Minha
Primeira Greve: emoções & tensões
Fevereiro
de 2014. Historicamente um mês de festas e comemorações para a
Suframa e o Projeto ZFM, doravante, simplesmente ZFM. A ZFM, na sua
configuração atual, pro e pós 1964, tem sua data de criação em
28.2.1967. Contudo, neste ano, algo inovador ocorreu. A minha
primeira greve foi experimentada. Uma experiência que trouxe emoções
e tensões. A principal emoção foi cantar o Hino Nacional, no dia
do aniversário da ZFM, no QG da greve. As tensões serão relatadas
a seguir. E são naturais do processo social, especialmente quando se
adota a autoridade, quer seja política, econômica, religiosa ou
institucional, como algo nefasto entre os homens. Não é trivial
viver em autogestão. Essa é outra história. Vamos à crônica.
A
ZFM recrutou, recentemente, uma galerinha corajosa e competente. Essa
turma literalmente tomou o poder no Sindicato dos Servidores da
Suframa [Sindframa], cujo perfil não era de batalhas, muito menos de
guerra. Além do Sindframa, essa galerinha levantou a poeira no chão
institucional. Ainda que aqui acolá possamos, e até mesmo devamos
questionar alguns entendimentos e métodos, o resultado é sempre
positivo, pois contribui para uma nova ordem de valores e poder.
Pronto.
Estavam estabelecidas as condições objetivas para a deflagração
da primeira greve institucional com efeitos reais junto aos clientes
e fornecedores da ZFM. A motivação central está espaldada na
melhoria salarial. Mas, adicionada de outras demandas, quais: melhor
estruturação das unidades descentralizadas; o descontingenciamento
dos recursos orçamentários e uma governança local da gestão do
PPB [Processo Produtivo Básico]. Esteve também presente questões
mais práticas como a disponibilização de serviços de restaurante.
Segundo
depoimento do líder do comando do QG do movimento, em nenhum momento
a Administração chamou para a mesa de negociação. Aqui começa
uma tática de tergiversações entre a liderança e a base de apoio,
segundo a minha percepção. Para tanto, reproduzimos trechos de
e-mails do Superintendente onde consta esse chamamento, aberto num
canal permanente de negociações:
Do
primeiro, no dia da deflagração, 19.2.2014:
“... não abrimos mão do diálogo, tanto com os representantes dos servidores quanto com o Ministério do Planejamento, responsável pela política salarial do Governo Federal. Continuaremos nesse caminho.”
Do segundo, de 26.2.2014:
“... Desde que assumimos a direção da SUFRAMA verificamos a realidade da defasagem salarial na Instituição e incluímos o tema em todas nossas manifestações públicas e planos de trabalho. A demora na solução, que não depende diretamente da Superintendência, levou à greve. Sempre mantivemos o diálogo, inclusive discutindo a proposta dos servidores com o Ministério do Planejamento, e continuaremos nesse caminho.”
Do terceiro, no mesmo
dia 26 de fevereiro:
“... Vamos dialogar.”
“... Vamos dialogar.”
Portanto, estava aberta a
possibilidade de uma relação ganha-ganha, de uma tática para uma
saída honrosa frente ao poder de império do Estado, de um recuo
estratégico frente ao ano eleitoral. Se fosse necessário. Para
tanto, dever-se-ia identificar o momento prévio de uma relação
custo/benefício negativa. Mas, e é isso que gostaria de destacar, o
egotismo subiu à mente da liderança do movimento, quando se ouvia
declarações para a base de apoio: “quem está mandando na ZFM
somos nós!”. Ouvi a liderança dizer, numa outra comunicação,
que “após duas horas de conversa [com a administração], só blá,
blá, blá. A greve continua, companheiros!”. Ora, ora. Essa
postura não é aceitável; não é admissível. A liderança não
pode decidir sozinha; antes deve discutir com a base de apoio. Deve,
para tanto, relatar todos os pontos abordados no diálogo com a
administração que tangenciam as reivindicações, no sentido de se
identificar eventuais pontos convergentes, passíveis de se realizar
a relação ganha-ganha, de se realizar uma relação custo/benefício
positiva. Não obstante, nem mesmo houve uma preocupação de
formalizar as reivindicações, considerando que tudo no setor
público ganha dinâmica com um processo administrativo.
Infelizmente, a tática me parece ser aleatória, na marra, com a
foice e o martelo.
Desde o primeiro momento, prestei meu
apoio ao movimento, estando presente manhã e tarde, todos os dias
entre 19.2.2014 e 7.3.2014. Não tirei de férias. Não entrava no
chão institucional para trabalhar. É claro que havia
constrangimento face a essa necessidade, considerando os 55 anos de
idade e os 30 anos de atividades na ZFM. Mas estive presente, até o
dia em que me declarei fora da greve, em 7.3.2014 à tarde. Até
mesmo no período de carnaval, que estive fora de Manaus, o fiz entre
a sexta feira à noite e a madrugada da quarta-feira de cinzas, isto
é, estive presente da sexta-feira, dia 28.2, pela manhã e pela
tarde, e na quarta-feira, dia 5.3, à tarde.
E mais do que isto, estive presente
analisando o discurso e a prática da liderança do movimento.
Propondo visões alternativas e pontos a serem observados. Cheguei,
inclusive, a fazer sugestões junto a apresentação elaborada para
discutir na Audiência Pública da ALEAM. Até mesmo me propus a
defender a lógica virtuosa que deveria haver entre o Decreto-lei
288, a Lei da TSA e os sucessivos planos estratégicos aprovados pelo
CAS, no quesito do contingenciamento da ZFM, que deveria estar
vertida ao autodesenvolvimento. Enfim, estive atento.
Essa atenção identificou um
discurso vazio da liderança, quando se argumentou que ficar em casa
levava a greve para a ilegalidade. Na verdade, leva ao
enfraquecimento da greve. O que leva à ilegalidade é impedir o
trabalho a quem deseja trabalhar. Pedi que se alterasse a base falsa
desse argumento, mas fui informado, em tomo arrogante, que o
movimento endureceria. Dito de forma vaidosa, perdi a motivação de
continuar apoiando. Na realidade, não contive a tensão de combater
tal autoritarismo. Assim, preferi sair antes dessa tática ser
adotada, o que, felizmente, não aconteceu. Até aonde sei. Em
contrapartida, a sugestão que dei, condicionante para me manter
apoiando a greve, de que declarassem à sociedade que não estavam e
que não usariam a tática de impedir o acesso ao trabalho não foi
adotada, não foi formulada e publicada. Também até aonde sei.
Ao
longo dos meus 30 anos de ZFM não me lembro que algo dessa magnitude
tenha sido deflagrado. A liderança informou que nos primeiros dias
100% das unidades administrativas pararam. Nesse quesito, ancorei um
dos pontos de meus questionamentos na medida em que se o direito à
greve está consagrado, igualmente está consagrado o direito de ir e
vir de todo cidadão. Houve sim, impedimentos e constrangimentos,
ainda que no discurso se defendia a liberdade de todo associado.
Prejuízos foram apurados. E aqui outro ponto de divergência, pois
prejuízos econômicos não devem ser comemorados, mas lamentados.
Sem falar que ouvia, constrangido, zombarias e gozações à pessoa
do Superintendente. Discordei dessas posições, conforme e-mail onde
comuniquei a saída do movimento.
Na
realidade, até então não havia condições objetivas para um
acontecimento grevista de impacto, uma vez que o Sindicato era fraco,
frágil. As condições desfavoráveis envolvia elevado índice de
terceirização da força de trabalho da ZFM, inclusive de alto
nível. Sem falar que a elite de servidores, formadora de opinião e
que conduzia a ZFM, estava capturada pela força dos cargos de
confiança. Desde 1996, este próprio cronista era um deles, ainda
que de nível operacional, não decisório. Houve época em que havia
duplo salário, pago por dada Contratada, à boca pequena. Lembro
desse boato, que correu no chão institucional. O procedimento foi
suspendido quando descoberto e tornado eticamente insustentável.
Então, não havia condições objetivas. Hoje há. Há a turma nova;
a turma velha está se aposentando e o Contrato foi revisto.
Ademais,
talvez, apenas talvez, a própria autoridade discricionária da ZFM,
na qualidade de um ex-sindicalista, possa ter induzido e esteja
conduzindo, sutil e subliminarmente, o movimento. Claro, a liderança
do movimento não admite essa hipótese, essa possibilidade, pois que
se enxerga, se vê autônoma, independente. Todavia, se esse
surrealismo é factível, poder-se-ia ainda abstrair sobre a
possibilidade de uma conspiração contra a instituição Suframa,
que cuida da ZFM, face a inépcia e a inércia com que vem sendo
administrada. Lembro que uma das teses iniciais da atual
administração era passar o Distrito Agropecuário para o Estado do
Amazonas; ao longo da gestão deixa cargos vagos importantes para uma
saudável administração, além de não elaborar Termo de
Referência, visando a substituição de prestador de serviços em
área operacional letal para o funcionamento organizacional, estando
nos planos administrativos licitação apenas para manipulação e
uso de dados, que, todavia, exigirá tempo para assimilação – a
Suframa literalmente poderá parar por falta de mecanismos
operacionais; agora surge a posição judicial alternativa de passar
a administração dos incentivos para outra instituição face à
possibilidade do não cumprimento de 30% dos serviços de interesse
da CIEAM. Ou seja, em vez de um decreto presidencial de um novo plano
de cargos e salários, moderno e competitivo, devemos nos dar conta
da possibilidade de um que pode, simplesmente, extinguir a Suframa.
Essa me parece uma linha muito tênue definidora da fronteira
negativa/positiva da relação custo/benefício da greve, que deveria
ser levada em conta. Um paradoxo total considerando os recentes
recrutamentos de força de trabalho, a esperada prorrogação e até
mesmo da salvaguarda constitucional da ZFM. Mas tudo é possível
frente ao poder de império do Estado. Não é razoável e aceitável
que a sociedade não se posicione quanto a essa tendência de
esvaziamento político-institucional da ZFM, especialmente os poderes
executivos estadual e federal, que, em última análise, são os
responsáveis pela indicação e manutenção da autoridade
discricionária da ZFM. Mas sabem, com maestria, alterar a base
doutrinária do STF, para minimizar os rumos penais do maior
escândalo de corrupção política envolvendo o planalto, conhecido
vulgarmente por mensalão. Ou talvez haja nesse processo algo
semelhante a uma destruição criativa, mas que este cronista não
consegue enxergar.
Mas,
voltando ao mote da crônica em si. Penso que a liderança do
SINDFRAMA tomou as providências de legalidade antes de desencadear o
movimento, especialmente esgotando negociações preliminares e
comunicando a realização da greve em si. Embora não tenha
participado, realizou Assembleias de discussão e decisões. Até
aquele momento depositava inteira confiança nos líderes e na nova
direção do SINDFRAMA. Mas a liderança pecou com a busca, já
dentro do movimento, de apoio por meio da força e não como fruto de
um processo de sensibilização e conscientização. No primeiro dia,
inclusive, houve incidentes de impedimento à entrada do trabalho. Um
dos líderes disse que essa tática é normal, para que o movimento
se instale, favoravelmente, por meio dos conflitos. Assenti,
descordando. Pecou em não se posicionar humilde e de forma
transparente. Humildade não significa fraqueza. E transparência não
significa fragilidade.
Minha
principal argumentação junto aos líderes e ao movimento em si foi
no sentido de manter o movimento dentro da legalidade. E não só
isso. Sugeri que se buscasse uma relação custo/benefício sempre
positiva no desdobramento do processo de negociação, como disse
acima, até aonde sei, não formalizado. Essa formalização foi
sugerida por dois colegas durante o período desse relato. E adotada
em minha posição, conforme se pode observar no conjunto de e-mails
que enviei aos líderes, apenso.
Apesar
disso, entendo que a liminar impetrada pela CIEAM, para resguardar os
interesses de seus associados, endereçada à Suframa, e não de
questionamento da legalidade e da legitimidade do movimento, foi
conduzido com responsabilidade e prudência pelos líderes que
ajudaram a Administração no atendimento da determinação judicial.
A outra liminar, de Brasília,
não chegou nem mesmo a ser cientificada, até aonde sei. E seria um
tiro no pé, pois determinava a desocupação dos prédios. Ora, não
há possibilidade de trabalho presencial sem a ocupação. Vide
trecho específico de um e-mail abaixo. Argumentei uma dada situação
de imprudência e irresponsabilidade, que deveria ser evitada, por
apontar para um momento prévio a uma relação custo/benefício
negativa, conforme também se pode perceber num dos e-mails anexados
a esta crônica, qual seja a de que as firmas da ZFM começassem a
demitir por falta de condições para a produção. Essa ideia não
chegou nem mesmo a ser lembrada, quanto mais discutida.1
O
movimento, até aonde sei, contou com o apoio do deputado estadual
José Ricardo e da senadora Vanessa Graziotin, que se fizeram
presente ao QG. A eles, igualmente, comuniquei a decisão de sair do
movimento. Alguns dirão que amarelei. Pode ser. Mas, a consciência
está tranquila. Evitei, sob o meu ponto de vista, a banalização e,
sobretudo, a alienação. Na época da faculdade, os principais
integrantes da elite local, que hoje exercem o poder político de
Manaus, estiveram todos envolvidos em processos semelhantes. Tais
movimentos, embora sirvam ao coletivo, ao fim e ao cabo, trazem
oportunidades individuais. O sistema chama os líderes, que se
credenciam para novas batalhas, forjando uma trajetória pessoal.
Nesse particular, também havia aqueles que, nascidos em “berço de
ouro”, já dispunham de um projeto político a ser executado. E o
foi com sucesso. Em ambos os casos, mandatos de vereador, deputados
estadual e federal, senador da Republica, prefeito e governador foram
conquistados. Pois bem, naquela época, idos do início dos anos
1980, a turma das engenharias civil e elétrica eram consideradas de
direita, na medida em que desejam se formar e entrar no mercado de
trabalho. Mesmo constrangidos, permanecíamos em sala de aula. Como
hoje a lógica é estar à frente, sugeri a estratégia do
ganha-ganha, não adotada pelos líderes do movimento hodierno na
ZFM. Em verdade, desprezada. Registro que sai do movimento sem ter
qualquer informação sobre o desdobramento da aproximação de
Samuel Hannan, que se disponibilizou em ajudar no diálogo com o
governo. O ex-vice-governador e ex-secretário de fazenda teve uma
relação amistosa e positiva com a atual autoridade máxima da ZFM,
como já dito, um ex-sindicalista. Enfim, a comunicação da
liderança da greve com a sua base de apoio, no período em que
estive presente, foi frágil e falha, no meu entender.
Março
de 2014. Saio da greve na medida em que percebi, claramente, uma
postura de arrogância da liderança do movimento. Comuniquei a
decisão ao QG da greve na sexta-feira dia 7.3.2014 à tarde, como já
dito, e ao chão institucional em seguida, conforme se pode observar
no último e-mail apensado a esta crônica. Voltei ao posto de
trabalho. Todavia, continuo subaproveitado, apenas cumprindo tabela
até a reserva. Mas essa é outra história, que o futuro julgará.
No entanto, registro que o movimento era necessário, pois que uma
justa remuneração está longe do ideal.
No
meu caso particular, considerando a atual plano de cargos e salários,
mesmo estando já no último nível, se me aposentasse agora, pois já
com tempo de contribuição, ainda que sem idade necessária, quando
se perde entre 30% a 40% da remuneração da ativa, recheada de
gratificações que não são permanentes, sairia para a reserva com
pouco mais do que um salário-mínimo de engenheiro, o que,
efetivamente, não é justo após mais de 35 anos de contribuição
para o Estado brasileiro, ou 38 anos como a regra exigirá. E
justamente quando mais precisamos em função da falência e
decadência da forma ordinária, frente a possíveis despesas com
médicos e remédios, quando a hora era de viajar, viajar e viajar.
Sempre disse aos meus alunos: se desejam muito dinheiro, vão para o
mercado empreender e acumular. Mas, minha opção foi servir a
sociedade. Então, sou homem de uma casa, um carro, uma conta
bancária. Até mesmo um segundo emprego, de professor universitário,
exercido por uma década no turno da noite, abri mão em prol de um
caminho espiritual por meio do Yoga.
Mas,
finalizando junto ao mote central da crônica. Esta crônica foi
escrita e socializada ao chão institucional no dia 14.3.2014. Uma
semana depois da decisão de sair da greve! Não obstante, uma
segunda versão emergiu após novas emoções e tensões lembradas
durante o final e início da semana, inclusive com amigos e colegas
do chão institucional, a qual será apensada no site e no blog deste
cronista em 18.3.2014. Parece que o movimento está firme e que já
houve desdobramentos positivos com o apoio político recebido,
inclusive de outros parlamentares. Sempre há colegas em postos
chaves no chão institucional que contam com apoio de político
importantes. É de praxe. Faz parte do jogo. É assim que a coisa
funciona... Na realidade, o cenário ora está favorável ora
desfavorável. Essa inconstância, assim como a impermanência das
coisas, faz parte do jogo. Ainda assim, finalizo não sem antes tirar
o chapéu para essa galerinha corajosa e competente, que tomou o
poder na ZFM. Ela assumirá a responsabilidade de fazer mais e melhor
do que a turma que está saindo fez. Ir além da atração de
investimentos, lutar não só para consolidar o PIM, mas para fazer
emergir firmas com capital e tecnologia locais, adotando como meta e
desafio a inserção delas no jogo do sistema global de inovação.
Anexos
[E-mails
enviados por este cronista ao QG da greve, respectivamente, nos dias
26, 27 e 28.2 e 5, 6, 7 e 8.3.2014. Este último, inclusive, ao chão
institucional]
Caríssimos
Quero
aproveitar o e-mail do João Paulo para dizer que entendo a expressão
do Sidney "nunca jamais" forte demais dada que foi durante
as explicações do Anderson sobre a liminar Manaus CIEAM
Isto
posto lhes asseguro que não contem com o meu apoio caso a greve seja
declarada ilegal
Adicionalmente
sugiro que comecem a pensar na relação custo/benefício caso ela
prolongue por demais mesmo que continue sendo considerada legal. Por
exemplo caso as empresas comecem a demitir por falta de insumos para
a produção
Caso
entendam que esse comentário deva ser dado em alguma assembleia
estou disponível para defendê-lo
SempreLuz!
Antônio José
Ps.
Agradeço o envio da liminar. Muito apreciaria o envio da liminar de
Brasília
Caríssimo
Anderson
Parabenizo-o por adicionar ao seu discurso a preocupação com a legalidade oferecendo a proteção necessária aos servidores
Por oportuno aproveitando sua sensibilidade sugiro que comece a pensar numa saída honrosa num recuo estratégico caso a relação custo/benefício se torne imprudente e irresponsável
Busque uma relação ganha-ganha mesmo considerando o insucesso e ganhemos tempo para uma segunda rodada lá na frente colhendo compromissos para a resolução dos itens da pauta caso não tenhamos ganhos imediatos
Não saia com uma mão atrás outra na frente
Sobre a possibilidade criada com a ação do Samuel Hannan saiba que o Thomaz é pupilo dele isto é foi o vice governador e ex-secretário da fazenda estadual que trouxe o sindicalista para a administração
Na sua opinião há legalidade há legitimidade na presença do Hannan no processo estando ele sem cargo público ainda que seja um homem influente?
Veja não podemos dispensar qualquer ajuda mas me fiz essa pergunta ainda sem resposta
Sempre Luz! Antônio José
Parabenizo-o por adicionar ao seu discurso a preocupação com a legalidade oferecendo a proteção necessária aos servidores
Por oportuno aproveitando sua sensibilidade sugiro que comece a pensar numa saída honrosa num recuo estratégico caso a relação custo/benefício se torne imprudente e irresponsável
Busque uma relação ganha-ganha mesmo considerando o insucesso e ganhemos tempo para uma segunda rodada lá na frente colhendo compromissos para a resolução dos itens da pauta caso não tenhamos ganhos imediatos
Não saia com uma mão atrás outra na frente
Sobre a possibilidade criada com a ação do Samuel Hannan saiba que o Thomaz é pupilo dele isto é foi o vice governador e ex-secretário da fazenda estadual que trouxe o sindicalista para a administração
Na sua opinião há legalidade há legitimidade na presença do Hannan no processo estando ele sem cargo público ainda que seja um homem influente?
Veja não podemos dispensar qualquer ajuda mas me fiz essa pergunta ainda sem resposta
Sempre Luz! Antônio José
Caríssimos
Realmente
a decisão de liminar de Brasília aponta para um contraditório
provavelmente
não será entregue para cumprimento e nesse aspecto concordo com o
Gaia
Mas
se o for deveremos avaliar detidamente pois implicará num conflito
se
se esvaziar os prédios ocupados estar-se-á descumprindo a decisão
da liminar de manaus
Nessa
hipótese poder-se-á estar migrando para uma condição de
ilegalidade que devemos afastar
Por
outro lado a liminar Brasília encerra uma esfera do poder judiciário
superior ainda que trate de assunto diferenciado da de Manaus mas
complementares à lógica da greve na medida em que uma trata da
manutenção da posse de propriedades da autarquia e a outra de
interesses empresariais
A
desocupação no entendimento do Gaia poderá se efetivar adotando a
interface do próprio movimento isto é o atendimento da liminar
Manaus se dá no contexto da greve então seria legal cumprir a
liminar Brasília
Não
estou convencido se essa hipótese é responsável e prudente no
sentido de manter o movimento a greve nos limites da legalidade
Talvez
fosse possível uma contra liminar no sentido do interesse geral digo
manutenção da legalidade da greve e do atendimento dos interesses
econômicos dos associados do Cieam
O
que estou convencido mesmo é a adoção de ambos os lados isto é
tanto por parte da administração e quanto do QG da realização de
um seminário de um workshop ou coisa que o valha para formular uma
CARTA MANAUS PARA O PLANALTO sobre as questões da governança do PPB
e sobre a aplicação dos recursos da Suframa em projetos de
ampliação da competitividade sistêmica de manaus e demais locais
da amoc + alcms
Encontrei
ressonância positiva à ideia em dois pares mas um deles entende que
a administração não aceitaria
tenho
minhas dúvidas
bom
carnaval
sempreLuz!
antôniojose
Galerinha
do QG da greve
Levei na brincadeira para não ampliar o estado de tensão menos e de indecisão mais que pintou hoje frente ao que fazer
Dentre as sugestões levada na brincadeira que foi posta me refiro a do guerreiro Sidnei que simplesmente sugeriu fechar a comporta de acesso aos postos de trabalho
Desejo adiantar minha decisão pessoal que se isso acontecer qual seja de que imediatamente declararei meu desapoio ao movimento grevista e retornarei ao posto de trabalho
Hoje fiquei com a sensação de que entramos numa inversão quanto a uma relação custo/benefício positiva apenas ressalvada pelo comentário do guerreiro João Paulo com o qual concordo de que quarta-feira a tarde de cinzas não é parâmetro para uma avaliação
Amanhã estarei presente atento sempre na perspectiva de uma posição prudente e responsável numa relação ganha-ganha
SempreLuz! Antônio José
Levei na brincadeira para não ampliar o estado de tensão menos e de indecisão mais que pintou hoje frente ao que fazer
Dentre as sugestões levada na brincadeira que foi posta me refiro a do guerreiro Sidnei que simplesmente sugeriu fechar a comporta de acesso aos postos de trabalho
Desejo adiantar minha decisão pessoal que se isso acontecer qual seja de que imediatamente declararei meu desapoio ao movimento grevista e retornarei ao posto de trabalho
Hoje fiquei com a sensação de que entramos numa inversão quanto a uma relação custo/benefício positiva apenas ressalvada pelo comentário do guerreiro João Paulo com o qual concordo de que quarta-feira a tarde de cinzas não é parâmetro para uma avaliação
Amanhã estarei presente atento sempre na perspectiva de uma posição prudente e responsável numa relação ganha-ganha
SempreLuz! Antônio José
Caríssimos
Sugiro adicionar o item PPB nas razões da greve já o tema aparece na apresentação
Coloco-me a disposição para dar uma palavrinha na palestra à altura do tema TSA para discursar sobre as atividades FINS que sugiro esteja em destaque VERDE em contraponto ao destaque vermelho das atividades meios
Se for autorizada a minha fala prometo não tomar o espaço da galerinha gente boa do QG da greve
Luz! Antônio José
Sugiro adicionar o item PPB nas razões da greve já o tema aparece na apresentação
Coloco-me a disposição para dar uma palavrinha na palestra à altura do tema TSA para discursar sobre as atividades FINS que sugiro esteja em destaque VERDE em contraponto ao destaque vermelho das atividades meios
Se for autorizada a minha fala prometo não tomar o espaço da galerinha gente boa do QG da greve
Luz! Antônio José
Caríssimos
Adoto dois pontos que entendo fundamentais da fala do caríssimo Renato a quem parabenizo pelo contraditório quais sejam a questão do estabelecimento de um marco como ponto de partida da negociação e a da ilegalidade vis a vis presença dos servidores no movimento
Entendo superválida a colocação de se abrir um canal de comunicação formal e se a administração e por conseguinte o governo não se manifestam o movimento deve se manifestar
Mesmo que a tática jurídica não seja a mais adequada algo deverá ser estabelecido como um ponto de partida pois dentro do direito administrativo tudo se move tudo ganha dinâmica a partir de uma formalização
Coloquei o caríssimo William nesse e-mail porque nisso sei que ele concorda fruto de conversa paralela no espaço da mobilização
O segundo ponto que concordo com o Renato é no sentido de não usarmos elementos falsos no discurso da Galerinha do QG da greve isto é colocar apenas os pontos reais que podem juridicamente nos afastar da legalidade
Neste sentido já sabemos que a administração tem pelo menos dois fatos que poderiam ser utilizados numa liminar contrária aos interesses do movimento e o fato de não utilizá-los foi o motivo que perguntei ao caríssimo Anderson se o poderoso Thomaz estaria do nosso lado
Penso que a aliança e o apoio da Vanessa é importante mas não esqueçam que ela é chapa branca e por favor não permitam a politização partidária do movimento
Guardei até pouco tempo um trabalho que fiz de análise de discurso numa pós de ciência política onde analisei a presença na mídia da então vereadora e é curioso constatar a mudança do conteúdo programático quando se fez governo
Já pedi ao caríssimo Gaia que não utilize pelo menos comigo os chavões da foice & martelo que embalam o palanque pcdobquiano
Com a legalidade mantida vamos em frente e por oportuno peço que não façam constrangimento a quem se manifesta em contradição ao posicionamento e ao discurso do QG pois esse embate é importante não só como canal de comunicação entre o comando e a base de apoio mas para filtrarmos os argumentos que são colocados de ambos os lados da administração e do QG na mesa de negociação
Estou alerta ainda que como um ex anarquista covarde e estarei presente enquanto o movimento for legal pois de nada adiantará a legitimidade sem o aval da sociedade
SempreLuz! Antônio José
Adoto dois pontos que entendo fundamentais da fala do caríssimo Renato a quem parabenizo pelo contraditório quais sejam a questão do estabelecimento de um marco como ponto de partida da negociação e a da ilegalidade vis a vis presença dos servidores no movimento
Entendo superválida a colocação de se abrir um canal de comunicação formal e se a administração e por conseguinte o governo não se manifestam o movimento deve se manifestar
Mesmo que a tática jurídica não seja a mais adequada algo deverá ser estabelecido como um ponto de partida pois dentro do direito administrativo tudo se move tudo ganha dinâmica a partir de uma formalização
Coloquei o caríssimo William nesse e-mail porque nisso sei que ele concorda fruto de conversa paralela no espaço da mobilização
O segundo ponto que concordo com o Renato é no sentido de não usarmos elementos falsos no discurso da Galerinha do QG da greve isto é colocar apenas os pontos reais que podem juridicamente nos afastar da legalidade
Neste sentido já sabemos que a administração tem pelo menos dois fatos que poderiam ser utilizados numa liminar contrária aos interesses do movimento e o fato de não utilizá-los foi o motivo que perguntei ao caríssimo Anderson se o poderoso Thomaz estaria do nosso lado
Penso que a aliança e o apoio da Vanessa é importante mas não esqueçam que ela é chapa branca e por favor não permitam a politização partidária do movimento
Guardei até pouco tempo um trabalho que fiz de análise de discurso numa pós de ciência política onde analisei a presença na mídia da então vereadora e é curioso constatar a mudança do conteúdo programático quando se fez governo
Já pedi ao caríssimo Gaia que não utilize pelo menos comigo os chavões da foice & martelo que embalam o palanque pcdobquiano
Com a legalidade mantida vamos em frente e por oportuno peço que não façam constrangimento a quem se manifesta em contradição ao posicionamento e ao discurso do QG pois esse embate é importante não só como canal de comunicação entre o comando e a base de apoio mas para filtrarmos os argumentos que são colocados de ambos os lados da administração e do QG na mesa de negociação
Estou alerta ainda que como um ex anarquista covarde e estarei presente enquanto o movimento for legal pois de nada adiantará a legitimidade sem o aval da sociedade
SempreLuz! Antônio José
Caríssimos
Apoiei o movimento grevista desde seu início
Durante seu desdobramento procurei estabelecer com seus líderes um diálogo no sentido
1. Da manutenção da sua legalidade
2. De uma relação custo / benefício positiva
3. De uma racionalizada vertida a uma formalização (essa sugerida pelo William e pelo Renato e adotada como complementar ao item 2)
Porém hoje o diálogo com seus líderes se fechou quando ao pedir que ajustasse o discurso fui informado de forma arrogante que a greve endureceria o jogo
Como já havia sinalizado que sairia da greve a qualquer sinal de ilegalidade tomo a decisão que socializo
Entendo que a tática do endurecimento converge para a ilegalidade na medida em que agirão para impedir que haja trabalho fora do contexto liminar isto é dentro do direito de cada um trabalhar segundo sua vontade e consciência
Não há abertura para um diálogo transparente e fraterno entre a cúpula do movimento e sua base de apoio
Suspeito que haja desinformação quanto às formas e conteúdos das negociações entre a administração e os líderes
Há constrangimento quando colegas se manifestam contrariamente ao entendimento dos líderes
Entendo que os prejuízos econômicos não devem ser festejados mas lamentados
Entendo que a pessoa do Thomaz não deva ser ofendida mas respeitada
Minha posição é pessoal e libertária
Não desejo apoio de ninguém nem que me sigam
Não tomo a decisão em prol da administração muito menos pelo governo
Infelizmente considero a atual administração estrategicamente frágil operacionalmente indiferente e administrativamente indecisa sendo seus fatos e eventos concernentes facilmente observáveis no chão institucional
Quanto ao governo entendo que deveria ser alvo de alternância de poder
Só há uma alternativa de voltar a apoiar o movimento a greve que seria uma declaração de seus líderes publicada ao público à sociedade de que respeitarão a vontade livre de trabalhar de qualquer colega que seja em qualquer coordenação que seja
Como entendem que dominam a verdade absoluta essa atitude não faz parte da tática pelo que decido que segunda-feira retornarei ao meu atual posto de trabalho
Adianto que esta decisão não almeja cargos até porque ainda espero um pedido de desculpas do superintendente por ter deixado este servidor exilado por 45 dias na biblioteca em desrespeito moral à sua experiência e conhecimento acumulados ao longo de 30 a serviço do projeto ZFM
Sempre Luz! Antônio José
Ps. Peço que essa manifestação seja socializada ao grupo Suframa SEM CENSURA
Apoiei o movimento grevista desde seu início
Durante seu desdobramento procurei estabelecer com seus líderes um diálogo no sentido
1. Da manutenção da sua legalidade
2. De uma relação custo / benefício positiva
3. De uma racionalizada vertida a uma formalização (essa sugerida pelo William e pelo Renato e adotada como complementar ao item 2)
Porém hoje o diálogo com seus líderes se fechou quando ao pedir que ajustasse o discurso fui informado de forma arrogante que a greve endureceria o jogo
Como já havia sinalizado que sairia da greve a qualquer sinal de ilegalidade tomo a decisão que socializo
Entendo que a tática do endurecimento converge para a ilegalidade na medida em que agirão para impedir que haja trabalho fora do contexto liminar isto é dentro do direito de cada um trabalhar segundo sua vontade e consciência
Não há abertura para um diálogo transparente e fraterno entre a cúpula do movimento e sua base de apoio
Suspeito que haja desinformação quanto às formas e conteúdos das negociações entre a administração e os líderes
Há constrangimento quando colegas se manifestam contrariamente ao entendimento dos líderes
Entendo que os prejuízos econômicos não devem ser festejados mas lamentados
Entendo que a pessoa do Thomaz não deva ser ofendida mas respeitada
Minha posição é pessoal e libertária
Não desejo apoio de ninguém nem que me sigam
Não tomo a decisão em prol da administração muito menos pelo governo
Infelizmente considero a atual administração estrategicamente frágil operacionalmente indiferente e administrativamente indecisa sendo seus fatos e eventos concernentes facilmente observáveis no chão institucional
Quanto ao governo entendo que deveria ser alvo de alternância de poder
Só há uma alternativa de voltar a apoiar o movimento a greve que seria uma declaração de seus líderes publicada ao público à sociedade de que respeitarão a vontade livre de trabalhar de qualquer colega que seja em qualquer coordenação que seja
Como entendem que dominam a verdade absoluta essa atitude não faz parte da tática pelo que decido que segunda-feira retornarei ao meu atual posto de trabalho
Adianto que esta decisão não almeja cargos até porque ainda espero um pedido de desculpas do superintendente por ter deixado este servidor exilado por 45 dias na biblioteca em desrespeito moral à sua experiência e conhecimento acumulados ao longo de 30 a serviço do projeto ZFM
Sempre Luz! Antônio José
Ps. Peço que essa manifestação seja socializada ao grupo Suframa SEM CENSURA
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Mal baratando, seria como se a greve recente dos garis, no Rio de
Janeiro, sem acordo, provocasse mais e maiores doenças aos seus
munícipes, piorando a já não sadia qualidade vida da periferia.
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