvimento é absoluta. Inegociável. Serei fiel à
ela enquanto valor até o final de minha existência, ou até se instalar a
condição senil nesta forma ordinária. Assim, do ponto de vista objetivo, em
2004, cortaram a minha curica; em 2013, me escalaram para a reserva. É o que
essa crônica tenta historicizar, a partir da visão deste cronista.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Apesar de que as
coisas podem politicamente mudar, é muito improvável que haja uma consciência
de que a ZFM seja entendida e adotada como um projeto e não um modelo. Na
realidade, com a sua prorrogação por tempo maior do que o de sua existência até
aqui, aponta para a possibilidade dela ser adotada como definitivamente
aderente ao sistema tributário nacional, por meio de parametrizações, algumas
delas já sinalizadas acima. Por isso é que entendo que a combinação da reserva atual
com a aposentadoria próxima constituem duas variáveis inexoráveis. E elas
deveriam ser aceitas de bom grado, do ponto de vista da prática espiritual. A
aposentadoria se dará daqui a 3 anos. A reserva, porque passo a atuar fora da
formação e, sobretudo, da experiência e do conhecimento acumulados. Mas o ego,
orgulhoso, continua a reclamar por mais e mais. Vamos ver o que rola!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Assim, o chão
institucional abre nova oportunidade para este servidor ativo do Estado
brasileiro, servindo a 30 anos no Projeto ZFM, especificamente na Suframa.
Exatamente na Corregedoria, como técnico. Nessa unidade administrativa em
formação, pelo menos, deverei contribuir lendo, refletindo e escrevendo, ao
invés de simplesmente apontar um leitor ótico para um código de barras. Vamos
ver o desenrolar e os desdobramentos dessa nova função, a qual deverá ser
impregnada de prudência, muita prudência, segundo orientação de um amigo
institucional. Espero, ainda assim, cumpri-la com a mesma determinação com que
cumpri, por exemplo, a função de diretor de planejamento, quando ajudei
ativamente a implantar um Sistema de Planejamento, à época inexistente no chão
institucional. As críticas e proposições deverão continuar a fazer parte dessa
nova atuação. Fazem parte da natureza egóica desta forma ordinária, longe de
ser um sábio.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">É importante que se
registre, que essa oportunidade veio depois que me foi negado ir para o CBA,
após convite da sua atual gestora administrativa-financeira, formulado e
indeferido enquanto estive no setor de controle de mercadorias por uma quinzena.
Teria sido uma boa oportunidade de tentar colocar em prática todo o volume de
leitura que fiz na última década sobre desenvolvimento tecnológico, combinada
com a Política Industrial e Inovação Tecnológica, disciplina que ministrei no
CESF por 7 anos, entre 2001 e 2007. Mas, a Suframa não observa a gestão do
conhecimento, como disse acima. Pelo menos a partir do ponto de vista deste
cronista. Essa negação tem a ver, segundo minha avaliação, com a decisão de não
permanecer na função planejamento. Mas isso, a história trará melhor
entendimento depois que nos afastarmos dos fatos em curso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Essa crônica é em
homenagem a um amigo, que mantenho anônimo. Ao saber das minhas dificuldades no
chão institucional, numa conversa na Saraiva, do Manauara, me disse,
afirmativamente: “Botelho, continue escrevendo, pois suas reflexões são válidas
e verdadeiras! ”. Na realidade, não sei se vale mais a pena. Do ponto de vista
do chão institucional, talvez tenhamos perdido a oportunidade de construir uma virtuosidade
entre a TSA e os Planos Estratégicos, para irmos além do Decreto-Lei 288/67. E
esse era o meu mote. Sem recursos, nada se faz! Sem falar no esvaziamento
político da instituição Suframa, do projeto ZFM. Na realidade, diga-se de
passagem, esse esvaziamento começou quando a Suframa perdeu sua autonomia
financeira, e não só a partir de agora, com a atual administração, a qual,
contudo, promove seu aprofundamento, segundo a visão deste cronista. Certamente,
porém, poderia continuar fazendo reflexões, num outro prisma, sob uma outra
ótica. Vamos aguardar inspiração e motivação. A ideia é aquietar a mente,
perspectiva difícil, mas não impossível.<o:p></o:p></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-13058193422879102592014-04-06T12:44:00.004-04:002014-04-06T12:44:57.039-04:00REGISTROS HISTÓRICOS SOBRE A GREVE NA SUFRAMA: CRÔNICA FINAL<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em
busca de um herói: alguns registros históricos finais<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Falamos da greve na
Suframa, cuja cena final ocorreu dia 4.4.14, com o encerramento do movimento ao
som do Hino Nacional. Escutei, emocionado, da mesa que ocupo na assessoria
técnica da Adjunta de Administração. Esta é a terceira de uma série de três
crônicas, que devem ser lidas em conjunto, para que a noção histórica seja plena,
a partir da visão deste cronista. A Suframa volta a plena carga em 7.4.13.
Poderia já ter voltado. É isso que defenderei. Explicarei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Após a votação
realizada no dia 24.3.14, quando o Superintendente tentou, mas não conseguiu,
reverter a situação, de paralização ao trabalho, as ameaças veladas de corte de
ponto anunciadas no discurso foram implementadas, conforme imaginei na segunda
crônica desta série. Nos dias que se seguiram, houve uma visível aflição no
chão institucional e especialmente no QG da greve, pois isso mexeria nos bolsos
daqueles que mantinham vivo o movimento. Alguns colegas voltaram,
sorrateiramente, ao trabalho antes mesmo do acordo e decisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Antes de registrar os
mecanismos administrativos e judiciais sobre a questão das faltas vis a vis dos
salários, desejo mesmo destacar que a Suframa poderia ter voltada ao trabalho
pleno já em 25.3.14. Numa comunicação interna, via e-mail, de 26.3.14, das
10:03h, o Superintendente ratificava sua fala de 24.4.14, escrevendo que sua
posição frente ao governo federal admitia “não uma proposta para ser discutida,
mas para ser aplicada a partir de 2015, e que esse compromisso era bastante
para a suspensão da greve. Que com essa manifestação passaríamos a construção
da solução. Essa proposta foi levada ao MDIC e FOI ACEITA!”. Caixa alta e
exclamação de responsabilidade do próprio Superintendente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A galerinha
prontamente respondeu a essa manifestação do Superintendente, entendida como
uma provocação, quando veio à tona acusações de inverdades ditas e não ditas.
Disse me disse à parte, o importante é reconhecer que naquele momento, 26.3.14,
o discurso por parte dos grevistas era duro: “Servidores, percebemos que com a
divulgação de inverdades e o amedrontamento dos servidores, a gestão da Suframa
tenta nos fazer desistir de nossa greve. No entanto, nós permaneceremos em
GREVE até que o governo federal atenda as nossas reinvindicações. Junto somos
invencíveis!”. Caixa alta de responsabilidade do Sindicato. Realmente, o
Superintendente foi inábil na construção de uma agenda aonde se percebesse
eventos concatenados numa cronologia espaço-tempo factível, relativamente à
realização de uma dada vídeo conferência entre Manaus e Brasília em torno da
construção do documento que selaria o acordo de finalização do processo
grevista. Contudo, não podemos negar que a proposta defendida pelo
Superintendente em 24.3.14 era equivalente, no fundamental, à que foi aprovada
em 28.3.14, como reforçarei em outras passagens durante essa crônica. Apenas,
desejava, ele, Superintendente, sair do processo grevista como herói. Impossível.
O herói tinha que estar identificado com a coragem e a competência pela
deflagração e manutenção do processo grevista. Sem falar que o grau de
confiança que o Superintendente conta da tropa do chão institucional é quase
zero, considerando que, lá atrás, contam os mais próximos ao Sindicato, deixou
de encaminhar para Brasília, pelas vias burocráticas formais, as demandas da
chão institucional que justificaram a greve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tive acesso ao áudio do
encontro de 24.3.14, que contém esse discurso do Superintendente, para
confirmar o entendimento de que, no essencial, as condições para a assinatura
de documento de acordo estavam postas onze dias antes da decisão coletiva de
paralisar a grave. A decisão inicial se deu em 28.3.14, ainda que sob a
condicionante da assinatura em si do acordo, e a decisão final, junto com a agenda
de assinaturas do acordo, em 4.4.14. A volta ao trabalho se dará em 7.4.14.
Esta crônica foi iniciada em 5.4.14 e finalizada em 6.4.14.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Nessa escuta, da
reunião de 24.3.14, pode-se identificar dois ou três trechos que convergem para
o fato de que o governo federal tinha aberto, sim senhor, o orçamento de 2015,
para albergar a solução de uma nova realidade salarial a partir de janeiro do
próximo ano. No momento final da prosa, em que alguns questionamentos de
servidores foram postos, o Superintendente afirma, categoricamente, que a
ideia, o compromisso é que, a partir de 1.1.15, o corpo funcional da Suframa
viveria uma outra realidade salarial. Mas, ainda assim, conforme consignei na
minha segunda crônica, a greve foi mantida, com um contra argumento duro por
parte de seu principal líder, o qual também pude relembra-lo na escuta dos
discursos de 24.3.14. A disputa em busca de um herói está clara, estabelecida.
Alguém precisava sair como herói ao final do movimento. Até pensei em intitular
essa crônica de “a luta de titãs”, mas optei pelo “em busca de um herói”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Portanto, destaco, a
título histórico, que entre a proposta do Superintendente e a condição
conquistada pelos líderes da greve, que induziu o retorno ao trabalho, na
essência, foram as mesmas. E que, entre elas, houve um passe mágico com a ida
de um dos líderes a Brasília, que apontou o heroísmo para os líderes do
movimento. De plano, pode-se abstrair realmente que a autoridade máxima da Autarquia
não conta com a confiança do capital intelectual do chão institucional. Apesar
de que nunca saberemos o que de fato rolou nas negociações, em nível de
argumentos e explicações, devemos reconhecer que condicionalidades adicionais
fortaleceram o documento do acordo, que deverá ser assinado e judicializado,
para fins de acompanhamento quanto a realização dos compromissos assumidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A principal vantagem
conquistada, ao ver deste cronista, foi a transformação da perspectiva de um
plano de cargos e salários num plano de carreira, que confere características
para salvaguardar funções de Estado ao corpo funcional da Suframa. Uma segunda
vantagem foi a adoção do conceito de subsídio para lastrear a determinação de
que remuneração da ativa será levada para a aposentadoria. Finalmente, uma
última vantagem foi a redução de 210 para 180 dias para a definição do Projeto
de Lei que deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional. Essas vantagens
consubstanciaram a decisão da paralização, junto com a função essencial de que
a implementação da solução deverá ser em janeiro de 2015. Nenhuma dessas
condicionalidades, não obstante, seriam impossíveis de serem conferidas no
acordo pós 24.3.14, na condição do Superintendente como herói.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Outras conquistas de
menor monta foram arroladas, no sentido de que elas por si só não justificavam
até então o endurecimento da greve, e a própria greve em si. Falo de
treinamento de pessoal em todos os níveis e pertinentes ajustamentos de
horários de trabalho aos horários dos cursos. Já a reposição do refeitório no
chão institucional e a estruturação de condições de trabalho adequadas às
descentralizadas, sim, são mais importantes num contexto de greve. Enfim, tudo
alinhavado, tudo alinhado. Vamos ver o curso das ações, cuja corresponsabilidade
de implementação ficou com o próprio Sindicato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Também tive acesso ao
áudio do discurso dos líderes da greve, tanto o do dia 24.3.14, quanto o do dia
28.3.14. Utilizei a consulta complementar, mesmo tendo participado dos dois
encontros, para confirmar impressões e entendimentos. Não só para identificar
que as duas propostas eram equivalentes, apenas ditas por atores distintos em
momentos distintos, mas para confirmar a mudança de postura do comando de greve.
O herói a ser escolhido tinha que ser o cabeça dos líderes grevistas; nunca o
Superintendente. Nessa última reunião, realizada logo após o retorno do líder
grevista de Brasília trazendo a solução mágica e a feição de heroísmo para os
líderes do movimento, houve a decisão de voltar ao trabalho após a assinatura
do documento, cuja agenda se deu em 4.4.14, conforme já dito. A tônica do
discurso grevista mudou bastante. Mudou da água para o vinho. No primeiro discurso
o tom é de dureza, de resistência. No segundo, percebe-se, com clareza, que
houve um abrandamento, trazido com a mágica de uma solução. Argumenta-se,
então, que já não se admite prejuízos sociais e que o governo federal havia
chegado ao limite das concessões. Percebeu-se, claramente, que a sociedade
poderia se voltar contra o movimento. Percebeu-se a possibilidade de usar a bom
senso, a inteligência ao invés da truculência. Neste sentido, podemos admitir
que os argumentos deste cronista, e as manifestações de terceiros interessados
no encaminhamento de uma solução, contidos na segunda crônica e publicados na
mídia local e nacional, possam ter influenciado tal conscientização. Mas, os
lideres jamais admitirão a contribuição deste cronista, partindo, como partiu,
de uma condição de dissidência. Até mesmo expressões adotadas nas crônicas,
qual relação ganha-ganha, foi utilizada no e-mail dos grevistas de 19.3.14,
expedido quando das tratativas pela melhor redação do documento de acordo. Não
desejo tirar o mérito, longe disso, até porque o jogo foi duro, houve coragem e
competência de enfrentar os obstáculos até a conquista de todas as condições
favoráveis para o retorno ao trabalho e a assinatura de documento, devidamente
judicializado no futuro próximo, procedimento este também uma sugestão deste
cronista, adotado em decorrência de comentários de outros colegas. A
metodologia de votação primeiro apontou para a aprovação da proposta trazida de
Brasília pelo segundo líder do movimento, que, na opinião deste cronista, não
diferia da defendida pelo Superintendente em 24.3.14. Depois houve a votação se
o retorno seria imediato ou se após a assinatura do documento acordando as
condições e desafios a serem implementados. Venceu a segunda alternativa. Desta
vez, este cronista não votou por uma questão de coerência, na medida em que
entendia que as propostas eram equivalentes, e que, portanto, já deveríamos ter
retornado ao trabalho no dia 25.3.13 e assinado o acordo nos dias que se
seguiram. Mas, precisávamos de um herói...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Então, já nos
preparando para o encerramento da crônica, relatamos agora os principais momentos
de tensão transcorridos com a questão do corte de ponto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Black"; mso-fareast-font-family: "Arial Black";">1.</span><span style="font-size: 9px;"> </span><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Em
27.3.14, a CGRHU emitiu o Mem. Circular 04, estabelecendo procedimentos para o
controle de registro de frequência durante o período de greve, em atendimento
às orientações contidas na Mensagem 554795, de 26.3.14, que trata de descontos
dos dias não trabalhados em razão de greve dos servidores, assinado pela
Secretária de Gestão Pública do MPOG, o qual contou com o “de acordo” expresso
do Superintendente;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Arial Black"; mso-fareast-font-family: "Arial Black";">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">No
mesmo dia, isto é, 27.3.14, às 17:48h, o SINFRAMA comunicou ao chão
institucional, via e-mail, que impetrou no Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, mandato de segurança preventivo, solicitando a suspensão liminar dos
efeitos do ato do MPOG, que ordena o desconto na folha de pagamento dos
servidores pelos dias não trabalhados em razão da greve na Suframa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Portanto, demonstrada
está a coragem e a competência da galerinha que assumiu o poder no SINFRAMA, a
qual tem tido forças para levantar a poeira do chão institucional, conforme
relatei na primeira crônica. A Superintendente ainda anunciou em mídia local
que o governo federal havia impetrado liminar junto a AGU para declarar a
ilegalidade da greve, contra a qual a galerinha corajosa e competente teria um
arsenal de argumentos para demonstrar sua legalidade. Todavia, todo esse
entulho burocrático deverá virar letra morta, com o encaminhamento da solução. Registre-se,
destarte, o bom senso do governo federal de aceitar, com altivez, assinar o
documento de acordo para que a turma grevista voltasse ao trabalho,
condicionante interposta na decisão de 28.3.14. Não fosse essa magnânima
postura, o movimento grevista poderia ter descambado para um processo de
idiotize.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Enfim, a greve dos
funcionários terminou. Ontem, dia 4.4.13, minha esposa, colaboradora da Fucapi,
prestando serviços na Suframa desde 1986, solidária até o último momento aos
grevistas, à greve e aos seus líderes, anunciou para a família, via whatsapp, o
fim da greve. Após aplausos de membros da família, com o símbolo das mãos
batendo palmas, uma das ricafilhas perguntou: algum resultado? Pelo que
retruquei, sintetizando: Sim. Possibilidade de uma nova realidade salarial para
a partir de janeiro de 2015, consubstanciada num plano de carreira e utilizando
o conceito de subsídio para a remuneração, que leva os vencimentos para a
aposentadoria. Um ótimo resultado. Luz!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Hoje de manhã,
bisbilhotei o mural do facebook da diretora de comunicação social da Suframa,
onde encontrei a seguinte manifestação, postada ontem, dia 4.4.13, às 10:44h: “Greve
na Suframa. Acabouuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!! Ufaaaaa! Graças a Deus! Vida volta ao
normal. Alívio geral”. As exclamações potencializadas são de responsabilidade
da colega jornalista. Mas creio que expressam o sentimento geral do chão
institucional.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Agora, urge resgatar o
tempo perdido. Serão necessários entre 3 a 5 meses para que as operações voltem
ao ritmo normal, após se dar conta de dezenas e centenas de milhares de notas
fiscais no aguardo de vistorias e chancelas. Os nove dias úteis transcorridos
entre 25.3.14 e 4.4.14, que buscavam um herói para a finalização do processo
grevista poderiam ter sido utilizados para mitigar esse estrago. Isso sem falar
nas discussões e ações de cunho estratégico que precisam ser retomadas e
implementadas, para recuperar o tempo que já vinha sendo perdido com as
inflexões administrativas que estão a metamorfosear o chão institucional. A
força de trabalho será potencializada com o recrutamento de novos servidores. Precisamos
de sangue novo, que respire ousadia, que tome decisões em tempo hábil e,
sobretudo, tome o rumo, adote a trilha e a vereda das políticas e diretrizes
estratégicas estabelecidas pelo CAS. Adicionalmente, quem sabe agora, com a
prorrogação da ZFM por mais 50 anos, o capital social de Manaus não possa se
debruçar com tranquilidade num diálogo amplo, geral e irrestrito, visando ajustar
o caráter fordista do processo de industrialização de Manaus à sociedade do
conhecimento e a pertinente economia do aprendizado, consubstanciada na teoria
evolucionária, numa revisão série e consciente do seu marco regulatório, para
além da politicagem e convergente com uma política de Estado, no sentido de
consolidar o Sistema Manaus de Inovação, de estabelecer uma cultura do capital
de risco e, sobretudo, em definitivo, de aprofundar o empreendedorismo
inovador, científico-tecnológico, em prol do autodesenvolvimento minimamente
autônomo e interdependente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-68636728097330616752014-03-26T10:41:00.000-04:002014-03-26T10:41:28.949-04:00SOBRE MINHA PARTICIPAÇÃO NA GREVE DA SUFRAMA - PARTE DOIS
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>O
desconforto </b></span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>e
a convicção </b></span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>do
voto único: dos desdobramentos de uma dissidência</b></span></span></div>
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-weight: normal;">Antônio
José Botelho</span></i></span></span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Até
gosto de estar só, e nem por isso me sinto solitário. Aprendi a
observar o silêncio. Mas, não é nada bom votar sozinho, mesmo
acreditando que, por razões diferentes, um ou outro colega gostaria
de me acompanhar. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">No entanto</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">,
do lugar onde me encontrava, para frente, só vi meu braço levado,
votando a favor da paralisação da greve. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Apesar
de ter percebido que dois ou três permaneceram com os braços baixos
nas duas perguntas, as tais abstenções, que igualmente ocultam
motivos variados, o isolamento é terrível. Estressante. Não
obstante, o chão institucional é isso: uma diversidade em busca de
uma unidade. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">O problema,
talvez, seja enfrentar a galerinha, que envolve emocionalmente a
tropa. Além disso, há a questão do ser e estar politicamente
correto. É natural que haja união. Afinal, ela faz a força. Os
novos corajosos e competentes do chão institucional estão liderando
o movimento debaixo de sol e chuva, temperados com a pressão natural
do movimento. A sensação de poder se multiplica junto aos mais
antigos </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">imbuídos da boa
esperança</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">. Talvez até mesmo
se exponencie com a energia </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">e
a experiência </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">desses.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Corre
a segunda quinzena de março. Hoje é 25.4.2014. E a greve continua,
companheiros. Cavalheiros, infelizmente, a greve continua. Após uma
votação esmagadora. Sim! Desde 19.2.2014. Sim! Confesso-me um
conservador, para quem as mudanças devem ser operadas, contudo,
observando a manutenção e preservação de valores conquistados.
Vou explicar. Mas antes, ratifico que a leitura da doutrina
anarquista, lá atrás, mais de duas décadas atrás, me deu alguma
ferramenta de análise, tanto para perceber as rachaduras do tecido
social, onde graça a violência, a mentira, a hipocrisia e a
alienação, quanto para tomar consciência do poder de império do
instituto Estado, constituído sob o manto da autoridade política.
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Na história, não há
registros do Estado e seus governos se vergando sem que haja mortes e
muito sangue derramado.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Todavia,
vou me ancorar em dois fundamentos de uma dada consciência
espiritual para defender meu voto. Na realidade, não tinha a
obrigação de fazê-lo como dissidente, mas assim o quis na
qualidade de sindicalizado. Afinal, pago em dia minha contribuição
sindical, descontad</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">a</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
que é da minha remuneração. Como disse na primeira crônica,
optei, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">com </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">dor,
pelo Yoga enquanto Caminho, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">enquanto
refúgio espiritual</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">. Ele me
abriu espaço, além de sua base vedântica, para revisitar os
ensinamentos crísticos e búdicos. Esse</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">s</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
último</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">s</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">nos adverte, nos lembra, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">por
meio do líder espiritual do Budismo Tibetano, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o
compassivo </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Dalai Lama, que
todos os seres, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">sem exceção,</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
desejam ser felizes. Esse é o primeiro fundamento. O segundo será
adotado antes de finalizar essa segunda crônica sobre os
desdobramentos de minha dissidência.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Pois
muito bem. Refletindo sobre esse mandamento budista, tomei </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">a
decisão</span><span style="font-family: Arial Black, serif;"> de que deveria parar
de pescar, mesmo devolvendo os peixinhos para seu habitat, ainda
vivos. É que, no mínimo, passam a viver mutilados, além de
incorporar o trauma decorrente da captura propriamente dito. Meu
parceiro de pescaria, com o qual tinha compromisso de pescar até a
terceira idade, me disse: “</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Toni</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">,
ficastes louco!?”. Talvez. Mas, conquistei uma certa liberdade,
livrei-me de um certo condicionamento, a partir da consciência de
todos os seres desejam ser felizes. Inclusive, os peixinhos!</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Esse
é o mesmo sentimento que me deu forças para votar solitariamente.
Não consigo admitir que chefes de famílias, homens e mulheres,
possam perder seus empregos, seus trabalhos, seus ganha-pão em
decorrência de uma opção truculenta, que resiste ao bom senso.
Claro, segundo o entendimento de que as mudanças devem ser
processadas, sim, mas ratificando espaços conquistados. Essa greve,
esse movimento, pode durar 60, 90, 120 dias, com graves prejuízos à
economia regional.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Ontem,
no dia da dita votação, 24.3.2014, à noite o JN noticiou em rede
nacional o movimento. Palmas! Estamos ganhando notoriedade. Mas, os
prejuízos sociais são iminentes. Carga presa. Perda de faturamento.
Redução de arrecadação. Perda de postos de trabalho. A cascata é
natural e inevitável, sem </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">mercadorias
e </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">insumos, tanto </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">n</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o
comércio quanto </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">n</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">a
indústria, não há </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">vendas,
não há </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">produção. Não há
renda e emprego, como gostam de dizer os políticos com relação </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">à
defesa de</span><span style="font-family: Arial Black, serif;"> seus programas e
projetos.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Tenho
uma luta no chão institucional, igualmente solitária. Tal qual o
caso d</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">esse</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
voto </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">relatado</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">,
alguns me acompanham, mas resistem em adot</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">á-lo</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
no discurso, na busca de uma prática, frente ao poder do pensamento
único de que a ZFM é a nossa galinha dos ovos de ouro. Nesse
sentido, como gostaria de ver, quando me rascaria de emoção e
orgulho, como um simples mortal, preso à roda do samsara, que o
processo de industrialização de Manaus gerou pelo menos uma firma
local, com capital e tecnologia próprias, que passou a jogar no
comércio e na inovação global como um grande líder de uma nova
fronteira tecnológica lastreada por amazonidades. Esse grito de
liberdade e independência talvez eu não tenha o privilégio de dar,
nesta existência, considerando a lentidão com que operamos esse
processo nestes últimos 47 anos de existência da ZFM. </span>
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Mas
essa é outra história. Voltemos à crônica. Ao meu relato sobre a
greve. Após minha debandada do movimento, portanto, já como um
dissidente, soube que o governo federal, leia-se instituto Estado,
com poder imperial, acenou com o documento intitulado TERMO ADITIVO
ao TERMO DE ACORDO n.° 11/2012. Sutilezas de interpretações à
parte, entendi, imediatamente, que essa deveria ser a base para uma
saída honrosa, para um recuo estratégico. Qual nada. A galerinha
resistiu, petulantemente, pois não admite voltar primeiro ao
trabalho, para depois assinar o acordo básico. Vejam só. Meia dúzia
de idealistas enfrentamento o poder de império do Estado, não?
Quanto coragem! Quanta competência! Como eu gostaria de ver essa
energia vertida para a construção de um capitalismo amazônico. Na
realidade, confesso. Esse é outro sarrafo que devo supera no meu
Caminho espiritual; me libertar, me descondicionar, me desidentificar
desse tal ideário que intitulei de capitalismo amazônico. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Está
difícil. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Mas, eu chego lá.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Mais
uma vez retornemos ao mote da crônica. Penso que o ideal teria sido
reduzir o prazo do TERMO ADITIVO de 180 dias para 90 dias. Mas a
segunda versão do governo federal aumentou para 240 dias o tempo
para a definição de uma solução. Tudo bem, perderíamos a carta
da manga de fazer outro barulho no momento do sufrágio universal
para presidente e demais cargos da República federada, quando a
sociedade brasileira deveria estar atenta à possibilidade,
necessária, da alternância do poder. Mas, ainda assim, creio que o
Sindicato deveria assinar. Mesmo que o orçamento para 2015
permanecesse fechado para inclusão das conquistas salariais. Neste
sentido, o ideal para liderança e liderados da greve seria que um
novo plano de cargos e salários, moderno e competitivo, fosse
adotado por medida provisória, já agora, antes do prazo redutor de
seis meses relativo às eleições, quando o governo não pode
ajustar compromissos e acordos com despesas. Mas, a perspectiva é
para 2016. Péssimo cenário. Sair sem levar nada é duro. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">No
caso particular, admito que os benefícios sejam incorporados até
mesmo após a reserva estar conferida. Ou não, pois ao fim e ao
cabo, do ponto de vista espiritual, tudo é uma questão de
merecimento. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Ainda assim
entendo que o Sindicato deveria assinar, trazendo para o acordo
outras entidades e organizações, que, creio, não se furtariam em
apoiar, tal qual a própria CIEAM, que já reconheceu a legitimidade
do movimento, e o próprio Ministério Público, que certamente
orientou e acompanha a legitimidade do movimento, </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">e
o próprio TCU, que conhece a Suframa nas palmas das mãos.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Mas
a hora para uma saída honrosa, para um recuo estratégico era essa.
Por isso votei contra a manutenção do movimento. Portanto, continuo
dissidente. Mas aproveito para reconhecer e registrar que houve
melhorias na tática da liderança no trato com a base, na medida em
que o diálogo ficou mais aberto e já há </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">até
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">uma pretensão de impetrar
demanda junto ao judiciário em nome da causa. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Essa
demanda deveria, inclusive, conter como anexo o tal TERMO ADITIVO.</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
Além disso, não se ouve mais falar em endurecimento via
impedimentos ao trabalho. Menos mal. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">O
diálogo melhorou mesmo com o tom de terror com que foi dito a
possibilidade de transformar a Autarquia numa Agência, isto é,
alterando a condição trabalhista estatutária para celetista, a
qual na deve ser acionada sem que seja dada a opção de escolha para
o servidor decidir sobre o futuro de sua vida profissional. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Contudo,
vai vir chumbo grosso por aí. Mesmo que o governo federal permita
uma aproximação mais a miúde. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Soube
que um dos líderes está indo a Brasília para que haja avanço nas
tratativas, aonde rogamos prevaleça o bom senso. No entanto, h</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">averá
necessidade de demandas judiciais para salvaguardas constitucionais,
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">caso o movimento se prolongue</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">.
Enfim, encrenca, desgastes.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Penso
que deveríamos dar mais um voto de confiança ao Superintendente,
que em sua tentativa de convencimento da tropa </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">n</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o
chão institucional, usou exemplos de conquistas pessoais,
envolvendo, inclusive, projetos familiares, junto a cenário
equivalente. Se ele estiver mentindo ou blefando, o problema é dele.
Sua consciência o acusará. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Contudo</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">,
creio que </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">tenha sido sincero</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">.
Ainda que igualmente creia que poderá largar o compromisso, pois no
frigir dos ovos, sua influência e poder de decisão não interfere
diretamente na questão. Por outro lado, é claro que ele joga do
lado do governo, mas é possível atrai-lo moralmente para o
compromisso, ou atrair quem o substituir, caso quem assine </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o
tal TERMO ADITIVO </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">seja a
Suframa, e não a pessoa física. Tudo registr</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">ad</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o
em cartório, chancelando o compromisso de todas as entidades e
organizações envolvidas na solução da questão. A solução
poderá ser realizada por estágios, por espaços conquistados. Mas,
lógica é a do embate. O que se quer é a edição de uma medida
provisória, conferindo o novo plano de cargos e salários, já,
agora. Não acredito que o governo federal cederá, mesmo que venha a
ceder para a RFB, que tem abrangência nacional, e muito mas muito
mais poder de fogo. Embora a ZFM seja importante para o Brasil, seu
PIB representa muito pouco frente ao nacional. Esse voto nada tem a
ver com a ameaça do corte de ponto que consubstancia o salário.
Não. Mas com a possibilidade de evitar maiores prejuízos sociais
junto a ZFM. Nosso PIB, embora pequeno, é relevante para a região.
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">E, importante registrar, sem
ela não podemos, ainda, construir </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">e
consolidar</span><span style="font-family: Arial Black, serif;"> um capitalismo
amazônico. Ou seja, ela deve continuar existindo até que seja
possível superá-la. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">O
Superintendente tem razão quando diz que o Sindicato conquistou
posições, as quais devem ser mantidas e preservadas, sem que tudo
venha a ser perdido. A lógica do tudo ou nada não deveria
prevalecer. E mais uma vez repito: não desejo cargos nessa
administração, pelos motivos já expostos na primeira crônica. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Nem
mesmo pedir a benção dos clérigos comerciais e industriais da ZFM.</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
Na realidade, seria capaz de retornar ao movimento, em solidariedade
à galerinha corajosa e competente, caso realmente o movimento
recrudesça e os pontos sejam cortados. Mas não </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
farei, para gozar da prudência e responsabilidade com que tento me
postar. Não joguei a toalha para evitar isso, mas por discordar do
comportamento e da tática da liderança da greve, cuja motivação
permanece, renovada em outro fulcro, fundamentalmente para que se
evite maiores danos sociais junto àqueles que dependem da ZFM,
conforme relato nesta segunda crônica.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Para
finalizar, demonstro agora um segundo fundamento do meu voto pela
assinatura do documento acenado pelo governo federal, mais presente
no Yoga, que é a do contentamento. Do ponto de vista objetivo, temos
liberdade constitucional para vir e para ir. Ou seja, embora seja
duro, podemos ir atrás de outro trabalho, de outra atividade
profissional que remunere melhor. Isso sem falar que, certamente,
estamos incluídos numa das melhores parcelas </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">populacionais
com</span><span style="font-family: Arial Black, serif;"> qualidade de vida </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">dentre
</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">os 7 bilhões de seres humanos
que sobrevivem, na dor e no sofrimento, neste Planeta Terra.
Portanto, o contentamento deve prevalecer enquanto dure as
negociações e tratativas civilizadas, contribuindo para a
manutenção da felicidade de todos os cidadãos e de suas famílias
que, direta ou indiretamente, dependem do pleno funcionamento da ZFM.
Como disse na primeira crônica, preciso de um melhor salário, mas
não desejo que ele venha em detrimento de malefícios para outros
profissionais. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Se os
benefícios vierem nessas condições, não será, a exemplo do
dinheiro que resulta da corrupção, quando programas e projetos
governamentais deixam de ser executados ou plenamente executados, não
será uma boa grana; não será um bom numerário. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">E
não faço isto pelo governo, muito menos por esse governo, que de a
muito já não merece meu respeito e consideração.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Um
terceiro fundamento me ocorre antes de fechar essa crônica. Agora
cristão. Cristo não disse “dai a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”? Então, que o governo federal fique com a
responsabilidade de reconhecer os servidores do Estado brasileiro que
fazem rodar o Projeto ZFM, dito e entendido como importante não só
para a região, mas para o Brasil. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">Claro,
incluindo aqueles que lutam para superá-l</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">o</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">,
como este cronista. </span><span style="font-family: Arial Black, serif;">No mesmo
passo, entrego ao Ser a compaixão e o contentamento com que tenha
elabora</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">do</span><span style="font-family: Arial Black, serif;">
esta segunda crônica.</span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-60286038182025851842014-03-20T08:51:00.003-04:002014-03-20T08:52:56.476-04:00SOBRE MINHA PARTICIPAÇÃO NA GREVE DA SUFRAMA<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;">Minha
Primeira Greve: emoções & tensões</span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Fevereiro
de 2014. Historicamente um mês de festas e comemorações para a
Suframa e o Projeto ZFM, doravante, simplesmente ZFM. A ZFM, na sua
configuração atual, pro e pós 1964, tem sua data de criação em
28.2.1967. Contudo, neste ano, algo inovador ocorreu. A minha
primeira greve foi experimentada. Uma experiência que trouxe emoções
e tensões. A principal emoção foi cantar o Hino Nacional, no dia
do aniversário da ZFM, no QG da greve. As tensões serão relatadas
a seguir. E são naturais do processo social, especialmente quando se
adota a autoridade, quer seja política, econômica, religiosa ou
institucional, como algo nefasto entre os homens. Não é trivial
viver em autogestão. Essa é outra história. Vamos à crônica.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">A
ZFM recrutou, recentemente, uma galerinha corajosa e competente. Essa
turma literalmente tomou o poder no Sindicato dos Servidores da
Suframa [Sindframa], cujo perfil não era de batalhas, muito menos de
guerra. Além do Sindframa, essa galerinha levantou a poeira no chão
institucional. Ainda que aqui acolá possamos, e até mesmo devamos
questionar alguns entendimentos e métodos, o resultado é sempre
positivo, pois contribui para uma nova ordem de valores e poder.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Pronto.
Estavam estabelecidas as condições objetivas para a deflagração
da primeira greve institucional com efeitos reais junto aos clientes
e fornecedores da ZFM. A motivação central está espaldada na
melhoria salarial. Mas, adicionada de outras demandas, quais: melhor
estruturação das unidades descentralizadas; o descontingenciamento
dos recursos orçamentários e uma governança local da gestão do
PPB [Processo Produtivo Básico]. Esteve também presente questões
mais práticas como a disponibilização de serviços de restaurante.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Segundo
depoimento do líder do comando do QG do movimento, em nenhum momento
a Administração chamou para a mesa de negociação. Aqui começa
uma tática de tergiversações entre a liderança e a base de apoio,
segundo a minha percepção. Para tanto, reproduzimos trechos de
e-mails do Superintendente onde consta esse chamamento, aberto num
canal permanente de negociações:</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Do
primeiro, no dia da deflagração, 19.2.2014:</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><br /> </span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: x-small;">“...
não abrimos mão do diálogo, tanto com os representantes dos
servidores quanto com o Ministério do Planejamento, responsável
pela política salarial do Governo Federal. Continuaremos nesse
caminho.”</span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><br /><br />Do
segundo, de 26.2.2014:</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<pre class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: x-small;">“... Desde que assumimos a direção da SUFRAMA verificamos a realidade da defasagem salarial na Instituição e incluímos o tema em todas nossas manifestações públicas e planos de trabalho. A demora na solução, que não depende diretamente da Superintendência, levou à greve. Sempre mantivemos o diálogo, inclusive discutindo a proposta dos servidores com o Ministério do Planejamento, e continuaremos nesse caminho.”</span></span>
</pre>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;">Do terceiro, no mesmo
dia 26 de fevereiro:</span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><br /><br /> </span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: x-small;">“...
Vamos dialogar.”</span></span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><br /></span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Portanto, estava aberta a
possibilidade de uma relação ganha-ganha, de uma tática para uma
saída honrosa frente ao poder de império do Estado, de um recuo
estratégico frente ao ano eleitoral. Se fosse necessário. Para
tanto, dever-se-ia identificar o momento prévio de uma relação
custo/benefício negativa. Mas, e é isso que gostaria de destacar, o
egotismo subiu à mente da liderança do movimento, quando se ouvia
declarações para a base de apoio: “quem está mandando na ZFM
somos nós!”. Ouvi a liderança dizer, numa outra comunicação,
que “após duas horas de conversa [com a administração], só blá,
blá, blá. A greve continua, companheiros!”. Ora, ora. Essa
postura não é aceitável; não é admissível. A liderança não
pode decidir sozinha; antes deve discutir com a base de apoio. Deve,
para tanto, relatar todos os pontos abordados no diálogo com a
administração que tangenciam as reivindicações, no sentido de se
identificar eventuais pontos convergentes, passíveis de se realizar
a relação ganha-ganha, de se realizar uma relação custo/benefício
positiva. Não obstante, nem mesmo houve uma preocupação de
formalizar as reivindicações, considerando que tudo no setor
público ganha dinâmica com um processo administrativo.
Infelizmente, a tática me parece ser aleatória, na marra, com a
foice e o martelo. </span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Desde o primeiro momento, prestei meu
apoio ao movimento, estando presente manhã e tarde, todos os dias
entre 19.2.2014 e 7.3.2014. Não tirei de férias. Não entrava no
chão institucional para trabalhar. É claro que havia
constrangimento face a essa necessidade, considerando os 55 anos de
idade e os 30 anos de atividades na ZFM. Mas estive presente, até o
dia em que me declarei fora da greve, em 7.3.2014 à tarde. Até
mesmo no período de carnaval, que estive fora de Manaus, o fiz entre
a sexta feira à noite e a madrugada da quarta-feira de cinzas, isto
é, estive presente da sexta-feira, dia 28.2, pela manhã e pela
tarde, e na quarta-feira, dia 5.3, à tarde.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">E mais do que isto, estive presente
analisando o discurso e a prática da liderança do movimento.
Propondo visões alternativas e pontos a serem observados. Cheguei,
inclusive, a fazer sugestões junto a apresentação elaborada para
discutir na Audiência Pública da ALEAM. Até mesmo me propus a
defender a lógica virtuosa que deveria haver entre o Decreto-lei
288, a Lei da TSA e os sucessivos planos estratégicos aprovados pelo
CAS, no quesito do contingenciamento da ZFM, que deveria estar
vertida ao autodesenvolvimento. Enfim, estive atento. </span>
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Essa atenção identificou um
discurso vazio da liderança, quando se argumentou que ficar em casa
levava a greve para a ilegalidade. Na verdade, leva ao
enfraquecimento da greve. O que leva à ilegalidade é impedir o
trabalho a quem deseja trabalhar. Pedi que se alterasse a base falsa
desse argumento, mas fui informado, em tomo arrogante, que o
movimento endureceria. Dito de forma vaidosa, perdi a motivação de
continuar apoiando. Na realidade, não contive a tensão de combater
tal autoritarismo. Assim, preferi sair antes dessa tática ser
adotada, o que, felizmente, não aconteceu. Até aonde sei. Em
contrapartida, a sugestão que dei, condicionante para me manter
apoiando a greve, de que declarassem à sociedade que não estavam e
que não usariam a tática de impedir o acesso ao trabalho não foi
adotada, não foi formulada e publicada. Também até aonde sei.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.05cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Ao
longo dos meus 30 anos de ZFM não me lembro que algo dessa magnitude
tenha sido deflagrado. A liderança informou que nos primeiros dias
100% das unidades administrativas pararam. Nesse quesito, ancorei um
dos pontos de meus questionamentos na medida em que se o direito à
greve está consagrado, igualmente está consagrado o direito de ir e
vir de todo cidadão. Houve sim, impedimentos e constrangimentos,
ainda que no discurso se defendia a liberdade de todo associado.
Prejuízos foram apurados. E aqui outro ponto de divergência, pois
prejuízos econômicos não devem ser comemorados, mas lamentados.
Sem falar que ouvia, constrangido, zombarias e gozações à pessoa
do Superintendente. Discordei dessas posições, conforme e-mail onde
comuniquei a saída do movimento.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Na
realidade, até então não havia condições objetivas para um
acontecimento grevista de impacto, uma vez que o Sindicato era fraco,
frágil. As condições desfavoráveis envolvia elevado índice de
terceirização da força de trabalho da ZFM, inclusive de alto
nível. Sem falar que a elite de servidores, formadora de opinião e
que conduzia a ZFM, estava capturada pela força dos cargos de
confiança. Desde 1996, este próprio cronista era um deles, ainda
que de nível operacional, não decisório. Houve época em que havia
duplo salário, pago por dada Contratada, à boca pequena. Lembro
desse boato, que correu no chão institucional. O procedimento foi
suspendido quando descoberto e tornado eticamente insustentável.
Então, não havia condições objetivas. Hoje há. Há a turma nova;
a turma velha está se aposentando e o Contrato foi revisto.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Ademais,
talvez, apenas talvez, a própria autoridade discricionária da ZFM,
na qualidade de um ex-sindicalista, possa ter induzido e esteja
conduzindo, sutil e subliminarmente, o movimento. Claro, a liderança
do movimento não admite essa hipótese, essa possibilidade, pois que
se enxerga, se vê autônoma, independente. Todavia, se esse
surrealismo é factível, poder-se-ia ainda abstrair sobre a
possibilidade de uma conspiração contra a instituição Suframa,
que cuida da ZFM, face a inépcia e a inércia com que vem sendo
administrada. Lembro que uma das teses iniciais da atual
administração era passar o Distrito Agropecuário para o Estado do
Amazonas; ao longo da gestão deixa cargos vagos importantes para uma
saudável administração, além de não elaborar Termo de
Referência, visando a substituição de prestador de serviços em
área operacional letal para o funcionamento organizacional, estando
nos planos administrativos licitação apenas para manipulação e
uso de dados, que, todavia, exigirá tempo para assimilação – a
Suframa literalmente poderá parar por falta de mecanismos
operacionais; agora surge a posição judicial alternativa de passar
a administração dos incentivos para outra instituição face à
possibilidade do não cumprimento de 30% dos serviços de interesse
da CIEAM. Ou seja, em vez de um decreto presidencial de um novo plano
de cargos e salários, moderno e competitivo, devemos nos dar conta
da possibilidade de um que pode, simplesmente, extinguir a Suframa.
Essa me parece uma linha muito tênue definidora da fronteira
negativa/positiva da relação custo/benefício da greve, que deveria
ser levada em conta. Um paradoxo total considerando os recentes
recrutamentos de força de trabalho, a esperada prorrogação e até
mesmo da salvaguarda constitucional da ZFM. Mas tudo é possível
frente ao poder de império do Estado. Não é razoável e aceitável
que a sociedade não se posicione quanto a essa tendência de
esvaziamento político-institucional da ZFM, especialmente os poderes
executivos estadual e federal, que, em última análise, são os
responsáveis pela indicação e manutenção da autoridade
discricionária da ZFM. Mas sabem, com maestria, alterar a base
doutrinária do STF, para minimizar os rumos penais do maior
escândalo de corrupção política envolvendo o planalto, conhecido
vulgarmente por mensalão. Ou talvez haja nesse processo algo
semelhante a uma destruição criativa, mas que este cronista não
consegue enxergar. </span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Mas,
voltando ao mote da crônica em si. Penso que a liderança do
SINDFRAMA tomou as providências de legalidade antes de desencadear o
movimento, especialmente esgotando negociações preliminares e
comunicando a realização da greve em si. Embora não tenha
participado, realizou Assembleias de discussão e decisões. Até
aquele momento depositava inteira confiança nos líderes e na nova
direção do SINDFRAMA. Mas a liderança pecou com a busca, já
dentro do movimento, de apoio por meio da força e não como fruto de
um processo de sensibilização e conscientização. No primeiro dia,
inclusive, houve incidentes de impedimento à entrada do trabalho. Um
dos líderes disse que essa tática é normal, para que o movimento
se instale, favoravelmente, por meio dos conflitos. Assenti,
descordando. Pecou em não se posicionar humilde e de forma
transparente. Humildade não significa fraqueza. E transparência não
significa fragilidade.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Minha
principal argumentação junto aos líderes e ao movimento em si foi
no sentido de manter o movimento dentro da legalidade. E não só
isso. Sugeri que se buscasse uma relação custo/benefício sempre
positiva no desdobramento do processo de negociação, como disse
acima, até aonde sei, não formalizado. Essa formalização foi
sugerida por dois colegas durante o período desse relato. E adotada
em minha posição, conforme se pode observar no conjunto de e-mails
que enviei aos líderes, apenso.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Apesar
disso, entendo que a liminar impetrada pela CIEAM, para resguardar os
interesses de seus associados, endereçada à Suframa, e não de
questionamento da legalidade e da legitimidade do movimento, foi
conduzido com responsabilidade e prudência pelos líderes que
ajudaram a Administração no atendimento da determinação judicial.
A outra liminar, de B</span><span style="font-family: Arial Black, serif;"><b>rasília,
não chegou nem mesmo a ser cientificada, até aonde sei. E seria um
tiro no pé, pois determinava a desocupação dos prédios. Ora, não
há possibilidade de trabalho presencial sem a ocupação. Vide
trecho específico de um e-mail abaixo. Argumentei uma dada situação
de imprudência e irresponsabilidade, que deveria ser evitada, por
apontar para um momento prévio a uma relação custo/benefício
negativa, conforme também se pode perceber num dos e-mails anexados
a esta crônica, qual seja a de que as firmas da ZFM começassem a
demitir por falta de condições para a produção. Essa ideia não
chegou nem mesmo a ser lembrada, quanto mais discutida.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup><span style="font-size: xx-small;">1</span></sup></a></b></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;"><b>O
movimento, até aonde sei, contou com o apoio do deputado estadual
José Ricardo e da senadora Vanessa Graziotin, que se fizeram
presente ao QG. A eles, igualmente, comuniquei a decisão de sair do
movimento. Alguns dirão que amarelei. Pode ser. Mas, a consciência
está tranquila. Evitei, sob o meu ponto de vista, a banalização e,
sobretudo, a alienação. Na época da faculdade, os principais
integrantes da elite local, que hoje exercem o poder político de
Manaus, estiveram todos envolvidos em processos semelhantes. Tais
movimentos, embora sirvam ao coletivo, ao fim e ao cabo, trazem
oportunidades individuais. O sistema chama os líderes, que se
credenciam para novas batalhas, forjando uma trajetória pessoal.
Nesse particular, também havia aqueles que, nascidos em “berço de
ouro”, já dispunham de um projeto político a ser executado. E o
foi com sucesso. Em ambos os casos, mandatos de vereador, deputados
estadual e federal, senador da Republica, prefeito e governador foram
conquistados. Pois bem, naquela época, idos do início dos anos
1980, a turma das engenharias civil e elétrica eram consideradas de
direita, na medida em que desejam se formar e entrar no mercado de
trabalho. Mesmo constrangidos, permanecíamos em sala de aula. Como
hoje a lógica é estar à frente, sugeri a estratégia do
ganha-ganha, não adotada pelos líderes do movimento hodierno na
ZFM. Em verdade, desprezada. Registro que sai do movimento sem ter
qualquer informação sobre o desdobramento da aproximação de
Samuel Hannan, que se disponibilizou em ajudar no diálogo com o
governo. O ex-vice-governador e ex-secretário de fazenda teve uma
relação amistosa e positiva com a atual autoridade máxima da ZFM,
como já dito, um ex-sindicalista. Enfim, a comunicação da
liderança da greve com a sua base de apoio, no período em que
estive presente, foi frágil e falha, no meu entender.</b></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Março
de 2014. Saio da greve na medida em que percebi, claramente, uma
postura de arrogância da liderança do movimento. Comuniquei a
decisão ao QG da greve na sexta-feira dia 7.3.2014 à tarde, como já
dito, e ao chão institucional em seguida, conforme se pode observar
no último e-mail apensado a esta crônica. Voltei ao posto de
trabalho. Todavia, continuo subaproveitado, apenas cumprindo tabela
até a reserva. Mas essa é outra história, que o futuro julgará.
No entanto, registro que o movimento era necessário, pois que uma
justa remuneração está longe do ideal.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">No
meu caso particular, considerando a atual plano de cargos e salários,
mesmo estando já no último nível, se me aposentasse agora, pois já
com tempo de contribuição, ainda que sem idade necessária, quando
se perde entre 30% a 40% da remuneração da ativa, recheada de
gratificações que não são permanentes, sairia para a reserva com
pouco mais do que um salário-mínimo de engenheiro, o que,
efetivamente, não é justo após mais de 35 anos de contribuição
para o Estado brasileiro, ou 38 anos como a regra exigirá. E
justamente quando mais precisamos em função da falência e
decadência da forma ordinária, frente a possíveis despesas com
médicos e remédios, quando a hora era de viajar, viajar e viajar.
Sempre disse aos meus alunos: se desejam muito dinheiro, vão para o
mercado empreender e acumular. Mas, minha opção foi servir a
sociedade. Então, sou homem de uma casa, um carro, uma conta
bancária. Até mesmo um segundo emprego, de professor universitário,
exercido por uma década no turno da noite, abri mão em prol de um
caminho espiritual por meio do Yoga.</span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Mas,
finalizando junto ao mote central da crônica. Esta crônica foi
escrita e socializada ao chão institucional no dia 14.3.2014. Uma
semana depois da decisão de sair da greve! Não obstante, uma
segunda versão emergiu após novas emoções e tensões lembradas
durante o final e início da semana, inclusive com amigos e colegas
do chão institucional, a qual será apensada no site e no blog deste
cronista em 18.3.2014. Parece que o movimento está firme e que já
houve desdobramentos positivos com o apoio político recebido,
inclusive de outros parlamentares. Sempre há colegas em postos
chaves no chão institucional que contam com apoio de político
importantes. É de praxe. Faz parte do jogo. É assim que a coisa
funciona... Na realidade, o cenário ora está favorável ora
desfavorável. Essa inconstância, assim como a impermanência das
coisas, faz parte do jogo. Ainda assim, finalizo não sem antes tirar
o chapéu para essa galerinha corajosa e competente, que tomou o
poder na ZFM. Ela assumirá a responsabilidade de fazer mais e melhor
do que a turma que está saindo fez. Ir além da atração de
investimentos, lutar não só para consolidar o PIM, mas para fazer
emergir firmas com capital e tecnologia locais, adotando como meta e
desafio a inserção delas no jogo do sistema global de inovação.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Anexos</span></div>
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">[E-mails
enviados por este cronista ao QG da greve, respectivamente, nos dias
26, 27 e 28.2 e 5, 6, 7 e 8.3.2014. Este último, inclusive, ao chão
institucional]</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caríssimos</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Quero
aproveitar o e-mail do João Paulo para dizer que entendo a expressão
do Sidney "nunca jamais" forte demais dada que foi durante
as explicações do Anderson sobre a liminar Manaus CIEAM</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Isto
posto lhes asseguro que não contem com o meu apoio caso a greve seja
declarada ilegal</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Adicionalmente
sugiro que comecem a pensar na relação custo/benefício caso ela
prolongue por demais mesmo que continue sendo considerada legal. Por
exemplo caso as empresas comecem a demitir por falta de insumos para
a produção</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caso
entendam que esse comentário deva ser dado em alguma assembleia
estou disponível para defendê-lo</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">SempreLuz!
Antônio José</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Ps.
Agradeço o envio da liminar. Muito apreciaria o envio da liminar de
Brasília</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caríssimo
Anderson<br />Parabenizo-o por adicionar ao seu discurso a preocupação
com a legalidade oferecendo a proteção necessária aos
servidores<br />Por oportuno aproveitando sua sensibilidade sugiro que
comece a pensar numa saída honrosa num recuo estratégico caso a
relação custo/benefício se torne imprudente e irresponsável<br />Busque
uma relação ganha-ganha mesmo considerando o insucesso e ganhemos
tempo para uma segunda rodada lá na frente colhendo compromissos
para a resolução dos itens da pauta caso não tenhamos ganhos
imediatos<br />Não saia com uma mão atrás outra na frente<br />Sobre a
possibilidade criada com a ação do Samuel Hannan saiba que o Thomaz
é pupilo dele isto é foi o vice governador e ex-secretário da
fazenda estadual que trouxe o sindicalista para a administração<br />Na
sua opinião há legalidade há legitimidade na presença do Hannan
no processo estando ele sem cargo público ainda que seja um homem
influente? <br />Veja não podemos dispensar qualquer ajuda mas me fiz
essa pergunta ainda sem resposta<br />Sempre Luz! Antônio José </span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Caríssimos</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Realmente
a decisão de liminar de Brasília aponta para um contraditório</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>provavelmente
não será entregue para cumprimento e nesse aspecto concordo com o
Gaia</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Mas
se o for deveremos avaliar detidamente pois implicará num conflito</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>se
se esvaziar os prédios ocupados estar-se-á descumprindo a decisão
da liminar de manaus</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Nessa
hipótese poder-se-á estar migrando para uma condição de
ilegalidade que devemos afastar</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Por
outro lado a liminar Brasília encerra uma esfera do poder judiciário
superior ainda que trate de assunto diferenciado da de Manaus mas
complementares à lógica da greve na medida em que uma trata da
manutenção da posse de propriedades da autarquia e a outra de
interesses empresariais</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>A
desocupação no entendimento do Gaia poderá se efetivar adotando a
interface do próprio movimento isto é o atendimento da liminar
Manaus se dá no contexto da greve então seria legal cumprir a
liminar Brasília</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Não
estou convencido se essa hipótese é responsável e prudente no
sentido de manter o movimento a greve nos limites da legalidade</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Talvez
fosse possível uma contra liminar no sentido do interesse geral digo
manutenção da legalidade da greve e do atendimento dos interesses
econômicos dos associados do Cieam</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>O
que estou convencido mesmo é a adoção de ambos os lados isto é
tanto por parte da administração e quanto do QG da realização de
um seminário de um workshop ou coisa que o valha para formular uma
CARTA MANAUS PARA O PLANALTO sobre as questões da governança do PPB
e sobre a aplicação dos recursos da Suframa em projetos de
ampliação da competitividade sistêmica de manaus e demais locais
da amoc + alcms</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>Encontrei
ressonância positiva à ideia em dois pares mas um deles entende que
a administração não aceitaria</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>tenho
minhas dúvidas</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>bom
carnaval</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #00000a;"><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: small;"><b>sempreLuz!
antôniojose</b></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Galerinha
do QG da greve<br />Levei na brincadeira para não ampliar o estado de
tensão menos e de indecisão mais que pintou hoje frente ao que
fazer<br />Dentre as sugestões levada na brincadeira que foi posta me
refiro a do guerreiro Sidnei que simplesmente sugeriu fechar a
comporta de acesso aos postos de trabalho<br />Desejo adiantar minha
decisão pessoal que se isso acontecer qual seja de que imediatamente
declararei meu desapoio ao movimento grevista e retornarei ao posto
de trabalho<br />Hoje fiquei com a sensação de que entramos numa
inversão quanto a uma relação custo/benefício positiva apenas
ressalvada pelo comentário do guerreiro João Paulo com o qual
concordo de que quarta-feira a tarde de cinzas não é parâmetro
para uma avaliação<br />Amanhã estarei presente atento sempre na
perspectiva de uma posição prudente e responsável numa relação
ganha-ganha<br />SempreLuz! Antônio José</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caríssimos<br />Sugiro
adicionar o item PPB nas razões da greve já o tema aparece na
apresentação<br />Coloco-me a disposição para dar uma palavrinha na
palestra à altura do tema TSA para discursar sobre as atividades
FINS que sugiro esteja em destaque VERDE em contraponto ao destaque
vermelho das atividades meios<br />Se for autorizada a minha fala
prometo não tomar o espaço da galerinha gente boa do QG da
greve<br />Luz! Antônio José</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caríssimos<br />Adoto
dois pontos que entendo fundamentais da fala do caríssimo Renato a
quem parabenizo pelo contraditório quais sejam a questão do
estabelecimento de um marco como ponto de partida da negociação e a
da ilegalidade vis a vis presença dos servidores no
movimento<br />Entendo superválida a colocação de se abrir um canal
de comunicação formal e se a administração e por conseguinte o
governo não se manifestam o movimento deve se manifestar<br />Mesmo
que a tática jurídica não seja a mais adequada algo deverá ser
estabelecido como um ponto de partida pois dentro do direito
administrativo tudo se move tudo ganha dinâmica a partir de uma
formalização<br />Coloquei o caríssimo William nesse e-mail porque
nisso sei que ele concorda fruto de conversa paralela no espaço da
mobilização<br />O segundo ponto que concordo com o Renato é no
sentido de não usarmos elementos falsos no discurso da Galerinha do
QG da greve isto é colocar apenas os pontos reais que podem
juridicamente nos afastar da legalidade<br />Neste sentido já sabemos
que a administração tem pelo menos dois fatos que poderiam ser
utilizados numa liminar contrária aos interesses do movimento e o
fato de não utilizá-los foi o motivo que perguntei ao caríssimo
Anderson se o poderoso Thomaz estaria do nosso lado<br />Penso que a
aliança e o apoio da Vanessa é importante mas não esqueçam que
ela é chapa branca e por favor não permitam a politização
partidária do movimento<br />Guardei até pouco tempo um trabalho que
fiz de análise de discurso numa pós de ciência política onde
analisei a presença na mídia da então vereadora e é curioso
constatar a mudança do conteúdo programático quando se fez
governo<br />Já pedi ao caríssimo Gaia que não utilize pelo menos
comigo os chavões da foice & martelo que embalam o palanque
pcdobquiano<br />Com a legalidade mantida vamos em frente e por
oportuno peço que não façam constrangimento a quem se manifesta em
contradição ao posicionamento e ao discurso do QG pois esse embate
é importante não só como canal de comunicação entre o comando e
a base de apoio mas para filtrarmos os argumentos que são colocados
de ambos os lados da administração e do QG na mesa de
negociação<br />Estou alerta ainda que como um ex anarquista covarde
e estarei presente enquanto o movimento for legal pois de nada
adiantará a legitimidade sem o aval da sociedade<br />SempreLuz!
Antônio José</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial Black, serif;">Caríssimos<br />Apoiei
o movimento grevista desde seu início<br />Durante seu desdobramento
procurei estabelecer com seus líderes um diálogo no sentido<br />1.
Da manutenção da sua legalidade<br />2. De uma relação custo /
benefício positiva<br />3. De uma racionalizada vertida a uma
formalização (essa sugerida pelo William e pelo Renato e adotada
como complementar ao item 2)<br />Porém hoje o diálogo com seus
líderes se fechou quando ao pedir que ajustasse o discurso fui
informado de forma arrogante que a greve endureceria o jogo<br />Como
já havia sinalizado que sairia da greve a qualquer sinal de
ilegalidade tomo a decisão que socializo<br />Entendo que a tática do
endurecimento converge para a ilegalidade na medida em que agirão
para impedir que haja trabalho fora do contexto liminar isto é
dentro do direito de cada um trabalhar segundo sua vontade e
consciência<br />Não há abertura para um diálogo transparente e
fraterno entre a cúpula do movimento e sua base de apoio<br />Suspeito
que haja desinformação quanto às formas e conteúdos das
negociações entre a administração e os líderes<br />Há
constrangimento quando colegas se manifestam contrariamente ao
entendimento dos líderes<br />Entendo que os prejuízos econômicos
não devem ser festejados mas lamentados<br />Entendo que a pessoa do
Thomaz não deva ser ofendida mas respeitada<br />Minha posição é
pessoal e libertária<br />Não desejo apoio de ninguém nem que me
sigam<br />Não tomo a decisão em prol da administração muito menos
pelo governo<br />Infelizmente considero a atual administração
estrategicamente frágil operacionalmente indiferente e
administrativamente indecisa sendo seus fatos e eventos concernentes
facilmente observáveis no chão institucional<br />Quanto ao governo
entendo que deveria ser alvo de alternância de poder<br />Só há uma
alternativa de voltar a apoiar o movimento a greve que seria uma
declaração de seus líderes publicada ao público à sociedade de
que respeitarão a vontade livre de trabalhar de qualquer colega que
seja em qualquer coordenação que seja<br />Como entendem que dominam
a verdade absoluta essa atitude não faz parte da tática pelo que
decido que segunda-feira retornarei ao meu atual posto de
trabalho<br />Adianto que esta decisão não almeja cargos até porque
ainda espero um pedido de desculpas do superintendente por ter
deixado este servidor exilado por 45 dias na biblioteca em
desrespeito moral à sua experiência e conhecimento acumulados ao
longo de 30 a serviço do projeto ZFM<br />Sempre Luz! Antônio
José<br />Ps. Peço que essa manifestação seja socializada ao grupo
Suframa SEM CENSURA </span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div id="sdfootnote1">
<div align="JUSTIFY" class="sdfootnote-western" style="page-break-before: always;">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a><span style="font-family: Arial Black, serif;"><span style="font-size: xx-small;">
Mal baratando, seria como se a greve recente dos garis, no Rio de
Janeiro, sem acordo, provocasse mais e maiores doenças aos seus
munícipes, piorando a já não sadia qualidade vida da periferia.</span></span></div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-43279915489827257422014-01-02T23:01:00.002-04:002014-01-02T23:01:31.872-04:00CRÔNICA DE UMA VIAGEM<div class="Estilopadro">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">À sombra do Tio Sam: impressões sobre o passado, evidências do presente e
perspectivas para o futuro</span></b></div>
<div class="Estilopadro">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Falo
especificamente da visita que fiz, sozinho, à Havana e Varadero, em Cuba, e à
capital panamenha, agora em dezembro. Basicamente, foram dois úteis em cada
cidade: 6 e 7, na capital cubana; 9 e 10, na cidade veraneio cubana; e 12 e 13,
na Cidade del Panamá. Corre o ano de 2014 da era cristã.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">De
plano, registro que, para escrever essa crônica, além das <a href="" name="__DdeLink__136_1463830845">impressões, evidências e perspectivas</a>
colhidas in loco, não só decorrente da observação direta, mas resultante de
diálogos com motoristas de táxi, condutores de charretes, balconistas de
hotéis, vendedores de lojas e livreiros, li e revisitei a publicação CUBA, da
Folha de São Paulo, de 2009, a CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA DE CUBA, da Editora
Política / La Havana, de 2013, e uma revista de turismo oficial do Governo do
Panamá. Claro, impressões, evidências e perspectivas albergadas pelo filtro da
história acumulada nos 54 anos desta forma ordinária, aqui com destaque para o
atributo anarco-burguês sob o manto ióguico, a partir da consciência de que a
verdadeira liberdade secular é impossível sob o exercício de toda e qualquer
autoridade política e da possibilidade de uma consciência associada a uma
Solução Última autocontida e ao mesmo tempo vertida numa Realidade Absoluta
transcendente e ao mesmo tempo imanente à dualidade representada pelas
manifestações cósmicas caracterizadas pela impermanência das coisas e dos
fatos, os quais, consignados nos espaços-tempos históricos, tornam-se vazios e
pequenos juntos ao poder e à potência do aqui e do agora.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Havana
é um mundo apartado do mundo que conhecemos. Em linhas gerais, o povo até que é
alegre, mas sente-se nele o desejo da ambição, o desejo de consumir. O que é da
natureza do homem, considerando seu atual estágio de evolução espiritual. Dois
motoristas reclamaram comigo que não recebem pelo que trabalhavam. Ou seja, o
mundo liberal não tardará, na minha opinião, a tomar conta desse território,
como já o fez com a ex-URSS e está fazendo com China, por exemplo. Estou
convencido que o Ser articula permanentemente a lógica da competição e da
acumulação como ferramenta do jogo cósmico, lastreado pela lei de causa e
efeito, convergente com a atual evolução espiritual da humanidade.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Ao
passear a pé, observamos que os prédios e carros caindo anos pedaços convivem
na ordem de 80% contra 20% de modernidade. No centro histórico, quase fui
devorado pelos prestadores de serviços turísticos. Parede a postura dos
vendedores ambulantes de Fortaleza, assediando os turistas nas praias e
passeios públicos, oferecendo redes e rendas cearenses. Em ambos, predomina a
necessidade por uma melhor qualidade de vida. O carro que me levou do aeroporto
para o hotel, também caindo aos pedaços, desligava toda vez que parava num
sinal. Mas o motorista foi supergentil ao me abordar logo na saída da sala de
desembarque, me levando para fazer câmbio de dólares em CUC, moeda cubana para
turista, numa relação vantajosa para a economia, portanto, sem lastro econômico
para valer mais do que a moeda global. No caminho para o hotel ofereceu várias
vezes uma chica para animar o passeio, artimanha adotada por quase todos que
operam na área turística. Houve um gaiato que, frente a minha resistência,
ofereceu um chico. Relevei.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
hotel sugere um palácio transformado, até que de primeira, mas tudo velho, com
pisos descascados, dutos do ar-condicionado seguramente contaminados de
bactérias e as paredes rendendo homenagens aos comandantes do processo
revolucionário que instalou a família Castro no poder. Tirei algumas fotos do
hotel que é grande com quarto espaçoso, mas que precisaria de uma boa
manutenção. Tem piscina grande com vários ambientes, bem como sala de ginástica
e quadra de tênis. Dispõe também de espaços para eventos externos. À noite,
pausava para tomar uma cervejinha cristal, a melhor de Cuba para os cubanos, no
lobby bar do hotel, ouvindo piano, antes de subir, cedo, para dormir. Na manhã
do último dia em Havana, optei por nadar na bela piscina do Hotel. No início da
tarde do último dia, fiz o traslado hotel-hotel para Varadero de ônibus. Lá
esperava o mar caribenho. Mas houve novidade.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Não
tirei muitas fotos, para dar atenção ao passeio. Todos com quem tive contato
querem conhecer o Brasil. Um cubano disse que gostaria muito de ir para a copa,
mas creio que não podem e/ou não tem dinheiro. Bem, nem tudo é ruim em Cuba.
Destaco que não há analfabetos. Já em 1962, apenas 3 anos após a revolução, o
analfabetismo havia sido erradicado. E o SUS deles talvez seja um dos melhores
do mundo e certamente melhor do que o brasileiro. Destaco essas duas variáveis
por constituírem, na minha opinião, as duas principais dimensões de uma nação
no longo prazo. Num horizonte de 100 anos, por exemplo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">As
pessoas em Havana tem uma postura ativa em relação a vida pois sabem o que lhes
afligem, a falta de liberdade. Já nos países desenvolvidos e emergentes do
mundo capitalista o povo nem imagina a alienação que lhes acomete. O americano, por exemplo, não tinha noção do poder
negativo que sua nação determina ao mundo, percebido, segundo alguns
especialistas, quando se deu os atos de terrorismo intenso e ao mesmo tempo
horrendo liderados por Osama bin Laden. As pessoas simples de Manaus, da
Amazônia e do nordeste brasileiro, e mesmo nas
regiões mais dinâmicas do Brasil, de uma forma geral mal sabem ler e
escrever e fazer as operações mais simples de matemática. Cuba é uma potência
nos esportes, considerando seu porte como nação e seus recursos, e faz parte da
fronteira da biotecnologia, por exemplo, mesmo considerando o tamanho de sua
economia e a opção política do país.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Não
encontrei o Fidel, mas se o tivesse encontrado teria dado um cascudo, no
sentido de que oriente o Raul a abrir Cuba para o mundo, atraindo investimentos,
sem perder de vista, sem deixar de perseguir o autodesenvolvimento com capital
e tecnologia próprias. Teria argumentado, sobretudo, sobre a necessidade da
alternância de poder político para oxigenar o tecido social. Cuba ainda vive a
revolução em todos os cantos da cidade, com cartazes, fotos e slogans expostos,
embora nada comentem sobre Fidel ou Raul. Os dois recebem uma espécie de
silêncio honroso. Che sim, é reverenciado.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Logo
no primeiro dia em que cheguei à tarde passeei de charrete pontuando os principais
prédios da Habana Vieja e Centro de
Habana e Prado, quais a Catedral de San Cristóbal e o Capitolio. Ao longo dos
dois dias seguintes visitei todas as Plazas, de la Catedral, de Armas, de San
Francisco e Vieja, seus prédios e ruas ao redor delas. As praças são típicos
arranjos urbanos inerentes à colonização espanhola. Nesse passeio, feito de
charrete, fui convocado pelo condutor a comprar charutos de cooperativas, com a
promessa que seriam tão bons quanto os vendidos em casas oficiais, além de mais
baratos, pois vendidos pela metade do preço. Aceitei. Perguntei ao condutor da
charrete se Fidel teria abandonado Che na Bolívia, para não lhe fazer frente,
pelo que simplesmente disse: "sobre isso nada sei!". E ponto final,
assenti. </span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Ao
passear pela Praza das Armas, depois de conhecer o centro de artesanato cubano,
comprei um exemplar, da primeira edição de 1968, do diário do Che, que relata
sua experiência fracassada na Bolívia, o qual presenteei a um amigo estudioso
da temática e admirador desse personagem histórico. Na realidade, nessa praça,
conheci, de minha parte, a maior feira livre de livros usados a céu aberto,
sebo a céu aberto. Esse cenário reflete a autorização dada pelo governo cubano,
no início dos anos 1900, para o florescimento de pequenos negócios. A
propósito, sugiro o filme Habana Eva, que relata a história de uma jovem
mulher, que conhece um novo amor e as oportunidades dos negócios, rompendo com
o velho e tateando o novo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">No
entorno dessa praça tem prédios da época da colonização espanhola, com destaque
para o Palacio de los Capitanes Generales e para o Castillo de la Real Fuerza.
Belíssimo local aonde almocei comendo uma lagosta debaixo de uma tenda olhando
a praça cheia de árvores. Depois do almoço, comprei 3 CDs de jazz cubano, sendo
aquele embalado pelo saxofone de Carlos Miyares o melhor deles. Em sequência,
claro, fui passear pela Malecón, orla marítima ou beira mar de Havana, uma
espécie de Vieira Souto cubana. Sua imagem, realmente, não é bonita. A visão do
horizonte é o mesmo de todo litoral. Na realidade, é uma pena, pois segue a
mesma lógica dos carros, com prédios velhos e fachadas feias para os padrões
arquitetônicos ocidentais. No máximo 20% delas estão conservadas, como já
disse.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Acho
que o processo social instalado com a revolução cubana de 1959, ano e mês do
nascimento deste turista, não dá muita trela para essa estória de colonização
com a mesma característica, por exemplo, dos chilenos e, especialmente, dos
peruanos. Os chilenos são orgulhosos em relação a sua superação, os peruanos
amargurados em relação aos desatinos proporcionados pela ela, mas os cubanos
simplesmente a ignoram. Talvez enquadrem a ação dos espanhóis históricos na
mesma lógica anti-imperialista com que tratam seus atuais algozes. Mesmo que os
autóctones tenham sido exterminados pelos espanhóis, como informou o guia
turístico do traslado Havana-Varadero.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Visitei
os Museus da Revolução, de Belas Artes e de História Natural de Cuba. No
primeiro, tirei uma foto de uma imagem em tamanho natural feita de cera do
Comandante Camilo, importante personagem da Revolução Cubana, ao lado do seu
ícone, o Comandante “Che” Guevara. No de História, me chamou a atenção a
referência de autores, pesquisadores e cientistas, do extinto bloco comunista.
Crianças, com seus pais, visitavam esses Museus; no de Belas Artes, eram
incentivadas a desenhar com a orientação de um professor, simplesmente sentadas
ou deitadas de bruços no chão. Muito legal, perceber que as crianças em Cuba
precisam da companhia e da orientação de seus e professores como em qualquer
outro lugar deste Planeta. Ainda no de Belas Artes, contemplei por longos
minutos um belíssimo quadro de cegos caminhando um apoiado no outro em rede de
mãos e ombros. Essa seria a lógica da solidariedade enquanto substrato de
organização social em contraponto ao imperativo da competição. Uma utopia!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
Museu de História Natural, claro, não chega nem aos pés do de Ottawa,
localizado na capital canadense, que conheci no início dos anos 2000. Mas os
cubanos fazem o que podem mesmo com muito pouco. Individual e coletivamente
muito pouco é acumulado para gerar reinvestimentos contínuos, pois a lógica de
mercado não prepondera, sendo outra estrutura de velores. Nesse dia, revisitei
alguns pontos dos passeios anteriores, como a elegante e aconchegante feira de
livro na Plaza das Armas. Almocei num restaurante típico na Plaza Vieja.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Registro
que vi poucos chineses e japoneses, especialmente os primeiros, que tomavam
conta do aeroporto de Paris, em conexão, quando visitei Praga, Budapeste e
Viena no primeiro semestre deste ano. Eles apareceram mais em Varadero. Insta
registrar um grande atributo de Havana: não tem engarrafamento e o heroico
esforço de manter carros americanos e russos velhos rodando, a partir de
motores e pneus desenvolvidos em Cuba. Deveria constituir um estudo de caso de
uma tese de doutorado em engenharia mecânica pois os caras são bons. Já deve
haver. Contudo, na segunda quinzena de dezembro, ficamos sabendo, aqui no
Brasil, da autorização do governo cubano para importação de carros. Talvez isso
possa contribuir para no futuro, Cuba ter sua própria indústria
automobilística, se não seguir o exemplo chinelo. Imagino que dispõem de
capacitação tecnológica mínima, pois os carros americanos e russos rodam há
mais de 40 anos, na medida em que os cubanos desenvolveram seus próprios
motores e pneumáticos.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">No
segundo dia andei, andei e andei. Inclusive no Paseo del Prado, contemplando as
fachadas de suas ruas paralelas e os leões que o pontuam. Fiquei exausto, mas
contente. Finalizei toda Havana dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, expressões
dos sítios Viejo, Centro e Prado, e ainda vi a urbanidade do século XX, Vedado
e Plaza, este de ônibus de turismo. Nesse passeio de ônibus, contemplei o
Memorial José Martí, perdendo a oportunidade de subir até o mirador no alto da
torre, considerado o ponto mais alto de Havana, que oferece uma vista da cidade
inteira. Na realidade, perdi muitas outras visitas como, por exemplo, a casa
onde viveu Hemingway, chamada de Finca La Vigía, e o Parque Lenin, que ficam
fora do Centro de Cuba. Não visitei também o Museo del Ron, apesar de ter
comprado uma pequena garrafa de rum envelhecido 7 anos para presentear um
amigo. Mas conheci a Real Fábrica de Tabacos Partagás. Charuto e rum são dois atributos
cubanos. Visitei apenas duas Igrejas: a Catedral e a Basílica Menor de San
Francisco. Esta última, oferece uma bela vista, a partir do seu campanário, da
Plaza de mesmo nome que tem como destaque a sua Fuente de los Leones. Registro
que, na minha opinião, o Estado cubano, na sua atual configuração, não dá muita
bola, não dá muita trela para a Igreja enquanto instituição, pois seus prédios,
na minha percepção, são abertos apenas “para turista ver”, expressão derivada
da histórica “para inglês ver”.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">De
novo, Havana é belíssima! Mesmo pobre, não perde o ar aristocrata da primeira
metade do século passado. Pena que seus bangalôs, habitados pelos trabalhadores
revolucionários e seus descendentes com pouco recursos, não sejam mantidos e
reformados. Constatei em Florença e, especialmente, em Veneza, que os prédios
velhos são mantidos e reformados com suas fachadas originais para fins
turísticos, porém, internamente dispõem de toda infraestrutura moderna.
Todavia, sua atual elite política e seu povo é digna de todo reconhecimento
histórico, pois se demandam por liberdade, portanto, sabem o que desejam, os
cidadãos simples de Manaus, volto a dizer, não imaginam o quando são alienados
pelo mercado no sistema de uma democracia de segunda categoria. Tenho forte convicção
na solidariedade econômica e consciência humana correlata como sistema social
mais elevado. Mas, a humanidade terá que desbastar ainda muito a pedra bruta
que é seu coração, reprodutor de uma mente competitiva, suprida pela ambição de
ter e acumular.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A
viagem de Havana para Varadero durou mais de 4 horas de tanto parar em hotel
para pegar e deixar passageiros. E eu fui a primeiro a entrar e o último a sair
do ônibus. Nesse trajeto, fiquei bastante impressionado com o guia turístico
cubano, que além de falar as línguas básicas de sua profissão, falava
fluentemente russo, inclusive cantando músicas populares com turistas
ucranianos. Fiquei emocionado com sua devoção ao cantar um hino que homenageia
Che, que reverencia a presença permanente do Comandante nos corações e mentes
dos cubanos. Após a chegada, jantei com um casal canadense e acho que os
convenci, ainda que com meu fraco inglês, a conhecer o Amazonas na sua
qualidade de última grande fronteira natural ao lado dos fundos oceânicos e da
Antártica. Apesar desses aspectos positivos, considerei esse dia meia-sola,
pela longa viagem de ônibus. Foi o dia 8.12.13. Tanto que não está listado como
dia útil, ainda que tenha obtido mais alguma informação e algum conhecimento.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
hotel Meliá Marina Varadero é coisa de louco. Capital espanhol realizando a
abertura da economia promovida pelo governo cubano por meio da expansão do
turismo. Novíssimo em folha. Grande a beça. Acho que nunca estive num hotel em
férias tão luxuoso. Fiquei deslocado do prédio central num condomínio que faz
parte do complexo com carrinho e motorista disponível a qualquer hora, tanto
para ir para o hall do hotel quanto para a praia, a partir do pátio das
piscinas. Refeições café almoço e jantar; e drinks, como parte do pacote. Mas o
hotel tem opções VIP.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
complexo do hotel na realidade é monstruoso, especialmente para os padrões
cubanos.<br />
Tem quatro prédios no condomínio aonde fiquei hospedado, além do núcleo
central. É visível obras de expansão, que talvez seja até mesmo do próprio projeto
original, pois como disse acima o hotel é novíssimo em folha. Turistas do mundo
inteiro podem aproveitar os espaços VIP tipo jantar reservado para
brindes&brindes com champanhe, além da possibilidade de navegar pelo mar
cubano do oceano Atlântico, via hobe cat ou mesmo num veleiro. Porém, em
Varadero, o bom é simplesmente caminhar pela praia e depois nadar na piscina.
Passear pelas lojas do hotel ou tomar um aperitivo, aguardando o almoço ou
jantar.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Pode-se
simplesmente decidir, como o fiz, não ir no centro, pois o hotel é longe.
Precisei fazer caixa pois o custo do taxi para o aeroporto é caro. Para os
menos abastados, então, só o hotel é uma atração em si. Atenção, Varadero não é
considerado mar caribenho, embora a água seja cristalina. É mar do oceano
Atlântico. Existem outras ilhas do lado sul que, sim, é considerado mar
caribenho. Essa foi a novidade. Ignorância geográfica deste turista. Dos
passeios pela praia de Varadero, trouxe conchinhas para a ricaneta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Atenção
aqueles que pensam em Havana como um vírus que deve ser evitado: Varadero tem
aeroporto internacional. Então, quem quiser apenas a praia, num luxuoso hotel
de primeiro mundo, evitando uma urbanidade “velha” e “decadente”, basta ir
direto, tipo aeroporto de Manaus, direto para o hotel Tropical, para sair em
busca de tucunarés pelos rios do chão amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Observei
que no hotel Meliá, o capital investido mediante atração mantém um exército de
cubanos empregados gerando renda; igualzinho em Manaus com o Projeto ZFM. Sem
tirar nem por, guardadas as devidas proporções. Parece-me que Cuba ainda não
abriu as portas para o capital industrial e comercial, mas apenas para o
capital de turismo. Após o esvaziamento da presença soviética na economia
cubana, a solução encontrada para sair do semi-isolamento foi o turismo, que se
expande como gente grande. Já no final da década de 1990, o turismo havia se
tornado o setor mais forte da economia de Cuba. Em 2000, 1.774.000 turistas de
todo o mundo, e não só da Europa Oriental como nos tempos ao alinhamento
soviético, visitaram Cuba.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Em
Havana, vi apenas um supermercado, e longe de ser algo ao menos parecido com os
de Manaus. Não vi nenhum shopping. Mas vi Galerias de Passeo. Talvez algo
equivalente. Em Varadero, como disse acima, não estive no centro, pois o hotel,
para este turista, foi uma atração em si mesmo, mas não deve ser diferente. Na
estrada indo para Varadero desde Havana comprei um dentifrício cubano
liquefeito. Nesse mercado não vi as velhas marcas dominantes, tipo Kolynos e
Colgate. O esforço de sobrevivência é próprio, nacional, endógeno. É o que
parece!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Penso
que os cubanos não tem acesso às mercadorias globais de marca, não só por falta
de disponibilidade de renda, mas, sobretudo, porque não é permitido. Portanto,
a abertura comercial e a atração de investimentos são limitados. Mas, ainda
assim, a minha impressão, é que vivem alegres, cantantes e dançantes, como
desejo reforçar. Ainda que reclamantes por melhores condições para uma melhor
qualidade de vida, pois o salário que o governo paga não é suficiente para se
viver. Já se vê aí uma motivação liberal, pois profissionais com profissão
definida são obrigados a labutar em outra área. Por exemplo, um engenheiro
atuando também como motorista de táxi. Aliás, isso já foi exemplo no Brasil em tempos
de maiores níveis de desemprego.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Encontrei
duas pessoas, uma mulher, balconista do hotel em Havana, cujo marido em janeiro
virá para o Brasil como médico; e um homem, condutor de carrinhos que levam e
trazem turistas dentro do hotel de Varadero, que o irmão médico também virá.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Quando
falava que era brasileiro diziam: Brasil, país-irmão! Penso que acham a atual
orientação diplomática brasileira Sul-Sul favorável a uma maior aproximação
entre os dois países, especialmente se se perceber que a presidente Dilma se
sentou ao lado Raul Castro, na homenagem ao Nelson Mandela, cujo exemplo de
desapego ao poder poderia inflamar os ânimos governistas cubanos.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Varadero
é um mundo a parte de Havana. Aberto que está aos investimentos globais na área
do turismo. Fiquei hospedado no Meliá, como disse, empresa de capital espanhol.
Fazia paradas no Fiesta, nome dado ao lobby bar, aberto 24 horas, em homenagem
à primeira novela do Hemingway, que conta a estória de americanos e ingleses
perdidos na França e na Espanha. Sabia da resistência francesa ao modo american
life de viver, mas a da espanhola é novidade.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, existem muitas resistências e é isso que faz a potência da
democracia burguesa e do sistema capitalista, e, por conseguinte, do Estado
moderno, pois eles se reproduzem constantemente para sobreviver a partir dos
questionamentos e críticas. Escrevi, a tempos, um artigo que intitulei “Nem a
democracia burguesa, nem a ditadura do proletariado”. Apenas para dar o tom
dessa crônica, hoje intitularia “Nem a democracia burguesa, muito menos a
ditadura do proletariado”. Mas o conteúdo, com recortes anarquistas,
permaneceria intocável. Se não fosse Karl Marx, o sistema capitalista não seria
tão robusto hoje quanto o que é. Aliás, o marxismo, ao vencer a luta histórica
com o anarquismo, tornou-se corresponsável pelo sucesso do capitalismo, na
medida em que a doutrina da autoridade política, substrato do instituto Estado,
foi mantida intacta. Isso é que facilita a vida de populistas e dos ditadores,
e, claro, da família Castro. Peças e figuras caricatas desde sempre nas plagas
sul-americanas.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Talvez
caiba aqui uma palhinha sobre o ex-ante e o ex-post do movimento de 1959, muito
sucintamente. Vou tentar. Primeiro, a revolução em si está contida numa série
de outras manifestações históricas, inclusive, de sindicatos de produtores e
uniões de estudantes, que perceberam a perversidade e a tirania dos governos
cubanos para com a população desde os primeiros momentos da República até a
ditadura de Fulgência Batista, passando pelo regime de Gerardo Machado, que
matou o intelectual marxista Julio Antonio Mella, exilado na Cidade do México.
Esse período evidencia, portanto, Cuba como um quintal estadunidense onde
predominava o prazer glamoroso da música, dos drinks, do sexo, do jogo, das
drogas. Cuba era conhecida como a “ilha dos prazeres”, o que, em absoluto,
significa que hoje os cubanos estejam esterilizados. Batista enriquecia os
amigos e empobrecia a população. O país mantinha-se estagnado. Se continua
estagnado após mais de cinco décadas de socialismo, pelo menos a lógica dos
prazeres foi superada, sem falar que o povo hoje é alfabetizado e tem boa
saúde. Esses fatos evidenciam que o motor da revolução foi a consciência
construída ao longo das seis primeiras décadas do século XX quanto às
miseráveis condições de vida do povo e a repressão social crescente,
abertamente violenta.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Fiz
uma pergunta básica a um motorista de táxi, no sentido de sentir sua opinião.
Perguntei se Che estaria contente, se aprovaria a administração da Família
Castro, se estivesse vivo. Assegurou que sim. Claro que isso não aponta para
uma opinião geral. Existem dissidentes que até afirmam ao contrário, que em
Cuba a saúde e a educação não são como estamos dizendo aqui, para sustentar o
discurso da falta da liberdade e, portanto, da necessária mudança política.
Para superar a dúvida, seria necessário uma investigação comparada. Comparar
não só com países centrais e emergentes, mas com experiências surreais como a
do Haiti. Uma viagem de turismo não é suficiente para alimentar essa discussão.
Nesse sentido, registro que tenho minhas dúvidas frente a posição do motorista,
considerando o próprio compromisso do Che com a lógica libertária, pois
preferiu viver o combate vivo, o processo revolucionário permanente, para
livrar o jugo do trabalho da potência do capital. Che seguramente abriu mão de
se manter instalado no poder implantado em Cuba, após 1959, depois de ter
exercido alguns cargos de importância, qual presidente do Banco Central. Numa
outra perspectiva, Fidel teria abandonado Che na Bolívia? Poder-se-ia ter dois
comandantes do mesmo nível, do mesmo porte, do mesmo peso, num mesmo e único
processo revolucionário? Talvez, no mínimo, estivesse fazendo restrição à
negação do princípio da alternância do poder no comando maior do país. Tais
interrogações foram colocadas pelo amigo estudioso da temática, a quem
presenteei o livro do diário de Che na Bolívia.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Por
um lado, o esforço cubano, de enfrentamento da lógica do mercado, é heroico e,
no futuro, poderá ser avaliado historicamente da forma imparcial. Idealmente,
essa avaliação deverá estar igualmente isenta da mentalidade inerente ao jogo
do poder político. Por outro lado, o modelo político-econômico cubano fere a
natureza humana, no atual estágio de sua evolução espiritual, que é baixa,
restritiva, face aos venenos do egoísmo, do orgulho, da ambição, do
individualismo, que povoam o coração do homem, os quais alimentam e reproduzem
a lógica capitalista. Será que esses venenos em algum tempo atrás ou à frente
desta modernidade foram ou serão superados? Nunca saberemos, verdadeiramente.
De qualquer sorte, poderíamos nos perguntar, mediando as duas perspectivas:
será que se todo o mundo, a partir da década de sessenta do século passado,
portanto, se a meio século atrás, tivesse adotado o padrão de consumo cubano as
ameaças correlatas às mudanças climáticas estariam tão presentes quanto hoje?
Talvez não, mesmo considerando que o processo da queima de combustível fóssil
começou lá atrás com a Revolução Industrial, na medida em que o alto padrão de
consumo se intensificou exatamente na última metade do século XX. O princípio
da inovação tecnológica acelera as taxas de crescimento do padrão de consumo no
mundo: modelos de carros novos a cada ano; modelos de celulares novos a cada
semestre; inovações gerais a cada trimestre. Uma loucura! No mercado, a maioria
alienada, comprando, comprando e comprando. Inclusive, este turista. A ética
sustentável é a nova utopia da humanidade. Já tenho dito isto em minhas reflexões.
A propósito, superado a Guerra Fria, bem que o Tio Sam poderia devolver o
território que ocupa na região de Guantánamo ao povo cubano.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Mas,
voltemos ao mote fulcral da crônica. Antes do almoço, no lobby em homenagem ao
Hamingway, tomava dois copos de cerveja como aperitivo, quando percebia casais
jovens mais alegre do que o normal. Após o jantar, tomava um licor, ouvindo um
piano, oportunidade em que me dava conta da quantidade de casais in making
love. Aqui acolá, um ou outro, degustando um cubano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Declinei
do baile dançante ao som da música cubana programado pelo hotel, pois apesar de
não ter trazido o tapetinho de Yoga, a meditação foi intensificada com prática
pela manhã às 6h e à tarde às 18h. Pelo menos, sempre que podia, considerando
os horários e o cansaço dos passeios. Portanto, continuei, no período da
viagem, me recolhendo cedo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Numa
oportunidade, contudo, antes de dormir, assisti ao filme Amor, que comprei no
sistema iPad, ganhador, ano passado, do prêmio Palma de Ouro, associado ao
Festival de Cannes. O filme é um espetáculo. Sobressalta a dignidade com que se
pode tratar a vida na terceira idade mais avançada quando nós tornamos
dependentes quais crianças. As atitudes chocam um pouco para nossos valores
judaico-cristãos, mas é isso. Ter consciência que viemos, mesmo não sabendo de
onde viemos; ter consciência que vamos, mesmo não sabendo para onde vamos, já é
um grande avanço frente ao mistério da vida! Visões como a do filme, demonstra
esse desapego ao mundo do presente, ainda que em geral as crenças religiosas
privilegiem a vida e abominem o tirar a vida, qualquer que seja a condição
terminal, ressalvados alguns casos previstos em Lei específicos para este ou
aquele país. Todas as perguntas fundamentais, acredito, só e somente podem ser esclarecidas
além do tempo, cujo portal é o aqui&agora. Nada mais!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Isso
nos leva às perguntas que alimentam o autoconhecimento continuamente:
"Quem sou?"; "Da onde vim?"; “Por que estou aqui?”; e
"Para onde vou?". Sei que vim, embora não saiba de onde exatamente; e
sei que vou, todavia sem imaginar para onde exatamente. Isso por si só, creio,
já é um avanço, especialmente se aceitar que estou aqui para aprender. Mas,
para saber quem sou realmente tenho que romper a barreira do tempo,
aqui&agora. E isso é nada trivial. Dificílimo! Especialmente para uma forma
ordinária, que continua subordinada aos sentidos. Para terem uma ideia, já no
aeroporto do Panamá, comprei um chapéu panamá marca Monte Cristi, um dos
melhores do mundo, segundo o vendedor. Acho que estou retomando, agora com 7
novos modelos, a pequena coleção que mantive nos anos 2000, de quase vinte
exemplares. Por pressuposto, no maior e melhor shopping da Cidade do Panamá, o
Albrook, fiz compras de presentes, no caso, de marcas globais, por exemplo, do
famoso jacarezinho francês made in Peru. Nele também restaurei um dente que se
quebrou em Havana. Sim, serviço odontológico num shopping; rápido, fácil e
eficiente. Além de cortar o cabelo. Tudo a preços bastante competitivos frente
aos brasileiros. Custo Brasil? Até quando? Carga tributária alta? Para aonde
vai o dinheiro público? Ainda se poderia realizar duas vezes a mesma obra, como
se dizia tempos atrás? Apenas abstrações!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Aproveito
a oportunidade para ilustrar a crônica com um trecho da Chandoya Upanishad,
texto vedantino, que me serviu de alento no passeio: “Assim como um pássaro
amarrado numa corda voa desesperadamente em todas as direções buscando um lugar
tranquilo e depois descansa no paleiro, da mesma forma, a mente, cansada de
vaguear aleatoriamente sem encontrar repouso em lugar algum, se estabelece e se
acalma no alento vital. É assim porque a mente inquieta está vinculada no
alento vital” [VI.8.2]. Esse verso mereceu o seguinte comentário de Swami
Dayananda: “Este é um lindo exemplo, que compara a mente a um pássaro que está
amarrado numa corda e quer se libertar dela. O pássaro quer liberdade. Assim,
ele puxa a corda e se rebate sem parar mas, vendo que não consegue, acaba por
se acomodar e aceitar o fato de que está amarrado. A mente, da mesma maneira
vagueia incessantemente pelos objetos de desejos, até, cansada, se estabelecer
no alento vital. O alento vital, durante o sono, permanece, assim como
permanece nos outros estados de consciência. Assim sendo, o alento vital é uma
espécie de referência para o sujeito, já que, assim como tudo o mais, deriva a
sua existência do Ser. Tendo essa referência, é natural que a mente se acalme
ao se fixar no alento vital” [Chandogyopanisad; tradução comentada, baseada nos
ensinamentos de Swami Dayananda, compilada por Pedro Kupfer; 2013; p. 33].</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
ensinamento oferece um ponto de convergência tanto para os cubanos que, ao
viverem contrariamente ao ideário do atual momento histórico da humanidade,
buscam por maior liberdade, quanto para nós que, ao vivermos sob o signo do
mercado, precisamos dominar ou, no mínimo, mitigar a alienação. Então, para
ambos, o repouso no alento vital é uma boa solução!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Em
Varadero, portanto, o programa pode ser sempre o mesmo! Ou seja: Meditação +
praia + piscina + praia + Meditação! Mais uma boa leitura e/ou um bom filme!
Ratifico que Varadero é a expressão de sucesso da abertura cubana. Lá comprei
para mim uma camisa e uma bermuda de design espanhol, de Ibiza, e produção
indiana. Portanto, o globalismo está presente nos hotéis de Varadero.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Para
finalizar sobre Cuba, repito que o povo cubano é alegre cantante e dançante. Em
Cuba, não tem analfabetos. A educação e a saúde são gratuitas. O SUS deles deve
ser melhor do que o brasileiro, pois exportam médicos para melhorar o nosso, e
não estou afirmando que essa é uma boa solução para a política pública da saúde
para o Brasil. Na universidade, o Estado paga o cidadão para que estude,
segundo depoimento do motorista que me levou de Varadero ao aeroporto de
Havana. Estão na fronteira da biotecnologia, é que o dizem, contra tudo e
contra todos. Na Constituição cubana, está consignado, no seu artigo 14, o
princípio de distribuição socialista: "de cada cual según su capacidad, a
cada cual según su trabajo". Na realidade, esse ideário é uma variação do
princípio anarquista que diz: “a cada um de acordo com suas necessidades, de
cada qual segundo suas capacidades”. A sutileza ainda representa uma grandeza
abissal de valores. Ainda assim, Cuba tenta uma outra estrutura de valor, que,
na minha opinião, tem tanta luz quanto tem a democracia burguesa; ou, por outro
lado, falta tanta luz quanto falta à democracia burguesa. Se temos alienação,
em Cuba falta liberdade. E esses dois valores andam juntos na democracia
burguesa. Acredito que o fetiche inerente ao consumo seja menor em Cuba, ainda
que por decorrência de um condicionamento alternativo. Ao fim e ao cabo, tudo é
condicionamento.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">As
amarras para uma educação e uma saúde gratuita ao povo cubano estão assim
alocadas na sua Constituição. No artigo 50, observamos a natureza da saúde
gratuita: “Todos tienen derecho a que se atienda y proteja su salud. El Estado
garantiza este derecho: con la prestación de la asistencia médica y
hospitalaria gratuita, mediante la red de instalaciones de servicio médico
rural, de los policlínicos, hospitalares, centros profilácticos y de
tratamiento especializado; con la prestación de asistencia estomatológica
gratuita; con el desarrollo de los planes de divulgación sanitaria y de
educación para la salud, exámenes médicos periódicos, vacunación general y
otras medidas preventivas de las enfermedades. En estos planes y actividades
coopera toda la población a través de las organizaciones de masas y sociales”.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Já
no artigo 51, observamos a natureza da educação gratuita: “Todos tienen derecho
a la educación. Este derecho está garantizado por el amplio y gratuito sistema
de escuelas, seminternados, internados y becas, en becas, en todos los tipos y niveles de
enseñanza, y por la gratuidad del material escolar, lo que proporciona a cada
ñino y joven, cualquiera que sea la situación económica de su família, la
oportunidad de cursar estudios de acuerdo con sus aptitudes, las exigencias
sociales y las necesidades del desarrollo económico-social. Los hombres y
mujeres adultos tienen asegurado este derecho, em las mismas condiciones de
gratuidad y com facilidades específicas que la ley regula, mediante la
educación de adultos, la enseñanza técnica y profesional, la capacitación
laboral em empresas y organismos del Estado y los cursos de educación superior
para los trabajadores”.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
que peca, então? Peca que a liberdade política é subordinada ao partido único
com conteúdo unilateral apoiado no marxismo-leninismo, que alberga o ideário do
Estado socialista cubano. Diferentemente, portanto, da liberdade religiosa que
é ampla e irrestrita, e separado do Estado. A economia é planicentralizada, o
que constitui uma contradição hodierna à hegemonia do mercado capitalista. Não
estou defendo aqui o mercado. Mas apenas reconhecendo sua dominância, o que é
compatível com os valores que predominam no coração do homem, considerando seu
atual estágio de evolução espiritual. Tudo, ou quase tudo, é propriedade do
Estado a serviço do povo. Essa correlação de forças não prospera nesta
modernidade. Vide exemplo da Rússia e suas ex-repúblicas, antes da queda do
Muro de Berlim, que simbolicamente representa a adesão ao mercado. Hoje a
Ucrânia busca, na voz do povo, aderência à UE, em detrimento do alinhamento
governamental ao ordenamento russo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
podemos estabelecer uma associação comparativa entre o sistema
marxista-leninista com o sistema liberal que regula todos os contratos sociais
que albergam as democracias moderno-burguesas do mundo capitalista. Os pecados
quanto à liberdade política são os mesmos, ainda que em graus e dimensões
diferentes, ou seja, aqui, até podemos ter um governo dito socialista, mas
subordinado às amarras da propriedade privada, cultuada como um deus. Do ponto
de vista objetivo, toda liberdade é limitada. E, segundo o anarquismo, somente
a liberdade libertária, livre de qualquer manto de autoridade, poderia
oportunizar e organizar um modo de viver e pensar verdadeiramente livre. Mas,
essa é uma utopia superada, oxalá adiada, no caso das mudanças climáticas
permitirem. Conforme já disse, a ética sustentável é a nova utopia da
humanidade. Já tenho dito isto em minhas reflexões a algum tempo. Observar que
a liberdade e a imortalidade definitivas, últimas, estão além do tempo,
conformei ponderei no início desta crônica.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Assim,
apesar dos pesares, Havana é belíssima! Seu povo é alegre, cantante e dançante,
reafirmo como um mantra. Sabem do que precisam, de maior liberdade,
diferentemente de nós, que pouco sabemos do processo de alienação a que somos
acometidos com a lógica do mercado. Mas o Ser sabe o que faz não é mesmo? Quem
somos nós para julgar! </span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Não
creio que o povo cubano sofra mais do que qualquer outro povo. Afinal, tudo é
dor e sofrimento, segundo Buddha, quando não entendemos como podemos
superá-las, identificando sua origem e definindo um Caminho. Ainda acredito no
socialismo. Todavia, entendo que só será possível após extirparmos os venenos
dos nossos corações. E isso vale para todos os povos! Então, não tem sistema
bom, um melhor do que o outro. Tem sistemas diferentes. Existe apenas
dualidade, tanto lá, quanto aqui. E só!</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Vamos
agora relatar a visita à capital do Panamá, onde conhecemos seu canal, uma obra
fantástica, como diria meu velho pai, o Botelhão. A viagem de Havana para a
Cidade de Panamá foi no dia 11.12, e também não considerei um dia útil, ainda
que também tenha obtido mais informação e mais conhecimento. Já havia esquecido
o que é uma cidade barulhenta com trânsito infernal, pois andei esses dias em
Havana e Varadero de charrete, coco-táxi e muito a pé. No primeiro dia, 12.12,
contratei um táxi para me levou para ver as eclusas, do lado do Pacífico, e
fazer um passeio pelo centro histórico que tem uma arquitetura espanhola e
francesa, chamada de Casco Viejo. Deveria ter descido para caminhar e almoçar em
Casco Viejo. Perdi a oportunidade. Aliás, todas as oportunidades perdidas, nos
três locais visitados, ficam para uma outra visita. Mas, de quebra, passeei
pelas por três ilhas conectadas entre si e ao continente, com entulhos de pedra
e terra resultante das explosões da construção do Canal.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">No
dia seguinte, 13.12, passeei por toda a cidade nas duas rotas do ônibus de
turismo. Um dia meia-sola, considerando o trânsito infernal, um dos predicados
mais expressivos de Manaus dos dias atuais. Mas, deu para parar no Museu de
Panamá Viejo, onde observei que a aldeia original sofreu um terremoto e um
incêndio na segunda metade do século XVIII, o que deslocou sua urbanidade
inicial para o atual centro histórico. Talvez, não a toa o slogan do atual
governo seja: de uma pequena aldeia para uma metrópole mundial.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A
internet, na Cidade do Panamá, além de grátis é poderosíssima. Diferentemente
de Varadero, e, especialmente de Havana, onde seu sinal é frágil e irregular.
Em Havana, custava $ 8 CUC a hora, quase US$ 10.00. Acho que nunca naveguei num
acesso tão rico de velocidade. Em Manaus, o acesso também é limitado! Ademais,
o Panamá oferece aos turistas seguro de saúde grátis até certo limite, mas já é
um agrado aos seus visitantes.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Realmente,
pelos informes oficiais trata-se de um país, talvez especialmente sua capital,
que cresce a índices chineses; cresceu 10% em 2012. Na realidade, existem
propagandas de construções residenciais e turísticas por todos as regiões e
locais do território panamenho. Dizem que querem atrair os aposentados
endinheirados americanos, na medida em que a região lembra a Califórnia.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O
canal construído pelos americanos a cem anos, que em 2012 movimentou 335
milhões de toneladas de carga bi oceânica está sendo duplicado e estará pronto
em 2014. O Panamá durante a administração do Tio Sam recebia, anualmente, US$
10 milhões. Hoje, fatura isso em dois ou três dias. Façam as contas. Portanto,
não faltarão recursos para transformar o Panamá num dos países mais prósperos
da Amárica Latina.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A
capital do Panamá é considerada uma das mais seguras da região para turistas.
Foi considerada a quarta cidade do mundo para serviços financeiros e a segunda
globalmente mais competitiva, segundo o Fórum Econômico Mundial 2012-2013. Pelo
seu aeroporto passaram 6,9 milhões de pessoas em 2012. A Zona Franca de Cólon,
situada no lado caribenho do Panamá, é a segunda maior em território do mundo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Em
2000, a capital panamenha retomou a soberania da área adjacente ao canal
construído pelo Tio Sam, de 8 milhas para cada lado, onde o panamenho comum não
tinha acesso, além de passar a administrá-lo, o que está proporcionando uma
transformação naquele país, na medida em que estão em curso grandes obras de
infraestrutura, quais novo aeroporto e anel viária contornando o centro
histórico pelo mar, bem como a própria duplicação do sistema de eclusas, para
receber os cargueiros modernos e continuar servindo a dezenas e centenas de
rotas e portos ao redor do mundo, sem falar que já é um dos principais centros
financeiros do mundo. No Panamá, o jogo é liberado. Do lado do hotel onde me
hospedei havia um casino convidativo. Declinei desse atrativo.</span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Por
tudo relatado nesta crônica, oferecemos como título à sombra do Tio Sam, pois
Cuba continua embargada, glosada com barreiras ao mercado global, com as
sanções econômicas, imposta pelo país mais poderoso do mundo. Sem falar que
parte do seu território continua sob soberania estadunidenses. Mesmo que talvez
resulte de uma acordo perpétuo, feito lá atrás, no momento histórico da independência
de Cuba, parte da ponta leste do seu território, Guantánamo, deveria retornar
para a soberania do povo cubano, considerando que a humanidade superou a Guerra
Fria, embora continuemos permanentemente sob ameaça velada de uma terceira
guerra mundial. Ou já a vivemos sabe-se lá, inclusive, sob o signo das mudanças
climáticas. Deve-se aplicar o mesmo raciocínio do Canal do Panamá, que retornou
à soberania do povo panamenho, que caminha a passos largos para o mito do
desenvolvimento, o qual esteve limitado por quase 100 anos.</span></div>
<br />
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">À
sombra do Tio Sam revela, ainda, convergência com a tese do eminente cientista
e ilustre pensador Milton Santos de que a solução ao esgotamento do sistema
colonial se deu com a promoção das independências das possessões em Estados
nacionais tardios, na medida em que a manutenção de tais processos sociais
teriam ficado financeiramente antieconômicos. Todavia, essa estratégia não
suprimiu a continuidade da pilhagem histórica, mas foram substituídas por novas
relações de hegemonia e dominação. A natureza intrínseca do Projeto ZFM, regido
apenas pelo signo da atração de investimentos, não é diferente e converge para
a lógica da hegemonia e dominação via dependência tecnológica. A tese de Milton
Santos, na minha opinião, vale inclusive para o Tio Sam, mesmo que a nação
estadunidense não tenha sido um grande império como aquele aonde o sol nunca se
punha. Os EUA praticamente bancou a independência de Cuba e do Panamá no início
do século XX. Os personagens dos acordos históricos em torno de Guantánamo e do
Canal do Panamá que o digam. E fez valer, óbvio, essa supremacia na forma de
bônus. Em relação a Cuba, o quanto pode, até 1959; em relação ao Panamá, cujo
poço de petróleo, seco e exterritorial, que simboliza o Canal, funcionou a seu
favor até 2000, desde 1914!</span></div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-30006519406447631292013-10-19T18:21:00.003-04:002013-10-25T12:40:17.699-04:00DA FRAGILIZAÇÃO DO PROJETO ZFM E DA SUFRAMA<div align="center" class="Estilopadro" style="text-align: center;">
<span style="color: white;"><u><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">D<span style="background-color: black;">a fragilização do Projeto ZFM e da Suframa</span></span></u><span lang="PT-BR" style="background-color: black; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="right" class="Estilopadro" style="text-align: right;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Antônio José Botelho<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></span></i><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">A
competência original da instituição organizadora da ZFM é a de administrar
incentivos fiscais, alocando capital intelectual na aprovação, acompanhamento e
avaliação de projetos industriais e agropecuários. Esgotada a vertente
comercial da ZFM, a Suframa buscou ampliar seu espectro e escopo de atuação,
transbordando funções e ações na esteira da <b>interiorização do
desenvolvimento</b> e, mais recentemente, na da <b>gestão tecnológica</b>. Na
realidade, a ampliação da competência inicial perpassa pela promoção comercial,
pelo comércio exterior, dentre outras de menor vulto. Mas desejo, nesta
reflexão de alerta à sociedade, focar as duas funções destacadas pela
importância que têm no espraiamento de externalidades do Projeto ZFM por todo o
chão amazônico, limitado pela área de atuação da Suframa.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">É
que as duas vertentes correm risco de sobrevida, no apoio ao desenvolvimento
industrial e tecnológico de todo local amazônico, aonde está presente a
institucionalidade do Projeto ZFM e a competência da Suframa. É visível, a “olho
nu”, que se tornaram grandes estorvos administrativos, que combinados com fatos
correlacionados, apontam para o esvaziamento dos respectivos programas de
desenvolvimento.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Os
links que poderão promover esta desvirtuosidade estão representados, de plano,
pelo recorrente questionamento da TSA por parte das firmas incentivadas,
gerando demandas judiciais que bloqueiam ainda mais a arrecadação da Suframa
via Projeto ZFM. Em verdade, esse bloqueio está posto e não resolvido com o
histórico contingenciamento vinculado à lógica da Conta Única da União,
combinado com a prática de refúgio centrada nas emendas parlamentares. Esse
link tem impacto tanto no programa de interiorização do desenvolvimento, quanto
no da gestão tecnológica, como veremos adiante no rol das indicações de
resoluções.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">O
link complementar está relacionado com a notícia de que o laboratório de P+D da
Nokia foi ou será fechado, por força, possivelmente, de sua compra pela Microsoft.
Sabe-se da importância relevante da presença nos investimentos da Nokia no
contexto dos investimentos da Lei de Informática. Li essa notícia numa mídia
local. Somente será verdadeira, do ponto de vista da compulsoriedade das
aplicações em P+D, se a Nokia deixar de produzir bens de informática. Todavia,
parece que poderá ser o caso, na hipótese de centrar atenção em sinergia com os
negócios da sua nova proprietária. No mínimo demonstrará nossa dependência
correlata ao fortalecimento da emergência do Sistema Manaus de Inovação.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">O
desenvolvimento não se dá sem recursos financeiros, assim como não se dá sem
energia, por exemplo. E o cenário pintado aponta para uma maior escassez deles,
frente a histórica responsabilidade do Projeto ZFM, enquanto meio, e da
Suframa, enquanto ente organizador, de contribuir para o desenvolvimento sustentável
do chão amazônico. Algo precisa ser pensado e feito para reverter essa
tendência, que, ao fim e ao cabo, deverá ferir de morte o “Modelo ZFM”.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Então,
a Lei que estabelece a TSA deve ser revisada! Então, devemos aprofundar a briga
para que os recursos arrecadados com a operação do Projeto ZFM estejam a
serviços do desenvolvimento sustentável do chão amazônico! Então, mecanismos
adicionais para induzir as firmas incentivadas a realizarem investimentos em
P+D devem ser idealizados, estendo-os para todos os setores instalados na ZFM!</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Quantos
processos judiciais de questionamento da TSA estão em curso? O que representam
junto à arrecadação da Suframa? Para quais entraves sinalizam no sentido de uma
revisão da Lei, visando superar e evitar conflitos?</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Quais
os empecilhos do programa de interiorização do desenvolvimento? Qual a carga do
passivo relativamente aos projetos com prestação de contas em aberto e sem
efetividade quanto aos benefícios socioeconômicos a que se predispuseram? Como
podemos contorná-los? Os critérios que consubstanciam suas linhas de
financiamento foram atualizados à Lei da Inovação, por exemplo? O grupo
interdisciplinar de enquadramento dos projetos junto às linhas de financiamento
está operando, no sentido de ir além do próprio enquadramento, propondo
alternativas estratégicas e a substituição de projetos em carteira por projetos
proativos?</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Qual
o passivo dos relatórios demonstrativos dos investimentos em P+D decorrentes da
Lei de Informática? Quando seremos capazes de induzir e cobrar efetividade
relacionada aos resultados derivados de um sistema de inovação, quais sejam:
aumento de faturamento, redução de custos, melhorias e inovações junto a
produtos e processos novos ou aprimorados, patentes&royalties? Quantas
firmas estão tendo seus incentivos suspensos por conta da não apresentação dos
relatórios demonstrativos das aplicações em P+D? Quando vamos entender que os
proprietários dos pacotes tecnológicos aprovados na forma de projetos
industriais não estão dispostos a fazer investimentos em P+D em espaços
periféricos como Manaus, relativamente à fronteira tecnológica que representam?</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">A
disponibilidade de recursos financeiros é indispensável para viabilizar não só
a consolidação das diretrizes estratégicas da Suframa vertidas a interiorização
do desenvolvimento e a gestão da tecnologia, mas, sobretudo, para o
estabelecimento de novos avanços e novos desdobramentos via novas ideias e
ideais. A Suframa não pode abrir mão de sua responsabilidade histórica
conquistada a “duras penas” de contribuir para o desenvolvimento sustentável do
chão amazônico. Houve momentos que a presença da Suframa no chão amazônico era
uníssona frente a histórica hegemonia institucional da Sudam.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Admitamos
que seja possível a reconfiguração, de fato, além de direito, de um fundo sob a
administração da Suframa para fins do desenvolvimento: por que não poderíamos
criar duas vertentes? Uma associada a projetos não-reembolsáveis; outra
destinada a projetos reembolsáveis? Aquela para infraestrutura de econômica e
de capital humano, intelectual e social no sentido industrial e tecnológico, de
provimento de competitividade sistêmica; a segunda para financiamento de
amazonidades em nível de negócios realizados no mercado, de contributo à
formação da cultura de capital de risco. Por que não podemos admitir essa
possibilidade?</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">Poderíamos,
ainda, elaborar outra hipótese de financiamento! Por que não poderíamos
combinar o financiar a P+D com o financiamento do empreendedorismo
científico-tecnológico na forma de realizações no mercado de amazonidades? Essa
temática, inclusive, já entrou no discurso, quiçá entre na agenda, do Sistema
Manaus de Inovação.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">A
ideia do alerta da reflexão é realmente na forma do apontamento de problemas,
de problematizações, a partir de uma visão parcial e limitada do próprio chão
institucional. Investigações complementares e extensivas às sugestões aqui
apenas superficialmente delineadas devem ser levadas a termo por formadores de
opinião, por pesquisadores do chão acadêmico, por gestores e técnicos da coisa
pública e por políticos e seus assessores que formulam políticas públicas,
visando abrir veredas na forma de trilhas para as resoluções pertinentes. Nesse
diapasão, deve-se ter em mente sempre a busca da combinação efetiva e sinérgica
do empreendedorismo, do crédito e da inovação, plasmadas e amalgamadas com
capital e tecnologia endógenas, em prol da construção de capitalismo amazônico.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;">Penso
e acredito que a Suframa, a partir do Projeto ZFM, tem ainda muito a contribuir
para o desenvolvimento autossustentável, na medida em que superar gargalos que
travam o presente e abrir janelas de oportunidades portadoras de um futuro
desejado. Não podemos admitir que estamos fadados a administrar passivos, sem
questioná-los objetivando sua superação. Não podemos reduzir a função
planejamento a uma postura de controle e de auditagem, certamente necessária,
ainda que em parceria, em atendimento e/ou reativamente aos órgãos de controle,
mas insuficientes no longo prazo. Algo estratégico precisa ser assumido,
ousado, na forma de risco institucional no contexto da competência vertida ao
desenvolvimento sustentável. Por outro lado, este esforço deve estar em
paralelo às ADINs elaboradas para enfrentamento das PECs, que minimizam as
vantagens comparativas da ZFM, quiçá adotado em caráter prioritário, negociando
com o poder central na forma de “cartas na manga” em busca de espaços,
energizados por mecanismos e ferramentas de políticas industrial e tecnológica,
em prol do autodesenvolvimento minimamente autônomo e interdependente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;">De uma breve estimativa dos valores envolvidos na encrenca</span></b><b><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;">Nessa
conta, os valores são significativos. Vejamos uma estimativa bruta, não
refinada, “por baixo”, ao longo de duas décadas. Se entre 1997 e 2000 aplicamos
R$ 250 milhões junto ao programa de interiorização,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
entre 1997 e 2016, poderíamos estar aplicando algo em torno de R$ 1,3 bilhão.
Certamente, esse valor poderia ser ultrapassado, pois o orçamento da Suframa é
crescente na medida da pujança da ZFM. Por outro lado, se entre 1996 e 2006
aplicou-se no contexto dos investimentos em P+D relativos à Lei de Informática R$ 1,3 bilhão,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> até 2015
poder-se-ia aplicar mais R$ 0,8 bilhão. R$ 3,4 bilhões não é um valor desprezível,
considerando a possibilidade de investimentos e aplicações eficazes, eficientes
e, sobretudo, efetivas. Talvez até seja pouco frente à dinâmica de outros
locais mais desenvolvidos, mas é muito para um local que precisa construir seu
próprio caminho, fazer sua “tarefa de casa”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;">Mas
ambos os valores estão comprometidos e/ou bloqueados até 2015/2016,
considerando a tendência atual de esvaziamento dos programas de interiorização
do desenvolvimento e de gestão tecnológica da Suframa. Isto sem falar que a
vertente reembolsável, contributo à cultura de capital de risco, poderia estar
retroalimentando o sistema de geração de crédito, constituindo fonte
complementar à própria ZFM. Poderíamos ter melhor contribuição do Projeto ZFM
em prol do autodesenvolvimento via construção de um capitalismo amazônico? Além
da problemática da fragilização, ainda precisaríamos estar organizados e
atentos com os vícios e desvios da cadeia burocrática inerente ao mercado que o
setor público cria em torno de si mesmo. Neste particular, os olhos dos
políticos, gestores e empresários de baixo escalão brilham em torno desses
valores em detrimento do propósito do progresso social e técnico do chão amazônico
a partir do Projeto ZFM. Mas essa é outra estória...<o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></span>
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;">Nota: Uma versão mais atual pode ser visitada em www.argo.com.br/antoniojosebotelho </span></span></div>
<span style="background-color: black;"><br /></span>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="background-color: black; color: white;"><br clear="all" />
</span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="Estilopadro">
<span style="background-color: black; color: white;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> Servidor ativo do Estado brasileiro, lotado na Suframa, a
serviço do Projeto ZFM, desde 1984.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; mso-ansi-language: PT-BR;"> Botelho, Antônio José. <b>Projeto
ZFM: vetor de interiorização ampliado!</b>. Manaus: s/Ed., 2001.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background-color: black; color: white;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/da%20fragiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20projeto%20zfm%20e%20da%20suframa%20-%20com%20valores.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; mso-ansi-language: PT-BR;"> <span lang="PT-BR">Botelho, Antônio José. <b>Pequeno
Ensaio em prol da Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus</b>.
Manaus: Editora Caminha Consultoria, 2011.</span></span></span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-60393301716149824512013-07-30T20:54:00.000-04:002013-07-30T20:54:13.877-04:00KO HAM = SO HAM / HAMSAH + NETI NETI [2ª Versão]<b>KO HAM = SO HAM / HAMSAH + NETI NETI [2ª Versão]</b><br />
<b><br /></b>
<b>O que quero sugerir?</b><br />
<b><br /></b>
<b>Sugiro uma combinação sinérgico-virtuosa de SO HAM e/ou HAMSAH com NETI NETI como objeto de concentração, em busca de estados meditativos alterados para responder a pergunta KO-HAM.</b><br />
<b><br /></b>
<b>SO HAM está numa perspectiva introspectiva de um mergulho no oceano para realizar o diamante em seu leito, visando depurar sensações e intenções de foro íntimo. Seria a pacificação do coração.</b><br />
<b><br /></b>
<b>HAMSAH está numa perspectiva extrovertida de um navegar na superfície oceânica para realizar a conquistar a outra margem, visando depurar relações em vigília, sonhos e sono. Seria a quietude da mente.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Ambas as perspectivas exigem desapego e não aversão aos fatos e relações fenomênicas submetidas à dualidade.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Essas duas perspectivas, estabelecidas em NETI NETI, pode nos conduzir, de desidentificação em desidentificação, à apreensão do Ser = Realidade + Consciência + Plenitude. Claro, superadas a ignorância, e por tabela, a paixão e a individualidade. Conquistado o Conhecimento! No Dharma!</b><br />
<b><br /></b>
<b>Assim, com o coração pacificado, mergulhando para o fundo do oceano samsárico, e com a mente quieta, navegando na superfície até a outra margem desse mesmo oceano samsárico, poderemos realizar BRAHMAN = ATMAN. Conquistar Moksha, realizando a liberdade absoluta e a imortalidade definitiva, além do tempo e do espaço, portanto, além dos fenômenos duais. Além dos gunas, além do karma, além da lei de causa e efeito, além do próprio Dharma. Sempre na Luz!</b><br />
<b><br /></b>
<b>É importante registrar que essa possibilidade de realização se dá nos infinitos dx’s, momentos infinitesimais, de aqui&agora, e não no passado e no futuro, aonde reinam, respectivamente, as possibilidades da depressão e da ansiedade. Portanto, o portal da transcendência se dá na paz do silêncio do presente ou na paz da presença silenciosa aquém, entre e além dos pensamentos, palavras e ações corretas e positivas.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Trata-se, na opinião desta forma ordinária, de um refinado objeto de concentração zen [ióguico-sankhyo-vedântico-budista-tântrico]. Concentremo-nos!</b><br />
<b><br /></b>
<b>SigamosenquantoLuzquejáSomos embuscadaLuz semprenaLuz paraalémdaLuz aondesempreexistiuesempreexistiráLuz! antôniojosé/sarvanandadeva</b><br />
<div>
<br /></div>
<br />antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-48844138083258201882013-07-30T20:39:00.003-04:002013-07-30T20:53:53.102-04:00KO HAM = SO HAM / HAMSAH + NETI NETI<b>KO HAM = SO HAM / HAMSAH + NETI NETI</b><br />
<b><br /></b>
<b>O que quero sugerir?</b><br />
<b><br /></b>
<b>Quero sugerir uma combinação sinérgico-virtuosa de SO HAM e/ou HAMSAH com NETI NETI como objeto de concentração, em busca de estados meditativos para responder a pergunta KO-HAM.</b><br />
<b><br /></b>
<b>SO HAM está numa perspectiva introspectiva de um mergulho no oceano para realizar o diamante em seu leito - ou visando depurar sensações e intenções. Seria a pacificação do coração. HAMSAH está numa perspectiva extrovertida de um navegar na superfície oceânica para realizar relações em vigília, sonhos e sono- ou realizar a outra margem - com desapego e sem aversão. Seria a quietude da mente.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Essas duas perspectivas, estabelecidas em NETI NETI, pode nos conduzir, de desidentificação em desidentificação, à apreensão do Ser = Realidade + Consciência + Plenitude. Claro, superadas a ignorância, e por tabela, a paixão e a individualidade. No Dharma!</b><br />
<b><br /></b>
<b>Assim, com o coração pacificado [mergulhando para o fundo do oceano samsárico] e com a mente quieta [navegando na superfície até a outra margem desse mesmo oceano samsárico] poderemos realizar BRAHMAN = ATMAN, conquistar Moksha, realizando a liberdade absoluta e a imortalidade definitiva, além do tempo e do espaço, portanto, além dos fenômenos duais. Além dos gunas, além do karma, além da lei de causa e efeito. Na Luz!</b><br />
<b><br /></b>
<b>É importante registrar que essa possibilidade de realização se dá nos infinitos dx’s infinitesimais de aqui&agora, e não no passado e no futuro. Portanto, o portal da transcendência se dá no silêncio do presente ou na presença silenciosa entre os pensamentos, palavras e ações corretas e positivas.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Trata-se, na opinião desta forma ordinária, de um refinado objeto de concentração zen [ióguico-sankhyo-vedântico-budista-tântrico].</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b>Sigamos enquanto Luz que já Somos em busca da Luz sempre na Luz para além da Luz aonde sempre existiu e sempre existirá Luz! antôniojosé/sarvanandadeva</b><br />
<br />antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-70374495867870481632012-10-20T09:54:00.000-04:002012-10-20T09:54:12.292-04:00AINDA SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM CAPITALISMO AMAZÔNICO<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Gargalos
e Janelas de Oportunidades para AMAZONIDADES: cortando a própria carne</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Todos já sabemos que a natureza
intrínseca do Projeto ZFM é a atração de investimentos. Pelo menos é como tem
se mostrado ao longo de sua vigência. Em sentido do contraditório, tenho
escrito sobre a necessidade do autodesenvolvimento. Neste contexto, podemos
identificar sementes que poderiam dar, ou que poderiam ter dado sustentação ao
desenvolvimento de <span style="text-transform: uppercase;">amazonidades</span>,
enquanto realização econômica de insumos e saberes da floresta na forma de
produtos e processos consumidos no mercado local, regional, nacional e global.
Essa realização econômica configurando, explicitamente, um capitalismo amazônico,
o que significa dizer, crescimento e desenvolvimento econômico com a capital e
tecnologia endógena. Perspectiva essa que hoje se agrega o caráter sustentável.
É claro que ambas as condicionalidades podem ser aproveitadas, ou poderiam ser
aproveitadas, tanto para a atração quanto para a criação de investimentos. Mas
nos parece que a segunda estará sob a responsabilidade do liberalismo
concorrencial e competitivo do empreendedorismo amazônico, especialmente
científico-tecnológico. A ideia fundamental que subjaz à reflexão é a da
construção de marcas amazônicas jogando o jogo capitalista em nível global, ou
seja, capital amazônico realizando mais-valia global.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Falo especificamente da possibilidade
da industrialização de produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e
extrativas vegetais de produção regional com isenção do IPI, por projetos
instalados na Amazônia Ocidental. Leia-se artigo sexto do Decreto-Lei 1.435/75,
combinado com o parágrafo quarto, do artigo primeiro do Decreto-Lei 291/67.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Portanto, devemos entender que a lógica do Projeto ZFM pressupunha não só o
estabelecimento de condições para a atração de pacotes tecnológicos exógenos,
mas também a criação de oportunidades para a exploração econômica da
biodiversidade amazônica. A Suframa acumula a competência de administrar a
ALC’s, nos mesmos moldes dos da ZFM.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Essa condicionalidade aponta, ainda,
para a geração de crédito do IPI, calculado como se devido fosse de produtos
efetivamente sujeitos ao pagamento do referido imposto, sempre que os produtos
elaborados, necessariamente com projetos aprovados na Suframa, sejam empregados
como matérias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem na
industrialização em qualquer ponto do território brasileiro. Aqui, se comenta
os parágrafos um e dois, do artigo sexto acima citado. Portanto, a regra fiscal
está vertida tanto para o produto quanto para o insumo amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Com pequenas variações, que não cabem
aqui ser discutidas, o marco regulatório original sofreu uma recarga recente
com as novas regulamentações no âmbito das ALC´s.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Agora, o regime fiscal estabelece que a aplicação daquela isenção tributária converge
para produtos em cuja composição final haja predominância de matérias-primas de
origem regional, provenientes dos segmentos animal, vegetal, mineral – exceto
os minérios do capítulo 26 da NCM – ou agrossilvopastoril, considerando
variáveis de pelo menos um dos atributos vinculados ao volume, à quantidade, ao
peso ou à importância. Esta última variável tendo em vista a utilização no
produto final. Esta normatização pode ser identificada no Decreto 6.614/08, que
carreou as demais regulamentações. Este Decreto redefiniu, geograficamente, a ALC
de Pacaráima/Bonfim para Boa Vista/Bonfim. Historicamente, a problemática da
predominância foi trabalhada em âmbito institucional, com a edição da Nota
Técnica 425/97-SAP/GEF, quando houve necessidade de definir a predominância de
matéria-prima em brinquedos de madeira para o entendimento do cumprimento do
PPB pertinente à Portaria Interministerial MPO/MICT/MCT 14/96, que estabeleceu
PPB para bens industrializados na ZFM com matérias-primas de origem agrícola,
pecuária, avícola, píscea, apícola, mineral e extrativa vegetal.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Podemos, inclusive, comentar os dois
marcos regulatórios de forma comparada. Isto é, pode-se perceber uma
superposição de marcos regulatórios, considerando que, à exceção da ALCMS,
todas as demais estão contidas na Amazônia Ocidental. Pode-se perceber, até
mesmo, certo conflito, pois o marco original exclui a atividade pecuária, enquanto
que o marco recente inclui a atividade agrossilvopastorial.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Qual entendimento deve prevalecer no que concerne às ALC´s? Qual doutrina ou
qual jurisprudência se deve adotar para decidir sobre qual norma se deve
aplicar nas ALC´s? Portanto, marcos regulatórios e regramentos não faltam;
faltam resultados, que tardam a formar séries históricas de crescimento
econômico no chão amazônico, a consubstanciar a construção de um capitalismo
amazônico plasmado por AMAZONIDADES.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">Colocadas as
oportunidades em nível de política pública para o autodesenvolvimento a partir
de AMAZONIDADES, emergem uma série de questionamentos na medida de uma questão
principal, considerando que caminhamos para três décadas desde a primeira norma:
por que a perspectiva da industrialização não se estabeleceu no chão amazônico?
Secundariamente, podemos, ainda, questionar: i] foi p</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">or
força da falta de empreendedorismo?; ii] foi por força da falta de tecnologia?;
iii] foi por força da falta de logística?; iv] foi por força da falta de
mercado?; v] foi por falta de políticas complementares?; vi] Não caberia uma
nova regulamentação?<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Desconsiderando o fato da condição
novel, neófito e infanta da cultura capitalista no chão amazônico, que deve ser
superado o quanto antes,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
podemos, e talvez devamos apostar que houve ausência sistêmica de todos os
fundamentos elencados nas perguntas específicas, que consubstanciam a
formulação geral. Ou seja, não conseguimos realizar um capitalismo amazônico
porque não temos conteúdo de um empreendedorismo profissional e qualificado,
especialmente científico-tecnológico, combinado com a exigência de pesquisas
com considerações de uso; não conseguimos realizar um capitalismo amazônico
porque não temos a experiência e cultura de demandar soluções tecnológicas
decorrentes de ofertas tecnológicas num mesmo patamar de desenvolvimento
industrial vis-à-vis desenvolvimento tecnológico; não conseguimos realizar um
capitalismo amazônico porque as condições de transporte no chão amazônico estão
a exigir soluções integradas e integradoras vertidas às suas condições
naturais;<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
não conseguimos realizar um capitalismo amazônico porque não temos condições de
renda e de demanda que retroalimentem melhorias e inovações constantes.
Portanto, cabem realmente políticas complementares e uma nova regulamentação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Internamente, no chão institucional,
já propomos para discussão, duas ou três vezes, entre 2008/2010, no âmbito de
melhor qualificar as recentes regulamentações das ALC´s, comentadas acima, o
que denominamos Das Condicionalidades Complementares do Regime Fiscal,
estruturadas em conceitos quais Sistemas Locais de Inovação. Assim, para um
artigo qualquer de dado decreto passado ou futuro, poderíamos ter estabelecido ou
estabelecer complementarmente ao que está posto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 63.7pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">Art.
?° Complementarmente às exigências estabelecidas no Art. ?° os projetos
técnico-econômicos a serem aprovados pelo CAS [Conselho de Administração] deverão
observar conteúdos de natureza social, econômica, ambiental e tecnológica que
expressem preocupações e necessidades vinculadas ao desenvolvimento
sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 63.7pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">§
1° Socialmente deverá incrementar a oferta de trabalho à sociedade do local de
instalação do projeto, observando rigorosamente a concessão de benéficos
sociais aos trabalhadores previstos em lei;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 63.7pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">§
2° Economicamente deverá prever níveis crescentes de produtividade e
competitividade, voltando-se sempre que possível para o atendimento do mercado
global, sem descuidar do mercado local e nacional, reinvestindo parte dos
lucros na expansão da produção industrial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 63.7pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">§
3° Ambientalmente deverá incorporar, independentemente dos projetos aprovados
nos órgãos competentes vinculado à matéria, as boas práticas de responsabilidade
para com o meio-ambiente, buscando credenciamento juntos aos mecanismos
internacionais de qualidade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 63.7pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">§
4° Tecnologicamente deverá incorporar e/ou desenvolver tecnologias de produtos
e de processos de produção compatíveis com o estado da arte e da técnica,
investindo pelo menos 1% do seu faturamento na formação e capacitação de seus
colaboradores e em parcerias e alianças estratégicas com centros e institutos
tecnológicos locais, regionais, nacionais e/ou internacionais, visando contínua
inovação tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">O cerne dessa primeira elaboração
verte, claramente, para a perspectiva do desenvolvimento sustentável. Mas,
fundamentalmente, poderíamos, ainda, discutir o que denominamos Dos
Instrumentos Adicionais de Política Industrial e Tecnológica:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">Art.
?° Os projetos técnico-econômicos que estiverem estruturados com capital e
tecnologia endógena, quer de forma associativa ou cooperativada, quer na forma
de sociedade limitada ou por ações, deverão contar com o poder de compra dos
governos locais da área de abrangência da Suframa, bem como com financiamento
diferenciado por parte dos organismos públicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";">Parágrafo
Único: Os projetos técnico-econômicos que adicionalmente resultarem de insumos
e saberes dos povos da floresta, utilizando na sua operação a bioenergia e
tecnologias limpas, resguardadas as exigências da propriedade intelectual,
serão adotados como prioridades juntos aos instrumentos de política industrial
e tecnológica vigentes, tanto em nível federal quanto estaduais e municipais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Essa segunda elaboração, de caráter
combinatório com a primeira, nos remete aos instrumentos básicos de política
industrial, qual seja ao poder de compra dos governos, da necessidade do
financiamento diferenciado e do resguardo da propriedade intelectual das
melhorias e inovações que resultassem do processo de construção de um
capitalismo amazônico. Outras, certamente, poderiam ser elaboradas no processo
de discussão, para fazer constar outros elementos de política industrial, quais
prêmios, por realizações de AMAZONIDADES, aos empresários, empreendedores e/ou
pesquisadores, além da idealização de programas de subsídios específicos e
provisórios, até a emancipação competitiva dos negócios no mercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Não temos sequer notícias de que tais
proposições foram discutidas no âmbito dos gabinetes discricionários. Devem ter
sido percebidas como de somenos ou sem condições objetivas de execução
considerando ou suas expressões abstratas ou como já contempladas em
instrumentos governamentais de políticas públicas isoladas em curso. Não sabemos.
Mas as registramos para conhecimento em nível de grande rede.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">E tem mais.
Em nível de política institucional, no atual Planejamento Estratégico da
Suframa constam linhas de ações, que, se tralhadas de forma sinérgica, podem
convergir, no médio e longo prazo, para a construção de um capitalismo
amazônico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">a) São
exemplos na Área Estratégica <u>Capital Intelectual e Empreendedorismo</u>,
dentre outros:<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">1. Apoio à
capacitação de recursos humanos para o aproveitamento das potencialidades
regionais e oportunidades de negócios;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">2. Estímulo à
oferta de cursos de empreendedorismo a partir de instituições de ensino ou em
parceria com outras entidades públicas ou privadas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">3. Fomento à cooperação
técnica para o fomento ao empreendedorismo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 7.1pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">4. Apoio à
oferta de suporte técnico para a geração de planos de negócios e disseminação
de práticas de gestão e de captação de negócios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">b) São
exemplos na Área Estratégica <u>Desenvolvimento Econômico</u>, dentre outros:</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: -7.1pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">1.
Estímulo à criação e fortalecimento de elos das cadeias produtivas com base em
produtos regionais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: -7.1pt 14.2pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">2.
Apoio ao fortalecimento da agricultura familiar e do agronegócio;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: -7.1pt 14.2pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">3.
Apoio à implantação de projetos agroindustriais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 7.1pt; tab-stops: -7.1pt 14.2pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">4.
Estímulo ou apoio a micro, pequenas e médias empresas e a associação e
cooperativas de produtos, com foco em bens, serviços e atividades turísticas
regionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">c) São
exemplos na Área Estratégica <u>Tecnologia e Inovação</u>, dentre outros:</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">1. Apoio à
realização sistemática de plataformas tecnológicas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">2. Incentivo
ao empreendedorismo científico-tecnológico;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">3. Estímulo às
empresas de base tecnológica;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 7.1pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">4. Apoio aos
sistemas locais e regionais de incubadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Como podemos observar, o Projeto ZFM e
a instituição Suframa dispõem de mecanismos e ferramentas para contribuir na alavancagem
de um capitalismo amazônico lastreado por AMAZONIDADES. Mas, então, o que
falta? Faltam os recursos da Suframa, recorrentemente apreendidos pela Conta
Única do governo federal em nome do superávit fiscal. Falta, também, a decisão institucional
de fazer com que o plano estratégico deixe de ser uma peça de ficção
científica. Esse é um vazio histórico. Argumenta-se, nesse sentido, que os
desafios são muito maiores do que a estrutura organizacional e as competências
regimentais. Mas com isso, arrolamos insucessos frente aos sarrafos do
autodesenvolvimento dentro da vigência do Projeto ZFM. Por isso, é importante
uma articulação consensual e acordada de missões, visões de futuro e políticas,
diretrizes, objetivos e ações estratégicas convergentes e complementares das
instituições/organizações/entidades, universidades/institutos/laboratórios e
firmas/empresários/empreendedores frente aos desafios de construção de um
capitalismo amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Num sentido mais específico do chão
institucional, falta reverter tendência de fazer com que seu plano de trabalho
vire, ano após ano, história da carochinha, a expressar atividades
administrativas e operacionais, minimizadas e/ou subtraídas as ações de
conteúdo estratégico. Ou seja, as ações vertidas ao autodesenvolvimento
industrial e tecnológico do chão amazônico, ao permanecerem adormecidas,
retroalimentam a ficção que mencionamos acima. Sem falar na grande ação
emergencial, escrita em 2010, que ameaça recorrer à condição de peça jurássica,
idealizada para a viabilização de criação de um fundo de investimento, a partir
da TSA, com o propósito de contribuir para a construção de um capitalismo
amazônico. Essa idealização não é de hoje, pois remonta décadas, sem que haja
uma definição de sua factibilidade, ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">No fundo, falamos nesta reflexão de
duas outras ações emergenciais que se articulam entre si: potencializar o
processo de industrialização das ALC´s com base nos insumos regionais na lógica
do desenvolvimento sustentável e, paralelamente, articular o estabelecimento de
uma governança para o Sistema Regional de E&C&T&I.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As duas ações visando o equilíbrio entre a oferta e a demanda por soluções
tecnológicas em prol do desenvolvimento industrial. Mas, a energia
institucional continua sendo gasta nos meios burocráticos, sempre desgastantes que
se voltam para superar incontáveis inconformidades em processos administrativos,
sem falar da atenção que se dedica à manutenção da força do Projeto ZFM, no que
concerne à necessidade da atração de investimentos frente às idiossincrasias da
guerra fiscal que se trava entre os estados “federados”. O capitalismo
amazônico pode esperar. Pode? Eu penso que não!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Antônio José Botelho é servidor ativo
do Estado brasileiro a serviço do Projeto ZFM/Suframa desde 1984, portanto, parte
integrante dessa lentidão, dessa letargia, com que se constrói um capitalismo
amazônico, argamassado e amalgamado por AMAZONIDADES, liderado por amazônidas e
realizado no chão amazônico e em outros territórios, a partir da
Suframa/Projeto ZFM. Talvez nos falte um nacionalismo amazônico construtivo,
criador e inovador, que supere a necessidade histórica da dependência
industrial e tecnológica com que se dá a ocupação e o uso da Amazônia.
Precisamos, portanto, melhor qualificar a apropriação nacional da
biodiversidade da Amazônia, segundo as potencialidades econômicas e políticas
do próprio sistema de produção e distribuição de bens e serviços que regula e
organiza a humanidade no seu atual estado de desenvolvimento material e
espiritual. Esse nacionalismo é apenas aparentemente contrário ao movimento das
nações e dos povos em prol de uma melhor harmonia na organização social da
Terra a partir da nova utopia intitulada desenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Já naquela época,
restringia-se a exploração econômica de origem pecuária. Não obstante, pode-se
constatar o retrocesso havido com os desdobramentos futuros. Fala-se da nova
prerrogativa de se explorar matérias-primas de origem agrossilvopastoril, o que
significa um paradoxo, do ponto de vista do avanço do arco do fogo nas margens
sul e sudeste da floresta amazônica, que deve ser contido a qualquer custo pelo
que representa a égide do desenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Iniciativa política
em função da demanda socioeconômica decorrente do fim do ciclo comercial das
ALC’s. Registre-se, contudo, que todas as ALC’s de Tabatinga [Lei 7.965/89], de
Guajará-Mirim [8.210/91], de Pacaraíma/Bonfim [Lei 8.256/91], Macapá/Santana
[Lei 8.387/91] e Brasiléia/Cruzeiro do Sul [Lei 8.857/94], de uma forma ou de
outra, além da oportunidade que encerra o Decreto-Lei 1.435/75, já traziam o
conteúdo da industrialização a partir das matérias-primas regionais. Portanto,
tardiamente voltamos a atenção para essa questão fundamental. Adicione-se a
isso, o fato de que a administração FHC não era amigável à lógica das ALC’s,
como de igual forma não era para com as ZPE’s. Na era Lula, ao contrário, tais
mecanismos desenvolvimentistas voltaram a serem ambos discutidos e
renormatizados. Muito embora, ainda estejam longe de resultados positivos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Como se pode
perceber, o mecanismo PPB, no contexto do Projeto ZFM, mais atrapalha do que
facilita o desenvolvimento de <span style="text-transform: uppercase;">amazonidades</span>.
Registre-se, nesse sentido, a existência da Portaria Interministerial 842/07,
que trata do PPB aplicável a produtos regionais caracterizados como de higiene
pessoal, perfumaria e cosméticos, que todo projeto industrial aprovado pelo CAS
deve obedecer, caso esteja instalado na ZFM. Essa PI, que revogou a PI 141/02,
ofereceu regramento à segunda observação do Anexo X, do Decreto 783/93, também
citado na nota de roda pé n.° 5. Um verdadeiro obstáculo ao desenvolvimento de <span style="text-transform: uppercase;">amazonidades</span>, cujo processo de criação
deveria ser livre. O processo de criação, que envolve desenvolver produtos e
processos idealizados e realizados no mercado, sujeitos a melhorias e inovações
permanentes, a fim de serem consolidados culturalmente, deve ser completa e
potencialmente livre. Se estudarmos o processo de desenvolvimento industrial e
tecnológico, por exemplo, o de computadores, constataremos que o limite era a
energia, medida em recursos, inteligência e tempo, que se conseguia depositar
no próprio processo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Entende-se que a
pecuária está contida na atividade agrossilvopastoril. Releia a nota de roda pé
n.° 1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Na sacola de
oportunidades regulatórias, adicione-se, ainda, a Lei 11.898/90, que incorpora
a lógica do PPB como condicionalidade para a industrialização a partir de
matérias-primas regionais às ALC´s de Tabatinga, Guajará-Mirim, Macapá/Santana
e Brasiléia/Cruzeiro do Sul. Observe-se que a lógica do PPB não está contida no
Decreto 6.614/08, embora suas leituras técnicas convirjam para
condicionalidades e regramentos de produção. No que pertine aos PPB´s versus
ZFM, a história toda começa com a edição da Portaria Interministerial 14/96, já
citada no corpo desta reflexão, cujo Anexo foi ampliado com novas inclusões de
produtos com as edições das PI´s 50/97, 43/98, 225/01, 77/05, 111/07 e 05/12,
além das “independentes” 223/01 [encapsulados de óleos orgânicos de origem
regional] e 276/03 [óleos essenciais e outros]. A edição da PI 14/96 veio como
desdobramento o Decreto 783/93 [que em si já trazia regramentos para a produção
de produtos de perfumaria, de toucador e preparados cosméticos em seu Anexo X],
que por sua vez ofereceu a orientação estabelecida com no § 6.°, do art. 7.°,
do Decreto-Lei 288/67, em sua nova redação determinada na Lei 8387/91. É
possível que lacunas e vazios existam nesses registros, considerando o insuficiente
e superficial relato aqui definido, especialmente no sentido de constar o que
foi revogado e o que é vigente. De qualquer sorte, portanto, não é trivial
alinhavar toda a tecedura dessas complexas edições que “oportunizam” a
construção de um capitalismo amazônico, lastreado por AMAZONIDADES. Mas seria e
é superimportante que se determinasse visibilidade, especialmente à academia do
chão amazônico, do rol total de produtos e insumos autorizados para a produção
incentivada por parte do capital do chão amazônico, para que fossem objetos de
problematizações e de investigações científico-tecnológicas a serem
transformadas em AMAZONIDADES no mercado. É a isso, exatamente isso, que
entendo seja financiar pesquisas com considerações de uso!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Na realidade,
talvez a inocuidade, tanto do processo de atração quanto de criação de
investimentos, esteja no fato de que a base de tributação seja substantivamente
estruturada em insumos e produtos de conteúdo mineral e seus derivados
[veículos; computadores; etc.], e não de origem vegetal [por exemplo, produtos
florestais]. Portanto, não há o que isentar, ainda. Assim, talvez fosse
interessante aprofundar o refinamento do marco regulatório vertido à
industrialização nas ALC’s no sentido da função dos subsídios no processo do
desenvolvimento econômico. Fica registrada essa ressalva, e a dica adicional.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Este autor apesar
de ter tendências socialistas, na realidade, anarquistas, passou a acreditar
que o autodesenvolvimento, com os mecanismos e ferramentas capitalistas, é o
portal de uma grande transformação já em curso sob a nova utopia da humanidade
representado pelo desenvolvimento sustentável. Ressalte-se, de passagem, que a
doutrina anarquista somente seria passível de adoção na hipótese da superação
dos venenos humanos do egoísmo, da raiva, do orgulho, do medo e da ignorância,
sediados no coração, os quais retroalimentam a competição e a acumulação.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> O programa
multi-institucional do que se está chamando Polo Naval é um importante resgate
histórico quanto as oportunidades das estradas naturais do chão amazônico!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> A função
empreendedorismo, associado à do capital intelectual, foi inscrita no Plano
Estratégico de 2010 no apagar das luzes de sua aprovação no Comitê de
Planejamento [Coplan]!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/As%20Sementes%20das%20AMAZONIDADES_vers%C3%A3o%20final.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif";"> Parte fundamental
da palestra apresentada por este autor, no evento realizado na ALC de
Tabatinga, em 2009, por conta da ação emergencial “potencializar a
industrialização nas ALC’s”, que não ganhou curso, à época, por falta de
recursos. Em verdade, talvez fosse apenas uma tática para desbloquear recursos
da Suframa.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-49163345590861548102012-04-27T12:21:00.000-04:002012-05-02T17:38:04.117-04:00SOBRE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA TARDIA E CORRELATOS<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>Entendendo
o significa do conceito de capacitação tecnológica tardia com desdobramentos
junto à construção de um capitalismo amazônico<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Esse conceito, à imagem e semelhança do de cathing
up, também foi idealizado por esta forma ordinária em suas aproximações por tentativas
e erros de entender a natureza da tardialidade do processo de industrialização
lastreada pela atração de investimentos e consubstanciada pela política substituição
de importações de Manaus, expressa pelo Projeto ZFM. Ambos não existem na
literatura do desenvolvimento industrial e da inovação tecnológica, ainda que
seja de deduções lógicas, muito especialmente o de capacitação tecnológica
tardia. Representam uma ousadia tupiniquim, considerando que a referência do
conhecimento é gerada alhures, portanto, apropriada em primeira mão por alheios.
Mas, têm sido de enorme valia para perceber o que devemos fazer para corrigir o
rumo do crescimento em prol do autodesenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Em primeiro lugar, devemos dizer algumas palavras
sobre a historicidade do desenvolvimento industrial e da inovação tecnológica
no que concerne aos seus paradigmas tecnoeconômicos e associadas trajetórias
tecnológicas. Os paradigmas dizem respeito à capacidade da geração de inovações
tecnológicas, especialmente as radicais que transformam as economias, gerando
novas indústrias. Por sua vez, as trajetórias representam as decorrentes
capacidades dos paradigmas de difundirem tais inovações, especialmente as
incrementais e inerentes melhorias, tanto nos produtos, quanto em processos
produtivos e organizacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Os especialistas falam de cinco paradigmas,
considerando o atual, desde que a humanidade, liderado pelo império britânico,
no primeiro momento, e pelo Tio Sam no segundo, iniciou o processo de
industrialização sob a perspectiva da concorrência capitalista e sob a tutela
dos estados nacionais:<span class="MsoFootnoteReference"> <span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><a href="file:///E:/Meus%20Documentos/botelho/ant%C3%B4niobotelho-3/livros/vers%C3%B5es%20para%20o%20site/Entendendo%20o%20significa%20do%20conceito%20de%20capacita%C3%A7%C3%A3o%20tecnol%C3%B3gica%20tardia.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title="">[1]</a></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">1. As indústrias-chave têxtil, química,
metalmecânica, cerâmica tiveram como base a mecanização e como fatores-chave o
algodão e o ferro;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">2. As indústrias-chave de motores a
vapor, máquinas-ferramenta, máquinas para ferrovias tiveram como base as
máquinas a vapor e ferrovias e como fatores-chave o carvão e o sistema de
transportes;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">3. As indústrias-chave de estaleiros,
produtos químicos, armas, máquinas elétricas tiveram como base a engenharia
pesada e elétrica e como fator-chave o aço;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">4. As indústrias-chave automobilística,
armas, aeronáutica, bens de consumo duráveis, petroquímica tiveram como base o
fordismo e como fatores-chave os derivados de petróleo; e,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">5. As indústrias-chave de computadores,
produtos eletrônicos, software, telecomunicações, novos materiais, serviços de
informação têm como base, porque ainda está em aberto, as tecnologias de
informação e comunicação e como fatores-chave os microprocessadores.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Respectivamente, seus períodos históricos foram
entre 1770-1840; 1840-1890; 1890-1940; 1940-1980; e 1980 até os dias atuais.
Respectivamente, suas organizações industriais passaram por pequenas empresas
locais; empresas pequenas e grandes e crescimento das sociedades anônimas;
monopólios e oligopólios; competição oligopolista e crescimento das
multinacionais; até chegar a organização atual caracterizada por redes de
firmas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">O grande mote de análise e interpretação para
elaboração e entendimento do conceito de capacitação tecnológica tardia,
associada ao processo de industrialização tardia de Manaus, está na
visualização do quinto período, isto é, no paradigma tecnoeconômico das
tecnologias de informação e comunicação que tem como insumo básico os
microprocessadores e as firmas produtoras de bens e serviços eletrônicos,
configuradas por uma organização industrial em rede. Enquanto marco de análise,
ele surgiu em 1980 como desdobramento dos períodos anteriores, notadamente do
período imediatamente anterior, que teve como parte da sua organização
industrial o crescimento das multinacionais, expandindo os espaços de
reprodução dos seus capitais para locais de estados nacionais de
industrialização tardia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Isto é importante destacar para a interpretação do
conceito em discussão: como consequência de locais que viveram e promoveram o
progresso técnico e concernentes mudanças dos sistemas produtivos e da
organização industrial. Portanto, criaram, porque capacitados tecnologicamente
falando, as pré-condições para difusão e apropriação privada do conhecimento,
da experiência técnica e do know how vertidos ao paradigma tecnoeconômico
anterior. As trajetórias tecnológicas correlatas espraiaram para os mercados
nacionais e global as perspectivas de produção, distribuição e consumo de novos
produtos e processos produtivos e organizacionais. Os capitais sociais dos
locais que construíram e que se situam próximos à fronteira tecnológica se
apropriaram dessa profusão de conhecimento e técnicas de produção e de
inovação. Os locais atrasados o fazem tardiamente. Claro está esta
condicionalidade histórica em relação a Manaus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Manaus começou a industrializar-se a partir do
domínio da engenharia de processos, exatamente no início do atual paradigma
tecnoeconômico. Não houve experiências históricas que coincidissem com as dos
locais dos países que conduziram hegemonicamente o processo de industrialização
e de inovação tecnológica. Simplesmente não havia indústria em Manaus, nem com
as especificidades inerentes ao paradigma anterior [indústrias-chave
automobilística, armas, aeronáutica, bens de consumos duráveis, petroquímica],
muito menos esforços iniciais relativos ao paradigma atual [indústrias-chave de
computadores, produtos eletrônicos, software, telecomunicações, novos
materiais, serviços de informação]. Na realidade, o processo de
industrialização de Manaus começou com a indústria eletroeletrônica, exatamente
no final da década dos anos 1980, enquanto expansão do capital estrangeiro [e
até mesmo nacional, atraídos de locais mais dinâmicos do país] junto à divisão
internacional do trabalho combinado com o papel geopolítico de ocupação da
Amazônia, representado pelo Projeto ZFM. Os desdobramentos desta estratégia
estão no sentido de qualificar o uso e a ocupação da Amazônia com o
autodesenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Como corolário ao conceito de capacitação
tecnológica tardia é de bom alvitre perceber e aceitar o conceito de economia
de enclave <b>industrial</b>, igualmente
cunhado por esta forma ordinária no início dos anos 2000 com a adjetivação adicional
negritada ao conceito tradicional de economia de enclave associada à exploração
econômica de minérios. Disse que economia de enclave <b>industrial</b> deveria ser entendida como toda aquela que é posta em um
espaço subperiférico que roda com capital e tecnologia exógenos atraídos
mediante vantagens competitivas estáticas, onde os lucros retornam aos donos do
capital residentes em outras placas e a tecnologia do chão de fábrica é
inteiramente assimétrica com o chão da academia local, constituindo a passagem
para uma economia autossustentada a construção de vantagens competitivas
dinâmicas que oportunizarão não só a consolidação das firmas existentes mas,
sobretudo, o desenvolvimento do empreendedorismo local a partir da emergência
de <b>empresas de base tecnológica</b>,
cujos produtos estabeleçam sintonia com os insumos e a cultural local [amazonidades],
enquanto processo de inserção positiva e inteligente no contexto globalização
contemporânea, assegurado o consumo local-regional-nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Há, portanto, uma característica dificultadora no
processo de industrialização de Manaus. É que ele se dá com uma rígida
dependência entre a política industrial de substituição de importações e a
ferramenta de política industrial de atração de investimentos. Ou seja, a
dimensão patrimonial das firmas não foi, e, de certo modo, ainda não é,
prioridade absoluta na formulação de políticas públicas, considerando a
dependência que Manaus vive economicamente relativamente ao Projeto ZFM. O atual
conceito de PPB [Processo Produtivo Básico], instrumento de operacionalização
da concessão dos incentivos fiscais especiais relativos ao Projeto ZFM, que
tanto brigamos para que sejam editados, na realidade, reproduz essa dependência
aos resultados das políticas industriais e tecnológicas de alheios e de
alhures, na medida em que definimos operações industriais mínimas, moldadas por
máquinas e equipamentos, insumos, partes e peças componentes, produtos
idealizados por força da capacitação tecnológica de outros locais que não
Manaus. A expressão dessa dependência pode ser facilmente constatada nos projetos
industriais que são aprovados pelo CAS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">É atrás dessa competência que estamos correndo
desde os anos 1970, quando, por exemplo, instalamos o primeiro curso de
Engenharia Elétrica em Manaus. Nesse sentido, nas três décadas seguintes formamos
nos primeiros mestres e doutores e montamos nossos primeiros laboratórios para
a produção de algum conhecimento associado ao paradigma tecnoeconômico vigente.
Correndo atrás para ofertar soluções tecnológicas às demandas tecnológicas do
PIM, relação até hoje ainda assimétrica, isto é, não conseguimos estabelecer um
chão acadêmico que dê conta do enraizamento das indústrias forâneas sem a
recorrente ratificação [determinando a dependência] das vantagens comparativas
estáticas, ditas por especialistas como espúrias no contexto da teoria
evolucionária, do Projeto ZFM. Cabe uma pergunta fundamental: qual o PPB, do
setor eletroeletrônico, que foi alterado no sentido de se produzir “mais com
menos”, portanto, configurando maior produtividade do PIM?</span><br />
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Não queremos aqui negar o aspecto positivo do PPB,
que ofereceu fôlego à lucratividade das firmas instaladas no PIM frente à
abertura da economia nacional nos idos dos anos 1990, inclusive, nos
desdobramentos da sua implementação, oferecendo espaço para novos entrantes. Mas
destacar seu lado negativo quanto ao desenvolvimento da inovação tecnológica,
na medida em que não damos mais atenção e importância aos programas de
regionalização, o que fragiliza os investimentos de P+D vinculantes. Por outro
lado, durante o período em que prevaleceu o conceito de IN, mediante
progressivos esforços de regionalização, seus números foram crescentes. Tal
esforço técnico foi politicamente maculado pela “indústria de componentes”,
artificialmente induzida via vantagens espúrias. Sem falar que a adoção do PPB
implicou na redução significativa dos níveis de produção, de pelos menos 25% no
IN geral do PIM, pois foi exatamente aí que residiu na possibilidade de um
maior fôlego. E o que é pior, Manaus não conseguiu construir uma cultura
empresarial com capital local que apostasse na trajetória tecnológica que
emergiu com o atual paradigma tecnoeconômico. Se há alguma, não tem
representatividade expressiva junto ao faturamento do setor eletroeletrônico do
PIM. Ou seja, o processo de capacitação tecnológica tardia continua evidente e
premente. O mesmo raciocínio valeria para o setor de duas rodas vis a vis a
engenharia mecânica. Talvez fosse interessante estudar a possibilidade de combinar PPB, enquanto mecanismo de industrialização, com Índice de nacionalização [IN], enquanto mecanismo de inovação tecnológica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Diferentemente de Manaus, a Coreia do Sul, como
esta forma ordinária já atestou em outra reflexão, aproveitou as oportunidades
da transição entre o paradigma anterior e o atual, mediante a formulação de
políticas industriais e tecnológicas, elaborados a partir dos anos 1960 com
foco na dimensão patrimonial, para desencadear uma efetiva aproximação da
fronteira tecnológica, culminando com a emergência de firmas qual Samsung, que
em 2009 foi líder mundial de faturamento, exatamente no segmento pertinente à
trajetória tecnológica da microeletrônica, superando outras firmas gigantes dos
países ditos centrais. Portanto, os investimentos encetados pela Coreia visando
acoplamento ativo ao atual paradigma tecnoeconômico foram feitos previamente,
duas décadas antes do início do marco concernente apontado nos anos 1980. Não bastasse
isso, dizem os especialistas que hoje já é líder nos investimentos para o
desenvolvimento de tecnologias verdes. Ou seja, está realmente à frente dos
tempos: nem à direita; nem à esquerda, mas simplesmente politicamente à frente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">É importante registrar que toda a configuração de
entendimento dos primeiros quatro paradigmas tecnológicos estiveram
estruturados sob a égide das teorias clássica e neoclássica, que adotam a
tecnologia como algo exógeno, dado, ao sistema capitalista. Considerando a
natureza competitiva do sistema capitalista, essa condição é inadequada e
insuficiente para a formulação de políticas públicas dos locais que se
industrializam tardiamente e que por via de consequência de capacitam
tecnologicamente também de forma tardia. Alternativamente, o atual paradigma
tecnoeconômico já dispõe de investigações e análises sob a égide da teoria
evolucionária, que procura associar a conquista de capacidades e habilidades
técnicas como ferramenta fundamental para o progresso e mudança técnica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Bem, se perdemos a batalha do processo de nos
capacitarmos tecnologicamente em tempo real para oferecer soluções tecnológicas
às demandas do PIM; se perdemos a batalha do estabelecimento de uma cultura
empresarial consentânea, podemos ganhar a guerra junto ao autodesenvolvimento,
aproveitando a transição do atual paradigma tecnoeconômico para o próximo, que
caminha a passos largos e que os especialistas estão entendendo convergente à
nanobiotecnologia. E esse acaso tem tudo a ver com a Amazônia, com os
amazônidas e com as amazonidades. E, claro, com as externalidades do Projeto
ZFM, que às duras penas vamos apropriando. Essas externalidades é que estão oferecendo a base para que Manaus possa se acoplar no próximo paradigma tecnoeconômico como agente de transformação. Isso também é importante perceber.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Penso que indiretamente a teoria evolucionária já
nos influenciou, fazendo-nos perceber que para que sejamos capazes de promover
ativamente e não apenas participar passivamente do progresso técnico e da
mudança técnica, Manaus deveria fazer investimentos numa ambiência favorável à
inovação tecnológica. O Sistema Manaus de Inovação, sem considerar seu atraso
de 14 anos, emergiu, ainda que com apenas uma das pernas necessárias para a sua
sustentação e profusão no longo prazo, isto é, a de natureza pública. Ao passo
dessa evolução histórica, já tardia, mas ainda em tempo para montarmos no
cavalo alado do próximo paradigma tecnoeconômico como agentes de transformação,
precisamos jogar nossas fixas no empreendedorismo científico-tecnológico, como
esta forma ordinária tem defendido. Sem perder de vista a necessidade do
estabelecimento da cultura do capital de risco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Ou seja, os laboratórios instalados e os capitais
humanos formados devem investigar e pesquisar orientados e determinados para a
realização de amazonidades no mercado. Essa será a segunda perna necessária e
indispensável para o autodesenvolvimento, ajustado às grandes tendências tecnológicas,
vinculadas ao paradigma tecnoeconômico [nanobiotecnologia sustentável],
criando, por força do acaso amazônico, uma trajetória tecnológica alternativa,
um capitalismo amazônico, que está alcunhado por esta forma ordinária de
growing up.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">É com bons olhos que vemos a instalação do
Laboratório de Síntese e Caracterização de Nanomateriais do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM. Inaugurado no dia
20.04.12, sugere estar adequadamente montado. Parece ser o primeiro do gênero
da região Norte. E deverá operar sob a lógica da prestação de serviços
tecnológicos e do empreendedorismo científico-tecnológico, além da de geração
de papers, pois sob a orientação institucional da UFSCar, uma referência
nacional no quesito de integração universidade-empresa e na perspectiva da
produção de negócios. Porém, devemos deixar claro que precisamos ocupar os
espaços possíveis de desenvolvimento industrial e de inovação tecnológica,
especialmente derivados da biotecnologia, sem perder de vista, claríssimo, a
nanotecnologia. Manaus anda de motocicleta, quer pegar um foguete, mas não
domina um velocípede. Temos que estabelecer uma governança para a adoção de
metas e desafios associados a uma política industrial e tecnológica consentânea
e de longo prazo, convergente ao processo de growing up, a um capitalismo
amazônico. Assim, reforça-se a sugestão da criação de um Conselho Político Estratégico
em prol das amazonidades, em prol do autodesenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Esta forma ordinária já argumenta desde outras
oportunidades a lógica do estabelecimento de um alvo móvel que deve partir de
uma base tecnológica [já disponível] para uma dada fronteira tecnológica [que
deverá ser desejada], mas esse alvo deve estar consubstanciado por firmas de
capital local realizados de amazonidades no mercado. Ou seja, podemos e devemos
dar pequenos saltos tecnológicos, fundadores de uma trajetória tecnológica
alternativa, porque vertida ao autodesenvolvimento, ao capitalismo amazônico,
ao growing up, às amazonidades, enfim, rumo ao próximo paradigma
tecnoeconômico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Lembremo-nos que os desafios nanobiotecnológicos
deverão ser processados sob a égide, sob a ética da sustentabilidade. Os
ingredientes deste desafio são a tecnologia limpa, investimentos verdes e
consumo inteligente. Complementarmente, quanto a Manaus, são o empreendedorismo
científico-tecnológico, ainda bastante incipiente, combinado com o
estabelecimento da cultura do capital de risco, esta passível de ampliação e
refinamento, para dar vazão aos produtos, aos outputs, que já podem e devem ser
cobrados pela sociedade civil organizada, do processo de inovação implantado em
Manaus [leia-se Sistema Manaus de Inovação sob a liderança do sistema
Sect/Fapeam e demais parceiros correlatos, quais: Inpa; Fucapi; Ufam; Uea; Capda;
Institutos Privados; CBA; CT-PIM; dentre outros]. Precisamos de um mecanismo,
uma sistemática para criar, para fazer emergir empresas de base tecnológica,
equilibrando oferta tecnológica e demanda tecnológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Portanto, podemos e devemos isto sim dar saltos
para tentar transpor o sarrafo industrial e tecnológico que impede o nosso
autodesenvolvimento, focando no curto prazo e no médio prazo [década de
2011-2020] a biotecnologia e em paralelo e longo prazo [duas décadas; 2010-2030]
a nanobiotecnologia, lastreados pelo domínio da microeletrônica. Ao passo das
investigações e pesquisas orientadas para amazonidades, fomentando o
empreendedorismo e o capital de risco. Só assim superaremos a sina da
tardialidade, a sina da industrialização tardia e sina da capacitação
tecnológica tardia. Que a década de 2011-2020 seja a década do empreendedorismo
científico-tecnológico e do capital de risco. Que na década 2020-2030 estejamos
atuando como agentes junto ao próximo paradigma tecnoeconômico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Para finalizar, damos conta de uma outra boa notícia,
apenas aparentemente desconexa, da realização, dia 25.04.12, do Workshop sobre
“Gestão, Processos de Trabalho e Desenvolvimento regional”, pelo/no ICHL/Ufam e
sob a coordenação do Programa de Doutorado Sociedade e Cultura, que trouxe para
discussão uma experiência francesa de formulação de projetos cooperativos entre
universidade-indústria na perspectiva da capacitação profissional e da inovação
tecnológica. O interessante do contexto dessa iniciativa, em si corriqueira, que
vai muito além da busca por mecanismos de integração universidade-indústria, foi
estar consignado pelo aspecto da interdisciplinaridade, pois o grande público
presente eram mestrandos e doutorandos de várias áreas [desenvolvimento
regional; educação; sociologia; contabilidade e controladoria; sociedade e
cultura na Amazônia; biotecnologia; engenharia de produção; ciências do
ambiente e sustentabilidade na Amazônia], cujos pertinentes projetos de
pesquisa começam a se olhar, começam a se paquerar, e quiçá comecem a ficar e a
estabelecer relações de longo prazo em prol de amazonidades, em prol do
autodesenvolvimento, em prol de um capitalismo amazônico, em prol do processo
de growing up, visando o novo paradigma tecnoeconômico que se avizinha e a partir
dele a construção de uma trajetória tecnológica alternativa. De quebra, nele
ouvimos especialista oriundo do chão acadêmico, com passagem pelo chão de fábrica
e agora no chão tecnológico afirmar que, na atual era digital, o PIM está
relativamente menos capacitado tecnologicamente do que na anterior, a chamada era
analógica. Tal afirmação comprova, mais uma vez, a lógica da capacitação tecnológica
tardia [e nossas lentas providências para a sua superação]. Não podemos dormir no ponto. Precisamos desfazer o círculo vicioso da tardialidade com a lentidão, estabelecendo um círculo virtuoso da combinação sinérgica PPB versus IN, no quesito do enraizamento das firmas do PIM, e do empreendedorismo científico-tecnológico vis a vis capital de risco, no que concerne ao capitalismo amazônico.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/Meus%20Documentos/botelho/ant%C3%B4niobotelho-3/livros/vers%C3%B5es%20para%20o%20site/Entendendo%20o%20significa%20do%20conceito%20de%20capacita%C3%A7%C3%A3o%20tecnol%C3%B3gica%20tardia.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif;"> Ver o Capítulo <b>Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas</b>,
de Renata Lèbre La Rovère, contido no livro <b>Economia da Inovação Tecnológica</b>, organizado por Victor Pelaez e
Tamás Szmrecsányi, publicado pela Editora Hucitec e Ordem dos Economistas do
Brasil, em São Paulo, em 2006.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-19007591225076822832012-03-28T19:15:00.018-04:002012-03-29T11:19:32.132-04:00RATIFICANDO O PROCESSO DE GROWING UP<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><span><br /></span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><span>Tenho utilizado esse conceito criado ao longo da minha erudição sobre o Projeto ZFM para rivalizar com o conceito de cathing up. Este último é referência na literatura mundial sobre o desenvolvimento industrial e tecnológico. O meu representa uma ousadia cabocla-tupiniquim – sujeito gaiato este, hein? – para sugerir a oportunidade histórica que Manaus tem para construir um capitalismo que tenho adjetivado de amazônico, de ordem superior, com capital e tecnologia própria e respeito ao meio ambiente e à ecologia. Então, juntando os cacos...</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>E por que temos uma oportunidade histórica? Porque o mundo está em guerra contra as mudanças climáticas e as armas que o chão amazônico dispõe são as amazonidades. Então, a partir da ética sustentável, temos alguma chance de construir nosso autodesenvolvimento sustentável lastreado pela realização de produtos no mercado a partir de insumos e saberes da floresta.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Mas como seria possível tal façanha considerando o determinismo econômico que a fronteira tecnológica construída pelos países centrais impinge aos países retardatários? Exatamente com a idealização de uma trajetória tecnológica alternativa incorporando as externalidades positivas do Projeto ZFM, em nível das transferências de tecnologia e o capital intelectual que emerge com o Sistema Manaus de Inovação.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Devemos ter consciência dos abismos que representam tanto a perspectiva do cathing up quanto a intenção do growing up. E elas se configuram exatamente pelo desequilíbrio entre oferta tecnológica e demanda tecnológica, admitindo que o desenvolvimento industrial, minimamente autônomo e interdependente, se dá em equilíbrio com o desenvolvimento tecnológico. O cenário relativo ao PIM está representado pela maior demanda tecnológica, pois as plantas industriais aqui instaladas são frutos de políticas industriais e tecnológicas idealizadas e realizadas em outros locais, tanto centrais quanto emergentes. Há, portanto, uma assimetria sociotécnica entre o chão de fábrica e as salas de aula e os laboratórios do chão acadêmico local. O pior elemento dessa assimetria é que há um vazio na dimensão patrimonial das firmas relativamente ao capital local no contexto da ZFM/PIM, na medida em que o crescimento econômico, relativo à indústria de transformação, é liderado por grandes marcas globais.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>O cenário relativo às amazonidades, por seu turno, é igualmente assimétrico, porém com natureza inversa. É que existe em Manaus certa acumulação de saber científico e tecnológico, constituindo uma oferta tecnológica que pode ser vertido ao autodesenvolvimento sustentável, leia-se amazonidades. Porém, há também um vazio de firmas locais com poder econômico e estratégico que gere demanda tecnológica para a busca do equilíbrio com a oferta tecnológica existente em Manaus, que resulta do capital intelectual do Sistema Manaus de Inovação.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Por que escolher a construção de uma trajetória tecnológica alternativa, que constitui uma abstração àquele determinismo econômico, para lastrear um capitalismo amazônico, para consubstanciar um processo de growing up? A resposta está numa confluência sinérgica vinculada ao desenvolvimento sustentável, associando-a, ainda, ao fato de que a organização social do planeta está estruturada em Estados nacionais, que albergam o sistema capitalista que predomina no planeta, aonde as firmas nacionais acumulam lucros e apropriam conhecimento.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>O importante, do ponto de vista da “negação” do processo de cathing up como estratégica de desenvolvimento, é que ao longo do século XX apenas o Japão se emparelhou na fronteira tecnológica, seguido mais recentemente pela Coreia do Sul e atualmente pela China, que promete um emparelhamento que deverá desconstruir a pax americana. E o planeta tem quase 200 países. Então, pode-se concluir que o processo de cathing up além de cruel, é impossível de ser trilhado sem firmas com capital local. O fato é que precisamos ter nossas empresas, precisamos ter nossa tecnologia, precisamos ter nossas marcas, atuando em nível global. Podemos e devemos ter um modelito coboclo-tupiniquim, considerando todas as variáveis que conformam o autodesenvolvimento sustentável. Esse modelito é o processo de growing up. Sua gestão seria realizada pelo que tenho denominado de Conselho Político-Estratégico em Prol das Amazonidades para o Desenvolvimento Industrial e Tecnológico do Amazonas.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Tempo atrás, numa primeira aproximação ao conceito, idealizei um esquema para visualizar a forma como os países centrais se desenvolvem e como os retardatários tentam se emparelhar, comparando tais trajetórias a uma trajetória alternativa, consubstanciada por amazonidades. Minimamente reformulado, é o que segue:<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Trajetória Tecnológica dos Países Desenvolvidos (Fronteira Tecnológica)<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Fonte: Combustíveis Fósseis</span><o:p></o:p></span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeKysQB0nCHcNN7ZIcVC8Oq0H3iAFKd9QGLcKfKIKy562cWA4q5wxUMHmHBdOcLeJZNN6B_UZr4PRhITjh9PR_k1KqsE-GHF7M-QTN6cAv66TylvOZPzVXctTju9l19HsRrmOOFO1CJSo/s1600/imagem_001.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 78px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeKysQB0nCHcNN7ZIcVC8Oq0H3iAFKd9QGLcKfKIKy562cWA4q5wxUMHmHBdOcLeJZNN6B_UZr4PRhITjh9PR_k1KqsE-GHF7M-QTN6cAv66TylvOZPzVXctTju9l19HsRrmOOFO1CJSo/s320/imagem_001.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725099373241467314" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; ">Trajetória Tecnológica dos Países em Desenvolvidos (Industrialização Tardia & Capacitação Tecnológica Tardia)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Fonte: Combustíveis Fósseis</span><o:p></o:p></span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd5QmlEGJf6eWVmsx5I1AAuBAUF01PgOwRmVtEe3_nUNIsChrcsS1CEuRJEXbbePGiM9-22cl9cZaDo-i2I2MdTbrHs71Mua4_Fl3JgmafxSW438plvm9h0XIlFgpQlERw7lqBUhWPprU/s1600/imagem_002.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 72px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd5QmlEGJf6eWVmsx5I1AAuBAUF01PgOwRmVtEe3_nUNIsChrcsS1CEuRJEXbbePGiM9-22cl9cZaDo-i2I2MdTbrHs71Mua4_Fl3JgmafxSW438plvm9h0XIlFgpQlERw7lqBUhWPprU/s320/imagem_002.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725099009713393938" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span><br /></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><span>Assim, cantaram e cantam em verso e prosa suas aldeias em escala global, determinando toda uma cultura, que, por sua vez, reproduz o pertinente processo de dominação e hegemonia política e econômica. Há, portanto, um hiato tecnológico muito mais difícil de ser percorrido do que a construção de uma trajetória tecnológica alternativa.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">A construção de um capitalismo amazônico, a partir do acaso amazônico via amazonidades, tem a oportunidade de romper com esse determinismo industrial-tecnológico. O acaso amazônico está na possibilidade da construção de capitalismo em paralelo com os países desenvolvidos, mesmo a despeito de um menor capital social disponível em Manaus e na região. A fronteira tecnológica e os locais que se emparelham a ela dispõem de mais cientistas e engenheiros por milhão de habitantes do que Manaus. Entretanto, a criatividade manauara deverá estar a serviço desse propósito, de rompimento daquele determinismo, alinhada à vontade política de longo prazo de novas elites governantes, institucionais e empresariais. Essa nova ponte será estruturada em amazonidades. Do ponto de vista objetivo, a não reversão do processo histórico de construção da sociedade manauara com base em capital e tecnologia exógena determinará a permanente dependência do Projeto ZFM.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Esquematicamente, poder-se-ia visualizar da seguinte forma a lógica do capitalismo amazônico com base em amazonidades:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Trajetória Tecnológica Alternativa: acaso amazônico<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Fonte: Desenvolvimento Sustentável combinado com amazonidade</span>s<o:p></o:p></span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2vjPxboEvOTXVrLlME6li7PQPXRszhZGxgBU2M8b74OLdQG5CTorYPI5Qy9BDSqO2jTmmMa3N-VaHFiVjB48WEORZYZOOUkg4ms3KYnfiosYBg3ETCighoCOwe-RT_e2Sm7ULHOfBLFQ/s1600/imagem_003.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 70px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2vjPxboEvOTXVrLlME6li7PQPXRszhZGxgBU2M8b74OLdQG5CTorYPI5Qy9BDSqO2jTmmMa3N-VaHFiVjB48WEORZYZOOUkg4ms3KYnfiosYBg3ETCighoCOwe-RT_e2Sm7ULHOfBLFQ/s320/imagem_003.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725098659014156594" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><span>Aí reside a perspectiva da informação e do conhecimento a ser gerado pelo Sistema Manaus de Inovação e pelas externalidades do Projeto ZFM na lógica de uma trajetória tecnológica alternativa, a partir do acaso amazônico, enquanto construção de um capitalismo amazônico, na medida em que, se a industrialização dos países desenvolvidos se deu do produto para o processo, a dos ainda em desenvolvimento se dá do processo para o produto. Hoje, quando os países em desenvolvimentos se aproximam da finalização de suas plataformas industrializadas, os países desenvolvidos afastam-se do produto para a lógica dos projetos, isto é, hoje o maior valor agregado está na terceirização de produção de marcas mundiais, estabelecido os mercados, para a geração de inovações tecnológicas contínuas. Portanto, produzindo aquele determinismo econômico que os países em desenvolvimento não conseguem se livrar.</span></span></p> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify"><span lang="PT-BR">Em sequência, visualizamos outra alegoria para representar a lógica da concepção do “acaso amazônico”, que contempla uma cadeia de valor, apropriando uma dada ideia para realiza-la no mercado, num processo sistêmico de criação:</span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0by691MTXbhWY4vgDAK2msDSQkciCkRrQIiF9NsV5dIkDxu4qowh9PJpbKIN6TL6RgsODvhgCd_5y0wKDbSrvzEGAcLq4k9aOU1arRiH44Dm3N_juykqG9GrxHDOVhy84M-4B-j135S0/s1600/imagem_004.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 123px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0by691MTXbhWY4vgDAK2msDSQkciCkRrQIiF9NsV5dIkDxu4qowh9PJpbKIN6TL6RgsODvhgCd_5y0wKDbSrvzEGAcLq4k9aOU1arRiH44Dm3N_juykqG9GrxHDOVhy84M-4B-j135S0/s320/imagem_004.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725098242315782210" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; ">O processo de invenção tem fluxo e refluxo, pois exige a incursão de melhorias e inovações perpétuas. A construção de um capitalismo amazônico geraria uma profusão de amazonidades. O acaso amazônico seria nossa arma para combater as mudanças climáticas, pois estaria condicionado à lógica da sustentabilidade, isto é, a realização de produtos e serviços no mercado a partir de insumos e saberes renováveis.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; ">Poderíamos, ainda, adotar outro esquema para perceber as concepções de fronteira tecnológica, cathing up, growing up:</span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><br /></span></p></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMWDmqIlO1hxu62lSi0xfghZSMYh2jX2CpC0Nmp4OiOt2WgD9Pblk3RAC3QCbIANAcM1ruKxNvIeAut_fZLZbezXUQagv5xcpXxIwvqW9yjDM7xw4wwvvTc9uP8zSC_1WiWuCfrGqNBY/s1600/imagem_005.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 190px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMWDmqIlO1hxu62lSi0xfghZSMYh2jX2CpC0Nmp4OiOt2WgD9Pblk3RAC3QCbIANAcM1ruKxNvIeAut_fZLZbezXUQagv5xcpXxIwvqW9yjDM7xw4wwvvTc9uP8zSC_1WiWuCfrGqNBY/s320/imagem_005.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725097918248190146" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><p class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; "><span>Ou seja, o processo de growing up, via amazonidades, se daria a partir da oferta tecnológica existente em Manaus, a qual serviria a demanda tecnológica pertinente, que seria criada a partir do empreendedorismo científico-tecnológico, que deve ser efetivamente induzido junto com fundos de capital de risco, que deverão ser disponibilizados para fazer frente à construção do capitalismo amazônico. A fronteira tecnológica inerente seria estabelecida através de saltos tecnológicos na medida em que as amazonidades passassem a se constituir no substrato de uma cultura sob a égide da sustentabilidade.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Finalmente, podemos visualizar, ainda, por meio de uma alegoria um indicador para medir no tempo os avanços de Manaus na construção de um capitalismo amazônico. Trata-se do que tenho denominado de Produto Bruto Manauara [PMB], constituído de firmas locais com tecnologia local realizando amazonidades no mercado, em franca concorrência com a indústria de transformação hich tech do PIM, medido pelo PIB. Vejam só o tamanho da encrenca:</span><o:p></o:p></span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_EuOeBWPIKT9VMcxm8UelrFL1Y1LE0tSVgxd3fhyphenhyphenkzgThdjVTOnGM4uMxrvjXxAILMXkRoGW4wwU-H5ViGmaURjye_bDIo0sIFBWpx2QtgNZPek06GKf0rVPNZXGWbfrzCncRtqKTsU/s1600/imagem_006.gif" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 173px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_EuOeBWPIKT9VMcxm8UelrFL1Y1LE0tSVgxd3fhyphenhyphenkzgThdjVTOnGM4uMxrvjXxAILMXkRoGW4wwU-H5ViGmaURjye_bDIo0sIFBWpx2QtgNZPek06GKf0rVPNZXGWbfrzCncRtqKTsU/s320/imagem_006.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725097568282240482" /></a><br /><div><div><div><div><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; text-align: center; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; font-size: 100%; "></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Adotei o ano de 2003 como base desse desafio para sinalizar que algo já está em curso com a criação e institucionalização do sistema SECT/FAPEAM. Como tenho tido, apenas devemos acelerar o passo e aprofundar os mecanismos de gestão. Portanto, falta foco, enfrentando o problema de frente e formando consciência coletiva. Por isso, não à toa renovo a cada oportunidade a ideia do Conselho Político-Estratégico em Prol das Amazonidades, citado acima, como barracão de obra e ao mesmo tempo trincheira da construção do capitalismo amazônico. A ferramenta de gestão seria o indicador acima delineado, apontando a visão de futuro desejado, qual seja, de que em 2112, Manaus teria superado a sua dependência em relação ao capital e a tecnologia exógena determinada pelo Projeto ZFM. Nesse canteiro de obras, que se confunde com o próprio chão amazônico, a ordem seria a observância da ética sustentável.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">É importante ressaltar que há um conflito entre a tese do growing up com o referencial adotado pelo estado da arte encenado pelo conceito de cathing up. O conflito está no sentido de que na realidade não se tem como fugir do que foi acumulado pela ciência, pela tecnologia e pelo conjunto total de inovações radicais e incrementais que a humanidade produziu, mas que países e firmas se apropriaram na forma de produtos, processos, serviços, marcas, patentes, lucros e conhecimento acumulados. Esse conflito é de somemos, pois está claro que na construção de um capitalismo amazônico consubstanciado por amazonidades o capital social de Manaus deve se apropriar das externalidades do Projeto ZFM. É como se virássemos a fronteira tecnológica de cabeça para baixo. E sabemos que as inversões funcionais oportunizam e robustecem novas visões, clareando novas veredas. Mas com o compromisso de avançar para a lógica do autodesenvolvimento, do caminhar com as próprias pernas, adotando como mote o acaso amazônico em sinergia com a ética sustentável como resposta civilizatória às mudanças climáticas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">O importante é o capital social de Manaus perceber que a proposta do capitalismo amazônico, embora permeado de obstáculos e desafios, traz em seu bojo a oportunidade histórica de se criar um círculo realmente virtuoso e verdadeiro de desenvolvimento. Isso em concorrência com o círculo vicioso de crescimento econômico lastreado pela dependência industrial e tecnológica que o Projeto ZFM determina, condicionando um capitalismo de ordem inferior. Observe-se que essa dependência local em relação ao global é a mesmíssima dependência que a fronteira tecnológica determina em relação à industrialização tardia e capacitação tecnológica igualmente tardia concernente aos países retardatários e até mesmo emergentes, ainda que a economia comandada pela China esteja enforcando os mercados maduros e de consumo extravagante.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Comentamos acima da necessidade de se estabelecer o equilíbrio entre oferta tecnológica e demanda tecnológica para que a economia de determinado local, de cunho capitalista, se reproduza com as próprias mãos e pernas, sob a liderança das mentes locais. Pode-se alcançar esse “equilíbrio” conquistado pelos países centrais, lastreado pelo consumo de combustíveis fósseis, consumo alienado e tecnologia nociva, no mesmo compasso da destruição do meio-ambiente e das relações ecológicas e sociais. Mas podemos construir um “equilíbrio” autossustentável, considerando as especificidades que o momento histórico determina. Esse novo valor, essa nova ideologia é exatamente o desenvolvimento sustentável. E o arsenal de guerra são as amazonidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">A guerra, todavia, não poderá ser vencida se Manaus não estabelecer condições adequadas para se jogar o bom jogo capitalista, um jogo de ordem superior. Vale dizer, se não se estabelecer a cultura do capital de risco e se não se fomentar o desenvolvimento de amazonidades por meio do empreendedorismo científico-tecnológico, Manaus continuará pisando na maionese, literalmente patinando em relação ao autodesenvolvimento, considerando a lógica capitalista. A construção de um capitalismo amazônico envolve o estabelecimento de uma cultura correlata que conduzirá o processo para além dos governos, para além dos partidos, para além da política menor, para além dos políticos de visão imediatista. Por isso, precisamos criar e institucionalizar o Conselho Político-Estratégico em Prol das Amazonidades para que haja continuidade no tempo longo de uma política de Estado, de uma política maior, de uma visão de futuro de longo prazo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">É de bom alvitre que se registre que não estamos falando aqui da alta ciência e da alta tecnologia; daquela que demanda US$ 1 bilhão para ser aplicado pela massa crítica nos laboratórios e chão de fábrica dos locais mais avançados durante 10 anos para que a inovação chegue ao mercado. Não! Sem macular o rigor acadêmico e método científico, estamos falando da baixa ciência e da baixa tecnologia que traduza as necessidades da população e do meio ambiente em invenções realizando amazonidades no mercado. Mas, mais uma vez e sempre: o foco é a dimensão patrimonial das firmas. E, de forma complementar, exatamente como exige a lógica sustentável: investimentos verdes + tecnologia limpa + consumo inteligente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Claro, pensamos na fronteira tecnológica, mas pensamos em construí-la ao invés de buscar o emparelhamento. Construir significa estabelecer uma dada, ou melhor, uma sequência de fronteiras tecnológicas a partir de sucessivos e progressivos equilíbrios entre oferta tecnológica e demanda tecnológica, considerando a dimensão patrimonial das firmas como referência para a formulação das políticas industrial e tecnológica. A lógica do emparelhamento está esgotada por força da proximidade de uma nova inovação radical que a economia verde promoverá nos investimentos e negócios, gerando uma nova onda, doravante sustentável, de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Isso sem falar que a fronteira tecnológica joga duro com quem dela se aproxima, recrudescendo as facilidades de negociações pertinentes à propriedade intelectual, industrial e tecnológica, de direitos autorais de marcas e patentes. A lógica do emparelhamento faz parte do mito do desenvolvimento econômico e do progresso social concernente ao século XX que as mudanças climáticas estão redimensionando.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">A oportunidade histórica da entrada do conceito dos sistemas locais de inovações na pauta e na agenda dos governos locais e dos Estados nacionais como mecanismo para potencializar suas economias, portanto, a utilização da combinação virtuosa das potencialidades das TICs, da lógica dos arranjos institucionais associados à hélice tríplice e aos sistemas produtivos locais não pode deixar de ser apreendidas em toda a sua plenitude pelo capital social de Manaus para o desafio do autodesenvolvimento. Devemos potencializar a cultura da inovação associada à cultura do empreendedorismo científico-tecnológico e à cultura do capital de risco criando a cultura das amazonidades. Renove-se o pano de fundo da ética, da égide sustentável que permeia a cultura da amazonidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">É preciso registrar sempre que nada tenho contra as firmas globais que nos ajudam no crescimento econômico: recolhem impostos, remuneram nossa força de trabalho, compram serviços e produtos locais, e transferem tecnologia. Nossas portas devem estar sempre abertas para elas. Mas, não as considero firmas locais mesmo que sejam constituídas sob as regras legais brasileiras e possuam sede em Manaus. Devemos ter consciência que, em última análise, remetem lucros para o país de origem, compram máquinas e equipamentos de recorrentes inovações de alhures, estão protegidas por patentes alheias, recebem royalties pagos como nossos recursos, contratam assistência técnica da matriz, enfim, demandam insumos estratégicos do ponto de vista do segredo industrial e tecnológico de alhures. Em concorrência às grandes marcas e firmas globais que operam no PIM devemos criar um exército de pequenas empresas de base tecnológica para melhor qualificar o uso e a ocupação do chão amazônico. Neste sentido, estaremos apostando na possibilidade da criação de grandes firmas e grandes marcas amazônidas, igualmente globais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Já tenho sugerido que precisamos prover de energia vital esse processo com uma espécie de nacionalismo amazônico combinado com uma vontade de poder político institucional que assegure a continuidade da dinâmica de construção de um capitalismo amazônico. Mas esses são conceitos e definições da literatura da ciência social que preciso estudar como estudei os da literatura do desenvolvimento industrial e tecnológico. Na realidade, tenho dialogado com um amigo do e no chão institucional sobre a questão, procurando estabelecer um compromisso de estudo e investigação das causas nacionais e locais que determinam nossa sina da tardialidade e da associada dependência frente aos pressupostos do desenvolvimento econômico, e de seus antídotos para fins do autodesenvolvimento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Nessas ocasiões sempre me lembro de Visconde de Pombal, que gerou a primeira malha de incentivos fiscais para atrair investimentos para a Amazônia colonial; sempre me lembro de que D. Maria, a louca, mandou destruir todos os teares da Colônia para atender ao Tratado de Methuen, que beneficiava a indústria têxtil do Império Britânico em contrapartida do vinho português; sempre me lembro de que a Rei mandou salgar a casa e o local aonde Tiradentes nasceu e viveu para arrancar pela raiz a busca de possibilidades de maior liberdade política no Reino; sempre me lembro de que o momento de reconhecer a independência do Brasil representou abrir mão do estágio mais avançado que a Amazônia disponha em relação ao centro hoje mais dinâmico do país; sempre me lembro de que o gabinete imperial não só não incentivou como obstaculizou o empreendedorismo de Visconde de Mauá; sempre me lembro de que nossas elites preferiram desfrutar do fausto da borracha ao invés de construir as bases do autodesenvolvimento; sempre me lembro de que as drogas do sertão sempre foram objeto de comercialização ao invés de agregação de valor; sempre me lembro de que nossas elites nunca cobraram das elites nacionais o financiamento que o fausto da borracha proporcionou na formação industrial e tecnológica do centro dinâmico do país; sempre me lembro de que a indústria nacional de base nasceu por concessão do Tio Sam em troca de um espaço aliado avançado após momentos históricos de quase-identidade nacional com o Fuhrer e/ou com o Duce; sempre me lembro de que o Fundo Constitucional reservado ao desenvolvimento da Amazônia sob a gestão da SPEVEA/SUDAM nunca chegou a ser formado e aplicado; sempre me lembro de que a primeira política industrial do Brasil foi a de JK cuja natureza de industrialização tardia contrastava com a primeira política industrial do Tio Sam de Alexander Hamilton cuja natureza privilegiava a criação de firmas locais e o desenvolvimento de tecnologia endógena elaborada duzentos anos antes; sempre me lembro, enfim, que continuamos acomodados com a solução parcial, incompleta e, sobretudo, dependente do Projeto ZFM.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Ou seja, ou construímos uma visão de futuro associando-a ao autodesenvolvimento, ou continuaremos a ser o almoxarifado do planeta, espaço “avançado” de reprodução de capital estrangeiro e objeto de políticas públicas tratadas por sujeitos que não vivem na Amazônia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Cabe aos amazônidas construir uma visão de futuro desejada, que não seja a eterna dependência de plantas industriais de alheios e de alhures! A construção é coletiva, decerto, mas cada indivíduo deve propor um tijolo. Do ponto de vista desta forma ordinária, a tese do growing up segue ratificada! Aqui growing up se confunde com trajetória tecnológica alternativa vertida as amazonidades enquanto projeto de construção de um capitalismo amazônico. A denominação growing up não deve ser entendida como um paradoxo; está posto apenas para rivalizar com seu concorrente cathing up. Amazonidades significa desenvolvimento com a floresta em pé, mas explotando o capital natural da Amazônia! Explotar significa tirar proveito econômico de determinada área, sobretudo quanto aos recursos naturais. Que essa explotação seja com capital local e tecnológica endógena!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Devemos, portanto, promover uma inovação político-institucional a partir da recombinação de variáveis de desenvolvimento para enfrentar a dependência ao capital e à tecnologia exógena e ao mesmo tempo enfrentar as mudanças climáticas. Essa inovação político-institucional transitará do dito, da materialidade hich tech insustentável para o inaudito, para a transcendência das amazonidades sustentáveis, como símbolo, como desafio, como compromisso de uma nova experiência civilizatória na Amazônia, cuja ideologia é exatamente a égide, a ética da sustentabilidade combinada com as exigências do autodesenvolvimento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Hoje, todos no mundo inteiro estão falando em economia verde. Trata-se de uma exigência do planeta. Para a Amazônia, para os amazônidas, trata-se de uma oportunidade histórica imperdível, pois amazonidades converge para o contexto da economia verde. Apenas com uma especificidade adicional pertinente ao autodesenvolvimento, isto é, de que o mito do desenvolvimento se desdobre no chão amazônico com capital e tecnologia endógena realizando produtos e serviços no mercado a partir de insumos e saberes da floresta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Malbaratando conceitos correlatos à inovação e a difusão tecnológicas que permeiam a lógica cathing up, podemos dizer que devemos pretender superar a path-dependence que a trajetória tecnológica hich tech determina na economia manauara ao confinar as iniciativas de negócios a um lock-in vinculante. Esse é um padrão alocativo que pode ser transformado e transvalorizado num outro padrão associado a uma trajetória tecnológica alternativa lastreada pelas amazonidades. Um novo padrão convergente à lógica da economia verde que as consciências coletivas nacionais, formatando uma consciência global, começam a impor aos agentes e atores políticos e econômicos de todos os locais do planeta. Os mecanismos e as ferramentas da economia evolucionária, e de suas pertinentes políticas industriais e tecnológicas, podem oferecer a oportunidade para essa transição obrigatória.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">Caso contrário, aceleraremos os passos para a extinção da espécie humana junto ao desenrolar dos séculos e milênios e ainda perderemos a dinâmica econômica que o século XXI determinará, ou a ela chegaremos tardiamente como a história sugere ser a sina do chão amazônico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><span>Essa é a oportunidade histórica ímpar para a Amazônia como tenho dito, pois o cavalo alado está passando no chão amazônico pelos portais da história, junto às barbas amazônicas, aqui&agora. Ou seja, a perspectiva de futuro relativa a construção de um capitalismo amazônico, via growing up, sob a ótica da economia verde representa um lock-out [aqui, diferentemente do determinismo econômico derivado da economia clássica e neoclássica, representando necessariamente o sucesso da trajetória tecnológica alternativa], superando a inércia do capital social de Manaus quanto aos desafios do autodesenvolvimento sustentável, minimamente autônomo e interdependente. Para tanto, temos a faca e o queijo nas mãos, representado pelo Sistema Manaus de Inovação e pelas externalidades do Projeto ZFM. Falta vontade de poder, vontade política, visão de futuro e ações consentâneas e convergentes. Devemos trabalhar hoje, para desfrutar de verdadeiro orgulho no futuro. Hoje não há orgulho, há contentamento e acomodação, pois jogamos um jogo de natureza inferior, movidos por capital e tecnologia exógena e sem observância da ética sustentável. A natureza do capitalismo ainda é a mesma em qualquer local do planeta; a humanidade apenas começa a [re]qualificá-lo sob as exigências da ética sustentável.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span lang="PT-BR"><span><span><span style="font-size: 100%;">Agora, a cultura da inovação tecnológica só será potencializada, a cultura do empreendedorismo científico-tecnológico somente será estabelecida e a cultura do capital de risco somente será induzida se, e somente se, a maioria ou pelo menos 50% do total de todas as pesquisas financiadas em Manaus e na Amazônia forem com considerações de uso, vale dizer, se forem orientadas, direcionadas para o mercado, para a explotação de amazonidades, realizando de forma sustentável produtos e serviços a partir de insumos e saberes da floresta. Precisamos, no mesmo </span>diapasão<span style="font-size: 100%;">, que nossa ciências econômicas estude e transmita ensinamentos da economia evolucionária, que nossas ciências da natureza e engenharias desenvolvam e apliquem conhecimentos para potencializar amazonidades e que nossa ciência sociais observe e investigue nosso nacionalismo amazônico. Nesse compasso, daqui a 100 anos, o que hoje é </span>inaudito poderá estar dito.</span></span></span></p><p style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "></p></div></div></div></div>antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-2244616491384384182012-02-28T10:21:00.003-04:002012-02-29T09:38:59.519-04:00EM HOMENAGEM AOS 45 ANOS DO DECRETO 288/67<div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Nota: Esta reflexão foi reduzida jornalisticamente pelo editor Carlos Branco que convidou este pensador para participar da reportagem especial do jornal A Crítica em comemoração aos 45 anos de criação da Suframa e da idealização do Projeto ZFM nos moldes atuais. Hoje é 28 de fevereiro de 2012 e o capital social de Manaus celebra e comemora com todas as pompas e honrarias o dia da edição do Decreto-Lei 288/67. Esta reflexão foi postada no blog desta forma ordinária para homenagear esse momento histórico, questionando-o e criticando-o, contudo de forma propositiva e provocativa. Tenhamos muito boa sorte!<o:p></o:p></span></p></div><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:center; line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Arial Narrow","sans-serif"">Um ideário [a partir de] ideias ou Ideias [a serviço de] um ideário<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; "><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Se esses indivíduos não entram em conflito,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; "><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">é porque não aspiram a mais nada,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; "><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> suas vontades estão paralisadas,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; "><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">e, por isso, vivem a felicidade espinosana,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; "><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">definida como repouso.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:right; line-height:150%"><span style="font-size:10.0pt;line-height:150%;font-family: "Arial Narrow","sans-serif"">NIETZSCHE<i><o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Precisamos de um novo paradigma que supere a lógica simples da prorrogação do Projeto ZFM, ou até mesmo sua perenização. Precisamos de uma lógica complexa que sinalize para a formulação de políticas públicas que não só consolide o processo de industrialização em curso, mas, sobretudo, crie uma trajetória tecnológica alternativa forjadora de um novo marco civilizatório sob a égide da sustentabilidade, o que significa dizer, investimentos conscientes, consumo inteligente e tecnologia limpa. Esta trilogia como base daquela outra mais conhecida e tradicional que busca assegurar o social e ambientalmente justo e correto e somente depois o economicamente viável. É nesta sequência que se amarra a sustentabilidade. Uma verdadeira revolução verde adotando o chão amazônico como laboratório de uma experiência sociológica no devir, no porvir.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Para tanto, devemos entender que a ideologia defendida da autossustentabilidade é expressa pela adoção do Projeto ZFM como um meio e não tão somente como um fim em mesmo. A visão de futuro desejada associada a essa lógica complexa deve ser metrificada com a superação do PIB manauara, no que concerne à indústria de transformação, medidos pela produção do PIM lastreada em capitais e tecnologias estrangeiras por um Produto Manauara Bruto [PMB] consubstanciado por amazonidades, vale dizer produtos realizados no mercado a partir de insumos e saberes da floresta com capital e tecnologia endógena, caracterizando um desenvolvimento industrial e tecnológico minimamente autônomo. Esse autodesenvolvimento, por sua vez, sinalizando um processo de <i>growing up</i>, em concorrência com o processo de <i>cathing up</i> determinado pela sina da industrialização tardia e pertinente capacitação tecnológica tardia. Superar não significa negar o atual crescimento econômico, muito menos abandona-lo, mas ir além dele. E podemos ir muito além, mas precisamos ter coragem para empreender o novo e original, associando-os com uma visão de futuro consentânea, e por via de consequência desencadear uma inovação institucional e política.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O que estamos propondo de forma recorrente é a idealização de um desafio manauara-amazonense-amazônico de superação da sina histórica do crescimento econômico lastreado pela atração de investimentos com a adoção e consolidação de mecanismos que contribuam para a formação da capacidade, estrutura, estratégia e rivalidade empresarial endógena, fundadora do que temos denominado de capitalismo amazônico, explorando sustentavelmente amazonidades. Essa transformação, essa metamorfose teria como base a interação sinérgica entre as externalidades do Projeto ZFM com a estruturação de uma trajetória tecnológica alternativa que explore de forma sustentável o capital natural da Amazônia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Mas como construir essa trajetória industrial e tecnológica alternativa? Como construir um capitalismo amazônico?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Entendemos que liga é a dimensão patrimonial das firmas. Entendemos que a argamassa é o empreendedorismo científico-tecnológico. Isto é, precisamos formular uma política industrial e tecnológica de longo prazo que privilegie o capital e a tecnologia local. Ou seja, precisamos promover ambiências inovadoras que induzam negócios estruturados no uso sustentável de insumos e saberes da floresta, que realizem amazonidades. Essa nova cultura já está em gestação, às vezes pensamos que desde sempre, especialmente se lermos o famoso e célebre discurso de Álvaro Maia proferido no Teatro Amazonas no início da década de vinte do século passado, anunciando um Amazonas livre como potência econômica para 2023, mas, e por isso mesmo, precisamos acelerar o passo. Álvaro Maia certamente não imaginava as exigências do desenvolvimento sustentável e certamente não pensava numa espécie de Projeto ZFM; mas certamente pensava em amazonidades. Na realidade, ele vivia intensamente a contextualização do fausto da borracha, no interregno entre os dois momentos históricos de maior pujança. Então deve ter imaginado no que o Amazonas poderia vir a se transformar se explorasse outros insumos da floresta. Percebeu claramente que a borracha era apenas uma dentre uma infinidade de oportunidades econômicas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Todavia, para realizar esse desiderato precisamos superar a visão ingênua de nossa elite política e institucional que entendem que o Projeto ZFM é um fim em si mesmo, impossível de ser superado. Sem esquecermos no que resultou a exportação das sementes da borracha e, sobretudo, no que representou o desenvolvimento tecnológico do seu princípio ativo em prol dos materiais sintéticos, cuja indústria alavancou durante o século XX parte do poderio político e econômico dos países hoje hegemônicos e dominantes, precisamos deixar de compadrios com o capital estrangeiro, pois as firmas multinacionais estão aqui realizando mais-valia global, de pusilanimidade em relação ao Projeto ZFM, pois temos que supera-lo em favor da construção do capitalismo amazônico de que tanto falamos estruturado em vantagens competitivas dinâmicas vis a vis as amazonidades, e de omissões com relação ao autodesenvolvimento, considerando a predomínio do sistema capitalista enquanto organização social dominante, ainda que este esteja com seus dias contados, como dizem os especialistas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Precisamos exigir que todo capital incentivado, todo ele, de todos os setores do PIM, aplique recursos de verdade em P+D, sobretudo, em projetos cooperativos com a oferta tecnológica local, portanto, além da tese dos investimentos da indústria, dita já de forma extemporânea, de informática. Neste sentido, precisamos dominar enquanto informação de Estado o quanto é a margem de lucro que se pratica industrialmente falando no PIM, não só para exigir os investimentos em P+D, mas para saber o quanto custa a isenção para a sociedade em nível de subtração de impostos que retornariam para o provimento de saúde, segurança e educação, confrontando-os com as alíquotas de proteção comercial.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Precisamos reformular nosso entendimento já fossilizado em nossas mentes da justificativa de que a incentivação da ZFM se deve ao fato do mercado consumidor estar longe da produção do PIM; reproduzi-la após 45 anos é um atestado de medo em relação ao porvir, ao devir, e até mesmo um atestado de incompetência quanto a necessária transformação da nossa realidade; se amazonidades fizerem parte de uma cultura, seus produtos e serviços poderão ser consumidos em qualquer parte do planeta, independentemente dos custos de transporte.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Precisamos formular e encarar os desafios e metas relativas ao desenvolvimento endógeno de frente, com firmeza e responsabilidade se desejamos construir um autodesenvolvimento, se desejamos obter maior liberdade política e maior independência econômica, se desejamos revolucionar nosso progresso social, qualificando o uso e a ocupação do chão amazônico e preservando a soberania nacional no longo prazo. Poderíamos começar a transformação do Decreto-Lei 288/67 reescrevendo seu artigo primeiro, pois os fatores locacionais hoje são outros, além de maiores, igualmente melhores, e a grande distância de outrora se encurtou com a globalização e com as escalas de produção demandadas pelos mercados que se agigantaram. Quantas faculdades, institutos de pesquisas e mestres e doutores existem hoje compondo o nosso capital social? Quantas televisões, motos e telefones celulares o PIM produz hoje após os anos que suas plantas industriais incentivadas foram implantadas?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Nesse sentido, ficamos imaginando uma universidade empreendedora que sinalize claramente para pesquisas com considerações de uso. Ficamos imaginando no chão acadêmico de Manaus espaços dinâmicos, pró-ativos e sinérgicos onde estejam presentes as funções de capital de risco, de formulação de negócios, de transferência de tecnologia. Na realidade, a ambiência inovativa deve ser construída em todo chão de fábrica, em todo chão institucional. Enfim, uma cultura capitalista, em que viceje o empreendedorismo científico-tecnológico entendido como todo aquele que transforme o pesquisador e/ou o estudante acadêmico em proprietário de uma empresa de base tecnológica e que ao mesmo tempo esteja realizando amazonidades no mercado. Onde vários fundos de financiamento estejam disponíveis para financiar direta e indiretamente projetos de desenvolvimento tecnológico, planos de negócios dos empreendimentos a serem realizados, financiando, ainda, a capacitação empresarial e gerencial dos pesquisadores e/ou estudantes. Portanto, muito além da própria pesquisa e desenvolvimento tecnológico que lhe deu origem, devidamente apropriada em níveis de patentes e royalties.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Por exemplo. Na primeira tese do Programa de Doutorado em Biotecnologia implantado na Ufam com financiamento da Suframa a partir dos anos 2000/2001, o pesquisador desenvolveu tecnologia para a adoção da casca da mandioca como alimento proteico para o frango em substituição a ração tradicional de milho. Para tanto, idealizou máquinas e equipamentos, além do processo produtivo para viabilizar técnica e economicamente a amazonidade. Mas não temos notícias de que a ideia tenha se transformado numa marca amazônica. Nem mesmo temos notícias de que o resultado da pesquisa tenha se transformado num negócio. Mas existem mecanismos e ferramentas de política industrial e tecnológica que lançam, apoiam e emancipam empresas de base tecnológica.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Outro exemplo. Podemos afirmar que o tijolo vegetal criado por pesquisadores do Inpa ainda não entrou no mercado em concorrência com o tijolo tradicional de argila. Para tanto, nos dois exemplos, financiamento diferenciado e/ou participação societária do Estado na formação do capital social inicial da firma poderia ter sido acionado, incentivação tributária poderia ter sido idealizada, disponibilização de subsídios poderia ter sido aplicada, proteção comercial poderia ter sido adotada, poder de compra governamental poderia ter sido estruturado e subvenções econômicas para melhorias e inovações incrementais, inclusive, organizacionais e mercadológicas, e encomendas para novo desenvolvimento tecnológico poderiam ter sido estrategicamente induzidas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Ou seja, a trajetória tecnológica alternativa no sentido <i>growing up</i> significa não só idealizar, criar novos produtos para novos usos ou para usos tradicionais, mas utilizar, gerar novos materiais em substituição aos insumos presentes em produtos vigentes, adotando doravante a égide da sustentabilidade de forma autossustentada. Uma nova cultura estaria sendo gestada: o autodesenvolvimento sustentável. A força da criação de novos produtos com novos materiais ou não para novos usos viria com a instalação propriamente dita do processo de <i>growing up</i>. Quantos produtos não poderiam ser comercializados por firmas de capital local a partir da oferta tecnológica já existente em Manaus?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Vejam a lógica da sustentabilidade ambiental dos casos relatados. A casca da mandioca é encontrada como insumo na forma de lixo nos mercados de Manaus. Já a matéria-prima do tijolo vegetal é composta do ouriço e a casca da castanha do Brasil e os mesocarpos do coco e do tucumã. Todos abundantes na floresta! Observe-se que esta é apenas uma perna da equação sustentável, restam compor com a questão social e a própria viabilidade econômica, que podem ser elaboradas com as ferramentas que sinalizamos acima. Mas essa é a trilha! Essa é a vereda!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Neste contexto, registramos que apenas duas empresas de base tecnológica foram criadas por egressos do Programa de Biotecnologia da Ufam frente a um total de 98 teses defendidas até o primeiro semestre de 2011. Portanto, apenas 2% dos conhecimentos aplicados gerados se transformaram em negócios. É muito pouco, mesmo considerando que dois outros egressos tenham desenvolvidos dois produtos inovadores, passíveis de produção e comercialização, devidamente patenteados, inclusive um com reconhecimento mundial </span><span style="font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:"Arial Narrow"; mso-hansi-font-family:"Arial Narrow";mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family: Symbol">-</span><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> sendo a primeira da Ufam neste sentido! Palmas! Mas pesquisas com considerações uso direcionadas ao mercado devem compor no mínimo 50% da pauta de projetos de pesquisa de todo programa de pós-graduação na Amazônia, em especial os vinculados à biologia, química, física, microeletrônica e correlatos, se desejamos mesmo o autodesenvolvimento minimamente autônomo e ao mesmo tempo interdependente, vinculado e associado ao sistema capitalista devidamente qualificado. O complemento para a totalidade seria reservada às necessidades de se avançar junto ao conhecimento exploratório.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Ao longo da última década, o capital social manauara construiu o Sistema Manaus de Inovação, segundo fundamentos públicos.</span><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Para tanto, foi aplicada a soma total de R$ 1,7 bilhão pelas principais instituições indutoras de inovação tecnológica representada pela Suframa/Capda e Sect/Fapeam. </span><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Cremos que estamos bem posicionados quanto ao lado da oferta tecnológica em termos relativos para o estabelecimento de uma cultura do empreendedorismo, especialmente do científico-tecnológico, já que este é quase inexistente, na medida em que não tem representatividade na pujança da economia local, lastreada por capital e tecnologia exógenas, conforme demonstramos no <b>Pequeno Ensaio em prol da construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus</b>, publicado pela Editora Caminha Consultoria em 2011.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Há recursos gerados em Manaus para serem direcionados adicionalmente a esse desafio, como o valor total contingenciado da Suframa, que não é desprezível para um local que precisa construir seu autodesenvolvimento, muito ao contrário. É quase R$ 1,2 bilhão contingenciado entre 2000/2011, considerando o valor apropriado pelo BNDES. Esse valor e suas partes poderiam, ou melhor, deveria ser negociado pela elite política local em troca das perdas das vantagens comparativas do PIM. Para termos uma ideia, todos os programas e projetos do CT-PIM, incluindo seu ParqTech, poderiam ser financiados, no sentido de pô-los em marcha, com a metade deste valor. A outra metade poderia constituir o valor inicial de Fundo de Investimento de Capital de Risco.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Numa outra engenharia financeira, 1/3 desse montante poderia ser direcionado para o CBA, devidamente emancipado com CNPJ próprio, 1/3 para o Fundo de Capital de Risco e 1/3 para os programas e projetos do CT-PIM, enquanto que recursos vinculados ao orçamento do Plano Nacional de C&T&I financiaria o ParqTech do CT-PIM, já que nesse Plano existe rubrica específica para este fim. Ainda uma outra poderia ser formulada na perspectiva do chão amazônico: 1/4 para projetos de produção apoiando cooperativas e associações amazônicas que realizam amazonidades + 1/4 para o CBA + 1/4 para o CT-PIM + 1/4 para o Fundo. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Na verdade, esse mecanismo de barganha e troca deveria se constituir numa estratégica permanente, isto é, a cada perda de uma vantagem comparativa da produção incentivada no PIM se apresentaria, se defenderia um projeto, uma ideia junto ao governo federal. Neste particular, os potenciais imanentes aos dois governos Lula foram perdidas. Vamos perder as potências inerentes do governo Dilma? O que negociamos em troca na forma de projetos vertidos ao autodesenvolvimento com a perda de vantagens comparativas para a produção de <i>tablets</i> para outros locais do território brasileiro?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Portanto, retornando aos argumentos vinculados à liga [dimensão patrimonial das firmas] e da argamassa [empreendedorismo científico-tecnológico], se não tivermos uma forte demanda tecnológica para impulsionar o processo de inovação, segundo os fundamentos da ordem e, sobretudo, da liderança privada, não construiremos um capitalismo amazônico realizador de amazonidades. Essa forte demanda somente acontecerá se tivermos uma produção industrial e agroindustrial equivalente. Vale dizer, se induzirmos igualmente como estão sendo induzidos os avanços em C&T&I, a cultura empreendedora e creditícia vinculado à construção de um capitalismo amazônico lastreada em amazonidades. Por isso, entendemos importante e ratificamos a sugestão da criação, em nível local, de um Conselho Político de Gestão Estratégica do Desenvolvimento Industrial e Tecnológico vinculado às amazonidades, exatamente unindo ambas as vertentes, isto é, oferta e demanda tecnológica. Esse é o “x” da questão associada à dimensão patrimonial das firmas vis a vis ao empreendimento científico-tecnológico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-style: italic">A criação de um Conselho Político de Gestão Estratégica em prol das Amazonidades pode ser entendida como um eixo propulsor do capital social manauara-amazonense na medida em que se vai dando a formação, o desenvolvimento e a consolidação de um capitalismo amazônico. Os agregados graúdos desse capital social expressos pelo aprendizado, pela cooperação e pela confiança seriam refinados no exercício da pertinente gestão estratégica unificada no Conselho Político em prol do autodesenvolvimento. A elaboração de uma política industrial e tecnológica seria permanentemente aprofundada no sentido de construção de vantagens competitivas dinâmicas e sustentáveis.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Que a próxima década seja adotada como a década do empreendedorismo científico-tecnológico manauara e que ao final dela possam constar valores e estatísticas do PMB dessa função fundamental relativa à capacidade, estrutura, estratégia e rivalidade empresarial, visando lastrear a construção do que denominamos capitalismo amazônico. Há uma oportunidade histórica ímpar para eleger o empreendedorismo científico-tecnológico como elemento estratégico fundamental para o autodesenvolvimento na medida em que os sistemas locais de inovação ocupam espaços nas agendas das políticas nacionais de desenvolvimento em concorrência aos tradicionais laboratórios de P+D das grandes indústrias globais. Ou seja, é a tese schumpeteriana dividindo espaço com a tese neoschumpeteriana para a sustentação do progresso social, agora sob a égide da sustentabilidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:6.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Esta oportunidade histórica restará potencializada, exponenciada, se combinarmos se cruzarmos esse binário estratégico, do empreendedorismo em sinergia com os sistemas de inovação, com as exigências do desenvolvimento sustentável vis a vis a Amazônia/amazonidades. Mas como disse no início desta reflexão precisamos ter coragem para empreender uma visão de futuro redentora e libertária, pois deveremos enfrentar de frente a ilusão de curto prazo do Projeto ZFM. Aqui, longo prazo é um horizonte de 100 anos, de um século!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Esse cenário futuro, essa visão de futuro desejado, enfeixado por missões e objetivos estratégicos empresariais, institucionais e políticos convergentes, estaria eivado de legitimidade para o desfrute do verdadeiro orgulho de uma sociedade que constrói seu caminhar sob as próprias pernas, com suas próprias mãos e sob a liderança de suas próprias mentes. Que sejamos capazes de metamorfosear a natureza dependente da indústria de transformação amazonense. Que possamos ser agentes corajosos e determinados de transformação ao invés de meros atores acomodados e descansados da reprodução do capital e da tecnologia de alheios e de alhures. A galinha dos ovos de </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">ouro é o capital natural da Amazônia. O PIM é pinto frente ao que podemos construir com amazonidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A condição de repouso foi questionada por Nietzsche na citação inicial não porque esse nobre pensador não contemplasse o sossego como solução racional para os homens. Em sua reflexão, anunciava a barbárie do século XX, em especial frente à iminência das Duas Grandes Guerras, a partir de sua experiência como enfermeiro na guerra regional franco-prussiana de 1870. No nosso caso específico; qual é a grande ameaça do século XXI? Exatamente as mudanças climáticas a exigir um novo paradigma de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. É contra as mudanças climáticas e a favor da ética sustentável que devemos depositar e empenhar todas as nossas armas e energias na construção de um capitalismo amazônico, nas amazonidades, adotando o Projeto ZFM como alavanca, pois que em si mesmo reproduz a matriz da insustentabilidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Alerte-se que a cobertura vegetal que o PIM ajuda a manter no Amazonas, o faz apenas por uma questão de escala, pois o capitalismo é o mesmo praticado no planeta. Isto é, a ZFM tem 10.000 km² contra mais de cinco milhões de km² da Amazônia. Não se pode, ou melhor, não se deve confundir variáveis e coincidências históricas, não planejadas e programadas, diga-se a bem da verdade, que favoreceram a manutenção da cobertura vegetal do Amazonas frente, por exemplo, aos Estados do Pará e de Rondônia, com desenvolvimento sustentável, muito menos com autodesenvolvimento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Esta é uma questão que precisa ser muito bem entendida, mesmo que haja métricas científicas para justificar a associação de tais variáveis e coincidências históricas com uma adjetivada virtuosidade do Projeto ZFM, mesmo que tais cálculos sejam validados por cientistas graduados de praças mais avançadas que pesquisadores locais convidam para subescrever para convencer as mentes tupiniquins, valorando a peça de investigação. Não estamos negando o conhecimento gerado em si, válido em si, não há dúvida, mas anunciando sua verdade parcial, pois nos basta observar a matriz energética de Manaus que opera parcialmente com a queima de combustíveis fósseis, ainda que o Brasil seja um dos líderes em energia renovável e reciclável, portanto, sustentável, os resíduos que o PIM gera ainda sem uma solução técnica sustentável e o cinturão social de pobreza que circunda e permeia toda Manaus, que no final dos anos 1990 chegavam aos 600 mil indivíduos. O capitalismo que consubstanciará o capitalismo amazônico que tratamos nesta reflexão é de outra natureza e faz parte do conceito de sustentabilidade que está em elaboração no planeta. Contudo, o cerne, o fulcro da visão de futuro que tratamos aqui é que na Amazônia ele seja construído com amazonidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Ademais, ainda quanto a citação de Nietzsche, devemos ter consciência que a bem-aventurança total é incompatível com este mundo dos fenômenos de natureza dual, isto é, ou há desenvolvimento ou não há desenvolvimento; ou há liberdade ou não há liberdade, considerando os diferentes capitais sociais dos locais do planeta e as relações de poder existentes entre os homens e entre os respectivos Estados nacionais. A combinação exitosa de desenvolvimento com liberdade exige coragem e determinação, conforme demonstra a história dos povos e respectivas civilizações, que emergiram e atingiram o apogeu com capital e tecnologia próprias, delineando as formas de organizações sociais idealizadas pelo homem ao longo dos séculos. E ruíram exatamente quando a cultura pertinente perdeu hegemonia e dominância para outra combinação virtuosa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Autodesenvolvimento sustentável combinado com Amazônia/amazonidades é a nossa oportunidade histórica para desfrutar de maior liberdade política e maior independência econômica ao longo das próximas gerações. O que estamos propondo e discutimos nesta reflexão é a oportunidade de uma experiência civilizatória qualificada, não um progresso social espúrio, porque estruturado em vantagens competitivas estáticas, e, dependente, porque lastreado por capital e tecnologia exógenos, uma combinação desastrosa para o longo prazo frente à liberdade política, a independência econômica e a soberania nacional.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Finalmente, é de bom alvitre registrar que os esforços complementares para finalizar de forma nova e original nosso processo de industrialização não exclui muito menos nos exime da responsabilidade de explorar com a mesma determinação e acuidade, frente à perspectiva minimamente autônoma e ao mesmo tempo interdependente exigidas para o autodesenvolvimento, as demais potencialidades vinculadas à sociedade do conhecimento para a economia como um todo, muito especialmente o setor de serviços, base da sociedade contemporânea. Tenho escrito de forma recorrente sempre com o foco no nosso processo de industrialização, atual e potencial, entretanto buscando diferentes palavras e conceitos e procurando expandir o raciocínio com novas abordagens.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Tal expectativa deveria ser discutida à exaustão pelo capital social de Manaus para não se comprometer as mentes de nossos jovens colegiais e universitários bombardeados com informações evasivas e inebriantes que asseguram o Projeto ZFM como solução definitiva para o nosso desenvolvimento, anestesiando a motivação e adormecendo os desafios de transformação da realidade. Há profundas controvérsias quanto ao entendimento do Projeto ZFM apenas como um fim em si mesmo, conforme demonstramos segundo valores pertinentes ao autodesenvolvimento.<o:p></o:p></span></p></div><div><br /></div>antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-15545413005876490162012-01-23T20:49:00.004-04:002012-01-23T21:02:15.104-04:00SOBRE O PROJETO CT-PIM<h1 align="center" style="text-align: justify;margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Nota introdutória: Este texto foi elaborado a quase uma década atrás por este pensador na qualidade de técnico ativo do Estado brasileiro a serviço no Projeto ZFM para entender minimamente o Projeto CT-PIM, visando participar das suas discussões e formulações, além de buscar facilitar o acompanhamento realizado como fiscal do contrato pertinente. Observar que à época ainda não estava clara a emergência do Sistema Manaus de Inovação, nem havia visibilidade do processo de criação e institucionalização do sistema Sect/Fapeam. </span></h1><h1 align="center" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; text-align: center; "><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Síntese da FASE 0 [zero] do Projeto CT-PIM<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><b><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span lang="PT-BR" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; letter-spacing: 0.25pt; ">[1]</span></b></span><!--[endif]--></b></span></a><o:p></o:p></span></h1> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A SUFRAMA contratou a Fundação CERTI no final de 2001 objetivando a elaboração de um <b>“ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO TECNOLÓGICO PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS – PIM”</b>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O Projeto CT-PIM está na lógica do pilar estratégico <b>tecnologia – capital intelectual</b> adotado pela SUFRAMA para a definição do Plano Anual de Trabalho daquela mesmo ano, o qual foi ratificado em 2002, devendo ser incorporado na próxima revisão do seu Planejamento Estratégico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Os resultados alcançados pela Fundação CERTI, que em tese contribuirão para um posicionamento político-institucional favorável à superação dos gargalos tecnológicos existentes (cenário atual)<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> e a antecipação de futuras demandas em função de tendências tecnológicas, deverão tender a propor um <b>sistema local de inovação</b>, na medida em que se estabelece um futuro (cenário desejado)<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> desejado estruturado numa equação sinérgica entre ofertas e demandas tecnológicas enquanto base de apoio para segmentos atuais (eletrônica de consumo e duas rodas, por exemplo) e potenciais (biotecnologia, por exemplo) <i>vis a vis</i> as perspectivas da <b>microeletrônica</b> e <b>micromecânica</b>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Para tanto, desenvolveu uma metodologia que abrangeu incorporação da inteligência institucional e acadêmica sobre o Projeto ZFM, de absorção de sentimentos e experiências com entrevistas junto a especialistas e autoridades do Projeto ZFM, pesquisa de campo junto às empresas do Projeto ZFM, além de 10 (dez) <i>workshops</i> de validação das informações e conhecimentos garimpados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:6.0pt;line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A etapa inicial do estudo contemplou os Resultados 1 e 2, a saber:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Arial Narrow"; mso-bidi-font-family:"Arial Narrow"">1.<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Cenário Referência de Desenvolvimento Econômico:<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> o estudo propõe o estabelecimento de 5 diretrizes gerais para a consolidação de um desenvolvimento autossustentável referencial:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">tornar a balança comercial superavitária</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">, cujo foco é melhorar a performance das exportações do PIM, no curto prazo, com o objetivo primeiro de zerar o déficit da balança comercial resultante das importações de componentes eletrônicos e outros insumos importados. Em médio prazo, deve-se progredir para um superávit representativo em nível nacional, consolidando a orientação do PIM como polo industrial plenamente integrado no esforço nacional de exportação;<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">proporcionar incentivos adequados</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">, com o objetivo de viabilizar uma forte expansão da exportação e condicionar a concessão de outros incentivos à prática de programas de proteção ambiental, desenvolvimento social e integração das empresas do PIM com a economia local, além de uma negociação urgente de uma definição para a continuidade da política de incentivos fiscais.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Esta diretriz admite até a negociação de uma “nova cesta” de incentivos, porém mantendo a lógica da superação das desigualdades regionais;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">promover domínio tecnológico avançado</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">, que busca desenvolver, via geração e/ou transferência a competência tecnológica local;<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">desenvolver marca forte</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family: "Arial Narrow","sans-serif"">, que objetiva empreender ações sistêmicas para consolidar a marca “Produzido em Manaus” no mercado mundial como sinônimo de qualidade, tecnologia e promotora da proteção ambiental;<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">e, finalmente, <b>constituir cluster sinérgicos</b>, que centra esforços para que os atuais aglomerados setoriais (eletroeletrônico; duas rodas; etc.) evoluam para operarem como <i>clusters</i> de competitividade internacional, interagindo sinergicamente entre si e com as potencialidades regionais;<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Narrow";mso-bidi-font-family:"Arial Narrow"">2.<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Demandas e Gargalos Tecnológicos do Cenário referência de Desenvolvimento Econômico: o estudo mapeou os gargalos considerando fatores condicionantes de competitividade das cadeias produtivas eletroeletrônico e duas rodas, além dos gerais do próprio PIM. De igual forma, fora mapeados as demandas tecnológicas para a solução daqueles gargalos, além da identificação das demandas futuras que surgirão com as tendências tecnológicas mundiais, objeto de um documento complementar denominado “Análise das Tendências Tecnológicas Mundiais, Nacionais e Regionais dos Setores do PIM”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Como pode ser observado, o mérito das diretrizes selecionadas pela Fundação CERTI para a estruturação referencial de desenvolvimento autossustentável, objeto do Resultado 1 do Estudo contratado, foi a consolidação de estratégias que o Governo Federal, mediante ação institucional da SUFRAMA, já vinha executando de forma isolada junto ao Projeto ZFM (vide notas de roda pé 5, 6, 7 e 8). A SUFRAMA avança, ainda, buscando estratégias complementares à perspectiva de melhores <b>condições logísticas,</b> visando a consolidação do Polo Industrial de Manaus, além da perspectiva em discussão quanto a promoção comercial.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Por sua vez, a tese fundamental do Resultado 2 do Estudo contratado, foi a percepção de que a oferta de soluções tecnológicas atuais é precária frente as demandas do Polo Industrial de Manaus, e que, portanto, num cenário futuro favorável de desenvolvimento autossustentável, a oferta e a demanda devem estar em prefeita sintonia, especialmente considerando as tendências tecnológicas, tanto dos segmentos atuais, mas sobretudo dos potenciais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Para tanto, a Fundação CERTI observou que sob o foco dos fatores tecnológicos que condicionam a competitividade das cadeias produtivas estudadas, a questão central está ligada à integração entre empresas, universidades e centros de pesquisa. Neste sentido, percebeu que as instituições de P&D&E&S, apesar de seus esforços, acabam não atendendo as reais demandas das empresas. Tal vazio, adicionalmente, tangencia uma preocupação com os atuais currículos das universidades na formação de capital intelectual para aquele atendimento. Ainda sob o aspecto tecnológico, o estudo contratado pela SUFRAMA evidenciou a necessidade de difusão do conhecimento e informação dentro do próprio PIM, enquanto importante função para o adensamento de cadeias produtivas e formação de <i>clusters</i>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O estudo ganhou curso de finalização com a apresentação dos Resultados 3 e 4, a saber:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Arial Narrow"; mso-bidi-font-family:"Arial Narrow"">1.<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Uma Proposta Macro de Desenvolvimento da C&T&I na Região para Superação de Gargalos Tecnológicos e Atendimentos à Demandas Tecnológicas:<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a> o Resultado 3 buscou, a partir das informações coletadas nos Resultados 1 e 2, definir que competências precisavam ser dominadas para efetivamente elevar o nível de desenvolvimento da região, detectando quais são os grandes desafios tecnológicos a serem superados. Assim, identificando o domínio das competências que a região possui e contrapondo-o com os desafios a serem superados, se estabeleceu programas e projetos a serem estruturados para dominar, aprimorar e fortalecer competências essenciais ao atingimento de um novo nível de desenvolvimento para a região, que restou denominada de <b>Matriz de Fornecimento</b>. Neste sentido, foram definidos 4 grandes desafios para o PIM, a saber:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Efetivação da Competitividade</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">: para tal desafio, foram detectados 5 competências a serem conquistadas na região: gestão estratégica, empreendedorismo, gestão da qualidade e produtividade, tecnologia industrial básica e monitoramento e proteção ambiental. Para realização destas competências foram propostos 17 programas /projetos;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Domínio de Tecnologias Avançadas</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">: para tal desafio, foram detectados 6 competências a serem conquistadas na região: microssistemas, mecaoptoeletônica, tecnologia da informação, projeto de produto e gestão da inovação, processos de fabricação e tecnologia de reciclagem. Para realização destas competências foram propostos 20 programas /projetos;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Disponibilização de Infraestrutura</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">: apresenta-se como o terceiro desafio da região e para sua consecução será necessário dispor de 3 competências: energia elétrica, telecomunicações e logística. Para realização destas competências foram propostos 8 programas /projetos;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:Symbol;mso-fareast-font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">·<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Viabilização de Fornecedores Específicos</span></b><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">: apresenta-se como o quarto desafio da região e para sua consecução será necessário dispor de 4 competências: instalações industriais, mecanismos e componentes eletromecânicos, componentes termoplásticos, embalagem e material gráfico. Para realização destas competências foram propostos 9 programas /projetos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O Resultado 3 em suas Considerações Finais registra que para a implementação de uma política de C&T&I na região é importante considerar os seguintes aspectos: <b>ambiente: postura pró-ativa/<i>cluster</i></b> (busca de competências sinérgicas com as potencialidades da região e uma busca por um ambiente de integração entre as diversas empresas consolidando progressivamente <i>clusters</i>); <b>agilidade/<i>timing</i></b> (muitas competências apontadas precisam ser consolidadas rapidamente para aproveitar as janelas de mercado e diminuir os <i>gaps</i> tecnológicos e permitir uma maior competitividade do PIM); <b>gestão integrada</b> (as ações hoje desarticuladas entre empresas, órgãos de governo, entidades de classe, de P&D, de Ensino e outras, precisam ser coordenadas e canalizadas otimizando recursos e catalisando o processo de desenvolvimento da região); <b>lideranças motivadas e empenhadas</b> (as lideranças precisam conclamar e coordenar os esforços no sentido do <u>desenvolvimento</u> –sobretudo o <u>tecnológico</u>-, não apenas dentro de uma visão de uma empresa ou setor); <b>sinergias políticas pelo econômico e social</b> (é fundamental que haja uma forte atuação política incentivando o progresso da região dentro de um plano factível, audacioso e sustentável); <b>recursos financeiros</b> (um <u>desenvolvimento</u> – sobretudo o <u>tecnológico</u> – nos moldes do que está sendo proposto exigirá uma articulação, entendida vital, para obtenção de recursos financeiros de agências de fomento, investimentos do governo federal e estadual, e outros) e <b>monitoramento e análise de resultados</b> (o sucesso do projeto depende de uma constante análise dos resultados e ações de ajustes rápidas para a correção de desvios e obstáculos não considerados no planejamento).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O Resultado 3, portanto, delineou um amplo conjunto de atribuições a todos os <i>players</i> do Sistema de C&T&I, reservando ao CT-PIM duas missões de caráter altamente estratégico: a primeira será a de gestor para a transformação do aglomerado de empresas em <i>clusters</i> sinérgicos mediante responsabilidade de execução, indução e/ou supervisão dos programas e projetos para a consolidação das 18 competências desafiadoras para o PIM; a segunda será a responsabilidade específica de formação de competência técnico-empresarial em <u>microssistemas, isto é, na capacitação tecnológica de fabricação de circuitos integrados de microeletrônica e micromecânica</u>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 17.85pt; text-indent: -17.85pt; "><!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Arial Narrow"; mso-bidi-font-family:"Arial Narrow"">2.<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Proposta de um Centro Tecnológico da SUFRAMA como Indutor/Apoiador do Desenvolvimento do PIM:<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> o Resultado 4, em verdade, resume propostas de desenvolvimento regional através da estruturação de um sistema de ciência, tecnologia e inovação,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> que trazem grandes desafios para as instituições de ensino superior, de ensino profissionalizante, centros de tecnologia, e inclusive para empresas inovadoras que devem ser estimuladas através de mecanismos como incubadoras para serem geradas/criadas em Manaus. Trata-se de uma proposta que prevê a existência de um parque tecnológico,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a> com 3 unidades ligadas e voltadas a microssistemas e 1 unidade de gestão estratégica, a saber respectivamente: <b>Centro de P&D para Fabricação de Microssistemas; Centro de Referência em Inovação de Produtos com Microssistemas</b> e <b>Centro de Desenvolvimento Empresarial em Microssistemas</b>, e <b>Centro de Gestão Estratégica</b>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A tarefa do CT-PIM está centrada em dois aspectos fundamentais. O primeiro, relacionado ao atendimento as demandas através de centros de tecnologia cuja missão é voltada à gestão estratégica de ciência, tecnologia e inovação, para a efetiva transformação de um agregado de empresas em um <i>cluster </i>referência mundial.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a> O desafio é grande, pois o objetivo é fazer Manaus referência mundial no quadro internacional de <i>clusters</i> de sucesso. O segundo aspecto é uma ação mobilizadora de ciência, tecnologia e inovação em microssistemas. A tarefa pode ser visualizada por uma demanda fundamental para se consolidar em Manaus uma gestão estratégica de C&T&I visando a configuração de <i>clusters</i> sinérgicos, a partir de uma grande ação mobilizadora técnico-científica em microssistemas, a ser suprida por matriz de fornecimento constituída de 54 programas e projetos instauradores das competências necessárias para tal intento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Por sua vez, o Centro de Gestão Estratégica traz em sua concepção a tarefa de dar respostas, seja na questão das cadeias produtivas, das empresas, dos negócios, como das instituições tecnológicas, ajudando a sociedade na gestão do PIM como um todo. Este Centro, além de apoiar a criação de <i>clusters</i>, deverá ser o grande articulador para o desenvolvimento da região. Desse modo, será essencial, além da competência em microssistemas, a competência em diversas temáticas de gestão, com domínio das técnicas mais avançadas, associada a cursos de gestão empresarial, de gestão estratégica nas universidades, no monitoramento, tratamento de informações que promovam o desenvolvimento da região. Ou seja, esse Centro de Gestão é concebido de forma a ajudar tanto as instituições a saberem administrar os seus centros de tecnologia, como ajudar até as empresas na gestão, por exemplo, da produção do chão de fábrica. É atribuída ao CGE uma grande tarefa técnico-científica, que consiste no planejamento e gestão do Sistema de C&T&I da região. Neste caso, a tarefa poderia ser visualizada por um esforço de gestão numa relação biunívoca entre desafios a superar e áreas do conhecimento a dominar. Assim, dever-se-á superar questões de chão de fábrica, de cadeia produtiva, empresarial, negocial e institucional, de inovação, tecnologia e de <i>clusters</i> com saberes em estratégia, capital humano, em gestão do conhecimento e da informação, inovação e qualidade, produtividade e engenharia de produção, em ecologia e meio ambiente e segurança.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A tarefa central do Centro de P&D para Fabricação de Microssistemas é a de criar um corpo técnico e de conhecimento para atrair uma empresa de fabricação de CI que venha montar a sua minifábrica na região, enquanto um novo modelo de produção de CI e dispositivos micromecânicos (MST), que oferece uma maior flexibilidade e menor investimento inicial comparados com o modelo tradicional de fábricas hoje (2002) em operação. O processo de evolução daquele Centro, que tem riscos, mas é factível e fundamental que aconteça. Seu cronograma, dimensionado entre 2002 e 2008, previu quatro grandes estágios: i] planejamento até 2003 a partir da atração de especialistas tanto por repatriamento quanto de aposentados, nacionais e estrangeiros; ii] fase da implantação até 2004, com esforços de agregação de valor, formação e capacitação progressivamente de capital humano. As medidas de atração de talentos e formação de RH se intercruzam enquanto inputs indispensáveis para a operação da primeira minifab; iii] de operação da primeira minifab [ASICs; CIs] até 2006, com medidas que vão de spin off induzido até atração propriamente dito, combinados ou não; iv] a partir de 2006 efetiva-se o processo de consolidação com a busca do suporte permanente de tecnologia e inovação e com a implantação de uma segunda minifab em 2008.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-no-proof:yes">A</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family: "Arial Narrow","sans-serif""> tarefa do Centro de Referência em Inovação de Produtos com MST é realizar uma ação de suporte as empresas na criação e produção de produtos inteligentes, na medida em que Manaus precisa de empresas inovadoras, que identifiquem oportunidades e, que de uma ideia, consigam desenvolver um produto de sucesso no mercado. Aquele Centro ajudará a empresa inovadora na configuração do negócio, do produto e do processo, inclusive ambiente fabril, trabalhando de forma coordenada entre a universidade e a própria empresa inovadora, constituindo, assim, uma ponte para superar a complexidade dessa comunicação. A função do Centro pode ser visualizada como uma ponte entre as diversas tecnologias que são geradas nas universidades e institutos de P&D e as empresas inovadoras que efetivamente lançam os produtos no mercado. O Centro de Referência em Inovação prestaria serviços tecnológicos nas diversas áreas que envolveriam o lançamento, indo desde o negócio propriamente dito passando pelo produto e processo, além de questões ambientais para a efetivação do processo de inovação tecnológica. A proposta é que essa transferência de tecnologia se dê com rapidez, sigilo e interação, adotando métodos de gestão e tecnologias modernas e avançadas para que os produtos inovadores gerados sejam lançados no mercado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A tarefa do Centro de Desenvolvimento Empresarial – CDE em Microssistemas, por fim, tem como foco o processo de atração, criação e desenvolvimento de empresas/produtos (Design Houses - DH<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a> e Empresas de Base Tecnológica – EBT), que terá duas incubadoras associadas com empresas que vão ser usuárias do Centro de Referência em Inovação. O processo de monitoramento do CDE será permanente, pró-ativo à prospecção de negócios empresariais em microssistemas, avaliando as oportunidades de investimentos e desenvolvimento econômico das empresas, para o qual é necessário pleno entendimento e domínio tecnológico avançado, observando e monitorando tendências internacionais. A ideia é que esse Centro funcione em curtíssimo prazo centrado em DH. A partir de 2004, propõe-se a criação do Parque Tecnológico, já acima citado, onde estará implantada também uma incubadora de EBT de microssistemas. A evolução de sua infraestrutura foi idealizada num cronograma que vai de 2003 a 2020. Até 2004 operando em instalações provisórias de 500 m</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma">²</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">, quando deverá passar para instalações definitivas envolvendo o cenário final do ParqTech com 1.500 m</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma">²</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> destinados para incubadoras de design house e 4.000 m</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family: "Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family:Tahoma">²</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> para incubadoras de EBTs na área de MST, operando com expansões futuras previsíveis até 2020.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Estima-se que já em 2008, contudo, 54 empresas de pequeno, médio e grande porte (2 minifrábrica de CIs/MSTs; 5 DH incubadas + 14 instaladas no parque tecnológico; 12 EBTs incubadas + 21 instaladas no parque tecnológico), estejam operando segundo a lógica do Parque Tecnológico pertinente ao CT-PIM, o qual terá um custo acumulado até 2005 em torno de R$ 324 milhões<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>. A ideia, entretanto, é de que o volume de tributos e de massa salarial decorrente do faturamento daquelas empresas, girando em torno de R$ 575 milhões por ano, adicionadas às receitas de projetos de novos produtos, serviços de suporte e royalties do Centro de Referência em Inovação de Produtos, da ordem de R$ 23 milhões já em 2006, caracterize, com a conquista do círculo virtuoso, o CT-PIM, para a sociedade local, com uma relação custo-benefício muito atrativa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">A implementação institucional e jurídica do CT-PIM que apresenta as maiores vantagens se dará mediante a constituição de uma ORGANIZAÇÃO SOCIAL.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a> As vantagens para essa qualificação são as seguintes, segundo o levantamento do Estudo elaborado pela Fundação CERTI: i] Conselho composto por entidades da sociedade; ii] Pode receber recursos orçamentários e bens públicos; iii] Oferece flexibilidade de seleção de recursos humanos; iv] Pode ser administrada por meio da avaliação de desempenho com base no contrato de gestão; v] Oferece transparência na administração dos recursos; e vi] Dispõe de hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O estudo elaborado pela Fundação CERTI informa, ainda, que para a implantação do CT-PIM com a qualificação de uma Organização Social, são necessárias algumas etapas: i] Mobilização para criação do CT-PIM [tomada de decisão estratégica de criar o complexo CT-PIM + implantar Comitê de Administração nos moldes do Conselho de Administrativo de Organizações Sociais + Nuclear lideranças e grupos de trabalho de estruturação; ii] Criação da Associação CT-PIM [Criar uma Associação Civil pelas lideranças ou convidar instituição existente a ser operadora do CT-PIM + Adequar o estatuto a Lei de OS (Lei 9.637, de 15.05.98)]; iii] Conquista de um Contrato de Gestão [Qualificar como Organização Social junto ao Governo Federal + Conquistar Contrato de Gestão junto a Órgão Público Federal + Estabelecer Programa de Trabalho para a assinatura do Contrato de Gestão]; iv] Implantação e Operação do CT-PIM [Consolidar os investimentos + Operar profissionalmente segundo plano estratégico e seguida de avaliação].<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">O CT-PIM, que deverá ter um porte humano da ordem de 374 colaboradores em 2005/2006, entre <i>experts</i> (doutores, mestres, especialistas, executivos), pesquisadores (cientista, profissional altamente especializado), profissionais (profissional experiente, projetista) e novos talentos (engenheiro/físico recém-graduado, empreendedor motivado), deverá buscar um modelo econômico e de sustentabilidade entre a receita/investimento através de 3 fontes distintas: da prestação de serviços para cliente mediante contratos (fonte fundamental para a sustentabilidade); de projetos patrocinados ou conquistados junto as agências de fomento (recursos não-reembolsáveis ou não) e financiamento de base por ser importante para a sociedade (recursos não-reembolsáveis). O financiamento de base, no momento inicial, deverá ser de 100% da receita do CT-PIM. Entretanto, logo em seguida, deve-se colocar desafios.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Finalmente, ressalte-se que a idealização do CT-PIM está apoiada fortemente na parceria com órgãos governamentais, instituições de pesquisa, desenvolvimento, ensino, prestadoras de serviços tecnológicos, assim como empresas, consoante com uma perspectiva de realizar a articulação e a interação entre os diversos parceiros do espaço local e regional, induzindo o desenvolvimento através da criação e incorporação de novas tecnologias, seja pela proposição e execução de projetos de cunho científico, tecnológico, social e econômico, ou pela prestação de serviços ou outras formas de integração. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Registre-se, entretanto, que para a transformação da visão de futuro em realidade, depende da vontade política, lideranças locais, articulação, comprometimento da sociedade, espírito de parceria, persistência e uma organização mínima da sociedade para coordenar e demonstrar os resultados já alcançados e a serem alcançados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Além disso, a construção deste novo patamar de desenvolvimento é feito por pessoas, que devem ser e estar altamente qualificadas e empreendedoras. Para atrair, desenvolver e manter estas pessoas em Manaus, a cidade deverá proporcionar melhor qualidade de vida em termos de educação, saúde, segurança, infraestrutura básica e oportunidades de crescimento pessoal e profissional.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; "><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial Narrow","sans-serif"">Portanto, o ambiente em torno do CT-PIM deve ser o mais favorável possível para promover o sucesso deste projeto, pois este é um projeto sistêmico, integrado. Trata-se não só do desenvolvimento de um polo industrial, mas o desenvolvimento de uma região, como o foco na tecnologia e na inovação.<o:p></o:p></span></p> <div><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all"> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Elaborada por Antônio José Lopes Botelho, enquanto servidor da SUFRAMA, a partir dos documentos de responsabilidade da Fundação CERTI “Cenários Referência de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Polo Industrial de Manaus”, “Demandas e Gargalos Tecnológicos do Cenário Referência de Desenvolvimento”, “Uma Proposta Macro de Desenvolvimento da C&T&I na Região para Superação de Gargalos Tecnológicos e Atendimento às Demandas Tecnológicas” e “Um Centro Tecnológico para Promoção do Desenvolvimento Tecnológico, Econômico e Social do Polo Industrial de Manaus”, todos do primeiro semestre de 2002. <b>O foco desta síntese é o da ordem tecnológica, ainda que se saiba da sinergia entre aquela e as demais (econômica e ambiental)</b>.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> O cenário atual do PIM relativamente ao aspecto tecnológico reflete a seguinte condicionalidade: i] fatores ambientais: a região oferece poucos recursos de formação de RH e de desenvolvimento tecnológico para inovação + incentiva a indústria de software [<i>embedded</i> e autônomo] + incentiva a tropicalização de produtos; ii] fatores potencializadores; falta de alinhamento entre oferta e demanda de C&T&I, com pouca prática de inovação tecnológica, pela falta de um plano político estratégico que sirva de instrumento orientativo às entidades técnico-científicas; iii] fatores indutores: ações pouco integradas de desenvolvimento tecnológico + sem capacidade de atrair e desenvolver talentos para gerar base tecnológica + baixa procura por proteção da propriedade tecnológica; iv] fatores dinamizadores: forte importação de tecnologia desfavorecendo o balanço de pagamentos + produtos de tecnologia externa, na maioria dos casos. Portanto, cada fator é composto de um conjunto de vetores. O foco conforme já registrado é de ordem tecnológica, ficando de fora vetores econômicos, socioambientais, legais e regulatórios e ecológico.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> O cenário desejado para o PIM em 2020 está representado pela seguinte condicionalidade: i] fatores ambientais: parte da tecnologia externa instalada no PIM é cedida para exploração por parte das empresas locais + o PIM constitui o principal elemento de fornecimento de tecnologia para o exterior; ii] fatores potencializadores: as entidades técnico-científicas são relevantes fornecedores de conhecimento e inovação tecnológica para as diversas cadeias produtivas do PIM; iii] fatores indutores: menor importância dos incentivos, com real direcionamento para o desenvolvimento tecnológico + política tecnológica do PIM alinhada com as estratégias nacionais + maior quantidade de produtos de alto teor tecnológico produzidos no PIM + reconhecimento internacional da capacidade de desenvolvimento tecnológico; iv] fatores dinamizadores: principal elemento brasileiro de fornecimento de tecnologia para o exterior, sustentando favoravelmente a balança de pagamento + alta geração e detenção de propriedade tecnológica, atraindo novos segmentos de base tecnológica, comparável ao fenômeno de outros <i>clusters</i> + tecnologia desenvolvida e assimilada na região servindo de suporte ao desenvolvimento de setores emergentes.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn4"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> O grande argumento utilizado pela Fundação CERTI foi a constatação que o <b>crescimento econômico</b> de Manaus decorrente do Projeto ZFM é um fato inequívoco. A metodologia utilizada foi a de um “mix” de diversas propostas metodológicas de diversos autores especialistas em desenvolvimento de cenários exploratórios, tendo como suporte a metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR elaborada pela Fundação CERTI.</span><span lang="PT-BR" style="font-size:11.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family: "Tahoma","sans-serif";mso-bidi-font-family:"Times New Roman""><o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn5"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Esforço institucional que SUFRAMA já implementa desde 1999 quando inscreveu no <b>PPA-2000/2003</b> a meta de 20% sobre o faturamento do PIM, onde o <b>PEXPAM</b>, enquanto incentivo complementar, teve papel relevante.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn6"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Neste particular, a SUFRAMA também já implementa vetor zero com apoio institucional à Comissão Especial do <b>Congresso Nacional</b> que trabalha a prorrogação do prazo constitucional da Zona Franca de Manaus, além do próprio <b>PEXPAM</b> para a construção da plataforma exportadora, conforme já comentado na nota de roda pé anterior.</span><span lang="PT-BR" style="font-size:11.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;line-height:115%; font-family:"Tahoma","sans-serif";mso-bidi-font-family:"Times New Roman""><o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn7"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Também neste particular, já há esforços preliminares na medida em que a SUFRAMA reserva 20% dos seus recursos financeiros para o financiamento de cursos <i>stricto sensu</i> (mestrados/doutorados em automação; telecomunicações; informática; engenharia de produção; biotecnologia; desenvolvimento sustentável, são exemplos atuais) e projetos de pesquisa vinculados, além dos esforços tradicionais já implementados, como a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação tecnológica - <b>FUCAPI</b>, que revisou sua atuação estratégica, e do Centro de Biotecnologia da Amazônia - <b>CBA</b>, ora em fase final de implantação.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn8"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Também esta diretriz já está incorporada aos esforços da SUFRAMA na medida em que se exige a décadas a logomarca “<b>Produzido no Polo Industrial de Manaus</b>” e “<b>Conheça o Amazonas</b>” nos produtos e embalagens das empresas incentivadas, na medida em que se exige a quase uma década a adoção da ISO 9000 daquelas empresas incentivadas enquanto etapa do processo produtivo básico e na medida em que a SUFRAMA adota em seu discurso político de que o Projeto ZFM é um modelo ambientalmente correto, porque contribuiu para preservar 98% da cobertura vegetal do Estado do Amazonas, e que seus produtos decorrem de grandes marcas mundiais.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn9"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Este adjetivo sim, se trata de algo novo especialmente se se acredita que os <i>clusters</i> podem ser construídos a partir de uma indução governamental. Sinérgicos no sentido da consolidação do PIM e do seu encadeamento com as vocações regionais.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn10"> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Foram selecionados os gargalos com impacto maior ou igual a 60, determinado pela metodologia, independentemente do peso. Os gargalos mais relevantes são: i] gerais do PIM [cadeia produtiva eletroeletrônica e de bens de informática]: carência de engenheiro mecânico, engenheiro químico, com ênfase em tintas e vernizes, engenheiro de materiais [materiais, plástico, solda] e profissionais com conhecimento em tecnologia de gestão, na área de finanças e de programação; ii] fornecimento de insumos [eletroeletrônica e de bens de informática]: carência de especialistas em plásticos [injeção plástico, estamparia e usinagem] + carência de fornecedores de moldes de alta pressão; iii] fornecimento de subsistemas [eletroeletrônica e de bens de informática]: carência de RH ligados à injeção plástico [ótico] e manutenção de equipamentos industriais + carência de fornecedores qualificados de injeção plástica para telefones celulares + carência de empresas que fazem sopro plástico e falta de conhecimento em plástico + deficiência na relação cliente e fornecedor [o fornecedor não participa do desenvolvimento, somente é consultado pelo cliente se pode atender aos seus interesses]; iv] montagem [eletroeletrônica e de bens de informática]: limitação da formação de um parque tecnológico consistente na medida em que a compra de insumos externos – frequentemente sob a forma de kits e subconjuntos – limita a possibilidade de desenvolvimento de soluções para produtos já que dispensa o projeto [e as vezes até o reprojeto] dos mesmos + faltam especialistas em solda [chumbo e estanho], injeção plástica, pintura e material condutor + carência de profissionais na área de engenharia de telecomunicações, eletrônica, pintura e material condutor + carência de profissionais para a customização de projetos de produto + baixa autonomia decisória para modificação e desenvolvimento de produtos e processos; v] gerais do PIM [cadeia de duas rodas]: base de competência [em produto] das empresas está fora do PIM + baixo domínio tecnológico sobre a estruturação de processos. Ainda muito dependente das alterações de processo e tecnologias externas [matriz] + dificuldade de obter mão de obra especializada – carência de engenheiro mecânico [robótica], engenheiro químico, com ênfase em tintas e vernizes, de material [base estrutural – conhecimento metalúrgico, solda] e profissionais com conhecimento em tecnologia de gestão na área de finanças. Carência de profissionais que fala inglês fluente. Falta de integração da escola com as indústrias; vi] fornecimento de peças e subsistemas [cadeia de duas rodas]: existe carência de serviços de calibração [laboratórios e RH qualificados]. Os fornecedores locais apresentam algumas dificuldades para a certificação de processos + deficiência na infraestrutura dos fornecedores locais de peças para subsistemas – em tecnologia, especialização, qualidade e capacidade de produção + dificuldade de alguns fornecedores em atender com qualidade desejada e cumprir prazos de entrega + deficiência em termos de equipamentos e principalmente em moldes e ferramentaria. A manutenção é o ponto mais crítico. Considerar que um determinado <b>gargalo</b> junto a cadeia produtiva concernente gera uma <b>demanda</b> tecnológica atual específica. Portanto, a constatação do fato significa inexistência e/ou insuficiência quanto à <b>oferta</b> tecnológica recíproca.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn11"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Em Microeletrônica: i] novo conceito de produção; este conceito envolve software poderosos para controle de produção em <i>real-time</i>, ferramentas multi-processo com tecnologias de limpeza associada, novas tecnologias de isolamento <i>multi-layer</i> e sistemas de gravação direta, isto é, sem necessidade de máscaras; ii] aumento de consumo de semicondutores em comunicações e entretimento, com uma redução em computação; inclusive na indústria automotiva; iii] o preço dos produtos está tendendo ao somatório dos preços dos semicondutores contidos no bem; há uma tendência a poucos ou um único CI por equipamento [SoC: <i>system-on-chip</i>, isto é, dispositivo altamente integrado composto por múltiplos blocos funcionais, incluindo memórias e um processador <i>chip</i>]; iv] mão de obra em semicondutores está cada vez mais especializada e aquela que não seja altamente qualificada agrega custo e não valor; v] a engenharia de matérias está cada vez mais importante no contexto da miniaturização dos <i>chips</i>, na medida em que a redução das dimensões dos dispositivos está limitada pelo próprio material que é utilizado; vi] a transição CMOS [<i>Complementary Metal-Oxide-Semiconductor</i>: tecnologia de processo que é capaz de produzir transistores MOS com ambos canais de condução de semicondutores tipos <i>n</i> e <i>p</i>. Por sua vez, MOS é a tecnologia de fabricação que é utilizada para produzir transistores com efeito de campo de silício, nos quais o fluxo de corrente é controlado pela força do campo elétrico entre a porta e o canal condutor, separados por uma camada isolante de dióxido de silício] para SOI [<i>Silicon-on-Insulator</i>: wafer de silício com uma fina camada de óxido sobre ele. Substratos dão isolamento superior entre dispositivos adjacentes em um circuito integrado quando comparado aos dispositivos construídos em “<i>bulk” wafers</i>] está prevista para atingir volume comercial com dimensão da ordem de 45nm em 2010. Atualmente, a ordem é de 130nm; vii] em 2004 deverão iniciar os trabalhos para efetivação da transição para <i>wafers</i> de 450mm em escala econômica para 2013. Atualmente, a base é de 300mm. Observação: há uma previsão de cenário muito negativo para a balança comercial brasileira de componentes semicondutores sem a aplicação de uma política de substituição competitiva de importação de um déficit de quase US$ 20 bilhões em 2010. Em Micromecânica: i] os MST [<i>Microsystems Technology</i>: similar ao MENS [vide adiante ainda neste nota de roda pé] com ou sem circuito eletrônico. A base tecnológica está centrada na micro-ótica, no micro fluidos, na micro eletrônica, na micro mecânica e no micro magnetismo. Sua aplicação se dá na indústria médica [implantes; diagnóstico; cirurgia], na indústria aeroespacial, nos sistemas militares, no meio ambiente, na alta indústria [sistemas de segurança]; gestão; conforto; e na indústria em geral], que se caracterizam por integrar componentes de silício, plástico e vidro, têm projeção da função faturamento para US$ 30 bilhões em 2003, considerando todos os sistemas que incorpora esta tecnologia; ii] as tecnologias MENS [<i>Microelectromechanical Systems</i>: circuitos integrados que contém tanto máquinas microscópicas quanto circuitos eletrônicos, tal como transdutores de força, válvulas e motores] tendem a oferecer um potencial cada vez maior para agregação de valor, especialmente na medicina, podendo resolver tanto pequenos, como prevenir problemas, como prevenir que sistemas de visualização usados em cirurgias minimamente invasivas fiquem cobertos com sangue, quanto grandes problemas, como diagnosticar câncer cervical. Observação: as possibilidades para o PIM vão desde a biotecnologia [chips para análise de DNA, biossensores, etc.] até energia sustentável [microrreatores, células de combustível, etc.], passando por petroquímica [biossensores em cerâmica, cromatografia de gases e líquidos, etc.]. Portanto, áreas potenciais para o desenvolvimento econômico do Amazonas. Em Eletrônica: i] a tecnologia dos produtos manufaturados no PIM está se concentrando na direção dos componentes que eles usam e cuja tendência é de um componente semicondutor por equipamento, conforme já registrado acima; ii] existe também uma grande tendência de que o software seja englobado no <i>chip</i> [<i>embebdded</i>], o que irá modificar sobremaneira o conceito de produção e desenvolvimento em todo o mundo; iii] prevê-se para a tecnologia de geração de imagem um haverá rápido desenvolvimento de <i>displays</i> digitais, com principal objetivo re reduzir seu custo. As novas tecnologias [LCD, Plasma e OLEDs] têm uma previsão de crescimento acentuada para 2020, portanto, a tecnologia CRT, que utilizam os tubos de raios catódicos, ainda terão mercado mundial por muito tempo; iv] prevê-se para a tecnologia de transmissão de dados que os <i>Leds</i> Orgânicos permitirão a produção de telas flexíveis para aplicações em celulares; v] para a tecnologia de leitura e gravação ótica, que está intimamente correlacionada com a produção de equipamentos cuja funcionalidade principal seja a recepção e gravação de vídeo, a previsão é a predominância do DVD por pelo menos mais décadas; vi] a velocidade de transmissão de dados evoluirá por fator de 10 em 3 anos e até 100 vezes em 5 anos, aumentando a troca de dados na infraestrutura de comunicação móvel. A partir de 2002 deverá predominar a tecnologia 2G, entrando a de 2,5G já em 2005 e a 3G em 2020. Há uma previsão de que entre 26 e 58 milhões de usuários estarão utilizando tais tecnologias até 2005. A metodologia para analisar as tendências tecnológicas mundiais utilizadas é conhecida como “<i>Technology Roadmapping</i>”. Tal metodologia permite olhar o futuro de forma sistêmica, constituindo importante ferramenta estratégica de desenvolvimento. Entretanto, rupturas tecnológicas impactam fortemente as informações traçadas. Na realidade, o importante é perceber o fosso tecnológico entre demanda e oferta tecnológica neste início dos anos 2000, o que demonstra o gigantesco esforço que Manaus deve imprimir para a instalação de competência de superação dessa defasagem, considerando a perspectiva de consolidação do PIM em níveis menores de dependência tecnológica. Vide na próxima nota de roda pé quais são essas competências.</span><span lang="PT-BR" style="font-size:11.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;line-height:115%; font-family:"Tahoma","sans-serif";mso-bidi-font-family:"Times New Roman""><o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn12"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> As 18 [dezoito] competências selecionadas pelo Estudo contratado à Fundação CERTI, agrupadas em 4 [quatro] grandes desafios, foram explodidas em 54 [cinquenta e quatro] Programas e Projetos cujo desenvolvimento contam com a participação de instituições de ensino e pesquisa, centros tecnológicos e empresas de base tecnológica locais, além de entidades vinculadas nacionais e internacionais, os quais, com as respectivas execuções, constituirão o <b>sistema local de inovação</b>, enquanto base estrutural do PIM. Portanto, o Projeto CT-PIM terá a grande missão de contribuir de forma substantiva para o S<b>istema Manaus de Inovação</b>. As competências que deverão ser instaladas localmente para a superação dos gargalos e atendimento das demandas tecnológicas são: <b>i</b>] pertinente ao <b>desafio de efetivação da competitividade</b>: <b>1</b>] em gestão estratégica [projeto Centro de Gestão Estratégica do PIM </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> CGE-PIM + programa de motivação e capacitação de lideranças do PIM + programa de atração e motivação de especialistas + programa de pós-graduação em Gestão Estratégica e Empresarial]; <b>2</b>] em empreendedorismo [programa de estímulo a capacitação em empreendedorismo + projeto Fundo de Investimento de Risco + projeto Parque Tecnológico e Incubadoras de Tecnologia Avançada e Consultoria Tecnológica]; <b>3</b>] em engenharia de produção, gestão da qualidade e produtividade [programa de aplicações de referência em empresas </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family: Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> <i>show room</i> </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> de demonstrações das melhores práticas + projeto bianual de mostra de <i>cases</i> e fórum internacional de “excelência na produção” + programa de graduação e pós-graduação de excelência em Engenharia de Produção]; <b>4</b>] em tecnologia industrial básica [programa de ampliação e capacitação de laboratórios metrológicos e da implantação da Rede Metrológica AM + programa de formação de recursos técnicos laboratoristas + programa de estruturação/atracai de OCCs </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Organismos Certificadores Credenciados </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> para produtos/sistemas/serviços de Certificação Compulsória e Voluntária + projeto de estruturação do “Sele Verde” </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif";mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Sistema de Qualidade do PIM]; <b>5</b>] em monitoramente e proteção ambiental [programa de estímulo à Certificação ISO 14000 e de proteção ambiental + projeto de sistema de Monitoramento Referência de Emissões que afetam o Meio Ambiente + programa de pós-graduação em tecnologia ambiental]; <b>ii</b>] pertinente ao <b>desafio de buscar o domínio em tecnologia avançada</b>: <b>6</b>] em tecnologias de microssistemas [projeto Mini-fábrica de Produção de <i>Wafers</i> de CI + programa de <i>Design House</i> + programa de atração de RH nas áreas de microeletrônica e instrumentação + projeto Centro de Referência de Inovação em Microssistemas </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma">–</span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> tecnologia e produtos + projeto Centro de Desenvolvimento Empresarial de <i>Design House</i> e empresas de produtos de microssistemas e CIs; <b>7</b>] em mecaoptoeletrotrônica: [programa de estímulo às empresas para desenvolvimento e produção de produtos de nichos e produtos associados às potencialidades regionais + programa de graduação e pós-graduação profissionalizante em projeto e manufatura de produtos e componentes mecaoptoeletrônicos + programa de formação de técnicos industriais em produtos e componentes mecaoptoeletrônicos + projeto Centro de Referência de Inovação em Produtos Mecaoptoeletrônicos]; <b>8</b>] em tecnologia de inovação: [projeto Sistema de Inteligência Competitiva do PIM + programa de pós-graduação em convergência digital + projeto Centro de Referência em Inovação de Software e Sistemas Avançados + programa AMAZONSOFT de incubação de EBTs em TI]; <b>9</b>] em projeto de produto e gestão da inovação: [programa de fortalecimento de cursos de graduação e pós-graduação na temática processo de inovação tecnológica + programa de apoio aos centros de P&D tecnológicos]; <b>10</b>] em processos de fabricação; [programa de graduação e pós-graduação de excelência em processos de fabricação avançada + programa de formação de técnicos em modernos processos de fabricação + projeto Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico de Processos de Fabricação]; <b>11</b>] em tecnologia de reciclagem; [programa de pós-graduação em tecnologia de reciclagem + projeto Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Reciclagem de Produtos e Materiais]; <b>iii</b>] pertinente ao <b>desafio de disponibilizar infraestrutura</b>: <b>12</b>] em telecomunicações: [programa de disponibilização de sistemas e redes de transmissão de dados em alta velocidade + programa de uma rede de comunicações <i>wireless</i> de alta velocidade]; <b>13</b>] em logística e engenharia de transportes: [programa de introdução de tecnologias de ponta na infraestrutura portuária e aeroportuária + projeto Núcleo em engenharia de transporte em curso de engenharia de produção + projeto de uma Central de Logística Integrada]; <b>14</b>] em energia elétrica; [projeto geração de energia elétrica com gás e petróleo e preservação ambiental + programa de garantia do suprimento de energia elétrica com alto desempenho e eficiência + projeto Núcleo de Excelência no Monitoramento de Sistemas de Suprimento Energético]; <b>iv</b>] pertinente ao <b>desafio de promoção de fornecedores específicos</b>: <b>15</b>] em mecanismos e componentes eletromecânicos: [programa de criação/atração e desenvolvimento tecnológico de empresas fabricantes de mecanismos e componentes eletromecânicos e mecaoptoeletrônicos + programa de apoio a capacitação tecnológica de fornecedores em aspectos de qualidade e confiabilidade]; <b>16</b>] em componentes termoplásticos: [projeto de criação, atração e desenvolvimento tecnológico de empresas fabricantes de moldes, dispositivos e termoplásticos de precisão e outros + projeto de Centro de Serviços de Suporte ao Desenvolvimento de termoplásticos]; <b>18</b>] em instalações industriais: [programa de fortalecimento tecnológico de empresas de instalações industriais, dispositivos e peças especiais + projeto sistema de gestão competitiva para monitoramento de tendências, demandas e ofertas na instalação de modernas plantas industriais]. Deve estar registrado que nem todos os programas e projetos serão executados sob a coordenação direta do Projeto CT-PIM, porém todos deverão contar com sua articulação e interlocução frente ao contexto sistêmico e sinérgico que se pretende para a consolidação do PIM.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn13"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> A proposta do Projeto CT-PIM idealizada com o Estudo elaborado pela Fundação CERTI é ao mesmo tempo desafiadora e complexa. Desafiadora porque seu cenário futuro desejado é arrojado. Complexo porque envolve uma interdependência entre agentes e atores vis a vis programas e projetos. Contudo, certamente pode representar a perspectiva de uma nova era de desenvolvimento para Manaus, mitigando a dependência tecnológica e industrial do seu processo de crescimento econômico relativamente ao PIM. Nesse contexto se interpõe a própria missão do CT-PIM: promover a competência científica e tecnológica do PIM através de uma gestão estratégica de meios e ações, em parceria com instituições locais, nacionais e internacionais, bem como promover, em particular, a capacitação em projetos, fabricação e aplicação de microssistemas. De plano podemos descrever seu ParqTech dimensionado sob a orientação de entradas e saídas. As entradas seriam as competências instaladas em Manaus, que foram apresentadas na nota de roda pé anterior. Adicionalmente, prevê-se a necessidade de buscar competências nacionais e internacionais. As saídas seria a realização de produtos e serviços nos mercados locais, regionais, nacional e internacional. O processo em si envolve a implantação de quatro grandes unidades de gestão: i] Centro de Gestão Estratégico, cuja missão seria: desenvolver e aplicar as melhores práticas de gestão, articulando e congregando governo, academia e empresas na consolidação dos <i>clusters</i> sinérgicos de Manaus em favor do desenvolvimento da Amazônia. Sua estrutura básica foi dimensionada para a implementação de quatro divisões: 1] de gestão do desenvolvimento de RH; 2] de gestão do desenvolvimento tecnológico; 3] de gestão do desenvolvimento empresarial; 4] de gestão do desenvolvimento de soluções; ii] Centro de P&D em Fabricação, cuja missão seria: estabelecer uma infraestrutura física e intelectual, com domínio tecnológico dos mais avançados processos de fabricação de microssistemas para viabilizar a implantação de minifábricas de CI/MST e apoiar as empresas usuárias na pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras. Sua estrutura básica foi dimensionada para a implementação de três divisões: 1] de P&D de projetos especiais; 2] de P&D de processos de fabricação e suporte laboratorial; 3] de prospecção e nucleação de minifabs e produtos inteligentes; iii] Centro de Referência em Inovação de Produtos em MST, cuja missão seria: estabelecer uma sofisticada infraestrutura de pessoal e laboratorial para o processo de inovação tecnológica de produtos inteligentes com integração de dispositivos de MST visando apoiar as empresas existentes do PIM ou incubadas na geração de novos produtos. Sua estrutura básica foi dimensionada para a implementação de quatro divisões: 1] de inovação no negócio; 2] de inovação no produto; 3] de inovação no processo; 4] de P&D tecnológico; iv] Centro de Desenvolvimento Empresarial em Microssistemas, cuja missão seria: ser o operador do ParTech CT-PIM visando estabelecer um competente setor tecnológico empresarial em microssistemas apoiando o processo de atração/incubação/desenvolvimento de empresas tecnológicas. Sua estrutura básica foi dimensionada para a implementação de duas divisões: 1] de administração das incubadoras e ParqTech; 2] de prospecção e atração de negócios empresariais. Na realidade, o conjunto articulado entre as unidades de design house, minifabs e incubadoras de EBTs, junto com os quatro centros descritos acima constituem o ParqTech e ao mesmo tempo se confunde com o próprio Projeto CT-PIM, desafiador e complexo como dito acima, mas absolutamente necessário. Sua visão de futuro envolve a combinação virtuosa da inovação tecnológica com a preservação ambiental, configurando-se em Manaus <i>clusters</i> sinérgicos de referência mundial, estruturados num sistema local de inovação potencializado, motivado e impulsionador do desenvolvimento, e atuando em parcerias nacionais e internacionais, a partir de competências empresariais, científico-tecnológicas e governamentais em microssistemas, consolidando o PIM e explorando a biodiversidade amazônica.</span></p> </div> <div id="ftn14"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Segundo Clélio Campolina Diniz do Departamento de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais, em “Globalização, Escalas Territoriais e Política Tecnológica Regionalizada no Brasil”, informa, citando Edquist (1997), Cooke (1998), Lopes e Lugones (1999), que “os <b>sistemas institucionais de inovação</b> vêm sendo classificados através de uma taxonomia que os caracterizam como sistemas supranacionais de inovação (SSNI), sistemas nacionais de inovação (SNI), sistemas regionais de inovação (SRI), sistemas locais de inovação (SLI) e sistemas setoriais de inovação (SSI)” e sintetiza que “um sistema de inovação em rede deve ser suficientemente forte para dentro e para fora, de forma a combinar cooperação e competição”. Admite, entretanto, que “a vantagem competitiva é criada e mantida através de um <b>processo altamente localizado</b>” onde “o esforço de busca e a luta competitiva, centrada no processo inovativo, vai depender de duas dimensões: a) da capacidade empresarial em promover pesquisa e desenvolvimento e identificar novos produtos ou processos que assegurem o sucesso econômico (produtivo e comercial) da empresa; e b) da <b>capacidade local de aprender</b>, no sentido de se criar uma atmosfera de transformação e progresso para o aprendizado regional e coletivo (Florida, 1995; Aydalot and Keeble, 1988)”. Ressalta, entretanto, citando Conti and Giaccara (2000), que a “inovação não é consequência direta da presença desses fatores, mas de sua capacidade de interação recíproca”. De uma forma mais direta, Sánchez & Paula, em Parceria Estratégicas/MCT, Dezembro de 2001, admitindo a possibilidade da denominação “<b>sistemas locais de inovação</b>”, definem, adaptando de Freeman (1987), <u>sistema nacional de ciência e inovação tecnológica</u> (SNCIT) como sendo “uma rede de instituições nos setores público e privado cujas atividades e interações iniciam, geram, importam, modificam e difundem novas tecnologias”.</span><span lang="PT-BR" style="font-size:11.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family: "Tahoma","sans-serif";mso-bidi-font-family:"Times New Roman""><o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn15"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Segundo Maria Elizabeth Lunardi, em “<b>Parques Tecnológicos</b>: estratégias de localização em Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba”, Curitiba, Ed. do Autor, 1997, página 17, parque tecnológico pode ser entendido como “uma iniciativa localizada num loteamento apropriadamente urbanizado e possui três características básicas: tem ligações formais com a universidade ou outras instituições de ensino e pesquisa; permite a formação e crescimento de empresas de base tecnológica e outras organizações que também se situam no local; é coordenada por uma entidade que desempenha as funções de gerente do parque, a qual estimula a transferência de tecnologia e promove ações voltadas ao aumento da capacitação das empresas e dos demais empreendimentos que residem no local. Em linhas gerais, as empresas estão reunidas num mesmo local, dentro ou próximo ao <i>campus</i> da universidade, numa área de raio inferior a 5 quilômetros. São áreas para venda, locação, terrenos ou prédios que abrigam incubadoras, condomínios ou empresas e outros órgãos prestadores de serviços”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn16"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Já passa da hora de se tentar definir o que seja <i>cluster</i>. Do ponto de vista objetivo, não há uma tradução literal para o termo. Entretanto, Michael E. Porter, em “A Vantagem Competitiva das Nações, Editora Campus, Rio de Janeiro, 1989, trata o termo em forma de um “agrupamento de indústrias competitivas”, entendidas bem-sucedidas porque “estão, geralmente, ligadas através de relações verticais (comprador/fornecedor) ou horizontais (clientes, tecnologia, canais comuns, etc.)”. O que é importante salientar, é que aquele <i>agrupamento</i> deriva da natureza sistêmica do que Porter denomina de “diamante”, expressão que utiliza para referenciar os determinantes da vantagem nacional, no caso local, de Manaus, como um sistema. Assim, para Porter, um país, no caso, as indústrias de Manaus, quer sejam de produtos globais ou de produtos locais, terão êxito internacional na hipótese de se construir os 4 grandes atributos que modelam o ambiente no qual as empresas competem e que promovem a criação da vantagem competitiva, a saber: <b>condições de fatores</b> (tais como trabalho especializado ou infraestrutura necessários à competição); <b>condições de demanda</b> (a natureza da demanda interna para os produtos); <b>indústrias correlatas e de apoio</b> (a presença de indústrias abastecedoras que sejam internacionalmente competitivas); e <b>estratégia, estrutura e rivalidade das empresas</b> (as condições que governam a maneira pela qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas). Embora Porter assegure que “são necessárias vantagens por todo o <i>diamante</i> para obter e manter o sucesso competitivo nas indústrias”, até porque “o <u>diamante</u> é um sistema mutuamente fortalecedor, onde o efeito de um determinante é dependente do estado dos outros”, ressalto os <u>fatores</u>, que podem ser agrupados segundo as seguintes categorias, para destacar especialmente os pertinentes ao <u>conhecimento intensivo</u>, que constituem a espinha dorsal das economias adiantadas: <b>recursos humanos</b> (a quantidade, capacidade e custos do pessoal, divididos em muitas categorias, tais como: ferramenteiros, engenheiros eletricistas com PhD, assim por diante); <b>recursos físicos</b> (a abundância, qualidade, acessibilidade e custo da terra, água, minérios ou madeiras, fontes de energia elétrica, pesqueiros e outras características físicas da localidade); <b>recursos de conhecimento</b> (<u>o estoque que se tem de conhecimento científicos, técnicos e de mercado, relativos a bens e serviços. Os recursos de conhecimento estão nas universidades, institutos governamentais e particulares de pesquisas, órgãos estatísticos governamentais e outras fontes</u>); <b>recursos de capital</b> (o total e o custo do capital disponível para o financiamento da indústria) e <b>infraestrutura</b> (o tipo, qualidade e valor de uso da infraestrutura disponível que afeta a competição, inclusive o sistema de transportes, o sistema de comunicações e assim por diante). Porter assegura, para finalizar, que “o mais importante é criar as pressões sobre as empresas para investir e inovar”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn17"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Promover a atração e desenvolvimento de DS é uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia através do Programa Nacional de Microeletrônica, onde Manaus já está mapeada para estar neste processo.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn18"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Percebe-se, de forma inequívoca, que o desafio do CT-PIM transcende a capacidade financeira da SUFRAMA, portanto, sendo imprescindível o aporte de recursos financeiros dos Fundos Setoriais, por exemplo.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn19"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> As outras possibilidades apontadas, cujos “contras” estão postos como qualitativamente maiores do que os “prós” foram: Órgãos Públicos; Fundação Privada sem fins lucrativos e Associação da Sociedade Civil de Interesse Público.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn20"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/Sintese%20da%20fase%200%20projeto%20CT-pim%20-%20vers%C3%A3o%20sem%20figuras.doc#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Arial Narrow","sans-serif""> Talvez o desafio possa ser atingir 2010 com 75% de recursos não-reembolsáveis; 2020 com apenas 1/3.<o:p></o:p></span></p> </div> </div>antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-897832428672930560.post-63977026392600968292012-01-09T22:45:00.006-04:002012-01-17T20:18:21.014-04:00O marco regulatório da ZFM, a instituição Suframa, o produto PIM e o desenvolvimento sustentável: assimetrias perceptíveis e percepções estratégicas<div align="left"><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span lang="PT-BR" style="font-size:16.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O marco regulatório da ZFM, a instituição Suframa, o produto PIM e o desenvolvimento sustentável:<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 16pt; line-height: 115%; ">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> assimetrias perceptíveis e percepções estratégicas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right"><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">E a insistência de Agostinho em revelar suas tensões mais íntimas nas <i>Confissões</i> foi, em parte, uma reação ao isolamento: e foi também uma resposta deliberada a uma tendência arraigada dos cristãos africanos a idealizar seus bispos. Num mundo de estereótipos clericais estabelecidos de longa data, ela foi um manifesto em prol das qualidades inesperadas e ocultas do mundo íntimo </span><span lang="PT-BR" style="font-size: 10.0pt;line-height:115%;font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:"Times New Roman"; mso-hansi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">-</span><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> a <i>conscientia</i>. [Brown, Peter. <b>Santo Agostinho: uma biografia</b>. Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 258]<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Do Quadrante</span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O Projeto ZFM [Zona Franca de Manaus] tem sua legislação baseada no Decreto-Lei 288/67 e derivados. A Suframa embora tenha sido idealizada no mesmo documento legal tem funções de administração do Projeto, portanto, não deve se confundir com ele. Não é raro ter-se percepções equivocadas entre ambos, especialmente se cruzarmos tais assimetrias com o produto maior dessa iniciativa governamental que está representada pela produção industrial da ZFM, encarnada no PIM [Polo Industrial de Manaus]. O desenvolvimento sustentável, ente mais frágil do quadrante, encara os desafios estratégicos. As quatro dimensões do quadrante têm, portanto, vida própria ainda que se entrecruzem em suas dinâmicas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O objetivo desta reflexão é sinalizar que o sucesso do PIM não implica, necessariamente, no sucesso dos demais. Caso não haja o necessário esclarecimento, a visão de futuro pode restar ofuscada e tergiversada, sem natureza intrínseca aos conteúdos necessários para a trilha do desenvolvimento sustentável. Assim, deve-se perceber que os recordes de faturamento e de emprego do PIM alcançados durante os anos 2003-2010 não significa que a instituição Suframa tenha atuado de forma estratégica com toda a energia e vigor que demandam os desafios do desenvolvimento sustentável. Ou seja, não significa que seus desafios estratégicos pertinentes ao desenvolvimento sustentável estejam sendo bem [re]formulados e resolvidos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O objetivo também perpassa no sentido de que não se pode afirmar que o marco regulatório do Projeto ZFM esteja ajustado às tendências industriais e tecnológicas do Século XXI, mesmo considerando os recordes sucessivos de faturamento e de emprego que o PIM gera. Certamente não está, pois a ZFM não alberga os mecanismos e ferramentas da economia evolucionária, na medida em que representa uma perspectiva de mais de 50 anos atrás, embora essa tipologia de economia já estivesse em construção nos países desenvolvidos.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Isto é tanto verdade, que a emergência do Sistema Manaus de Inovação [SMI] se dá por fora da dinâmica do próprio PIM, confirmando sua dimensão pública, ainda que o PIM avance em melhorias e inovações no chão de fábrica e até mesmo estabeleça vínculos com o capital sociotécnico de Manaus. Entretanto, a liga que estabeleceria uma dinâmica mais saudável da hélice tríplice pertinente [indústria + academia + governo; nessa ordem mesmo, para o governo atrapalhar o menos possível!] seria exatamente a dimensão patrimonial, que se deve buscar com a construção de um capitalismo amazônico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Portanto, ao final explicitar-se-á as intenções em nível de percepções estratégicas como que destrinchando as assimetrias perceptíveis, após explorar fatos conexos a ambos, não sem antes firmar as interfaces, ameaças e oportunidades junto as dimensões do quadrante idealizado para analisar o período que vai de 2003 a 2011 do Projeto ZFM.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Das Interfaces entre as Dimensões do Quadrante<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O ponto de contato – e de divergência – é, portanto, o PIM!!! Ponto de divergência no sentido que não se deve julgar um [ZFM] ou outro [Suframa] por esse, que é um produto. Muito menos, não se deve adota-lo como sinônimo de desenvolvimento sustentável, considerando suas contradições internas, mesmo que seus recordes de faturamento e níveis de emprego sejam recorrentes. Ponto de contato no sentido de que gera recursos para financiar o desenvolvimento sustentável. Em grandes números, o orçamento do Amazonas saltou de menos de R$ 1 bilhão para mais de R$ 10 bilhões certamente em muito menos tempo do que a própria existência do Projeto ZFM.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O Decreto-Lei 288/67, como já há muito sabido, confere um objetivo maior idealizado há quase meio século, qual seja, de criar em Manaus e arredores, uma dinâmica econômica comercial, agropecuária e industrial. Hoje a pujança está representada na indústria. As duas outras, ou não decolou, como o caso agropecuário, ou declinou, como se sabe aconteceu com o comércio da ZFM, que não resistiu às mudanças estruturais da economia nacional, de espectro mais aberto ao mundo globalizado. A vertente industrial, que se ajustou à abertura do mercado nacional, passa por momento de transição ao qual devemos estar atentos para não perder, novamente, o bonde da história, conforme aconteceu com o Ciclo de Borracha. Mas, mais uma vez e sempre, essa atenção não tem nada a ver com o desenvolvimento sustentável. Atenção redobrada e energia potencializada tem-se que ter com os desafios do desenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A Suframa, conforme já dito, foi a institucionalidade criada no bojo do Decreto-Lei 288/67. Ambos, marco e instituição, foram regulamentados pelo Decreto 61.244, também de 1967. A Suframa foi concebida, originalmente, para aplicar e controlar o processo de incentivação formulado pelo Decreto-Lei 288/67, mas conquistou competências que a credenciam para atuar como agência de desenvolvimento sustentável. Mais recentemente, a Lei 9.960/00, que institui a Taxa de Serviços Administrativos [TSA], consolidou o papel estratégico da Suframa, lastreado pelas sucessivas missões, objetivos, diretrizes e visões de futuro, que permeiam seus programas, projetos e ações em nível de planejamento. O documento Critérios para Aplicação de Recursos Financeiros da Suframa é o principal meio e modo operacional para dar vazão aos desafios estratégicos desenhados ao longo do tempo. Complementarmente, podem-se perceber as transformações de sua produtividade institucional, que, ao longo do tempo, foi ampliando suas competências, galgando patamares de qualidade mais refinados e sofisticados. Nesse particular, basta observar suas várias estruturas organizacionais criadas ao longo dos seus 44 anos de existência. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-bottom:10.0pt;text-align:justify;line-height: 115%"><span lang="PT-BR" style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif"">O PIM, por sua vez, é a expressão materializada dos incentivos fiscais especiais concedidos pelo Estado brasileiro [isenção de IPI e redução de II] para fomentar o processo de industrialização de Manaus. Hoje, representa o conjunto totalizado da produção industrial instalada em Manaus, na categoria indústria de transformação, fruto da atração de investimentos e seus respectivos pacotes tecnológicos exógenos, em regra, sociotecnicamente assimétricos com o capital social manauara. É verdade que algum capital local já se apropria dessa oportunidade histórica, contudo, ainda não tem representatividade junto aos níveis de faturamento e emprego. Além do que, tal apropriação se dá reproduzindo tecnologias universais e/ou copiando e imitando inovações tecnológicas amplamente difundidas, num processo lento de <i>cathing up</i>. Todos sabem seus números, amplamente anunciados e divulgados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-bottom:10.0pt;text-align:justify;line-height: 115%"><span lang="PT-BR" style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif"">Por outro lado, os projetos financiados com recursos da Suframa oferecem visibilidade para a sua ação como agência de desenvolvimento em áreas consideradas importantes para o desenvolvimento sustentável, segundo o seu Plano Estratégico: </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif"">a inovação tecnológica, a logística, a inserção internacional, o desenvolvimento produtivo, o capital intelectual e o empreendedorismo, além da sua expertise de gestão de incentivos fiscais e sua preocupação com o desenvolvimento organizacional.</span><span lang="PT-BR" style="mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> Essa quarta expressão do quadrante, conforme já mencionado, é ainda muito frágil e, portanto, precisa ser potencializada. É sobre ela que deve recair toda a energia [dinheiro + inteligência + tempo] do capital social de Manaus e demais locais da área de atuação da Suframa. A ideia, assim, é potencializar a Suframa e suas competências em prol do desenvolvimento sustentável. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Claro está, portanto, que as quatro dimensões do quadrante, ainda que interconectadas por um fio condutor e financiador, têm funções independentes associados pelos objetivos ampliados de cada qual. A Suframa, especialmente, atribuiu-se a missão de ir além da simples administração do processo de incentivação estabelecido pelo Decreto-Lei 288/67, mas tem sido obstaculizada ao ver-se reduzida em sua capacidade financeira e gerencial, do ponto de vista estratégico. As firmas incentivadas buscam a reprodução do capital, o que é auferido pelos sucessivos recordes de faturamento, ao embalo dos momentos favoráveis da economia global e nacional, realizando a mais-valia global.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> O Decreto-Lei 288/67 é a plataforma de voo das dinâmicas organizacionais e econômicas vinculadas à Suframa, ao PIM e ao desenvolvimento sustentável, que deve ser revisado e reformatado, aos moldes progressistas e desenvolvimentistas segundo conteúdos qualitativos, em vistas a incorporação de mecanismos e ferramentas da economia evolucionária. O desenvolvimento sustentável em si mesmo é a oportunidade histórica para a liberdade política e a independência econômica da Amazônia, Manaus incluída, é claro. Pouco se tem a dizer sobre ele, pois até o momento tem sido bastante adotado como simples modismo, especialmente em locais subperiféricos como Manaus, ainda que emergente, para oxigenar o sistema capitalista, mas muito se tem a fazer para realiza-lo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Das Ameaças e Oportunidades junto às Dimensões do Quadrante<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Associar o sucesso institucional da Suframa ao sucesso industrial do PIM é um erro crasso, que camufla e tergiversa a necessária execução em tempo hábil de programas e ações estratégicas associadas ao desenvolvimento sustentável. Pode-se observar claramente que caminhamos para o final de 2011 e a expectativa é de novos recordes de faturamento e emprego. Esse fato nos leva a crer que é o mercado que conduz a produção do PIM. Aliás, é difícil de perceber diferente esse cenário considerando que vivemos a economia capitalista. De igual forma, conforme já salientado, a pujança do PIM não garante que seu marco regulatório esteja afinado com as tendências das trajetórias tecnológicas de geração de produtos e com suas pertinentes dinâmicas de produção que forjarão o século XXI.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Seria perfeitamente possível termos uma gerência ótima da instituição em termos estratégicos em momentos de crise, ainda que os recursos financeiros pudessem ser negativamente impactados; e este é o grande viés que se deve aproveitar com consciência, quando se vive momentos auspiciosos de fausto. Mas inapropriadamente, a dinâmica política aproveita a oportunidade econômica para fazer revisões e atualizações de suas bases de apoio. A sensação que temos é que vale mais o curto prazo das iniciativas de governo em detrimento de uma política de estado para de longo prazo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Num outro sentido, pode-se também ter o alento de anos bons e progressistas, mas se perde a oportunidade de aprofundar questões estratégicas, sem falar na necessidade de se criar novas formulações. Como nos parece ter sido o caso dos anos 2003-2011, pois vivemos um verdadeiro fausto com recordes e mais recordes do PIM. Infelizmente, apesar da boa vontade quase sacerdotal de colegas dirigentes. Todavia, foi com boa recepção que lemos a recente entrevista do Superintendente Interino afirmando que a “ZFM acabou”, ainda que talvez sua intenção tenha sido outra, de salientar a perda de suas vantagens comparativas para outros locais do território nacional. De qualquer sorte, serve para formar consciência, até porque citou o conceito de desenvolvimento endógeno como contraponto. Louve-se, ainda, o depoimento, também recente, do deputado Pauderney Avelino, um especialista nas questões intrínsecas da ZFM, já admitindo que Manaus tenha que realizar sua “tarefa de casa”. No parlamento amazonense, o deputado Luiz Castro tem argumentado da necessidade de construirmos uma política industrial e tecnológica de longo prazo. Vários colegas e amigos da academia já dizem isto a algum tempo, ainda que de forma reservada como exige a postura científica. O consenso, pois, avança.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O ideal, no sentido dos melhor dos mundos, seria a combinação virtuosa e sinérgica de anos auspiciosos com uma gestão empreendedora visando o desenvolvimento sustentável. O pior cenário, claro, seria a crise instalada associada com uma visão ingênua<sup>[<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>]</sup> e equivocada quanto aos desafios do desenvolvimento sustentável.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Dos Fatos Conexos às Assimetrias Perceptíveis e Percepções Estratégicas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Vivemos uma quase década de recordes com a atuação pujante do PIM. Não obstante, nossa organização, a Suframa, voltou a ficar sobre crivo das instituições de controle do Estado brasileiro. A sociedade nacional também questiona as notícias que são estampadas que sugerem desvios e desperdícios do dinheiro público. O governo da presidente Dilma bate forte nesse cancro nefasto para um maior bem estar de todos os brasileiros. Sinceramente, não acreditamos que nossos colegas da Suframa tenham perdido a [com]postura ética-moral que exige a coisa pública. Tudo pode ter sido fruto de 40 segundos de leseira-baré, cuja desatenção destrói 40 anos de profissionalidade. Todos nós estamos sujeitos à falta de consciência e não devemos desejar nada de negativo com pensamentos, palavras e/ou ações a ninguém. Mas, por outro lado, não podemos deixar de sermos críticos para que o plano de desenvolvimento sustentável que se desenha na Suframa ao longo dos anos avance também progressivamente como as oportunidades que a economia tem nos legado, mesmo a despeito das ameaças de crise geral. Enquanto isto, a Justiça corre atrás do prejuízo, buscando o equilíbrio e/ou o confronto entre a dualidade inocência versus culpa. A espada da justiça, portanto, está sobre algumas cabeças. Nosso desejo é que todos desfrutem da paz interior, que já Somos, e que o Direito se faça valer. Mas, voltando ao caso institucional-estratégico provinciano...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É claro que muita coisa avançou: a internacionalização da Suframa hoje é um fato aceitável. Outro fato positivo é a promoção comercial, louvável em si mesma. Dois passos ousados. A realização da Feira Internacional da Amazônia [Fiam] foi postergada por algum tempo até a decisão corajosa de Ozias Rodrigues. A internacionalização contou com o aval pessoal da Flávia Grosso. A promoção comercial vinculada a Fiam oferece resultados mais visíveis e palpáveis para o desenvolvimento sustentável do que a defesa comercial da produção do PIM em mercados dinâmicos associada à internacionalização da Suframa. Até certo ponto, há uma excrescência de lógica em defender empresas não-nacionais no contexto do comércio exterior, mas essa necessidade faz parte da institucionalidade de países de industrialização tardia, que expande o campo de ação da hegemonia dos países centrais. A internacionalização vinculada às exportações do PIM, no entanto, permanece na plataforma conquistada com o PEXPAM [Programa Especial de Exportação da Amazônia Ocidental], introduzido por Mauro Costa, pois outra plataforma depende da escala de produção que vá além do mercado interno e do concernente desenvolvimento de fornecedores, que, por sua vez, é limitado pelos próprios pacotes tecnológicos associados aos projetos aprovados e incentivados.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Há outros avanços organizacionais vinculados a sistemas computacionais, pois o chão institucional permanentemente busca melhorias e inovação. Algumas ideias foram importantes e oportunamente adotadas no chão institucional como a do programa Selo Amazônico, que visa certificar produtos produzidos com matérias primas regionais, e do Projeto JICA [Agência de Cooperação Internacional do Japão] objetivando o diagnóstico dos resíduos sólidos do PIM, cujos desdobramentos poderão, inclusive, oferecer subsídios para investimentos sustentáveis. Mas, do ponto de vista objetivo, como veremos adiante, fomos muito pouco além de dar vazão, de forma lenta no que é essencial, ao ideário de fomentar o capital intelectual, que o chão institucional da Suframa deve ao Antonio Sérgio, que revisou a versão dos Critérios para Aplicação dos Recursos Financeiros idealizados pelo Mauro Costa. Deve estar registrado que entendemos que atrair, aprovar e acompanhar projetos, por constituir a principal expertise da Suframa, não precisa de mais do que a dinâmica de dois neurônios </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:Symbol; mso-ascii-font-family:"Times New Roman";mso-hansi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family: Symbol">-</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> o tico e o teco </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height: 115%;font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:"Times New Roman";mso-hansi-font-family: "Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol">-</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height: 115%;font-family:"Times New Roman","serif""> para se voar em nível de cruzeiro, especialmente em condições favoráveis da economia. Para questões estratégicas sim, precisamos potencializar com ousadia e determinação o DNA institucional, entendido como de um ente colonizado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Antes, um elogio especial deve ser dedicado à unidade administrativa de estudos econômicos e empresariais da Suframa. É que sua equipe de profissionais migra a passos largos de um conteúdo técnico-simplista do passado para outro de cunho científico-complexo do futuro, que incorpora não só dados e informações gerados por terceiros especialistas-contratados, mas se capacita para gerar conhecimento, quiçá a ser adotado com sabedoria nas tomadas de decisões institucionais. Trata-se de uma bela herança que a administração que sai deixa para a nova engenharia institucional que se instalará na Suframa. Um marco auspicioso foi o recente livro publicado sob a organização de Evandro Barbosa, mestre em educação, intitulado <b>Governança da Amazônia: socioeconomia, meio ambiente, segurança e defesa</b>, que traz um conjunto de artigos de pesquisadores que fazem parte da equipe técnica daquela unidade e de outras unidades administrativas da Suframa. Publicação livre e independente da chancela institucional como deve ser todo o livre pensar. O que importa é que dez anos depois de defender minha dissertação [<b>Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado!</b>], talvez o primeiro servidor a fazê-lo, hoje temos duas, talvez três dezenas de técnicos-pesquisadores compondo o capital intelectual da Suframa. À época o chão institucional não primava muito menos promovia a formação strito senso. Não obstante, passei a incentivar outros colegas a buscarem liberdade e independência no pensar por meio da geração sistemática de conhecimento como resultado de investigações pessoais. Neste particular, a simples presença naquela unidade administrativa do José Machado, doutor em desenvolvimento sustentável, bem como da sensibilidade da sua sucessora Ana Souza, mestre em desenvolvimento regional, foram significativos para consolidar essa tendência, de uma maior capacitação para a formulação e resolução dos desafios estratégicos da Suframa, interagindo de forma autônoma, parceira e interdependente com o conhecimento gerado fora da organização. Essa equipe tem desenvolvido trabalhos relevantes que amplia essa tendência, como por exemplo: i] a participação ativa no programa do Polo Naval de Manaus; ii] a construção da Matriz-Insumo do Amazonas; iii] a implantação de Metodologia de Mensuração e Inventário de Emissões de Dióxido de Carbono da Fiam; iv] a discussão ativa junto ao Fórum Amazonense de Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Serviços Ambientais e Energia, dentre muitos outros.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Mas, perdemos em outros. Por exemplo, é um fato que o CBA [Centro de Biotecnologia da Amazônia] continua aprisionado numa ambiência de inadequadas condições de operação, sem uma personalidade jurídica própria. Toda desculpa pode ser dada, tanto legal quanto legítima. Mas erramos estrategicamente, da mesma forma que o Governo do Amazonas errou ao retardar por 14 anos a institucionalização e a instalação do sistema Fapeam/Sect [Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia & Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas]. A discussão de transformar o CBA num NIT<sup>[<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>]</sup> da Suframa foi um erro conceitual que demandou perda de energia [tempo + dinheiro + inteligência]. Esse processo de discussão levou quase dois anos. Fora os anos necessários para idealização e legalização da ABA [Associação de Biotecnologia da Amazônia], para concepção de um plano de ação mínimo e recorrentes discussões quanto ao modelo jurídico, cuja recomendação final, que ainda permanece na mesa, é a da emancipação do CBA por meio de uma empresa pública. É claro que o Governo Federal em si tem sua parcela de responsabilidade. Mas até que ponto a Suframa se apegou ao processo, obstruindo a emancipação do CBA, que continua agregada à sua estrutura organizacional como uma “unidade administrativa” transitória. Mas, talvez, manter o CBA como parte da institucionalidade da Suframa seja uma intenção inconsciente-não-confessa...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Na impossibilidade do CBA se tornar uma entidade privada, deve de plano ser repassado para o sistema Sect/Fapeam/UEA [... & Universidade do Estado do Amazonas], sem grandes delongas, passando a integrar o Sistema Manaus de Inovação [SMI] em sua dimensão pública. Passaríamos a ter duas grandes vertentes públicas para inovação em Manaus: i] uma derivada do Sistema Nacional de Inovação constituída pela MCTI/CNPq/Capes/Finep/Ufam/Inpa/Escolas Técnicas e sucedâneos; ii] outra conforme proposta, isto é, Sect/Fapeam/UEA/CBA/unidades correlatas tipo Cetam [Centro de Educação Tecnológica do Amazonas]. Ambas a serviço das AMAZONIDADES.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> De forma suprassistêmica dever-se-ia criar um Conselho Político em prol do Desenvolvimento Industrial e Tecnológico para dar vazão ao ideário da construção de um capitalismo amazônico, conforme este pensador já tem sugerido em outras oportunidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Vejamos outra assimetria estratégica, que estabelece uma dissociação, e ao mesmo tempo uma identidade, com o CBA. Falo do CT-PIM [Centro Tecnológico do PIM]. Ambas estão em dificuldade institucionais e estratégicas. Se o CBA ganhou um prédio; o CT-PIM ganhou a institucionalidade que o CBA exige. Mas está em dificuldades financeiras recorrentes. Por que incluí-lo nesta lista de responsabilidades estratégicas? Porque a Suframa, além de sua idealizadora, é sua principal financiadora. Não foi adotado com vigor, em que pese às dificuldades políticas-orçamentárias que a Suframa e a própria gestão do CT-PIM viveram durante os anos 2003-2011. Sua primeira gestão, entendida como provisória, foi se arrastando, em que pese sua gerência operacional estar presente com frequência na Suframa. Seu cronograma de implantação está completamente defasado. Seu ParqTech associado deveria estar operando desde 2008/2009. A maior parte das competências que deveriam ter sido encetadas para fazer frente aos desafios do desenvolvimento sustentável ainda está aguardando providências. Lamentável é a postergação do programa idealizado para o empreendedorismo vinculado ao seu ParqTech. A convergência da microeletrônica com a bionanotecnologia presente no discurso da Suframa, representa um sonho. Ele foi idealizado em 2001. O CBA antes de 2000. Não podemos perder tanto tempo assim para implementar programas, projetos, ações e atividades estratégicas, que estão inseridas nos desafios do desenvolvimento sustentável. Algo está errado e precisa ser questionado e reprogramado. A questão é política? De competência profissional? De falta de ousadia? Medo do risco associado ao empreendimento institucional? Resultado de uma visão ingênua? Burocracia draconiana? Isolamento subperiférico de Manaus em relação ao Planalto no nível das decisões políticas?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Em nível de Plano Estratégico da Suframa, deve-se perceber o quanto lentamente as coisas andam nas organizações públicas. Em 2003, conseguimos incluir na essência da missão da Suframa o verbo CRIAR, no sentido de fazer emergir firmas locais.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Pois pasmem: só em 2010 conseguimos adicionar uma área estratégica que albergasse a função pertinente ao EMPREENDEDORISMO, com o desenho mínimo de ações que, se implementadas, poderão contribuir substantivamente para o desafio estratégico da essência mais nobre da missão da Suframa, que aponta para a consolidação do processo de industrialização de Manaus em bases próprias. Muito especialmente, na lógica do empreendedorismo científico-tecnológico.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Uma faceta importante dessa construção é a possibilidade de se estabelecer uma oferta tecnológica compatível com a demanda das firmas locais. Nesse particular, a realização de plataformas tecnológicas, enquanto planejamento para se desenhar projetos cooperativos de pesquisa entre indústria, academia e governo para superar gargalos tecnológicos e vislumbrar janelas de oportunidades, representa uma ótima estratégica. Também essa ação ficou adormecida ao longo de todos esses anos. Todas as vezes que este pensador argumentava a possibilidade de sua realização, a réplica sempre foi reativa, de que não haveria condições ideais expressas na forma de estrutura e de RH. Como, se a Suframa se viu ampliada em seu contingente de colaboradores para justificar áreas entendidas como prioritárias? Sem falar que simplesmente se poderia tentar executa-las via contratação de serviços técnicos em parceria com laboratórios acadêmicos especializados na temática. Ou seja, o essencial e estratégico não era prioridade e prioritário. Não são poucas as ações adormecidas no Plano Estratégico da Suframa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Mas, faz-se necessário reconhecer a contribuição que a Suframa deu ao longo dos 2003-2011 para a emergência do Sistema Manaus de Inovação [SMI], liderada pelo sistema Sect/Fapeam. Financiou quase um sem número de cursos de capacitação e formação de capital humano em todos os níveis de pós-graduação, uma larga infraestrutura laboratorial e uma longa série de projetos de P+D em todos os locais de sua área de atuação. Mas alguma coisa está faltando, pois ainda não é perceptível um capitalismo amazônico, onde firmas locais estejam acumulando lucros primitivamente e apropriando tecnologicamente conhecimento, mediante realizações de produtos e processos no mercado. Apostamos que sejam as assimetrias entre oferta e demanda tecnológicas associadas com as contradições internas do Projeto ZFM. Ou seja, o SMI vive, sobre esse prisma, um dilema, pois convive com ofertas e demandas tecnológicas desiguais. Se buscar atender as demandas tecnológicas do PIM, esforça-se para se capacitar tecnologicamente de forma tardia. Isto é verdade porque os pacotes tecnológicos dos projetos industriais do PIM, em regra, são frutos de desenvolvimento industrial e tecnológico exógenos à Manaus, e, portanto, vêm de locais mais avançados junto ao processo de <i>cathing up</i>, como a Coreia, e até mesmo de construtores da própria fronteira tecnológica, como o Japão, mais contemporaneamente falando. Na outra face da moeda, se tem oferta tecnológica para a dimensão patrimonial local, essa demanda não é fruto de uma estrutura e estratégica empresarial que pense e aja globalmente. Ou tomamos consciência dessa fragilidade para mudar de rumo do nosso desenvolvimento, ao continuaremos movidos por uma economia que determina nossa dependência, que este pensador chamou em outros textos de determinismo econômico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Nesse sentido, registre-se a quase inocuidade de se firmar termos de cooperação técnica com países centrais frente ao <i>gap</i> tecnológico pertinente a oferta tecnológica existente em Manaus, um local subperiférico, ainda que emergente. A Suframa articulou diretamente e/ou fez a articulação para e junto ao governo brasileiro visando assinatura de memorandos cooperativos com o Instituto alemão Fraunhoufer IZM, com o belga Inter-University Microelectronics Center [IMEC], com o Leti-Minatec francês, além de constar como parceiro do IVAM alemão, uma organização alemã de companhias e instituições de micro e nanotecnologias. Qual a praticidade desse esforço frente à tarefa de casa que devemos empreender para a construção de um capitalismo amazônico? O fosso do conhecimento e das pertinentes realizações no mercado é quase abismal frente ao que podemos realizar com amazonidades. Trata-se de um esforço que deveria ser redimensionado para a busca do equilíbrio interno, isto é, compatibilidade entre oferta e demanda tecnológica considerando a dimensão patrimonial, como que dando visibilidade a um alvo móvel,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a> objetivando a construção de um capitalismo amazônico, a partir da combinação sinérgica-virtuosa de uma política industrial e tecnológica de longo prazo, como exige tal ideário. O possível diálogo e interlocução que possa existir junto aos pares acadêmico-científicos díspares, em verdade, amplia o fosso entre a oferta e demanda em nível local atrasado tecnologicamente e tardiamente em industrialização, especialmente sendo perceptível a inexistência das culturas do empreendedorismo científico-tecnológico e do capital de risco.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Um questionamento crítico cabe quanto a operacionalização do sistema Capda [Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia] que atuou intensamente na formulação e implantação de inputs [RH + laboratórios + e coisas do tipo, além da própria P+D] para os sistemas de inovação dos locais de atuação da Suframa, especialmente do SMI, cujos dados e informações pertinentes devem estar consolidados e disponíveis para a sociedade, afim de que pesquisadores possam avalia-los e critica-los. Mas o sistema Capda precisa urgentemente apostar e cobrar outputs, isto é, patentes requeridas e concedidas, redução de custos por inovação e melhorias implantadas no chão de fábrica, faturamentos por novos produtos consolidados, enfim, receitas por royalties estabelecidas, o que constituirá a possibilidade da retroalimentação sustentável do processo de inovação a partir do chão de fábrica, sobretudo, das firmas de capital local, representando uma ambiência de inovação plena em sua essência de natureza privada e, subsidiariamente, pública, considerando que a lógica capitalista é liderada pelo setor privado. Isso sem falar na possibilidade de revisão do seu próprio marco regulatório visando conceder maior poder de decisão ao próprio SMI.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Alvissareiro foi o discurso do governador Omar Aziz no sentido de que as empresas incentivadas aportem recursos para o desenvolvimento de melhorias e inovações no chão de fábrica e em parceria com o SMI. A revisão do marco regulatório do Capda poderia incorporar essa perspectiva, que ampliaria a exigência de investimentos em P+D para todo o PIM. Sem falar da necessidade de conferir poder a Manaus quanto às decisões de investimentos em P+D. Esse cenário é quase um sonho, pois é incompatível com uma democracia frágil conduzida por uma elite ingênua que se associa aos interesses exógenos,<sup>[<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>]</sup> mas são os desafios expressos na forma de problemas que dinamizam a vontade de poder, de que é possível realizar ideários, movendo os seres humanos em busca de liberdade e independência. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 18px; ">Bastaria o capital estrangeiro abrir mão de pequena parcela da margem bruta para o lucro com que opera na ZFM, em torno dos 31% durante os anos 1990/97, cujo giro do capital estava além de 200% em 1995 e 1996, conforme este pensador registrou na segunda edição do Redesenhando o Projeto ZFM [Manaus: Valer, 2006, pp. 66/67], os quais correspondem a índices para além de excepcionais de reprodução do capital em qualquer local deste planeta.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A Suframa precisa se ajustar permanente aos desafios estratégicos vinculados ao desenvolvimento sustentável e endógeno. Tem feito isso de forma atenta no discurso, às vezes como profecia do passado, mas na hora de passar para a prática, fica a desejar. Não poderia, não pode e não poderá perder mais de uma década em questões estratégicas. Por exemplo, a questão de seus recursos financeiros não estarem disponíveis exige uma posição política definitiva: a transformação de parte de seus recursos num Fundo de Investimento Reembolsável, que exigirá a construção de competências profissionais e institucionais específicas, porque não existentes na Suframa. Esta possibilidade está inscrita no atual Plano Estratégico, que vige desde 2010, além de ter sido discutida administrativamente, sem, contudo, ter sido assumida com o risco empreendedor que envolve sua resolução e desdobramentos. É a perna que Manaus precisa para caminhar mais fortemente pelo difícil caminho de acumular primitivamente capital em prol do seu desenvolvimento industrial e tecnológico. Ou seja, o estabelecimento da cultura do capital de risco!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Nesse particular cabe uma pergunta: será que se administração ao longo dos governos Lula tivesse sido vinculada à inteligência petista a Suframa, como o foi na implementação do sistema Sect/Fapeam, teria aplicado parte mais substantiva de seus recursos financeiros em projetos de interesse do desenvolvimento endógeno? Vejamos o que a Suframa tem desenhado para investir nesse fomento: projetos de infraestrutura econômica que sejam capazes de multiplicar a geração de capital e trabalho relacionados às potencialidades e às vocações regionais; projetos de infraestrutura econômica que viabilizem e/ou implementem projetos de produção e de demonstração economicamente viáveis; projetos de formação e capacitação de capital humano em níveis técnico, de especialização, de pós-graduação lato e stricto senso; projetos infraestruturais para a E&C&T&I tais como parques tecnológicos, incubadoras de empresas e laboratórios para P+D; projetos de pesquisa e desenvolvimento [P+D] propriamente ditos e de extensão que objetivem o desenvolvimento das vocações e potencialidades regionais; projetos educacionais de ação profissionalizante da mão de obra regional em apoio a projetos de fomento à produção; projetos de empreendedorismo científico-tecnológico de fomento ao desenvolvimento de empresas de base tecnológica; projetos que viabilizem a realização de plataformas tecnológicas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A vertente do empreendedorismo científico-tecnológico e de conceitos modernos, quais parques tecnológicos, incubadoras e plataformas tecnológicas, embora listado acima, ainda está em nível de discussão para suas inclusões no contexto de revisão do documento Critérios de Aplicação dos Recursos Financeiros da Suframa, cuja versão vigente de 2001, já deveria ter sido atualizada desde há muito para incorporar conceitos da economia evolucionária, tal como o próprio conceito de sistema local de inovação, ao qual já nos referimos em relação ao SMI, além da adoção de mecanismos de intervenção vinculados ao conceito de Arranjos Produtivos Locais [APLs].<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A outra face da mesma questão que precisa ser politicamente resolvida é a da aplicação dos recursos na modalidade não reembolsável vis a vis os recorrentes contingenciamentos de recursos da Suframa. Se a criação de um Fundo Reembolsável exigirá a incorporação de competências técnicas inexistentes na Suframa, os financiamento de projetos com recursos não-reembolsáveis já constitui uma expertise institucional. Não é aceitável a pouca sensibilidade política do governo federal com a competência da Suframa quanto ao desenvolvimento endógeno e sustentável que configura seus desafios estratégicos, em que pese as exigências de sua política fiscal, pois se compararmos números e estatísticas anualizadas, veremos que o que se demanda institucionalmente representa algo equivalente a 0,2% [zero vírgula dois ou dois décimos por cento] do superávit primário que está indo para além da casa da centena de bilhões de reais. É realmente pouco, muito pouco mesmo, talvez até irrisório, frente ao que representa a Amazônia, pois estamos falando de desenvolvimento endógeno. Trata-se, sabemos todos, de uma área limite do território nacional, que enfrenta as agruras das desigualdades regionais, mas que ao mesmo tempo encerra exuberante capital natural que pode consubstanciar o desenvolvimento sustentável, como <i>modus operandi</i> de um processo civilizatório que oportunize uma ocupação soberana qualificada. A mesma pergunta formulada acima cabe ser reproduzida aqui, isto é, será que se a administração da Suframa ao longo dos governos Lula tivesse sido vinculada à inteligência petista poderíamos ter aplicado parte mais substantiva em projetos de interesse do desenvolvimento endógeno e sustentável?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Este conteúdo exposto criticamente, este corpo de conhecimento técnico-estratégico, abordado em nível de assimetrias perceptíveis e percepções estratégicas, se efetivamente destrinchado em tempo hábil poderá ser uma grande contribuição para a construção de um capitalismo amazônico. No caso do período em análise, teriam sido nove anos </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:"Times New Roman"; mso-hansi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">-</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> 2003-2011 </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:"Times New Roman";mso-hansi-font-family: "Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol">-</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height: 115%;font-family:"Times New Roman","serif""> aplicando recursos em projetos que estabeleceriam as bases sustentáveis do desenvolvimento. Igual raciocínio valeu para a demora da institucionalização do sistema Sect/Fapeam, à qual já nos referimos, isto é, quanto se perdeu ao deixarmos de investir no desenvolvimento tecnológico durante os 14 anos – 1989 a 2002 – em que aquela institucionalização aguardava regulamentação em forma de Lei, pois derivada da Constituição Estadual de 1988? Portanto, caminhamos muito lentamente para formar consciência realizadora de um desenvolvimento mínima e adequadamente autônomo e interdependente. Enquanto isso, o Tesouro estadual bamburra de grana alta disponível em seus cofres...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Das Intenções <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O que se está propondo para superar as assimetrias perceptíveis, portanto, é ajustar estrategicamente um marco regulatório [Decreto 288/67 e correlatos] que está no início do fim de seus ainda longos dias, com mecanismos e ferramentas da economia evolucionária, começando por apostar todas as fichas no empreendedorismo científico-tecnológico, na formação da cultura do capital de risco e de práticas que conduzam a um equilíbrio entre a oferta e demanda tecnológica vis a vis a dimensão patrimonial empresarial que deve ser construída com vigor e determinação em Manaus.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> Essa estratégia é verdade apenas para a hipótese de desejarmos jogar, como agentes de transformação e não como atores de uma rede de interesses alheios-globais, o jogo capitalista albergado pelo Estado moderno, ente organizador das relações sociais e econômicas da Terra.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O que se está propondo de forma recorrente com palavras diversas é a possibilidade de se consolidar as bases do desenvolvimento endógeno e sustentável segundo os vetores fundamentais da economia evolucionária: CRÉDITO + EMPREENDEDORISMO [científico-tecnológico, sobretudo] + INOVAÇÃO, combinados harmoniosamente em arranjos conceituais quais hélice tríplice, que propugna ações coletivas dos agentes de transformação da sociedade local [GOVERNO + ACADEMIA + INDÚSTRIA], e sistema produtivo e de inovação, que potencializa o crescimento e o desenvolvimento industrial e tecnológico a partir de relações e combinações sinérgicas, os quais devem estar pautados e estruturados na cooperação, no aprendizado e na confiança do capital social de Manaus e de cada local amazônico. Não é trivial conquistar esse cenário, por isso está dito e posto na forma de ideário. Contudo, precisamos nos mover em direção a ele, com vigor, depositando todas as fichas políticas, técnicas e estratégicas nesse processo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Portanto, que o povo amazonense possa valorizar a distinção das variáveis discutidas nesta reflexão [quadrante: marco regulatório da ZFM + instituição Suframa + PIM + desenvolvimento sustentável], exigindo que a Suframa atue estrategicamente de molde a potencializar as oportunidades que o momento histórico nos presenteia e afastar as ameaças que nos rodam permanentemente com um desenvolvimento dependente de investimentos e tecnologias exógenas. Em época de crise, essa estratégia [do desenvolvimento endógeno e sustentável] seria muitíssimo mais difícil. O Projeto ZFM tem sido muito generoso para construirmos uma trajetória tecnológica alternativa, mas imprimimos um caminhar lento por força da prática política tergiversada e personalista combinada com um discurso político enganoso e ingênuo, que ele próprio – o Projeto ZFM – alimenta e exige, sem que estejamos atentos como se em guerra estivéssemos para superar suas contradições internas [da dependência aos investimentos e pacotes tecnológicos exógenos e sua base de vantagens comparativas que se corrói naturalmente ao longo do prazo] em prol da construção de um capitalismo amazônico, acumulando primitivamente lucros e apropriando modernamente conhecimento. A experiência nefasta e devastadora do ponto de vista do autodesenvolvimento do Ciclo da Borracha nos ronda permanentemente; precisamos superar, dialeticamente falando, o Projeto ZFM.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Enfim, que o capital social de Manaus possa propor alterações qualitativas no marco regulatório apreendendo funções, conceitos, mecanismos e ferramentas da economia evolucionária. Que este mesmo capital social saiba distinguir entre o que é resultado econômico e o que é desafio estratégico, no que concerne ao PIM e ao desenvolvimento sustentável. Assim, que todos os manauaras e amazônidas saibam distinguir os papéis operacionais e estratégicos da Suframa, cujas competências institucionais conquistadas ao longo de sua existência vertidas ao desenvolvimento endógeno e sustentável devem ser fortalecidas e não subtraídas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É de bom alvitre ético registrar que este pensador é parte integrante do balanço de insucesso relatado nesta reflexão, na medida em que esteve durante o período de análise na assessoria técnica da Superintendência Adjunta de Planejamento e Desenvolvimento Regional [SAP] da Suframa. Ainda que não tenha atuado ativamente das formulações para resoluções dos desafios estratégicos atinentes ao período em análise, opinou aqui acolá sempre que convocado, e até mesmo quando não convocado, quando se tratava de questões cruciais.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Embora possa ser questionada, esta reflexão está eivada de intenção pura para contribuir na geração de oportunidades de capital e trabalho para nossos netos, de forma que eles sintam orgulho verdadeiro de realizar o autodesenvolvimento humano-societário. Um verdadeiro processo de hominização, lastreada por uma autêntica amanualidade, deve ser posto em marcha para superar a condição de colônia que Manaus experimenta como local avançado de realização do capital estrangeiro.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nada de xenofobismo, mas de puro nacionalismo amazônico, cujo sentimento e vontade é que movem o pensamento e a ação deste pensador ao longo das últimas duas décadas de reflexão sobre o Projeto ZFM. Disse que pode ser questionada, pois é difícil mesmo não identificar e não confundir seu objeto de investigação, infelizmente ou felizmente, dependendo do ponto de vista, com a própria profissionalidade deste pensador. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Por último, e não menos importante, muito ao contrário, fica a sugestão de que a próxima grande comemoração no chão institucional, afora os eventos protocolares, seja pela entrada de alguma patente e/ou empresa de base tecnológica no mercado em decorrência de um projeto de pesquisa financiado pela Suframa, que representem efetivamente uma inovação, uma amazonidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Faço minhas as palavras de Santo Agostinho: “Na verdade, extraio uma certa doçura de meu próprio descontrole e, neste doce anelo, busco um pequeno consolo” [Brown, obra citada, p. 259]. O consolo de dar vazão a uma consciência em prol da construção de um capitalismo amazônico, que liberte politicamente e torne independente economicamente todo amazônida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Tenhamos todos nós muita boa sorte em 2012!<o:p></o:p></span></p> <div><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all"> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> O termo desenvolvimento sustentável, enquanto conceito em construção, aqui tem duplo propósito. Além de apontar para a ética sustentável, que o mundo adota para mitigar as mudanças climáticas que ameaçam a vida no planeta, aponta igualmente para o autodesenvolvimento, isto é, para o desenvolvimento autossustentado, aonde se possa construir uma economia com as próprias pernas, lastreada pelo desenvolvimento industrial e tecnológico mínima e adequadamente autônomo e interdependente. Nesse segundo sentido, refere-se ao mito do progresso ilimitado social e técnico das aglomerações humano-societárias.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Observar que a metáfora do quadrante, como tudo neste mundo dos fenômenos, tem característica dual. Neste caso, apresenta aspectos de escravização e ao mesmo tempo de libertação social, econômica e política.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Sobre as bases conceituais da economia evolucionária sugere-se ler Chris Freeman e Luc Soete, em <b>A Economia da Inovação Industrial</b>, Campinas/SP, Editora da Unicamp, 2008; e Richard Nelson e Sidney Winter, em <b>Uma Teoria Evolucionária da Mudança Econômica</b>, Campinas/SP, Editora da Unicamp, 2005. A perspectiva neoschumpeteriana deve ser entendida como sinônimo da economia evolucionária.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn4"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Sobre o conceito de mais-valia global sugere-se ler Milton Santos, em <b>A Natureza do Espaço</b>, São Paulo, Edusp, 2004.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn5"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Sobre o significado dessa visão sugere-se ler Álvaro Vieira Pinto, em <b>O Conceito de Tecnologia</b> [Vol. 1], Rio de Janeiro, Contraponto, 2005.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn6"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Núcleo de Inovação Tecnológica previsto na Lei de Inovação para serem criados nas instituições de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico. Claro está que a Suframa não tem a competência preliminar do desenvolvimento científico-tecnológico e nem pode adquiri-la à força ou por decreto, a ponto de albergar um NIT. Uma hipótese mais esdrúxula ainda seria ela própria se transformar num NIT: de quem?<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn7"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Transformação de insumos e saberes da floresta em produtos e serviços realizáveis e realizados no mercado por firmas de capital e tecnologia local, endógena. Incorpora a ética sustentável, pois visa inaugurar um novo marco civilizatório, a partir do laboratório experimental amazônico, estruturado no investimento verde, na tecnologia limpa e no consumo inteligente. Que grande e nobre ideário, não? Portanto, é essa perspectiva estratégica, ou seja, a combinação de Amazônia com amazonidades e sustentabilidade, é que pode gerar um ciclo virtuoso de desenvolvimento endógeno. Foi o que este pensador quis dizer em <b>Trajetória Tecnológica Alternativa: o acaso amazônico; um enfoque a partir do Projeto ZFM</b>, publicado em 2004.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn8"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Sobre uma visão abrangente do conceito de firma, numa visão clássica dos grandes conglomerados da primeira metade do Século XX, sugere-se ler Edith Penrose, em <b>A Teoria do Crescimento da Firma</b>, Campinas/SP, Editora da Unicamp, 2006.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn9"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Uma visão do vazio da dimensão patrimonial de firmas locais pode ser obtida com a leitura de Antônio José Botelho, em <b>Pequeno Ensaio em prol da Construção de um Capitalismo Amazônico a partir de Manaus</b>, Manaus, Editora Caminha Consultoria, 2011.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn10"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Confronte-se o abismo que separa a análise de Penrose com a de Botelho, no que concerne aos locais caminharem no mercado com as próprias pernas, consubstanciados por firmas nacionais. Observem-se as possibilidades distintas de épocas sequenciadas entre a perspectiva schumpeteriana e neoschumpeteriana, isto é, se naquela época havia ambiência inovativa maior dentro da grande companhia, no Século XXI a perspectiva emergencial é a dos sistemas locais de inovação, aonde ganha relevo, no mundo não-plano da fronteira tecnológica, a lógica do empreendedorismo científico-tecnológico. Esse processo social, contudo, depende, por sua vez, de uma universidade empreendedora, e aí, nos parece, residem outros desafios ocultos, que precisam ser discutidos para que formulações e resoluções emirjam. Tal processo social, mais convergente com a economia capitalista, exige que se albergue e induza a cultura do risco, as pesquisas com considerações de uso e uma postura dos pesquisadores compatíveis com a lógica de mercado, isto é, com o cumprimento de metas e prazos em tempo real e de acordo com as necessidades da sociedade. O empreendedorismo científico-tecnológico é todo aquele que transforme o professor, o pesquisador e até mesmo o discente acadêmico-universitário em proprietário de uma empresa de base tecnológica e que, ao mesmo tempo, no nosso caso, esteja realizando amazonidades no mercado, isto é, como já dito na nota de roda pé n.º 7, transformando insumos e saberes da floresta em produtos realizados economicamente. Uma universidade empreendedora seria toda aquela que propiciasse uma ambiência favorável e indutora para a transformação de pesquisas com considerações de uso em planos de negócios e estes realizados em firmas emancipadas no mercado, todo o processo albergado por patentes & royalties, consubstanciando uma trajetória tecnológica alternativa forjadora de uma fronteira tecnologia “em si” e “para si”, que este pensador denominou de processo de <i>growing up</i>, em detrimento do processo de <i>cathing up</i> que exige o determinismo econômico dos países que construíram a fronteira tecnológica durante o século XX.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn11"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Para uma noção do conceito de alvo móvel, consultar Margarida Afonso Costa Baptista, em <b>Política Industrial: uma interpretação heterodoxa</b>, Campinas/SP, Unicamp/IE, 2000 [Coleção Teses].<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn12"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Uma perspectiva de dissociação pode ser percebida lendo Henrique Rattner, em <b>Política Industrial: Projeto Social</b>, São Paulo, Editora Brasiliense, 1988, e lendo ainda Bautista Vidal e Gilberto Vasconcellos, em <b>Dialética dos Trópicos: o pensamento colonizado da CEPAL</b> [Comissão Econômica para a América latina], Brasília Instituto do Sol, 2002.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn13"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Em 2004 ou 2005, este pensador propôs ao chão institucional uma ação para o Plano Anual de Trabalho [PAT] do ano seguinte, intitulada “Adequação do Regime de Incentivos Fiscais aos Objetivos Estratégicos do PIM” com seguinte justificativa e objetivo: i] A revisão dos incentivos fiscais existentes no PIM é recomendável frente às tendências observadas de erosão das vantagens comparativas das empresas incentivadas em comparação com outras regiões do país, no que concerne a organização da produção dimensionada na microeletrônica, além da tradicional incompatibilidade da estrutura de incentivos fiscais para a consolidação de fornecedores locais; ii] Reverter a desestímulo à consolidação do polo de componentes e combater as desvantagens relativas à convergência tecnológica pertinente a extensão dos incentivos fiscais da Lei de Informática para outras regiões do país. Suas metas basicamente estavam centradas na elaboração, discussão e definição de um projeto de lei com os atores envolvidos. Mas a proposta foi enfaticamente rechaçada pela autoridade discricionária com o argumento de que o marco regulatório era desejado por todos os locais nacionais, sugerindo, portanto, que era perfeito em si mesmo. Poderia ter sido um início de conversa para ajusta-lo às necessidades da economia evolucionária, pois demonstraria a oportunidade e a conveniência de alterar um marco regulatório que tende para a inocuidade.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn14"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Por impulso ético, registre-se que a Flávia Grosso permitiu, de forma bastante elogiável, a abertura do Plano Estratégico, cujo termo entendido pelo chão institucional já fechado seria aprovado pelo CAS, para a inclusão de uma área estratégica intitulada CAPITAL INTELECTUAL & EMPREENDEDORISMO a partir dos argumentos deste pensador aliados aos da Coordenadora Geral de Desenvolvimento Regional. A exclusão, contudo, da presença deste pensador das formulações e discussões para resoluções estratégicas poderia ser medida pela redução à zero das convocações para reuniões no gabinete e até mesmo à quase-zero das realizadas no gabinete da SAP, cuja competência temático-institucional é de seu domínio técnico relativamente bom, não só pelo estudo, mas pela experiência no próprio chão institucional.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn15"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> É lamentável registrar que em 2011 só foi possível realizar uma única reunião da função planejamento no chão institucional; salvo engano, a que foi realizada em 22.12.2011. Um número mínimo seria de três reuniões por ano: uma para aprovar o plano trabalho; outra para um balanço geral e uma terceira para avaliar o desempenho do ano, especialmente em nível estratégico, além do operacional e administrativo. Pela análise constante nesta reflexão podemos entender que a administração que sai foi eminentemente uma administração executiva, operacional, que não privilegiou a função estratégica, cujo principal meio para atuação é exatamente a função planejamento.<o:p></o:p></span></p> </div> <div id="ftn16"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Antonio%20Jose/My%20Documents/Profanidade/O%20marco%20regulat%C3%B3rio%20a%20institui%C3%A7%C3%A3o%20o%20PIM%20e%20o%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel%20-%20vers%C3%A3o%20blog.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; ">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT-BR" style="font-family:"Times New Roman","serif""> Também esses dois conceitos [hominização vis a vis amanualidade] podem ser encontrados no livro listado na nota de roda pé n.º 5.<o:p></o:p></span></p> </div> </div></div>antonio_jose_botelhohttp://www.blogger.com/profile/07647643513022965024noreply@blogger.com0